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Biologia Celular

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ENZO AMARAL AVIDAGO - 1º PERÍODO 
[NOME DA EMPRESA] [Endereço da empresa] 
[TÍTULO DO DOCUMENTO] 
ENZO AMARAL AVIDAGO - 1º PERÍODO 
 PROF. FERNANDO TEIXEIRA GOMES 
 
 
Enzo Amaral Avidago 
 
1 
 
 
 
1. CÉLULAS PROCARIOTAS E EUCARIOTAS 
 
 
• PROCARIONTES (pro, antes, e cario, núcleo) → as células procariotas, que compõem o grupo das bactérias e cianobactérias, não possuem 
núcleo, organelas delimitadas por membrana e nem citoesqueleto. 
• EUCARIONTES (eu, verdadeiro, e cario, núcleo) → as células eucariotas, que compõem o grupo dos protistas, animais, vegetais e fungos, 
apresentam o citoplasma compartimentado, isto é, dividido por organelas delimitadas por membrana; essa divisão aumenta a eficiência 
celular, além de permitir que as células atinjam maior tamanho. Também apresentam um citoesqueleto. 
 
 
 O surgimento das primeiras moléculas foi originado a partir de um processo de descargas elétricas e radiação ultravioleta em regiões 
denominadas lagos primordiais. Nos lagos primordiais, existiam soluções dos gases presentes na atmosfera, eram eles: metano, amoníaco, 
hidrogênio e vapor d’água. Os compostos foram sofrendo alterações e se agregando, formando as primeiras macromoléculas. Formaram-se 
então os aminoácidos, nucleotídeos e por consequente, proteínas e 
ácidos nucleicos. Essa primeira formação é denominada de prebiótico. 
Acredita-se que as outras organelas surgiram a partir dos ácidos 
nucleicos, já que estes possuem a capacidade de se replicar. 
 Com o surgimento dos fosfolipídios, houve o agrupamento destes 
de maneira espontânea, por meio de interações hidrofóbicas entre as 
partes, formando a chamada bicamada lipídica. 
 As primeiras células eram procariotas, heterotróficas e 
anaeróbicas. Com o decorrer do processo de evolução, surgiram as 
células autotróficas, e o oxigênio produzido por elas permitiu o 
estabelecimento das células aeróbias. As células eucariotas se 
originaram a partir das células procariotas; estas perderam a parede 
celular, cresceram e sofreram invaginações da membrana originando as 
primeiras organelas. 
 O surgimento de células eucariotas autótrofas e heterótrofas está 
relacionada à Teoria Endossimbiótica → essa teoria diz que as 
mitocôndrias e os cloroplastos eram organismos procariontes que 
viviam no mundo livre, as primeiras eram organismos procariontes 
aeróbicos e os segundos eram procariontes fotossintetizantes. Essas 
estruturas foram englobadas por células eucariontes, o que resultou em 
uma relação simbiótica, em que ambos os envolvidos eram beneficiados 
com a associação (os organismos englobados forneciam energia, 
enquanto a célula hospedeira fornecia proteção contra o ambiente externo). 
PONTOS QUE REFORÇAM ESSA TEORIA: 
- Mitocôndrias e cloroplastos possuem dupla membrana resultado, provavelmente, do englobamento desses organismos (a mais interna 
pertencente ao organismo procarionte, e a mais externa à célula que o englobou); 
- Mitocôndrias e cloroplastos possuem genoma próprio (DNA circular e sem proteínas denominadas de histonas); 
- Mitocôndrias e cloroplastos possuem capacidade de autoduplicação; 
- Ribossomos encontrados em mitocôndrias e cloroplastos semelhantes aos encontrados em células procariotas; 
- Mitocôndrias e cloroplastos possuem tamanho semelhante ao das bactérias. 
 
 
2. SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS CÉLULAS 
Enzo Amaral Avidago 
 
2 
 
3. ORGANISMOS AUTÓTROFOS E HETERÓTROFOS 
 
 Todos os organismos vivos necessitam de energia para realizar suas atividades e também de biomoléculas para a construção de seu 
corpo. Dessa forma, são divididos com base no mecanismo de obtenção de energia: 
• SERES AUTÓTROFOS (autós, de si mesmo, e trophos, alimentador) → são capazes de sintetizar seu próprio alimento a partir de material 
inorgânico (realizam os processos de fotossíntese e quimiossíntese). Como produzem seu próprio alimento, os organismos autótrofos 
pertencem ao nível trófico dos produtores na cadeia alimentar. 
• SERES HETERÓTROFOS (heteros, outro, e trophos, alimentador) → são aqueles que não são capazes de produzir seu próprio alimento, 
necessitam de matéria orgânica já previamente produzida (realiza os processos de fermentação e respiração). Na cadeia alimentar, os 
organismos heterótrofos podem ser consumidores ou decompositores. 
 
4. METABOLISMO AERÓBICO E ANAERÓBICO 
 
• ANAERÓBICO → são aqueles que realizam processos metabólicos de obtenção de energia independentes do gás oxigênio (p. ex., 
fermentação). 
• AERÓBICO → são aqueles que realizam processos metabólicos de obtenção de energia dependentes do gás oxigênio (p. ex., respiração). O 
processo aeróbico, apesar de mais lento, possui um saldo energético maior do que nos processos anaeróbicos. 
 
 
 
5. FUNÇOES DA MEMBRANA CELULAR 
 
- Fundamental para a fisiologia da célula e manutenção de condições fisiológicas adequadas; 
- Permeabilidade seletiva → regula a entrada de substâncias necessárias à manutenção dos processos e a saída de água e produtos de excreção; 
mantém em equilíbrio a pressão osmótica do líquido intracelular com a do líquido intersticial; 
- Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade da célula; 
- Proteção das estruturas celulares; 
- Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores específicos na membrana. 
 
6. COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
 A membrana celular é formada basicamente por três grandes grupos de biomoléculas → lipídios, proteínas e glicídios; que variam 
conforme o tipo de membrana (p. ex., bainha de mielina – 80% lipídios e 20% proteínas, membrana interna mitocondrial – 25% lipídios e 75% 
proteínas). 
6.1 LIPÍDIOS → são compostos orgânicos insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos; a composição lipídica é variável em diferentes 
membranas, podem apresentar fosfolipídios (predominante), colesterol e esfigolipídio. A composição das duas faces da membrana é 
bastante diferenciada, diz então que as membranas são assimétricas. 
- Fosfolipídeos: apresentam uma cabeça polar (composta de glicerol) e duas caudas apolares (compostas de ácidos graxos). Dessa maneira, 
são moléculas anfipáticas; 
- Esfingolipideos: apresentam uma cabeça polar (composta de esfingosina, um animoálcool de cadeia longa) e duas caudas apolares 
(compostas de ácidos graxos). 
- Glicolipideos: são moléculas compostas de açucares (oligassacarídio) unidos covalentemente aos lipídios. Compõem receptores e 
possibilitam a comunicação da célula com o meio externo; 
- Colesterol: está presente somente em células animais. Possibilita a barreira de permeabilidade; quanto maior a concentração de colesterol 
menos fluida é a membrana. 
6.2 PROTEÍNAS → são específicas para cada tipo de membrana; apresentam funções estruturais, transportadoras, reconhecimento, receptoras 
para enzimas, hormônios e anticorpos. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FACILIDADE DE EXTRAÇÃO 
- Integrais (Intrínsecas): são proteínas altamente associadas aos lipídios pelas regiões hidrofóbicas. Apresentam domínio citoplasmático e 
domínio não citoplasmático. São insolúveis em soluções aquosas e removidas com solventes orgânicos ou detergentes (p. ex., glicoforina – 
apresentam glicídios na face externa, determinante dos grupos sanguíneos; banda 3 – passagem de água e de ancoragem de outras 
proteínas do citoesqueleto). 
 As proteínas intrínsecas unipasso apresentam uma única região que atravessa a bicamada; as proteínas intrínsecas multipasso possuem 
mais de um domínio de membrana (todas as proteínas transportadoras, assim como os canais iônicos, são multipasso). 
- Periféricas (Extrínsecas): não interagem com a região hibrofóbica da bicamada lipídica; ligam-se por interação com as proteínas integrais 
ou região polar dos lipídios. São solúveis em soluções aquosas e removidas por alterações nas concentrações iônicas, extremos de pH (p. 
ex., citocromo C – mitocôndrias, espectrina e actina – formam microfilamentos estruturais). 
6.3 GLICÍDIOS → todas as células eucariotas possuem carboidratosem sua superfície (face externa ou não citoplasmática), que variam 
estruturalmente. Apresentam as funções de reconhecimento molecular, adesão celular, comunicação celular e especificação dos grupos 
sanguíneos do sistema ABO. A maioria das moléculas de lipídios e proteínas presentes na membrana plasmática apresenta cadeias de 
oligossacarídeos unidas covalentemente a elas (glicolipídios e glicoproteínas). 
GLICOCÁLIX (OU GLICOCÁLICE) → consiste em uma cobertura de glicídios e proteínas que desempenha uma série de funções: (1) protege a 
superfície da célula de agressões externas (protege a mucosa intestinal da ação das enzimas digestivas); (2) participam dos processos de 
reconhecimento e adesão celular; (3) formação da bainha de mielina contribuindo para o isolamento elétrico do axônio; (4) especificidade 
do sistema ABO dos grupos sanguíneos; (5) devido a presença de ácido siálico em muitos oligossacarídeos a carga elétrica na superfície é 
negativa, atraindo vários cátions (p. ex., Na+ necessários às células nervosas e musculares); (6) algumas glicoproteínas da glicocálix têm 
função enzimática (p. ex., peptidases e glicosidases das células intestinais). Algumas toxinas, bactérias e vírus se ligam as células através do 
Enzo Amaral Avidago 
 
3 
 
glicocálix. Além disso, nas células tumorais malignas têm-se observado modificações na glicocálix, alterando sua forma e a recepção de 
sinais que controlam a divisão celular. 
 
7. MODELO MOSAICO FLUIDO (SINGER E NICHOLSON, 1970) 
 
 A membrana plasmática é um mosaico de componentes (principalmente fosfolipídios, colesterol e proteínas) que se movimentam 
livremente e com fluidez no plano da membrana (não há ligações químicas entre os componentes das biomemebranas). 
 A fluidez da membrana é determinada pela estrutura da cauda dos ácidos graxos dos fosfolipídios → ácidos graxos saturados não 
possuem ligações duplas, portanto são relativamente retos; por outro lado os ácidos graxos insaturados contêm ligações duplas, resultando 
frequentemente em uma curva ou dobra. Desta forma em temperaturas mais baixas, as caudas retas dos ácidos graxos podem se espremer, 
criando uma membrana densa e bastante rígida. 
! Fosfolipídeos com caudas insaturadas não podem se unir tão firmemente em razão as estruturas encurvadas de suas caudas. Por isso, uma 
membrana contendo fosfolipídeos insaturados vai ficar fluida em temperaturas mais baixas do que uma membrana composta de fosfolipídeos 
saturados. 
 
 
 
8. ESPECIALIZÇÕES DAS MEMBRANAS 
 
a. MICROVILOSIDADES → são projeções citoplasmáticas, formadas a partir da associação entre a membrana e os filamentos 
de actina do citoesqueleto, responsável pela ampliação da membrana celular, visando trocas entre a célula e o meio; 
presentes em grande quantidade em células de absorção. 
b. BAINHA DE MIELINA → presentes ao redor dos axônios, garantindo o isolamento elétrico, aumentando a velocidade de 
propagação do impulso nervoso. 
 
9. TRANSPORTES PELA MEMBRANA 
 
• TRANSPORTE PASSIVO 
- Difusão Simples → ocorre a favor de um gradiente de concentração e elétrico; depende da solubilidade e do tamanho das moléculas; a 
velocidade é diretamente proporcional à concentração (p. ex., CO2, O2, N2, H2O, hormônios esteroides, ácidos graxos). 
- Difusão Facilitada → ocorre a favor de um gradiente de concentração e elétrico; processo mediado por proteínas transportadoras ou 
permeases; apresenta especificidade pelo soluto transportado. 
- Difusão por Canais Proteicos → proteínas multipassos como poros hidrofílicos (vias aquosas para a passagem de solutos); apresentam grande 
seletividade devido ao tamanho e disposição de cargas ao longo do canal; existem canais especifico para cada íon; os canais se abrem em 
resposta a mudanças no potencial elétrico, enquanto outros em função de substâncias indutoras (ligantes). 
• TRANSPORTE ATIVO → realizado às custas do gasto de energia química (ATP); mediado por proteínas carreadoras ou permeases; ocorre 
contra um gradiente eletroquímico (p. ex., Bomba de Na+/K+ ou Na+/K+ atase → complexo formado por 4 subunidades,2 α e 2 β; transporta 
Na+ para o meio externo e K+ para o meio interno, na proporção 3:2). 
 Outros exemplos de transporte ativo → bomba de Ca2+ (presente nas membranas celulares e endomembranas); bomba de H+ (presente 
nos lisossomos, reduzindo o pH do meio, ativando várias enzimas digestivas); bomba de K+/H+ (responsável pela formação do suco gástrico). 
 
10. TIPOS DE TRNASPORTE MEDIADOS POR PROTEÍNAS 
 
• UNIPORTE → quando uma única molécula é transportada unidirecionalmente através da membrana (p. ex., glicose); 
• SIMPORTE OU CO-TRANSPORTE → quando duas moléculas são transportadas simultaneamente em uma mesma direção (p. ex., Na+ e 
glicose na célula da mucosa intestinal e túbulos renais); 
• ANTIPORTE OU CONTRA-TRANSPORTE → quando duas moléculas são transportadas, simultaneamente, em direções opostas (p. ex., Na+ e 
H+; Cl- e HCO3- - eritrócitos e banda 3; ATP e ADP – membrana interna da mitocôndria). 
 
