Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides ➤ Introdução •Caso clínico • Dor lombar, como tratar? • O que é dor? ➤ Componente da via de dor • nocicepção • Vias descendentes-controle da dor • Circuito nociceptivo • Fisiopatologia da dor ➤Opioides •Aspectos históricos •Opioides endógenos Analgésicos opioides Introdução Os opioides são os analgésicos mais fortes que temos até o momento. CASO CLÍNICO • Menino de 4 anos, 12,5kg, aparece com aumento da circunferência abdominal associada a uma diminuição na produção de fezes. • Nasceu prematuramente e com o diagnóstico de Epidemose bolhosa distrófica grave. E ele começou a desenvolver alguns problemas gastrointestinais; lise da membrana esofágica / intestinal, necrosante enterocolite, tratamento de infecções cutâneas frequentes, crônicas distensão abdominal e constipação intratável. • Na última visita ao atendimento, um tubo retal foi colocado em um esforço para minimizar a constipação crônica. Desde o seu nascimento, a criança vem fazendo o uso de opioides e de quantidade cada vez maiores. • Seu regime de medicação analgésica incluiu metadona 12,5 mg por gastrostomia (PG) a cada 6 horas, hidromorfona 2 a 4 mg PG a cada 4 horas, naloxona 2,5 mg PG a cada 6 horas e gabapentina 300 mg PG a cada 6 horas. O regime terapêutico incluiu polietilenoglicol 17 g PG a cada 8 horas, metoclopramida 1,25 mg PG a cada 6 horas e simeticona. • Algumas reações adversas e efeitos colaterais dos opiodes são: dependência, constipação, sonolência, depressão respiratória. • Inicialmente o medicamento usado a fim de reduzir a constipação era a naloxona, mas o mesmo tem um efeito antagonista aos opioides, prejudicando seu efeito. Ou seja, um anulava o efeito do outro. Então os médicos trocaram a naloxona pela Metilnaltrexona, e este iria diminuir a constipação, sem atravessar a barreira hematoencefálica e bloquear os receptores opioides a nível central. DOR LOMBAR, COMO TRATAR? • Os opioides é uma das alternativas analgésicas: • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) • Paracetamol • Opioides • Relaxantes musculares • Antidepressivos tricíclicos • Anticonvulsivantes • Porém os opioides são reservados para dores mais intensas, e sendo possível, utilizado na menor dose e por menor tempo possível. Esse é o pensamento para se prescrever um opioide. O QUE É DOR? • Conceito atual de dor • Segundo o IASP (Instituto Internacional do Estudo da Dor), a dor é definida como uma experiencia desagradável, sensorial e emocional, associada a um dano tecidual real ou potencial. Ou seja, apenas uma eminencia de uma experiencia desagradável já é capaz de causar dor. • A dor é a percepção da sensação nociceptiva no córtex somatossensorial. E a depender do emocional, um dia uma dor de escala 6 pode ser sentida como 8. • A Nocicepção é a parte fisiológica, onde implica a condução da dor dos nociceptores ao córtex. COMPONENTE DA VIA DE DOR NOCICEPÇÃO • Neurônio Aferente Primário Nociceptivo • Neurônio de segunda ordem • Corno dorsal da medula espinal • Tálamo • Do nociceptor (terminação nervosa), ao ponto dorsal da medula, onde acontece a primeira sinapse, o estímulo passa pela fibra aferente primária. O estímulo sobe pela medula ao tálamo, realizando a segunda sinapse com os neurônios terciários, levando a informação nociceptiva ao córtex, daí sentimos a dor. Índice Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 2 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides • Obs: O mecanismo central da ação dos opioides acontece na primeira sinapse. VIAS DESCENDENTES-CONTROLE DA DOR • Do mecanismo de controle descendente da dor, fazem parte neurotransmissores envolvidos: serotonina, endorfina, NAd, Ach, etc. Em situações de extrema dor, esses mecanismos são ativados por via descendente, em direção à primeira sinapse. • A informação desce pela medula, passando para o corno dorsal, onde acontece a sinapse. • Um paciente que sofreu um acidente grave no qual causou muita dor. A via ascendente será ativada, dos nociceptores para o SNC, do 1 neurônio para o 2 neurônio. Ao chegar no córtex, o mesmo detecta uma dor intensa, disparando os mecanismos descendentes, retornando a informação por outros neurônios, por exemplo, gabaérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos... Liberando tais substâncias, acetilcolina, adrenalina, endorfina, serotonina, que