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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIJORGE CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ANA PRISCILA AMARAL DE ANDRADE BRUNA LOUISE SANTOS CIDREIRA FABIANNE SÁ NASCIMENTO NEURACY SANTOS CARVALHO SIDNEI DE JESUS DA SILVA TIAGO DE JESUS NASCIMENTO SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS Salvador 2014 ANA PRISCILA AMARAL DE ANDRADE BRUNA LOUISE SANTOS CIDREIRA FABIANNE SÁ NASCIMENTO NEURACY SANTOS CARVALHO SIDNEI DE JESUS DA SILVA TIAGO DE JESUS NASCIMENTO SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS Trabalho apresentado pelos alunos do 2º semestre, turma 2BN, sob a orientação da Professora Karina Lima, da disciplina Matemática Financeira, como requisito parcial para a composição da nota da Av2. Salvador 2014 SUMÁRIO 1. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO 04 1.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF), SISTEMA PRICE OU TABELA PRICE 05 1.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) 05 1.3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM) 06 1.4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO (SAA) 06 1.5 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CRESCENTE (SACRE) 07 2. EMPRÉSTIMO x FINANCIAMENTO 08 2.1 EMPRÉSTIMO 08 2.2 FINANCIAMENTO 08 2.3 DIFERENÇAS ENTRE EMPRÉSTIMO X FINANCIAMENTO 08 3. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO NO BRASIL 09 3.1 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO MAIS UTILIZADOS NO MERCADO FINANCEIRO 09 3.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MAIS UTILIZADO PELA PRINCIPAL INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL (CASA PRÓPRIA) – CAIXA 09 4 EXEMPLOS DE PLANILHA DE FINANCIAMENTO DOS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO SAC e SAF 11 4.1 ANÁLISE COMPARATIVA S.A.C x S.A.F 11 http://robsonlsoares.wordpress.com/2013/04/19/sistema-de-amortizacao-misto-sam/ 1. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO Os sistemas de amortização são métodos de cálculo da matemática financeira que abrangem os juros e o prazo acertados em contrato e definem qual a prestação mensal e que parcela dessa prestação abaterá aos poucos a dívida. Entre os principais e mais utilizados sistemas de amortização de empréstimos temos: Sistema de Amortização Francês (conhecido também como Sistema Price), Sistema de Amortização Constante (SAC), Sistema de Amortização Americano e o Sistema Misto conhecido como Sistema de Amortização Crescente (Sacre). Muitas vezes os bancos e as instituições financeiras criam sistemas de amortização específicos, não-convencionais, adequados a determinadas situações ou características do mercado ou dos clientes Para melhor compreensão, observe alguns conceitos das variáveis aplicadas nos Sistemas de Amortização: • Saldo devedor: é o valor devido em certo período, imediatamente após a realização do pagamento relativo a este período; • Amortização: é o pagamento do principal ou capital emprestado que é feito, normalmente, de forma periódica e sucessiva durante o prazo de financiamento; • Juros: é o custo do capital tomado sob o aspecto do mutuário e o retorno do capital investido sob o aspecto do mutuante; • Prestação: é o pagamento da amortização mais os juros relativos ao saldo devedor imediatamente anterior ao período referente à prestação. A taxa de juros pode ser pré ou pós-fixada, dependendo de cláusula contratual. Entende-se como taxa pré-fixada aquela cuja expectativa de inflação futura já está incorporada à taxa, enquanto na pós-fixada existe a necessidade de apurar-se a desvalorização ocorrida por conta da inflação, compensado-a através da correção monetária. 1.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF), SISTEMA PRICE OU TABELA PRICE A denominação Sistema de Amortização Francês vem do fato de ter sido utilizado primeiramente na França, no século XIX. Esse sistema caracteriza-se por pagamentos do principal em prestações iguais, periódicas e sucessivas. É o mais utilizado pelas instituições financeiras e pelo comércio em geral. Como os juros incidem sobre o saldo devedor que, por sua vez, decresce à medida que as prestações são pagas, eles são decrescentes e, conseqüentemente, as amortizações do principal são crescentes. O Sistema ou Tabela Price tem esse nome em homenagem ao economista inglês Richard Price, o qual incorporou a teoria do juro composto às amortizações de empréstimos, no século XVIII. Basicamente a Tabela Price é um caso particular do Sistema de Amortização Francês, em que a taxa de juros é dada em termos nominais (na prática é dada em termos anuais) e as prestações têm período menor que aquele a que se refere a taxa de juros (em geral, as amortizações são pagas em base mensal). Nesse sistema, o cálculo das prestações é feito usando-se a taxa proporcional ao período a que se refere a prestação, calculada a partir da taxa nominal. 1.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) Sistema de Amortização Constante (SAC) mundial e secularmente denominado de Método Hamburguês é uma forma de amortização de um empréstimo por prestações que incluem os juros, amortizando assim partes iguais do valor total do empréstimo. Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta forma, no sistema SAC o valor das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada prestação. O valor da amortização é calculada dividindo- se o valor do principal pelo número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas. O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amortização é sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da http://pt.wikipedia.org/wiki/Amortiza%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo http://pt.wikipedia.org/wiki/Presta%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Juro dívida seja maior no início do financiamento, fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros mecanismos de amortização. 1.3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM) Neste sistema o devedor irá pagar prestação, sendo que cada uma é a média aritmética simples entre os valores encontrados para as prestações calculadas pela “Tabela Price” e pelo “SAC”. Isso implica que os juros, amortizações e saldos devedores no “SAM”, em cada período, também sejam, cada um, a média aritmética entre os juros, amortizações e saldos devedores dos Sistemas de Amortizações Constantes e Crescentes. O valor da prestação inicial também será superior ao valor da prestação calculada pela “Tabela Price”, porém inferior à prestação calculada pelo “SAC”. 1.4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO (SAA) Neste esquema de amortização o principal é restituído por meio de uma parcela única ao fim da operação. Os juros podem ser pagos periodicamente (mais comum) ou capitalizados e pagos juntamente com o principal no fim do prazo acertado. O devedor pode constituir um fundo de amortização do empréstimo (sinking fund), no qual deposita periodicamente as quotas de amortização. Essas quotas, por sua vez, devem render juros de tal modo que, na data de pagamento do principal, o saldo desse fundo de amortização seja igual ao capital a pagar, liquidando, dessa maneira, o empréstimo. Se a taxa de aplicação do sinking fund ( )si for menor que a taxa à qual o financiamento foi contratado (i), o dispêndio total feito pelo devedor em cada período será maior que a prestação calculada no Sistema Price. Isto é, o custo financeiro do Sistema de Amortização Americano será maior que o custo financeiro do Sistema Price. http://robsonlsoares.wordpress.com/2013/04/19/sistema-de-amortizacao-misto-sam/ 1.5 SISTEMA DEAMORTIZAÇÃO CRESCENTE (SACRE) O Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é baseado no SAC e no Sistema Price, já que a prestação é igual à média aritmética calculada entre as prestações desses dois sistemas, nas mesmas condições de juros e prazos. Aproximadamente até a metade do período de financiamento, as amortizações são maiores que as do Sistema Price. Como decorrência disso, a queda do saldo devedor é mais acentuada e são menores as chances de ter resíduo ao final do contrato, como pode ocorrer no Sistema Price. Uma das desvantagens do SACRE é que suas prestações iniciais são ligeiramente mais altas que as do Price. Contudo, após a metade do período, o mutuário sentirá uma queda substancial no comprometimento de sua renda com o pagamento das prestações. 2. EMPRÉSTIMO x FINANCIAMENTO 2.1 EMPRÉSTIMO Empréstimo é o meio pelo qual uma pessoa, seja física ou jurídica, transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário (devedor), sob determinada condição, correndo por conta do mutuário todos os riscos dela, desde a tradição. As Instituições Financeiras emprestam dinheiro ao devedor, mediante pagamento de juros. 2.2 FINANCIAMENTO Financiamento é uma operação financeira em que a parte financiadora fornece recursos para outra parte que está sendo financiada, de modo que esta possa executar algum investimento específico, previamente acordado. 2.3 DIFERENÇAS ENTRE EMPRÉSTIMO X FINANCIAMENTO O financiamento se diferencia do empréstimo justamente porque no primeiro, o tomador mutuário utiliza o recurso como bem quiser, já no financiamento, o financiado é obrigado a utilizar o recurso captado conforme estabelecido em contrato. 3. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO NO BRASIL 3.1 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO MAIS USADOS NO MERCADO FINANCEIRO Existem diversos mecanismos de amortização de dívidas reconhecidas internacionalmente e disponíveis nos manuais de Matemática Financeira. No Brasil para atuar no sistema financeiro Imobiliário (SFI) os bancos operam com o sistema de amortização constante (SAC), a Tabela Price (TP) e o Sistema de amortização crescente (SACRE), trata-se de formas distintas de cálculo das prestações do seu financiamento imobiliário. Você precisa saber que em todos os sistemas de amortização uma parcela da prestação que você paga é destinada ao pagamento de juros e outra parcela é destinada à amortização (pagamento) da dívida. Além disto, ainda podem constar na prestação uma parcela do seguro de Morte e Invalidez permanente (MIP) e outra parcela do seguro para Danos Físicos do Imóvel (DFI). Os juros no Sistema financeiro imobiliário estão atualmente na faixa de TR+6% ao ano, TR + 8,16% ao ano e TR + 10,5% ao ano para família com renda de 1 SM até R$ 4.900,00 através da Carta de Crédito FGTS e TR+12% ao ano TJLP + 5,5% ao ano ou INCC + 1% ao mês para famílias com Renda superior a R$ 4.900,00 em outras modalidades com Recursos da Poupança, do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, ou outras fontes de Recursos (Funding) de Construtoras e Incorporadoras. A principal diferença entre o valor das prestações está na parcela da dívida que está sendo amortizada, e é esta a diferença entre estas três metodologias. 