 
 
 
 
Enzo Amaral Avidago 
 
4 
 
11. JUNÇÕES CELULARES 
 
• JUNÇÃO DE OCLUSÃO (ZONULA OCCLUDENS) → faixa continua na região apical das células epiteliais vedando a passagem livre de moléculas 
e íons; formada por proteínas transmembranas ocludinas e claudinas que se interagem com outras proteínas para a ancoragem de actina 
do citoesqueleto; permite a existência de potenciais elétricos diferentes entre as faces do tecido epitelial de revestimento 
 Várias substâncias podem alterar a permeabilidade dessa junção: redução no pH citoplasmático e do Ca2+ extracelular, aumento do 
Ca2_ intracelular, proteases, entre outros. 
• JUNÇÃO ADERENTE (ZONULA ADHERENS) → junção mecânica formada pelo espessamento da região apical das membranas de duas células 
adjacentes de vários tecidos; apresentam mucopolissacarídeos que auxiliam na junção; participam deste processo principalmente as 
proteínas transmembranas (p. ex., caderinas dependente de Ca2+); na região citoplasmática de cada membrana formam placas de onde se 
inserem filamentos de actina (citoesqueleto); promove uma forte adesão e cessam a inibição por contato do crescimento celular, e podem 
invadir outros órgãos. 
 Mecanismos envolvidos na perda da adesividade: mutação nos genes das caderinas e cateninas, repressão na transcrição das caderinas 
e cateninas; alteração nas interações entre caderinas e cateninas relacionada com o reconhecimento celular pelas caderinas idênticas (as 
interações entre caderinas só ocorrem entre subtipos idênticos). 
• DESMOSSOMOS → estrutura semelhante às junções aderentes, formando uma camada amorfa na região citoplasmática – placa do 
desmossomo; apresenta filamentos citoplasmáticos intermediários do citoesqueleto inseridos na placa, formando um elo de ligação do 
citoesqueleto de células vizinhas; participam da sua formação várias caderinas (desmogleína e desmocolina); presentes em células 
submetidas a trações (epiderme, revestimento da língua, esôfago e células musculares); 
! Se os desmossosos da pele não funcionarem corretamente as camadas celulares da pele não aderem perfeitamente, havendo movimento 
de líquidos através da pele com formação de bolhas (doenças bolhosas). 
! O pênfigo é uma doença autoimune deriva da formação de anticorpos contra as caderinas desmossômicas, promovendo a formação de 
bolhas. 
• HEMIDESMOSSOMOS → estão associados à adesão celular das células epiteliais com sua membrana basal; conectam os filamentos 
intermediários do citoesqueleto com a matriz extracelular; forma uma placa somente em um lado da célula formado por integrinas ao invés 
de caderinas. 
• JUNÇÕES COMUNICANTES (NEXOS) → constituída por um conjunto de tubos proteicos atravessando a membrana das células vizinhas 
ligando os citoplasmas; podem ser transportados aminoácidos, nucleotídeos, íons e mensageiros intracelulares por longas distâncias; a 
abertura e fechamento dos canais hidrofílicos podem ser regulados por várias substâncias alternando a permeabilidade; presentesnas 
células epiteliais de revestimento, glandulares, musculares lisas, musculares cardíacas e nervosas. 
 
 
 
12. ÁCIDOS NUCLEICOS 
 
 São compostos moleculares de cadeias longas, lineares, formadas por unidade chamadas nucleotídeos, que armazenam e transmitem 
a informação genética de uma célula para outra, controlando a síntese de macromoléculas, o metabolismo e a diferenciação celular. 
• ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS 
- Grupo fosfato → origina-se do ácido fosfórico, por perda de seus átomos de hidrogênio; 
- Pentose → as pentoses são riboses e desoxirribose; 
- Base nitrogenada → possuem estrutura em anel que contém nitrogênio. Classificam-se em púricas (adenina e guanina) e pirimídicas (citosina, 
timina e uracila). 
 
13. DNA 
 
 Cada molécula de DNA é uma dupla-hélice composta por um par de fitas complementares de nucleotídeos por meio de pontes de 
hidrogênio. Apresentam um fosfato, uma pentose, a desoxirribose e bases nitrogenadas (adenina, guanina, citosina e timina). 
 O DNA é uma molécula exclusivamente presente n interior do núcleo celular. Existem DNA no citoplasma apenas no interior das 
organelas mitocôndrias e cloroplastos. O DNA encontra-se associado a proteínas básicas, denominadas histonas. 
• MODELO DE WATSON E CRICK – DUPLA-HÉLICE → a composição das moléculas de DNA, segundo as bases nitrogenadas: 50% púricas (A+G) 
e 50% pirimídicas (T+C). As bases nitrogenadas se mantêm unidas por ligações de hidrogênio; ocorrem entre pares específicos, adenina se 
liga a timina por duas ligações de hidrogênio e a guanina se liga a citosina por três ligações de hidrogênio. 
• DUPLICAÇÃO DO DNA → chamada de replicação, é controlada por várias enzimas específicas que desenrolam os filamentos e quebram as 
ligações de hidrogênio entre as bases. A DNA-polimerase efetua a montagem de um filamento novo, tendo como molde a sequência de 
bases nitrogenadas de cada filamento, logo há a formação de duas moléculas e DNA (com um filamento novo e outra antigo), a replicação 
do DNA é semiconservativa. 
 
14. RNA 
 
 Constituída por apenas um filamento de nucleotídeo, encontrado livre no núcleo (nucléolo) ou associado ao DNA; no citoplasma, 
constituindo os ribossomos; nas mitocôndrias e nos cloroplastos; ou livre no citosol. Apresentam um fosfato, uma ribose e bases nitrogenadas 
(adenina, guanina, citosina e uracila). 
• TIPOS DE RNA 
- RNA mensageiro (RNAm) → conduz o código genético para o citoplasma, onde determinará a sequência de aminoácidos das proteínas, 
codificada pelo triplete de nucleotídeos chamado de códon; 
- RNA transportador (RNAt) → recebe e transporta aminoácidos até o local de síntese de proteínas (ribossomos); cada aminoácido é 
reconhecido pela sequência anticódon; 
Enzo Amaral Avidago 
 
5 
 
- RNA ribossômico (RNAr) → participa junto com as proteínas da estrutura dos ribossomos (constituído de duas subunidades de tamanho e 
peso diferentes). 
 
