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CORROSÃO GALVÂNICA EM BLOCOS DE 
VÁLVULAS DE ALUMÍNIO
Alexandre Maurilio da Silva 1
Edmar Guessi 2
Evandro Guimarães Fernandes3
 Resumo: A corrosão está presente nos materiais metálicos em geral e, em especial, envolvidos nas diversas atividades industriais. A deterioração destes é causada pela interação físico-química entre o material e o meio corrosivo, onde causa grandes problemas nas mais variadas atividades. Muitas dessas corrosões são do tipo galvânico que pode ser muito prejudicial ao sistema, máquina ou equipamento que este se interage. O presente trabalho buscou encontrar na prática um problema envolvendo corrosão e assim identifica-la qual o tipo desta e propor um método de combate à corrosão. 
Palavras-chave: Corrosão; galvânico; combate à corrosão.
1 – Introdução
	
Desde a pré-história, quando o homem aprendeu a trabalhar com os metais, ele vem lutando contra um problema sério ainda hoje a corrosão causa grandes transtornos nas mais variadas atividades e provocam muitos prejuízos materiais incluindo a própria segurança do homem. A corrosão pode ocasionar fraturas repentinas de partes críticas de equipamentos, causando acidentes que podem até resultar em perda de vidas. Mesmo em casa e em nossas atividades de rotina percebe-se o processo corrosivo em geladeiras, fogões, automóveis, entre outros. 
A corrosão pode ser definida como a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação física, química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços mecânicos. Sendo a corrosão, em geral, um processo espontâneo, está constantemente transformando os materiais metálicos de modo que a durabilidade e desempenho dos mesmos deixam de satisfazer os fins a que se destinam. A deterioração causada pela interação físico-química entre o material e o meio em que se encontra leva a alterações prejudiciais e indesejáveis, sofridas pelo material, tais como: desgaste, transformações químicas ou modificações estruturais, tornando o material inadequado para o uso.
O estudo dos processos de corrosão tem crescido bastante, pois cerca de metade das falhas dos materiais tem sido atribuída a esse fenômeno. O conhecimento tanto dos princípios da corrosão quanto da proteção anticorrosiva se apresenta como um desafio no campo da engenharia. O fenômeno da corrosão é encarado como a destruição dos materiais metálicos e não metálicos em contato com o meio ou ambiente, devido a interações químicas e/ou mecânicas. 
Os materiais estão expostos a meios corrosivos como a atmosfera, a água, o solo e os produtos químicos, ocorrendo diferentes mecanismos para esses processos. O conhecimento dos mecanismos ajuda no controle das reações envolvidas no processo de corrosão, os principais mecanismos são o químico e o eletroquímico. 
O contato elétrico entre materiais diferentes resulta no processo corrosivo conhecido como corrosão galvânica. A intensidade deste tipo de corrosão será proporcional à distância entre os valores dos materiais envolvidos na tabela de potenciais eletroquímicos, em outras palavras, na nobreza dos materiais. Exerce influência neste tipo de corrosão a proporcionalidade entre as áreas anódica e catódica. Tal proporção deverá ser menor possível com vistas a se obter a mínima corrosão na área anódica aliada a sua uniformidade.
A corrosão galvânica provavelmente é o tipo mais comum, porque a corrosão em função da água quase sempre se deve ao processo galvânico. Alguns casos típicos são reservatórios, tubulações ou estruturas expostas ao tempo, submersas ou subterrâneas. Nessas condições, há a presença, constante ou não, de água, que favorece a formação de células galvânicas.
Na prática, as células galvânicas se formam devido às diferenças de materiais existentes como soldas, conexões ou simples diferenças superficiais no mesmo metal. O eletrólito pode ser a água contida no solo ou em contato direto com o líquido.
2 – Objetivo
O objetivo do presente trabalho é demonstrar os processos de corrosão, em especial a galvânica, como ocorre, como podem ser evitados e os danos causados. Além disso, apresentamos aqui, um caso prático envolvendo este tipo de corrosão.
3 – Corrosão Galvânica
3.1 - Mecanismo
É a corrosão que se dá quando dois materiais ou duas ligas diferentes estão em contato mútuo em um meio eletrolítico, formando uma pilha passiva-ativa, na qual o material menos nobre (anodo) é corroído. A intensidade deste tipo de corrosão será proporcional à distância entre os valores dos materiais envolvidos na tabela de potenciais eletroquímicos, ou seja, na nobreza dos materiais. 
A proporcionalidade entre as áreas catódica e anódica, também exercem grande influência.
A presença de íons metálicos no eletrólito é um fator importante nesta corrosão. No caso dos íons no eletrólito serem mais catódicos que os materiais com os quais possam ter contato, haverá corrosão devido a reações de troca entre o metal e os cátions dissolvidos, com consequente oxidação do metal.
Quando materiais metálicos de potenciais elétricos diferentes estão em contato, a corrosão do material metálico que funciona como anodo (Aquele que irá se oxidar) é muito mais acentuada que a corrosão isolada desse material sob a ação do mesmo meio corrosivo.
Consequentemente, a corrosão do material que funciona como catodo é muito baixa e acentuadamente menor que a que ocorre quando o material sofre corrosão isolada.
A consulta à tabela de potenciais é de extrema importância na hora de escolher os materiais. Quanto maior for a distância, na tabela, dos materiais, maior e mais grave será a corrosão galvânica. Do contrário, quanto mais próximo estiverem estes materiais, menos agressiva será essa corrosão.
Tabela 1: Potenciais elétricos dos materiais.
A corrosão galvânica ocorre frequentemente quando se tem um metal colocado em uma solução contendo íons, facilmente redutíveis, de um metal que seja catódico em relação ao primeiro.
Um fator bastante importante na corrosão galvânica é a relação entre a área anódica e a catódica. Se esta relação de área anódica/área catódica for maior que um, ou seja, se a área catódica for bastante pequena em relação à área anódica, a corrosão não será de grande relevância, isto é, não será tão prejudicial.
Consequentemente, se a área catódica for maior que a área anódica, a corrosão será bastante intensa e será mais intensa quanto maior for a área catódica, pois tem-se, nesse caso, uma alta densidade de corrente na parte metálica (área anódica) que está sofrendo a corrosão.
Um outro fator importante que devesse atentar, é que há a formação de películas sobre a superfície metálica, principalmente em meio oxidante. É o caso de o metal se tornar passivo, como, por exemplo, o alumínio, que se torna passivo devido à película de Al2O3, tornando-se catódico em relação ao ferro. (GENTIL, 2007.)
Um outro fator que pode ocasionar inversão de polaridade, é a temperatura. Pode atuar, por exemplo, no caso do zinco: em meios corrosivos usuais, o zinco é anodo em relação ao ferro, mas em água quente, acima dos 60ºC, a polaridade se inverte e o zinco se torna catódico em relação ao ferro.
É possível observar esta ocorrência na deterioração prematura de tubulações de aço galvanizado, para condução de água quente. Verifica-se que águas com teores elevados de carbonatos e nitratos favorecem a inversão da polaridade, enquanto em águas com teores elevados de cloretos e sulfatos esta tendência diminui, não chegando a existir inversão de polaridade.
Abaixo, pode-se observar na figura um exemplo de corrosão galvânica em um bloco de válvulas de alumínio em contato com a conexão de aço.
Figura 1: Corrosão galvânica em blocos de válvulas pneumática de alumínio.
3.2 – Proteção
Quando se tem a necessidade de ligar dois materiais metálicos de potenciais diferentes, a consulta à tabela de potenciais ou à tabela de potenciais de oxidação ou, ainda, em alguns casos, à tabela prática da água do mar é de grande utilidade e extrema importância.
Um processo bastante utilizado também é a união dielétrica. Neste processo, duas partesde metais diferentes são eletricamente isoladas uma da outra para evitar a corrosão galvânica.
A união dielétrica promove o isolamento entre os dois metais, impedindo que a eletrólise ocorra. Ela atinge este isolamento por uma inserção de plástico localizado entre as duas partes metálicas durante a montagem de uma peça ou de um equipamento. Normalmente utilizada em sistemas de encanamento e de tubulações, a união dielétrica impede o contato direto da parte metálica dos tubos, o que impede a fissuração por corrosão, com o uso de encaixes em flanges, em forma de T e em outros formatos e modelos, geralmente produzidos em algum tipo de plástico, como o PVC, o policloreto de vinila clorado (CPVC).
A aplicação de revestimentos protetores, se for aplicado qualquer revestimento protetor, que alguns poderiam imaginar somente necessário para o metal funcionando como anodo, é recomendável também o revestimento do cátodo, evitando assim que, caso haja falha no revestimento do anodo, não fique uma pequena área anódica exposta a uma grande área anódica.
Tubulações de sistemas em circuito fechado, como torres de resfriamento e circuitos de água quente, podem ter a corrosão interna controlada pelo tratamento químico da água. Seja interna ou externamente, pinturas e revestimentos contribuem para reduzir a corrosão galvânica, mas sua durabilidade não é eterna e sempre apresentam pequenas falhas, mesmo quando novos. Isso significa a necessidade de manutenções periódicas.
	