são substâncias que desestimulam a via ascendente. • Os neurotransmissores liberados e as endorfinas se ligam a receptores de neurônios primários e secundários com o objetivo de reduzir a sinalização intra neurônios primário-secundário. • Para o controle da dor: • Intervenções não farmacológicas (cirúrgica, acupuntura, musicoterapia, eletroterapia) • A acupuntura, por exemplo, trabalha ativando ou desativando neurotransmissores através de agulhas. • A musicoterapia, por sensação prazerosa, é possível também promover a liberação de neurotransmissores. • Intervenção farmacológica (anestésicos locais, opioides, antidepressivos, anticonvulsivantes, corticóides, AINEs) • Antidepressivos também interagem com o estímulo da dor, pois há envolvimento com noradrenalina e serotonina, deixando esses neurotransmissores mais tempo na fenda sináptica, modulando mais a via dolorosa. • Depende: • Do tipo de dor envolvida (inflamatória, neuropática, etc) • Da intensidade da dor Da duração do estímulo doloroso • Analgésicos: • Não opioides: Dor mais branda (Aspirina), crônicas (pregabalina) • Opioides: Dor moderada a intensa (morfina) CIRCUITO NOCICEPTIVO Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 3 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides • Neurônio Aferente Primário Nociceptivo (nociceptor) -->Corno dorsal da medula espinhal (1ª sinapse com neurônio secundário ou de segunda ordem) --> Tálamo ( 2ª sinapse com neurônios terciários)--> Córtex (sensação de dor) • Vemos na imagem a via ascendente e a descendente. Ambos passam pelo córtex, tronco encefálico, medula espinal, nociceptores. • Os nociceptores são estímulos nocivos que conduzem o estímulo ao longo do axônio, através de ativação de alto limiar. • Vemos na imagem, estímulos nociceptivos, seus determinados receptores e tipos de receptor. Obs: Não tem relevância para estudarmos no momento. • Tipos de fibras aferentes: • Existem dois tipos de fibras dolorosas: A delta e Fibras . • Aδ (A delta): São mielinizadas, conduzem o impulso com velocidade intermediária e respondem a estímulos de frio, calor e mecânicos de alta intensidade. • Fibras C: São amielinizadas, conduzem o impulso lentamente, fazem sinapses na medula espinal e respondem, tipicamente, de modo multimodal; são capazes de produzir potenciais de ação em resposta ao calor, temperatura morna, estímulos mecânicos intensos ou irritantes químicos (nociceptores polimodais). • Existe também a fibra Aβ (A beta), mas não conduz estímulo doloroso. Consiste em fibras de condução rápida, que respondem com baixo limiar à estímulos mecânicos e que são ativadas por toque leve, vibração ou movimento de pelos. FISIOPATOLOGIA DA DOR • Um estímulo químico mecânico ou térmico precipitadopela presença de agentes sensibilizantes ativa os nociceptores na periferia. • Agentes sensibilizadores: Bradicinia, prótons, histamina, prostaglandina E2 e fator de crescimento do nervo (NGF), tornam os receptores mais fáceis de serem ativados • Em decorrência disso, há a entrada de Na+ e Ca2+ no neurônio primário, aumentando o gerador do potencial de ação e atingindo o limiar do canal de Na+ voltagem dependente que se abrem e permitem a sua entrada na célula nervosa, gerando um potencial de ação. O potencial de ação percorre toda a medula até chegar no corno dorsal. VIA EXCITATÓRIA • No corno dorsal, o potencial de ação chega até a terminação do axônio do neurônio primário e provoca a abertura dos canais de Ca2+ dependente de voltagem, gerando um influxo destes íons. A entrada de Ca2+ promove a liberação de neurotransmissores, antes em vesículas, nas sinapses. • Neurotransmissores: Glutamato, neuropeptídeo e substância P etc • Os neurotransmissores se ligam a canais ou a receptores metabotrópicos dos neurônios secundários, gerando uma despolarização pós sináptica e, consequentemente, permitindo que o limiar do canal de Na+ regulado por voltagem seja alcançado. Então, o sódio entra para a célula e gera um potencial de ação. • A informação da dor segue então do corno dorsal até estruturas superiores. Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 4 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides Em resumo: Neurônio primário: Estímulo no nociceptor → Influxo de Na+ e Ca2+ → Gerador do potencial de ação → Entrada de Na+ → Potencial de ação→Entrada de Ca2+→ Liberação de neurotransmissores →Neurônio secundário: Ligação dos neurotransmissores → Despolarização→ Entrada de Na+ → Potencial de ação. VIA INIBITÓRIA • Em situações de dor intensa a sinalização será a anteriormente explicada (Potencial de ação → abertura de canais de Ca2+ → Liberação dos neurotransmissores + ligação em neurônios secundários). Porém, como já explicado, o corpo tentará modular a dor, havendo outras vias envolvidas. • Há dois mecanismos centrais de modulação da condução do estímulo doloroso: 1- DIFICULTANDO A LIBERAÇÃO DE VESÍCULAS CONTENDO NEUROTRANSMISSORES NA FENDA PRÉ SINÁPTICA NO CORNO DORSAL DA MEDULA Outros neurônios que não os da condução da dor irão liberar endorfinas, GABA e noradrenalina que irão se ligar a seus receptores no neurônio aferente primário (opioides Mi, gaba tipo B e adrenérgicos alfa 2). A ligação promove sinalizações intracelulares que bloqueiam os canais de Ca2+ diminuindo o influxo de Ca2+, a liberação das vesículas com neurotransmissores, a sinalização com o neurônio secundário e a informação que chega ao córtex. 2- DIFICULTANDO A DESPOLARIZAÇÃO ATRAVÉS DA ABERTURA DE CANAIS DE K+ Os neurônios aferentes secundários também possuem os receptores já citados e quando ativados modulam dentro da célula a abertura dos canais de K+, permitindo a saída do íon. A célula fica hiperpolarizada o que torna mais difícil sua despolarização. Dificulta a abertura de canais de Na+ dependente de voltagem e, consequentemente, a geração do potencial de ação. O Ca2+ não terá papel fundamental no neurônio secundário como tem no primário, pois na região pós-sináptica do neurônio não há neurotransmissores para serem liberados. SENSIBILIZAÇÃO PERIFÉRICA • Distinção de conceitos: • Alodinia: estímulos normalmente inócuos são percebidos como dolorosos, ou seja, o indivíduo sente dor com o estímulo que não provocaria dor. Ex: tocar em regiões que foi exposta a muito sol. • Hiperalgesia: estímulos de alta intensidade são percebidos como mais dolorosos do que o habitual no local de lesão (zona de hiperalgesia primária). Opioides ASPECTOS HISTÓRICOS • Ópio: palavra derivada do grego e significa suco • O primeiro opioide foi obtido do suco da papoula (Papaver somniferum). O leite era extraído e consumido para provocar uma sensação de prazer • A 4000 A.C. os sumérios fizeram a primeira referência escrita • 3,400 A.C os assírios, babilônios e egípcios descreveram o efeito eufórico • Egípcios: uso do ópio para extrações dentárias. Escreveram o Papiro de Erbes (1550 a.c): Tratamento de cefaleis e sedação • Árabes: controle de desinterias (os opióides reduzem o trânsito intestinal gerando constipação) • Exemplos: Morfina, codeína, papaverina e tebaína • “Os efeitos opioides são tão poderosos porque eles mimetizam um sistema endógeno de modulação da dor". Encefalinas • O desenvolvimento dos opioides não seguiu uma linha convencional • Descobrir os receptores, depois a molécula endógena que se liga ao receptor e provoca alteração. Com base nisso, é desenhado um fármaco que se ligue ao receptor ocupando o espaço da molécula endógena. Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 5 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides • Akil e cols., 1972: Descobriu que um antagonista, como a analoxona, revertia o efeito analgésico, logo, os opioides se ligam a receptores opioides. • Pert e Snyder, 1973: onde estão os sítios receptores para opioides (no SNC? Nos músculos?) • Hughes e cols., 1975: Qual molécula endógena se ligava aos receptores e suas funções. Descobriram as encefalinas ou endorfinas, moléculas endógenas que se ligam a receptores opioides. A nível de analgesia o que temos mais abundantes são os (MI). Perceba que os opioides não são seletivos a um receptor ou outro, muitos se ligam a mais de um, havendo uma junção de todos os efeitos. A sufentanila, por exemplo, se liga a todos. CONTINUAÇÃO DO QUADRO Potência: Codeína é 5x menos potente que a Morfina Sufentanila 100x mais potente que a Morfina Duração da analgesia: clinicamente não dá para manter o paciente tomando esses analgésicos por muito tempo. OPIOIDES ENDÓGENOS • Participam da manutenção da homeostasia corporal, são neuro moduladores da resposta a estímulos externos AÇÕES • Modulação sensorial: analgesia • Modulação hormonal: inibem hipotálamos-adeno- hipófise-córtex supra renal: diminui os