15. DEFINIÇÃO DE NÚCLEO 
 
 É a unidade estrutural e funcional da célula eucariota, limitada durante a interfase pelo envoltório nuclear. Contém o conjunto de 
mensagem hereditária sob a forma de DNA; conserva essa mensagem após o término da divisão celular, devido a capacidade de replicar o DNA; 
sintetiza RNA e faz sua transferência para o citoplasma. 
 Sua forma varia de acordo com tipo de celular e a atividade celular → esféricos, alongados, discoides, irregulares. 
• COMPONENTES 
- Envoltório nuclear → constitui em uma barreira permeável que regula as trocas nucleocitoplasmáticas. Formado por duas unidades de 
membranas limitando uma cavidade, o espaço perinuclear associado ao retículo endoplasmático, visível ao microscópio eletrônico. A 
membrana externa está associada a ribossomos e com continuidade com o retículo endoplasmático; presença de um espessamento na 
membrana interna na face nucleoplasmática chamada lâmina nuclear (lâmina fibrosa). Há estruturas chamadas poros nucleares formados 
pela fusão das membranas interna e externa. 
- Poros nucleares → são estruturas no envoltório nuclear, composta de proteínas chamadas nucleoporinas, que permite o transporte passivo 
de íons, RNA e proteínas; proteínas citoplasmáticas de grande peso molecular e os RNAs são transportados ativamente através dos poros. 
Podem cobrir grandes extensões de envoltório, formando os complexos de poro; o número de poros é maior em células com grande síntese 
proteica. As importinas fazem a associação a moléculas para o transporte para dentro do núcleo (sequência sinal de localização nuclear), 
enquanto as exportinas fazem a associação para o processo inverso (sequência sinal de exportação nuclear). A GTP (guanasina trifosfato) 
fornece energia para o processo de importação e exportação. 
- Lâmina nuclear → rede fibrosa associada à membrana interna do envoltório nuclear, constituída pelas proteínas laminas nucleares “A” e 
“B”, pertencentes ao grupo das proteínas dos filamentos do citoesqueleto. São proteínas extrínsecas ao envoltório nuclear, associadas às 
proteínas intrínsecas (receptores). Além de suporte, a lâmina nuclear é responsável pela ligação das fibras de cromatinas ao envoltório; 
participa ativamente do processo de divisão celular (na divisão nuclear, há a fosforilação temporária da lâmina “A” causando a 
desorganização da lâmina nuclear, desintegrando o envoltório; ao termino da divisão, a lâmina “A” é desfosforilada e se associa às vesículas 
para reconstituir o envoltório nuclear). 
- Nucleoplasma → solução aquosa com RNA, nucleosídeos, nucleotídeos e íons, onde estão mergulhadas as enzimas envolvidas na 
transcrição e tradução do DNA. 
 
 
 
16. NUCLÉOLO 
 
 Estruturas esféricas localizadas no interior do núcleo, não envolvidos por membranas, responsável pela síntese de RNAr (ribossomos), 
geralmente ocorre somente um, mas pode haver dois ou mais em uma única célula. São vistos facilmente no microscópio de luz. Apresentam 
proteínas e RNA que participam do processo de transcrição e das modificações pós-transcricional; apresentam pequena quantidade de DNA 
ribossômico (DNAr). 
 Seu tamanho está relacionado com a atividade celular → células secretoras, células indiferenciadas dos embriões e células com 
crescimento rápido (tumores malignos) possuem o nucléolo bastante desenvolvido. 
 Ao microscópio eletrônico observa-se uma massa densa e compacta formada por proteínas e RNAr, uma massa fibrilar (no centro) e 
uma massa granular (na periferia). 
 
 
 
 
Enzo Amaral Avidago 
 
6 
 
17. RIBOSSMOS 
 
 São estruturas encontradas em todas as células, formados por quantidades similares de proteínas e RNAs; formados por duas 
subunidades, uma maior e uma menor. “Apresentam-se como suporte para a interação ordenada das diversas moléculas envolvidas na síntese 
de proteínas”. 
 Originam-se no núcleo (nucléolo); podem ser encontrados livres pelo citoplasma, ligados uns aos outros por uma fita de RNAm 
formando polissomas/polirribossomos, ou ligados ao retículo endoplasmático rugoso. 
• BIOGÊNESE DOS RIBOSSOMOS → a maioria dos genes que codificam o RNAr estão situados em regiões das fibras cromáticas, denominadas 
regiões organizadoras do nucléolo (NOR); o número e a localização das NOR variam entre as espécies. A espécie humana contém cerca de 
400 cópias do gene para o RNAr. “Todos os componentes migram até o nucléolo, reúnem-se, formam as subunidades ribossômicas e são 
transportadas para o citoplasma”. 
 
18. CROMATINA 
 
 É um complexo de DNA com proteínas, principalmente proteínas básicas do tipo histonas, presentes no núcleo das células eucariotas 
em intérfase. A cromatina e o cromossomo representam dois aspectos distintos da mesma estrutura. 
 As histonas são proteínas com importante papel na ativação da transcrição do DNA. São sintetizadas na fase S do ciclo celular. Incluem 
5 tipos, classificados de acordo com seu conteúdo em relação a concentração dos aminoácidos lisina e arginina: H1 rica em lisina; H2A e H2B 
moderadamente rica em lisina; H3 e H4 rica em arginina. 
 As proteínas não-histonas desempenhampapeis estruturais, enzimáticos e de regulação gênica. Participam dos processos de 
transcrição, replicação e reparo do DNA (p. ex., DNA polimerase, helicase, topoisomerase). 
! A unidade estrutural da cromatina recebe o nome de nucleossomo. 
 
• ESTADOS FUNCIONAIS DA CROMATINA 
- Eucromatina → cromatina no estado não condensado durante a interfase. Possui sequências ativas para transcrição de RNA. 
- Heterocromatina → ocorre em regiões específicas de certos cromossomos, chamadas cromocentros e são geneticamente inativas na 
transcrição de RNA, permanecendo condensada durante toda a interfase. A heterocromatina do tipo constitutiva está presente nas regiões 
do centrômero, telômero (extremidades) e constrições secundárias, permanecendo condensada em todos os tipos de células de um mesmo 
organismo; a heterocromatina do tipo facultativa apresenta-se condensada em alguns tipos de células ou em etapas da divisão celular; em 
células embrionárias há pouca heterocromatina facultativa e em células diferenciadas há mais abundância de heterocromatina. 
! Nas fêmeas de mamíferos um dos cromossomos X (do par 23) é aleatoriamente inativado; a cromatina sexual (corpúsculo de Barr). A 
inativação ocorre no início da vida embrionária. Encontrada no interior do núcleo ou associada ao envoltório nuclear. A presença dessa 
cromatina perante o diagnóstico citológico permite a definição do sexo cromossômico do embrião. 
 