3.3 – Casos Práticos
Ocorre em trocadores de calor, com feixe de tubos de alumínio: A presença de pequenas concentrações de Cu2+ na água de resfriamento ocasiona, em pouco tempo, perfurações nos tubos. Ocorre ainda, em trocadores de calor com feixe de tubos de aço inoxidável e chicanas ou separadores de aço-carbono corrosão severa nas chicanas ou separadores. 
Em tanques de aço-carbono ou de aço galvanizado. A corrosão galvânica é ocasionada pela presença de cobre ou compostos originados pela ação corrosiva ou erosiva da água sobre a tubulação de cobre que alimenta o tanque. Por esse motivo deve-se evitar, sempre que possível, que um fluido circule por um material catódico antes de circular por um que lhe seja anódico.
Um outro exemplo é, se uma tubulação subterrânea de cobre é assentada junto a uma de aço. Se houver, de alguma forma, um contato elétrico entre ambas, haverá a formação de uma extensa célula galvânica que aumentará significativamente a corrosão no aço.
Tem-se ainda, quando uma tubulação subterrânea de aço já atacada pela corrosão, foram trocados apenas os trechos mais corroídos. Algum tempo depois, verificou-se que os trechos novos duraram menos que o esperado. Conforme tabela, o aço novo tem um potencial mais negativo que o usado e, assim, os trechos novos ficaram anódicos em relação aos antigos e, portanto, foram mais afetados.
4 – Referências
ALVAREZ, I. “Guias de proteção catódica” - Guia nº. 5, ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, Rio de Janeiro, 1979.
JUNIOR, Milton. Meios corrosivos, São Paulo, Julho 2010.
 
ROCHA, Aline. Corrosão e degradação de materiais. Ceará. Disponível em <www.ebah.com.br > Acesso em:18 novembro 2016.
GENTIL, Vicente. “Corrosão”- 5.ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2007.

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