3.2 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO MAIS UTILIZADOS PELA PRINCIPAL INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL (CASA PRÓPRIA) Uma das grandes dificuldades encontradas na hora da obtenção da casa própria é em relação ao dinheiro. Dificilmente se tem o valor suficiente para o pagamento à vista, ao mesmo tempo em que o financiamento costuma ser uma opção um pouco nebulosa para algumas pessoas. Com certeza você já deve ter ouvido falar no Sistema de Amortização nas parcelas do financiamento. A Caixa Econômica Federal utiliza esse sistema e ele tem se tornado bem popular no Brasil. Ele acontece de maneira inversa, ou seja, no início, suas parcelas serão um pouco mais elevadas, para que você consiga amortizar mais a dívida, diminuindo os juros e o saldo total. Nessa situação, as parcelas vão decrescendo, de maneira que não sobram resíduos, com o intuito de que você diminua a quantia de juros que você paga. Nessa modalidade você tem a garantia de que estará menos exposto as mudanças da TR – Taxa Referencial usada no contrato. Porém, no sistema de amortização da Caixa Econômica, a cada 12 meses existe um reajuste. Ele costuma ser bem pequeno e tender a TR, usada, nesse caso a taxa SELIC. Em outros tipos de financiamento, o processo é bem diferente, como o SACRE, onde as parcelas são crescentes e o Sistema Price, com as parcelas todas iguais. O Sistema de Amortização Misto (SAM) é a união de dois sistemas: o Francês e o Constante (SAC), onde os valores calculados representam a média aritmética dos dois sistemas iniciais, ou seja, o sistema de amortização Francês e o Constante (SAC). No sistema SAM as amortizações são crescentes e os valores dos juros e das prestações são decrescentes. Também no sistema SAM, o valor da prestação inicial é superior ao do sistema Francês e inferior ao do SAC. No Brasil, o Sistema SAM é um dos tipos de amortização utilizado pelas instituições de créditos imobiliários, particularmente a Caixa Econômica Federal (CEF). Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é utilizado somente pela Caixa Econômica Federal. Ele foi desenvolvido com o objetivo de permitir o pagamento mais rápido do valor financiado, reduzindo-se, simultaneamente, a parcela de juros sobre o saldo devedor. Por isso, começa com prestações mensais mais altas, se comparado ao sistema PRICE. No sistema SACRE, as prestações mensais mantêm-se próximas da estabilidade e no decorrer do financiamento, seus valores tendem à decrescer. A prestação inicial pode comprometer até 30% da renda familiar e o prazo máximo de financiamento é de 25 anos. 4. EXEMPLOS DE PLANILHA DE FINANCIAMENTO DOS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO (SAC) e (SAF) 4.1 ANÁLISE COMPARATIVA S.A.C x S.A.F Visando comparar as duas metodologias aqui apresentadas, faremos um estudo em conjunto a partir de uma situação hipotética a seguir: Principal: $15.000,00 Taxa de Juros: 10% a.p. Número de Períodos: 10 1º Cálculo da amortização para o S.A.C. n P A = 10 15000 =A A = 1.500,00 2º Cálculo da prestação para o S.A.F. 1)1( 1.)1( . −+ + = n n i i PR 1)10,01( 10,0.)10,01( .15000 10 10 −+ + =R R = 2.441,18 Observações: ➢ Os juros são obtidos sobre o saldo devedor anterior ao período de apuração do resultado; ➢ A prestação é a soma da amortização aos juros calculados no período; ➢ O saldo devedor é a soma dos juros ao saldo anterior; ➢ O saldo atual é a diferença entre o saldo devedor e a prestação. Observações: ➢ Os juros incidem sobre o saldo atual; ➢ A amortização é a diferença entre a prestação e os juros; ➢ O saldo atual consiste na diferença entre o saldo atual anterior e a amortização; ➢ O saldo devedor consiste na soma do saldo atual mais os juros. Como podemos constatar a partir da análise das planilhas, as prestações do S.A.C. são maiores do que as do S.A.F no início do período, ficando menores no final. Evidentemente, existe um momento em que ocorre a igualdade dos pagamentos. Podemos calcular este instante através do seguinte raciocínio: Sendo J = P. i. n (juros) n P A = (amortização) R = A + j (prestação) Então: 1..1 iP n P R += De fato: R1 = 1.10,0.15000 10 15000 + R1 = $3000,00 Atentando para a planilha do S.A.C. notamos, a partir do 2º período, que as prestações apresentam valores aritmeticamente decrescentes, daí podemos expor em termos matemáticos: R2 = A + {j – [(1/n . P). i]} n niP n P R )1.(.{2 − += De fato: 10 )110.(10,0.15000 { 10 15000 2 − +=R } = R2 = 2.850,00 Podemos generalizar esta fórmula da seguinte maneira: n kniP n P Rk )1(.[. { −− += } Onde: K = período de análise Exemplo: Calcule a prestação do S.A.C. em relação ao 7º período. Resolução: 10 )17(10.[10,0.15000 { 10 15000 7 −− +=R R7 = $2.100,00
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