19. CROMOSSOMOS METAFÁSICOS 
 
 O número de cromossomos não é proporcional à 
complexidade do indivíduo (espécie), enquanto o número de 
genes é proporcional à complexidade evolutiva das espécies. 
O ser humano, por exemplo, possui 46 cromossomos e 25000 
genes. 
 Nos cromossomos metafásicos a condensação é 
máxima. Nas células somáticas ocorrem aos pares 
(homólogos), sendo um de origem paterna e outro materna. O 
número e o tamanho de cromossomos de uma espécie são 
constantes após a divisão celular (com exceção de células 
gaméticas que terminam a divisão com a metade do número 
de cromossomos). 
 
 São classificados em: 
• METACÊNTRICO → centrômero na região mediana do cromossomo. (FIGURA A) 
• SUBMETACÊNTRICO → centrômero dividindo cromossomos em braços desiguais. 
(FIGURA B) 
• ACROCÊNTRICO → centrômero subterminal próximo a uma extremidade. (FIGURA C) 
• TELOCÊNTRICO → centrômero terminal e não ocorre na espécie humana. (FIGURA D) 
 
• CINETOCÓRO → região externa ao centrômero formada por uma capa de proteínas 
que se associam as fibras do fuso direcionando a migração dos cromossomos. 
• TELÔMEROS → sequências específicas de DNA encontrados nas extremidades, 
impedindo sua degradação e a união dos cromossomos entre si. 
 
Na divisão, as células perdem a capacidade de manterem a integridade de seus 
telômeros; com o tempo, estes se encurtam e elas param de se dividir e entram em 
senescência (nas células-tronco e nas células tumorais isso não ocorre). 
 A enzima telomerase adiciona essas repetições de DNA aos telômeros. Isso é um 
mecanismo de controle da longevidade celular. Também evita a ocorrência de defeitos 
genéticos mais frequentes com a senescência celular. 
 
Enzo Amaral Avidago 
 
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20. CARIÓTIPO 
 
 O cariótipo define o conjunto de características (tamanho, número e morfologia) que permitem a caracterização dos lotes 
cromossômicos de um indivíduo. O ideograma é a representação do cariótipo em que os cromossomos são ordenados em pares. 
• SÍNDROME DE DOWN (TRISSOMIA DO 21) → cariótipo – 47, XX ou XY, XXX (21). 
- Características fenotípicas: rosto redondo; baixa estatura; flacidez muscular; mãos pequenas e dedos curtos; tendência a infertilidade no 
sexo masculino. 
• SÍNDROME DE KLINEFELTER → cariótipo – 47, XXY. 
- Características fenotípicas: sexo masculino; desenvolvimento de seios; ancas largas; braços e pernas compridas; testículos reduzidos; pelos 
pubianos femininos; 
• SÍNDROME DE TURNER (MONOSSOMIA DO 23) → cariótipo – 45, 44A + X0 (ausência do corpúsculo de Barr). 
- Características fenotípicas: sexo feminino; baixa estatura; ausência de mamas; genitália infantil; esterilidade; ausência de menstruação; 
pescoço alado; deficiência mental. 
 
 
21. DEFINIÇÃO 
 
O processo de síntese proteica pode 
ocorre de duas formas: síntese de proteínas 
citosólicas (ocorre no citoplasma através de 
ribossomos livres); síntese de proteínas de 
membrana e de secreção (ocorre no retículo 
endoplasmático rugoso). 
A síntese proteica ocorre em diversas 
etapas. A primeira etapa consiste em 
retransmitir a informação do DNA para o RNA e, 
posteriormente, desse para as proteínas, os 
processos são respectivamente denominados, 
transcrição e tradução. Enzimas celulares 
sintetizam uma cópia funcional de um gene para 
levar seu código genético até os ribossomos. 
Essa cópia funcional é chamada de RNA 
mensageiro (RNAm). 
O RNA mensageiro é lido pelos 
ribossomos em blocos de três nucleotídeos 
(códon), que corresponde a um aminoácido. A 
leitura do RNAm pelos ribossomos sempre 
ocorre na direção 5’ para 3’. 
 
! O splicing é a retirada dos introns, região do 
DNA que não codificam qualquer característica, 
enquanto os exon, que permanecem, são as 
regiões ativas do DNA, que codificam alguma 
característica. 
 
• CÓDIGO GENÉTICO DEGENERADO → para identificação os 20 tipos de aminoácidos são necessários blocos de 3 nucleotídeos, os códons. O 
agrupamento em 3 nucleotídeos permite a formação de 64 grupos; destes, 3 determinam o final da síntese e os outros 61 determinam os 
aminoácidos, logo um único aminoácido pode ser codificado por mais de um grupamento de nucleotídeos. As regras que especificam qual 
códon do RNAm corresponde a um determinado aminoácido são conhecidas como código genético. 
 Além do RNAm, há a participação do RNA transportador (RNAt) que 
apresenta na extremidade 3’ uma sequência de três nucleotídeos (CCA) que se liga 
covalentemente a uma molécula de aminoácido; apresenta também uma outra 
região contendo uma sequência de três nucleotídeos (anticódon) que irá 
emparelhar com o códon presente no RNAm. Há também a participação do RNA 
ribossômico (RNAr) que associados com proteínas irão formar os ribossomos. 
 
 Se cada códon apresentasse um anticódon específico teríamos 61 RNAt 
diferentes, mas tem sido observado em média 30 RNAt. Isso acontece porque o 
emparelhamento da primeira base do anticódon do RNAt, na posição 5’, com a 
terceira base no códon do RNAm, na posição 3’, não segue o padrão. 
 Antes iniciar a síntese, o aminoácido passa por um processo de ativação; 
ele liga-se ao RNAt por ação da enzima aminoacil-RNAt sintetase. Após a ativação 
do aminoácido ocorre associação do RNAtMet à subunidade menor do ribossomo; 
ligação da subunidade menor à extremidade 5’ do RNAm; associação das 2 
unidades. 
 
Enzo Amaral Avidago 
 
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22. ETAPA DE INICIAÇÃO 
 
 Esta etapa é regulada por uma série 
de proteínas chamadas de fatores de 
iniciação (IF). A subunidade menor do 
ribossomo se associa ao RNAm, se ligando a 
uma sequência que antecede o códon de 
iniciação (AUG); nos eucariontes ela 
reconhece um nucleotídeo com uma base 
modificada (7-metilguanosina – CAP) na 
extremidade 5’ do RNAm. 
 Em seguida a subunidade menor se 
desloca sobre o RNAm até encontrar o códon 
de iniciação. Ao códon de iniciação se liga o 
aminoacil-RNAt (metionil RNAt – RNAtMet). 
 Após a ligação do RNAtMet no sítio 
“P” ocorre a união da subunidade maior, 
dando início à etapa de elongação da cadeia 
peptídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. ETAPA DE ELONGAÇÃO 
 
