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Radiologia odontológica Aula 2: Anomalias e trauma dos dentes e estruturas faciais Apresentação Nesta aula, discutiremos algumas patologias de interesse para quem trabalha com radiologia odontológica por elas aparecerem com certa frequência na população geral. Trata-se das anomalias dentárias congênitas, as de desenvolvimento e as adquiridas. Será dado um enfoque às suas aparências radiográ�cas a �m de que você, futuro pro�ssional, se sinta capaz de reconhecê-las ao se deparar com imagens sugestivas. Objetivos Identi�car em imagens radiográ�cas processos patológicos comuns e de alta incidência na prática odontológica; Descrever características de imagens compatíveis com trauma dentário e dos ossos maxilares. Anomalias dentárias Fonte: Shutterstock por: wutzkohphoto. Essas alterações podem estar relacionadas a: Forma; Tamanho; Número; Posição; Padrão de erupção; Constituição e/ou função dos dentes. Podemos ainda dividir as anormalidades dentárias entre aquelas: In�uenciadas por fatores ambientais (adquiridas); Idiopáticas (de desenvolvimento); De natureza hereditária ou genética (congênitas). Redução acentuada das coroas clínicas por atrição com a exposição de dentina, promovendo um aspecto de envelhecimento precoce. Veremos a seguir as principais alterações relacionadas aos dois primeiros grupos por elas serem as mais frequentes na prática da radiologia odontológica, merecendo, portanto, uma atenção especial. Alterações adquiridas Você verá a seguir algumas alterações dentárias adquiridas. 1. Atrição A atrição representa a perda de estrutura dentária causada pelo contato entre os dentes durante a oclusão e a mastigação. O processo de desgaste dentário torna-se mais perceptível com o aumento da idade e quando seus níveis se tornam muito extensos, causando problemas estéticos e funcionais. Considerado patológico, esse processo pode ser acelerado nos seguintes casos: 1 Esmalte dentário com qualidade inferior. 2 Presença de contatos prematuros. 3 Hábito de ranger os dentes. Tal quadro pode se manifestar tanto na dentição decídua quanto na permanente, afetando com uma maior frequência as superfícies oclusais e incisais daqueles comprometidos. Radiogra�camente, observamos dentes com superfícies planas, coroas encurtadas e desprovidas das superfícies oclusal ou incisal de esmalte. Observe as imagens a seguir. (Fonte: dentalpress) Figura: Atrição periapical. (Fonte: 4.bp.blogspot.com). 2. Abrasão Trata-se do dano da estrutura dental patológica pela ação de um agente externo e induzido por hábitos viciosos ou ocupacionais. A causa mais comum da abrasão é a escovação dentária com pasta abrasiva e a utilização de força excessiva horizontal durante esse processo. Fonte: Shutterstock por: Pressmaster. Outros itens que podem ser associados a ela incluem hábitos prosaicos, como colocar entre os dentes lápis, palitos e grampos para cabelo ou fazer o uso impróprio do �o dental. Clinicamente, a abrasão pode se manifestar de várias formas dependendo do seu fator etiológico. Exemplo Depressões em forma de "v" na porção cervical, entalhes com um formato arredondado na superfície incisal ou ainda perda de cemento radicular e de dentina interproximal. Radiogra�camente, observam-se defeitos radiolúcidos nas superfícies afetadas. Figura: Abrasão dental. (Fonte: static) Abrasão dental – radiogra�a. (Fonte: drgstoothpix) 3. Erosão É o decréscimo da estrutura dental gerado por um processo químico somado à interação bacteriana com o dente. A erosão acontece, portanto, como resultado da exposição da estrutura dentária a ácidos oriundos de alimentos, bebidas e outras fontes, como medicações, regurgitações voluntárias ou involuntárias e exposição a dejetos industriais no meio ambiente. Erosão dentária. (Fonte: ohigienistaoral) Clinicamente, as superfícies vestibulares dos dentes superiores anteriores são mais comumente afetadas. Podem ser observadas depressões em forma de colher rasa na porção cervical da coroa. Quando os posteriores são afetados, veri�ca-se uma perda extensa da superfície oclusal. Radiogra�camente, notam-se defeitos radiolúcidos na coroa com margens bem de�nidas ou difusas. 4. Abfração Dizem respeito aos danos causados à estrutura dentária por uma repetida pressão sobre os dentes causada por um estresse oclusal. Clinicamente, notam-se lesões em forma de cunha (formato em "v"); limitadas à região cervical dos dentes, elas podem assemelhar-se à abrasão ou à erosão. Geralmente, essas lesões afetam um único dente, podendo ser subgengivais e sendo observadas de maneira quase exclusiva na superfície vestibular do dente afetado. Sua frequência é mais alta em pacientes com bruxismo. Abfração. (Fonte: Njbh) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 5. Reabsorção (interna e externa) A perda de estrutura dental também pode ocorrer pela reabsorção realizada por células localizadas em: Polpa dental (interna); Ligamento periodontal (reabsorção externa). Veremos a seguir a diferença entre ambas, destacando suas imagens radiográ�cas características. Reabsorção radicular interna (fonte: blog.proodontocontagem). Reabsorção radicular interna Ocorrência relativamente rara, muitas