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Saúde Materno Infantil 25/02/21 ANOMALIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL ATRESIA DO ESOFAGO e/ou FÍSTULA TRAQUEO-ESOFÁGICA Atresia do esôfago (AE) = interrupção ou descontinuidade do esôfago gerando obstrução esofágica (não tem a continuidade dele ao estomago) Fístula tráqueo-esofágica (FTE) = comunicação anormal entre esôfago e traqueia C – Atresia com fístula (mais comum) Epidemiologia: Clínica: AE • salivação excessiva • engasgo após a primeira alimentação • Tosse (pela aspiração que volta do esôfago) • polidrâmnio materno • RX= incapacidade de passar sonda nasogástrica e sem gás no abdome AE + FTE • distensão gástrica aguda • tosse • Taquipneia (por conta da comunicação) • apneia • cianose • RX= incapacidade de passar sonda nasogástrica e presença de gás no abdome (onde vê diferença) Na seta amarela vemos ar então é uma AE + FTE Tratamento: AE (trata com mais tranquilidade pois não tem a questão respiratória) • esofagostomia proximal • gastrostomia • reconstrução por volta de 1 ano de idade AE + FTE (não espera a criança crescer para tratar) • toracotomia extra pleural 4° espaço intercostal ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO • um dos distúrbios gastrintestinais mais comuns Rafaela Vellozo Martins da primeira infância, mais comum entre 2 e 8 semanas de vida • 1:3000 • masculino >> feminino 5:1 • histórico familiar Clínica: • vômitos não biliosos em jato (provoca a desidratação) • alcalose metabólica (junto com a desidratação, perde HCL) • desidratação • oliva pilórica (não é palpável em todas as crianças) • US (em geral precisa de estudo de imagem) • contrastado digestivo (se não tiver US) Imagem: • Ultrassom • contrastado Tratamento: • Piloromiotomia (clássico, isola o piloro e faz uma secção das fibras musculares deixando herniar a mucosa) ATRESIA DUODENAL • falha embriológica na vacuolização do duodeno a partir de seu formato de corda sólida • vômitos biliosos (diferente da estenose hipertrófica) • RX= sinal da dupla bolha • Cirúrgico (para recomposição do trânsito duodenal) sinal de dupla bolha ATRESIA JEJUNOILEAL A clínica vai depender do nível da obstrução: • mais proximal = vômitos biliosos • mais distal = distensão abdominal • múltiplas atresias em 15% dos casos Rafaela Vellozo Martins • Cirúrgico (abdome agudo obstrutivo) ANOMALIAS DE ROTAÇÃO INTESTINAL • 1:6000 • primeira e segunda infâncias, mais comum no 1° mês • Em todos os fetos, o intestino médio faz normalmente um herniamento para fora da cavidade abdominal pelo anel umbilical na 4° semana e retorna à cavidade abdominal na 10° semana girando 270° em torno da A. mesentérica superior sentido anti-horário. Quando isto acontece, o ligamento de Treitz se posiciona no QSE e o ceco no QID. Clínica: • distintas apresentações • volvo ou volvulo = emergência • obstrução duodenal = vômitos biliosos • dor abdominal intermitente e crônica (quando não são completamente obstrutivas) • estudo contrastado digestivo (analisa a topografia correta das alças e onde está a má rotação) • cirúrgico ENTEROCOLITE NECROSANTE • emergência gastrintestinal mais comum do período neonatal • 80% no primeiro mês de vida • prematuridade = importante fator de risco • outros fatores: bactérias, isquemia, citocinas, alimentação enteral Diagnóstico: Sinais inespecíficos • Irritabilidade, temperatura instável, dificuldade de se alimentar, apneia, bradicardia Sinais específicos: • distensão abdominal, vômitos, intol erância alimentar, fezes sanguinolentas Imagem: RX simples abdome • pneumatose intestinal • gás a partir de fermentação bacteriana Rafaela Vellozo Martins • local mais frequente: íleo distal e colon ascendente • achados adicionais: gás na veia porta, ascite, fixação de alça de delgado Tratamento: • tratamento clínico 7 a 10 dia (bem sucedido em até 50% dos casos) • indicação absoluta de tratamento • cirúrgico = perfuração intestinal • preservar o máximo possível de intestino (causa mais comum de síndrome do intestino curto, por conta da ressecção) INVAGINAÇÃO INTESTINAL Intussuscepção • telescopagem de uma parte do intestino dentro da outra • causa mais comum de obstrução intestinal na 1° infância • local mais comum – ileocecal • em geral não há um ponto indutor identificável. Quando existe, o divertículo de meckel é o mais comum. Clínica: • cólicas intestinais • vômitos • evacuação do tipo “geleia de morango” (não são todas) • palpação de massa abdominal • abdome agudo (urgência) Imagem: • RX simples do abdome • Ultrassom – sinal do alvo Tratamento: • redução hidrostática por agente de contraste (bário) ou redução por enema com ar (criança sai do quadro de obstrução intestinal, tem que ser feita na presença do cirurgião pediátrico, não é válida para todas as crianças, muito menos com suspeita de peritonite) • contraindicação: peritonite ou instabilidade hemodinâmica • cirurgia (laparoscopia) DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG Conhecida como megacólon congênito • Ausência congênita de células ganglionares nos plexos mioentéricos (auerba ch) e submucoso (meissner) no reto distal (pode se estender cranialmente) → Rafaela Vellozo Martins espasmo muscular→ obstrução. • 1:5000 • risco aumentado na síndrome de down Clínica: • lactentes sintomáticos já nas primeiras horas de vida, apresentando distensão abdominal progressiva e vômitos biliosos. falta de eliminação de mecônio nas primeiras 24h é sinal importante. • pode passar despercebido e vir a ser diagnosticada em crianças mais velhas por quadro de obstipação. Diagnóstico: • enema com bário • manometria retal • biópsia retal = padrão-ouro Tratamento: Duhamel + utilizada IMPERFURAÇÃO ANAL • Espectro variável desde uma simples estenose anal até a persistência da cloaca. • Com 6 semanas o septo urorretal desloca- se caudalmente para dividir a cloaca anteriormente em seio urogenital e posteriormente em canal anorretal. • A falta do septo urorretal que vai definir o destino desta anomalia. Classificação: Diagnóstico: • Exame físico • Atenção: VACTERL • Imagem: para pesquisar o nível do saco retal • US • RNM Lesão baixa • reparo primário • abertura e dilatações ou • anoplastia Lesão alta 1. colostomia 2. cirurgia de peña 3. fechamento da colostomia
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