 A subunidade menor apresenta 3 
sítios de ligação para os RNAt: 
- Sítio “A” → ligação do novo aminoacil-RNAt; 
- Sítio “P” → ligação da cadeia peptídica; 
- Sítio “E” → local do RNAt que saiu do sítio 
“P”. 
 Nesta etapa os aminoacil-RNAt são 
transportados até o sítio “A” por proteínas, 
os fatores de elongação (EF). A formação da 
ligação peptídica é catalisada pelo complexo 
enzimático peptidil transferase, presente na 
subunidade maior do ribossomo. O 
crescimento da cadeia peptídicaocorre até 
que o ribossomo encontre o códon de parada 
(UAA, UAG e UGA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24. ETAPA DE TERMINAÇÃO 
 
O códon de parada não codifica para 
nenhum aminoácido. Esses códons de parada 
são reconhecidos por proteínas chamadas 
fatores de liberação (LF). 
Esses fatores irão encerrar a síntese 
proteica, pois ocupam o sítio “A”. Alteram 
também a atividade da enzima peptidil 
transferase que deixa de catalisar a formação 
da ligação peptídica. 
O peptídeo é liberado, assim como o 
RNAt. As subunidades dos ribossomos se 
separam e o RNAm se dissocia. Durante a síntese proteica, vários ribossomos podem estar associoados à fita de RNAm caracterizando os 
polirribossomos. Estes sintetizam várias cópias da mesma proteína simultaneamente. 
 
25. AÇÃO DE ALGUNS ANTIBIÓTICOS 
 
ANTIBIÓTICO CÉLULAS AÇÃO 
Tetraciclina Procarioto Interage com a subunidade menor, impedindo a ligação ao sítio “A” 
Estreptomicina Procarioto Quando se liga a subunidade menor, impede a iniciação 
Eritromicina Procarioto Inibe a translocação do ribossomo 
Cloranfenicol Procarioto Inibe a peptidil transferase, não sendo recomendado para síntese proteica mitocondrial 
Puromicina Procarioto e Eucarioto Ocupa o sítio “A” devido sua semelhança com o aminoacil RNAt 
 
 
 
26. ESTRUTURA 
 
 Rede de tubos ramificados e sacos achatados que se 
estendem pelo citoplasma e interconectam-se, constituindo um 
espaço interno denominado lúmen. São encontrados em todas 
as células eucariotas. 
 Em síntese é um conjunto de membranas que 
delimitam cavidades de diferentes formas. Estende-se o 
envoltório nuclear e percorre grande parte do citoplasma. 
 O lúmen apresenta os produtos de secreção e 
proteínas que atuam no transporte e nas modificações destes 
compostos (chaperones e enzimas). As proteínas são 
produzidas e modificadas no lúmen do retículo endoplasmático. 
As proteínas solúveis ficam no lúmen do retículo 
endoplasmático e as não solúveis aderidas à membrana do 
retículo endoplasmático. 
 Existe dois tipos de retículo endoplasmático: Retículo 
Endoplasmático Rugoso (R.E.R.) e Retículo Endoplasmático 
Liso (R.E.L.). 
! Um tipo de retículo endoplasmático pode se transformar em 
outro. 
 
27. FUNÇÃO DO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO 
 
• SÍNTESE PROTEICA → o peptídeo sinal é produzido em ribossomos livres e tem a função de encaminhar a síntese proteica para o retículo 
endoplasmático rugoso. 
 A partícula reconhecedora do sinal (PRS) se liga ao peptídeo sinal direcionando o complexo peptídeo, desta forma o ribossomo e o 
peptídeo se ligam a membrana do retículo endoplasmático rugoso. Após a ligação, ocorre o desligamento da PRS permitindo a continuidade 
da síntese proteica. 
 Durante este processo ocorre também a ligação da cadeia peptídica nascente a um poro na membrana, permitindo o início de sua 
translocação para a luz do retículo endoplasmático rugoso. 
 A partir desse momento a enzima peptidase do sinal reconhece a sequência sinal e cliva a proteína neste ponto retirando a sequência 
sinal. O peptídeo sinal permanece temporariamente na membrana do retículo endoplasmático rugoso até ser degradado e seus 
aminoácidos são reaproveitados. 
• MODIFICAÇÃO PÓS-TRADUCIONAIS → proteínas do tipo chapetones (BiP) auxiliam na aquisição da conformação das proteínas (formação 
estrutural das proteínas), não promovem a renaturação das proteínas. A proteína dissulfeto isomerase forma pontes de dissulfeto. A enzima 
oligossacaril-transferase) faz a adição de glicídios para a formação de glicoporteinas (glicosilação). 
 
 
 
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28. FUNÇÃO DO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO 
 
• SÍNTESE DE LIPÍDEOS → formação de lipídeos que serviram de matéria-prima para novas membranas e organelas. A síntese se inicia no 
citoplasma e termina no interior da membrana. Primeiramente, após a formação doa ácido fosfatídico no citoplasma, este é inserido na 
membrana promovendo um crescimento da face citoplasmática do retículo endoplasmático liso. Em segundo lugar, há alteração da cabeça 
polar do lipídeo pela inserção de grupos polares. Por fim, há a translocação dos fosfolipídios para a face interna por ação das flipases. 
• SÍNTESE DE COLESTEROL → esse lipídeo produzido no retículo endoplasmático liso é usado como precursor dos hormônios esteroides no 
ovário e testículos, hormônios suprarrenais e ácidos biliares. 
• DETOXIFICAÇÃO → oxidação de drogas solubilizando-as para a excreção pela urina. Algumas drogas insolúveis como herbicidas, inseticidas, 
aditivos da indústria alimentícia e alguns medicamentos, tendem a acumular no organismo. 
 Na detoxificação uma série de reações de oxidação ocorrem no retículo endoplasmático liso das células hepáticas, epiderme, rins e 
pulmões, permitindo que essas substâncias insolúveis tornem-se solúveis e sejam eliminadas. 
• RESERVATÓRIO DE CALCIO → o cálcio atua como mensageiro secundário nos processos relacionados à contração e relaxamento muscular 
(retículo sarcoplasmático). 
• GLICOGENÓLISE → é o processo de hidrólise das ligações glicosídicas da molécula do glicogênio por ação enzimática levando à formação 
de glicose a partir de glicogênio, todas as vezes que o organismo necessitar de glicose. 
! Apenas o glicogênio hepático auxilia na regulação da glicemia, pois somente os hepatócitos apresentam membrana luminal do retículo 
endoplasmático liso a enzima glicose-6-fosfatase. 
 