níveis de corticoides • Modulação GI, plexos entéricos • Recompensa e motivação: vias dopaminérgicas • Humor (euforia, tranquilidade), ansiedade, emoção • Cognição: aprendizagem e memória • Regulação da temperatura corporal Os opioides exógenos também atuam nos tópicos destacados acima. O que isso significa? Eles podem gerar dependência ou crises de abstinência quando há redução do uso. O vício está atrelado a recompensas, conforme o indivíduo usa opioides exógenos (joga videogame, faz compra, pratica esportes), ele ativa vias dopaminérgicas de recompensa e o nosso corpo liga essa recompensa àquele ato. Os opioides exógenos também podem dar a sensação de euforia, redução da ansiedade, etc. Portanto, a combinação dessas duas ações é perigosa. Outro problema seria a resistência, ou seja, perda do efeito farmacológico, havendo a necessidade de mais doses para exercer o mesmo efeito de recompensa, logo, o indivíduo vai querer mais e mais aumentar a dose e quanto maior a dose maior a chance de efeitos adversos. Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 6Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides MECANISMO DOS OPIOIDES CENTRAL • O mecanismo central dos opioides pode ser dividido em 2 etapas: 1. INIBIR A LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES Agonista de opioide (fármacos) interagem com receptores (Mi) opioides metabotrópicos isso leva a ativação de substâncias que fecham canal de Ca2+ → Menor influxo de cálcio → Menor liberação de vesículas com neurotransmissores na fenda sináptica → Diminui a informação no neurônio secundário. 2. REDUZ AS RESPOSTAS NEURONAIS PÓS- SINÁPTICAS Fármaco se liga ao receptor de opioide → Dispara sinais para abrir canais de K+ → Aumenta a saída de K+→ Hiperpolariza → Dificulta a abertura de canais de Na+ regulados por voltagem → Diminui a geração do potencial de ação. Em suma: MECANISMO PERIFÉRICOS • Há alguns anos atrás foi descoberto que os opioides não possuem apenas ação central. Também possuem ação periférica analgésica. • Há duas vias de ação dos opioides na periferia, em ambas haverá uma hiperpolarização do aferente primário devido a saída de K+ 1. ATIVAÇÃO DE OPIOIDE PERIFÉRICO VIA ADENILATO CICLASE • Na porção periférica do neurônio aferente primário há receptores opioides, eles estão associados a proteína G do tipo i. Quando um opioide se liga ao receptor, a subunidade alfa da proteína Gi se soltará e se liga a Adenilato ciclase inibindo a sua ação . Sem a ação da Adenilato ciclase, haverá diminuição na produção de AMPc e na formação de PKA e PKC. • Geralmente, PKC inibe a saída de K+ e PKA desestimula a entrada de Na+, por meio da fosforilação dos seus canais, mas com a diminuição dessas proteínas quinases, haverá mais Na+ entrando e mais K+ saindo do neurônio aferente primário. A consequência disso é hiperpolarização o que dificulta a despolarização e a transmissão do impulso a partir da terminação periférica do neurônio. Em resumo: Opioide se liga a receptores opioides do neurônio aferente primário na periferia → Ativação da proteína G do tipo I e soltura da subunidade alfa → Inibe Adenilato ciclase → Produção de AMPc e Formação de PKA e PKC PKC→Saída de K+ PKA → Entrada de Na+ Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce Caique André Realce 7 Eduardo Reis e Raylanne O. Cândido – TUT 15 e 18 Farmacologia 02.2 | Analgésicos Opioides 2. ATIVAÇÃO DE RECEPTORES OPIOIDES PERIFÉRICOS VIA NO • Em algumas situações, a subunidade alfa fica no receptor e quem se solta é a subunidade beta e gama, que se ligam a AKT e a PI3K . Elas ativam nNOS (Óxido nítrico sintetase), molécula que estimula a formação de NO . • No neurônio periférico, a Nnos ativa a GC(guanilato ciclase) que transforma GTP em GMPc. GMPc ativa PKG (proteína quinase G) que fosforila canais de K+. Os canais se abrem, levando a saída de K+ do aferente primário • A consequência será a mesma da outra via, hiperolarização do neurônio primário → Dificuldade para despolarizar → Dificuldade de atingir o potencial de ação. Mas quando é que a ligação do opioide vai soltar a subunidade Alfa da proteína Gi ou soltar a subunidade Beta e Gama? Isso ainda não foi elucidado. O importante é sabermos que por vias diferentes, conseguimos chegar a um mesmo efeito que é dificultar a transmissão da dor! Caique André Realce Caique André Realce
Compartilhar