 
 
29. ESTRUTURA 
 
 O complexo de Golgi consiste de sacos membranosos, achatados e 
empilhados forma pilhas encurvadas contendo espaços internos denominadas 
cisternas. A localização depende do tipo e função celular, em geral, perto do 
núcleo. Nas células de secreção localiza-se entre o núcleo e o grânulo de 
secreção. 
 Por apresentarem morfologia e função variada são classificados em 
diferentes regiões: 
 
REDE GOLGI CIS → CISTERNAS CIS → CISTERNAS MÉDIAS → CISTERNAS 
TRANS → REDE GOLGI TRANS 
 
 
 
• VESÍCULAS DE TRANSPORTE → são esféricas de menor diâmetro; transportam material do retículo endoplasmático para o complexo de 
Golgi e deste para diferentes organelas, como as mitocôndrias. 
• VESÍCULAS DE SECREÇÃO → são esféricas; transportam material do complexo de Golgi. 
! Os dictossomos correspondem a cada pilha de cisterna com suas vesículas. Podem ter vários dictossomos numa mesma célula. 
 
30. VIAS DE VESÍCULAS DE EXPORTAÇÃO 
 
 
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31. COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
 As membranas apresentam uma composição intermediária entre retículo endoplasmático e a membrana plasmática. 
- Proteína: específicas do complexo de Golgi (enzimas e proteínas estruturais). As proteínas de secreção (conteúdo enzimático dos 
compartimentos do complexo de Golgi) variam conforme a célula; 
- Lipídeos: principalmente fosfolipídios; 
- Carboidratos: glicose, galactose, manose, frutose, ácido siálico, n-acetilglicosamina, glicosaminoglicanos (polissacarídeo). 
 
32. FUNÇÃO 
 
- Compõe o principal sítio de seleção, endereçamento e transporte das substâncias sintetizadas no retículo endoplasmático. 
- Fazem o processamento de proteínas e lipídeos através da glicosilação, sulfatação e fosforilação. 
- Realizam síntese de polissacarídeos que servirão para compor a membrana plasmática, a parede celular vegetal e/ou a matriz extracelular. 
- Na função de transporte, o complexo de Golgi participa da via biossintética secretadora de proteínas e lipídeos, participando da formação de 
vesículas de secreção, lisossomos e membrana plasmática. 
! O transporte anterógrado ocorre o seguinte processo: retículo endoplasmático → complexo de Golgi → destino final. 
! O transporte retrógrado ocorre o seguinte processo: complexo de Golgi → retículo endoplasmático. 
 
33. TRANSPORTE 
 
• TRANSPORTE ENTRE O RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO E COMPLEXO DE GOLGI → aparentemente, não há uma sinalização específica, 
sugere-se que a concentração poderia estar atuando como um sinal. 
• TRANSPORTE A PARTIR DO COMPLEXO DE GOLGI PARA OS LISOSSOMOS→ nesse processo, há o transporte seletivo; as enzimas 
lisossomais apresentam uma manose-6-fosfato incorporada na sua estrutura, que são reconhecidas por receptores da membrana da 
vesícula. A alteração no pH dos lisossomos promove o desligamento do receptor e a vesícula retorna ao complexo Golgi. 
• VIA SECRETORA → transporta produtos destinados à secreção celular. 
- Secreção construtiva: após deixarem o complexo Golgi, os produtos são secretados de maneira contínua e não regulada. Não dependem 
de nenhum sinal específico e em geral é utilizado para a renovação da membrana celular. 
- Secreção regulada: nesta via, os produtos de secreção são retidos em vesículas de secreção, ou condensação, até que um sinal específico 
determine a sua liberação. Estas vesículas constituem uma reserva de material a ser exportado pela célula. 
! A insulina é armazenada na sua forma inativa (pró-insulina) e através de estímulos ela é clivada tornando-se ativa. 
• TRANSPORTE VESICULAR → os tipos de vesículas dependem do tipo de substâncias que carregam e seu endereçamento. 
 Vesículas que não selecionam os produtos a serem transportados partem do retículo endoplasmático → complexo de Golgi → entre 
cisternas do complexo de Golgi. Estas vesículas são responsáveis pela secreção constitutiva par a membrana; apresentam uma cobertura 
proteica (coatâmeros) que auxiliam no seu brotamento. Estas vesículas contendo coatâmeros são responsáveis eplo transporte inespecífico 
de substâncias. 
- Cop I: promove o transporte entre as cisternas do complexo de Golgi e o retículo endoplasmático (retrogrado); 
- Cop II: promove o transporte de vesículas do retículo endoplasmático para o complexo de Golgi. 
 Vesículas que selecionam os produtos e os transportam para determinado compartimento; do complexo de Golgi para os lisossomos 
ou para grânulos de secreção específicos. Estas vesículas apresentam uma cobertura proteica chamada clatrinas (responsáveis pelo 
transporte específico de substâncias). 
 
34. PROCESSOS QUÍMICOS 
 
• GLICOSILAÇÃO DE GLICOPROTEÍNAS → no complexo de Golgi ocorre a adição de glicídios nas proteínas e lipídeos além do processamento 
dos glicídios provenientes do retículo endoplasmáticos. 
• FOSFORILAÇÃO → formação das enzimas lisossomais pela fosforilação da manose do carbono 6. 
• SULFATAÇÃO → adição de grupos sulfato que conferem carga negativa à proteína, por exemplo os proteoglicanos da matriz extracelular. 
• FORMAÇÃO DO ACROSSOMO → a partir do complexo de Golgi ocorre a formação desta estrutura rica em enzimas hidrolíticas, proteases 
e glicosidases. 
 
 
35. ESTRUTURA 
 
 Os lisossomos são organelas circundadas de uma membrana formada por uma bicamada lipídica. Essa membrana apresenta 
características lipoproteicas, contendo em seu interior enzimas hidrolíticas com atividade máxima em pH ácido (hidrolases ácidas). São 
corpúsculos geralmente esféricos e de dimensão muito variável. 
 FUNÇÃO → desempenha a função de realizar a digestão intracelular. 
 Por possuir o pH mais ácido que o citoplasma, as enzimas lisossomais permanecem em seu interior; desta forma a célula é protegida 
pela membrana do lisossomo rica em carboidratos. Esse pH é mantido ótimo para sua função por meio de enzimas que utilizam a energia liberada 
pelo ATP para bombear prótons (H+) para o interior da organela. 
 Quando acumulam material não digerido, eles se tornam corpos residuais que podem permanecer por tempo variável na célula ou 
serem liberados por exocitose. As células que não se dividem, como neurônios e células do músculo cardíaco, os resíduos não são eliminados. 
Eles se agregam formando grandes partículas contendo lipídeos, denominados de grânulos de lipofuscina. 
 
 
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36. PROCESSOS DE DIGESTÃO CELULAR 
 
• AUTOFAGIA → processo fisiológico onde as organelas são degradadas por autofagossomos, os quais se fundem com o lisossomo, podendo 
ou não evoluir para a morte celular. Pode haver a degradação de organelas envelhecidas danificadas ou em quantidades excessivas. 
 Exemplos: glândulas mamarias após o termino da lactação; regressão do útero após o parto; metamorfose dos girinos. 
• CRINOFAGIA → processo de degradação de grânulos acumulados no citoplasma em células secretoras que deixaram de receber estímulos 
para a secreção. Assim, a célula volta a seu estado basal de atividade, até receber novo estímulo. 
• ENDOCITOSE 
 
 
 
- Pinocitose: pequenas quantidades de material são envolvidas por uma depressão da membrana plasmática, que se separa e forma de 
vesículas contendo água, moléculas e proteínas solúveis. Sua taxa varia de célula para célula, sendo elevada em células com os macrófagos. 
Esse processo é importante para a reciclagem dos segmentos de membrana. 
- Fagocitose: formação de vesículas contendo partículas maiores, que desempenham o papel de aquisição de nutrientes, em seres 
unicelulares; defesa contra microrganismos, eliminação de células danificadas e envelhecidas, em seres pluricelulares. Ocorre em células 
como os macrófagos, neutrófilos e monócitos. O processo depende da ligação de partículas externas a receptores da membrana, formando 
prolongamentos chamados pseudópodes e, posteriormente, uma vesícula (fagossomo). 
 Os lisossomos primários, dentro da célula, fundem-se ao fagossomo formando lisossomos secundários (heterofagossomos ou 
fagolisossomos). 
 
37. DOENÇAS RELACIONADAS AOS LISOSSOMOS 
 
• DOENÇA DE INCLUSÃO → afeta a síntese de n-acetilglicosamina fosfotransferase, envolvida no processo pós-traducional das enzimas 
lisossomais no complexo de Golgi. Assim os resíduos de manose não são fosforilados. 
 As enzimas que não contém a manose-6-fosfato não são reconhecidas pelos receptores sendo conduzidas para fora das células. Sem 
as enzimas, várias substâncias se acumulam nos lisossomos formando corpos de inclusão; 
• MUCOPOLISSACARIDOSES → devido à ausência de diversas enzimas lisossomais ocorre o acúmulo de glicosaminoglicanos. Este acúmulo 
ocorre em vários órgãos e tecidos e a eliminação de seu excesso se dá através da urina. 
 Essa doença pode causar características como: baixa estatura, fácies grotescas, rigidez articular e em alguns casos, opacidade de córnea 
e retardo mental; 
• SILICOSE → nos pulmões, ocorre a fagocitose, pelos macrófagos, de substâncias sólidas (pó de sílica) que se acumulam nos lisossomos 
provocando o rompimento da organela, levando a destruição das células e ao comprometimento tecidual; 
• GOTA → acúmulo de cristais de urato de sódio (ácido úrico) provocando o rompimento celular em diversos tecidos; 
• FEBRE REUMÁTICA → ocorre digestão da membrana dos lisossomos, realizada por bactérias do tipo Streptococcus pyogenes; 
• ARTRITE REUMÁTICA → a cartilagem é degradada por proteases ácidas lisossomais liberadas na matriz extracelular. 
 
 
38. ESTRUTURA 
 
 Organela de forma arredondada ou alongada presente no citoplasma das células eucariontes. Possuem dupla membrana e são 
especializadas na síntese de ATP, utilizando energia derivada do transporte de elétrons. 
• MEMBRANA EXTERNA → contém enzimas de degradação de lipídeos e ácidos graxos; semelhante à membrana plasmática. É permeável a 
moléculas pequenas e íons. Apresenta proteínas porinas a membrana, que formam canais. A membrana externa é rica em colesterol. 
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• MEMBRANA INTERNA → enzimas que selecionam moléculas e íons que atravessam a membrana. Contém a Cadeia Transportadora de 
Elétrons (complexos proteicos I a IV); apresenta o complexo ATP sintase; presença de cristas mitocondriais. Muito semelhante a membrana 
das bactérias. 
• ESPAÇO INTERMEMBRANAS → contém enzimas e prótons (H+) transportados da matriz mitocondrial. 
 
 
 
39. FUNÇÃO 
 
- Respiração (síntese de ATP); 
- Desencadeamento de apoptose; 
- Remoção de Ca+ do citosol – em condições excepcionais (normalmente é o retículo endoplasmático liso); 
- Síntese de aminoácidos – hepatócitos; 
- Síntese de hormônios: células do córtex supra-renal, ovários e testículos;colesterol é transportado para as mitocôndrias e retículo 
endoplasmático liso (na mitocôndria ocorre a produção de glicocorticoides). 
 
40. TEORIA QUIMIOSMÓTICA 
 
 Os prótons (H+), produzidos no Ciclo de Krebs e na matriz mitocondrial, são transportados para o espaço intermembrana. 
 O transporte utiliza a energia liberada pelos elétrons, durante a passagem pela cadeia transportadora de elétrons. A energia do fluxo 
retrógrado de prótons, pela ATP sintase é usada para transformar ADP+Pi em ATP. 
 
41. REAÇÕES MITOCONDRIAIS 
 
• GLICÓLISE → a oxidação da glicose que ocorre no citosol da célula formando ATP e ácido pirúvico (utilizado na glicólise aeróbia e anaeróbia) 
 Na glicólise ocorre a formação de: 
- ATP: ao nível de substrato, ou seja, sem a participação da cadeia de elétrons; 
- NADH+H+: seus H+ e elétrons são transportados do citosol para as mitocôndrias (sistema lançadeiras); 
• DESCARBOXILAÇÃO → ocorre na matriz mitocondrial. 
 
O acetil-CoA será direcionado ao Ciclo de Krebs. 
• OXIDAÇÃO DOS LIPÍDEOS → os lipídeos, a partir da lipase hormônio sensível (LHS), há a formação de álcool e ácidos graxos livres (oxidação). 
A LHS é inibida pela insulina (ação lipogênica) e ativada pelo glucagon, adrenalina e hormônio do crescimento (ação lipolítica). 
 Na primeira etapa, há a ativação do ácido graxo em acetil-CoA, no citoplasma, que é transportado para a mitocôndria. 
 
42. COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
• PROTEÍNAS → a maior parte é enzimas pertencentes ao Ciclo de Krebs e a β-oxidação dos ácidos graxos; 
• LIPÍDEOS → a maior parte é fosfolipídios, apresentando também triacilglicerídeos e colesterol; 
• ÁCIDOS NUCLEICOS → pequena quantidade de DNA, ribossomos, RNAr, RNAm, RNAt. 
 
 
 
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43. ORIGEM DAS MITOCÔNDRIAS 
 
 A presença de DNA e RNA de mecanismo próprio de autoduplicação sugere que as mitocôndrias originam-se de bactérias aeróbias, 
que estabeleceram relação simbiótica com células eucarióticas anaeróbias, no início da vida na Terra. 
 O ribossomo mitocondrial possui características intermediária entre célula procariota e eucariota. Esses ribossomos mitocondriais 
produzem apenas 13 proteínas, as demais são sintetizadas pelos DNAs nucleares da célula e vão para a mitocôndria, com o auxílio das 
chaperones, na forma primárias, e lá sofre sua conformação espacial.

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