vezes em consequência de uma injúria aos tecidos pulpares, como um trauma físico ou uma pulpite causada por cárie. Usualmente, este tipo de reabsorção é assintomático, sendo descoberto com o auxílio de radiogra�as de rotina. Radiogra�camente, é possível notar suas lesões radiolúcidas e de formato oval localizadas dentro da raiz ou da coroa. Contínuas com a imagem da câmara ou do canal radicular, elas geram o alargamento dele. Reabsorção radicular externa. blog.proodontocontagem Reabsorção radicular externa Ocorrência extremamente comum, esta forma de reabsorção contém, em muitos casos, uma etiologia desconhecida. Na maioria das vezes, porém, incluem-se entre suas causas: Lesões in�amatórias locais; Cistos; Tumores; Forças oclusais e mecânicas excessivas; Dentes impactados. Radiogra�camente, veri�ca-se uma perda de estrutura dentária, cujo aspecto é semelhante ao de um "roído por traça". Sua radiotransparência é bem menos de�nida, demonstrando variações de densidade. A maioria dos casos envolve o ápice ou as porções médias da raiz. Atenção Ocasionalmente, a reabsorção externa pode ter início na área cervical e estender-se apical ou coronariamente, sendo chamada, neste caso, de reabsorção cervical invasiva. 6. Nódulos pulpares Nódulos pulpares são calci�cações que surgem como corpos livres no tecido pulpar ou encontram-se aderidos nas paredes dentinárias. Com tamanhos variados, são mais frequentes na polpa coronária de dentes posteriores. Sua etiologia é desconhecida. Radiogra�camente, estes nódulos aparecem como estruturas radiopacas redondas ou ovais dentro das câmaras pulpares ou dos canais radiculares. Nódulos pulpares. (Fonte: Gstatic) Hipercementose. (Fonte:fna.fbcdn) 7. Hipercementose Consiste na deposição excessiva de cemento contínuo ao redor do radicular normal. Sua ocorrência mais evidente se dá no terço apical. A hipercementose pode: Estar isolada; Envolver múltiplos dentes; Surgir como um processo generalizado. Radiogra�camente, os dentes afetados demonstram o espessamento da raiz. Os mais envolvidos são os pré- molares. Alterações de desenvolvimento Veja, agora, as alterações dentárias de desenvolvimento. 1. Número As variações em relação ao número de dentes são comuns; a�nal, o controle genético parece exercer forte in�uência no desenvolvimento deles. Além disso, algumas síndromes hereditárias têm sido associadas tanto ao excesso quanto à ausência de dentes formados. Hiperdontia Ela costuma ser creditada ao excesso de lâmina dental, levando à formação de germes dentários adicionais. Os dentes em excesso são chamados de supranumerários ou complementares, podendo ser morfologicamente normais ou não. Sua prevalência é mais comum na dentição permanente e na região de: 1 Incisivos superiores2 Quartos molares superiores e inferiores 3 Pré-molares 4 Caninos e incisivos laterais. Frequentemente, os casos de hiperdontia são achados radiográ�cos, podendo interferir na erupção normal dos dentes permanentes. Dente supranumerário periapical. (Fonte: papaizassociados) Dente supranumerário periapical. (Fonte: papaizassociados) Hipodontia Trata-se de uma alteração dentária bastante comum na dentição permanente, onde veri�ca-se uma ausência no desenvolvimento dos dentes. Os terceiros molares costumam ser os mais afetados; em seguida, os segundos pré-molares e os incisivos laterais. A hipodontia pode ser consequência de: Patologias que afetam a formação normal da lâmina dentária; Falha no desenvolvimento de um germe no período correto; Falta de espaço necessário em função da má formação dos ossos maxilares; Desproporção entre tamanhos de dentes e arcadas. Microdontia. (Fonte: pbs.twimg) 2. Tamanho O tamanho dos dentes varia de acordo com a raça e o sexo da pessoa. Em geral, existe uma simetria entre os dois lados das arcadas. In�uências genéticas e ambientais, contudo, podem afetar consideravelmente o tamanho dos dentes em desenvolvimento. Microdontia Trata-se da presença de dentes extraordinariamente pequenos, um quadro mais comum em mulheres. O incisivo lateral superior é o dente mais frequentemente afetado; normalmente, ele aparece com uma coroa em forma de cone (diâmetro mesiodistal diminuído) sobre uma raiz com o comprimento usualmente normal. Terceiros molares também são comumente afetados. Microdontia. (Fonte: pbs.twimg) Microdontia (radiografia). (Fonte: Omfrcenter) Macrodontia. (Fonte: Dental Press). Macrodontia Presença de dentes �sicamente maiores que o comum, um quadro mais presente em homens. A macrodontia pode estar associada com apinhamento, má oclusão ou impactação. 3. Erupção A transposição ocorre quando dois dentes tipicamente adjacentes têm posições trocadas no arco dentário; dessa forma, os normais têm suas erupções em posições impróprias. Os mais comumente afetados na transposição são os caninos superiores e os primeiros pré-molares. Transposição dental.(Fonte: Scielo) 4. Morfologia Quanto à sua morfologia, as alterações dentárias podem ocorrer por: Fusão; Germinação; Concrescência; Taurodontia; Dilaceração; Dente invaginado (dens in dente); Dente evaginado; Pérola de esmalte; Cúspide em garra; Hipoplasia de Turner. Fonte: Shutterstock por: Dragana Gordic Leitura Clique aqui para conhecer melhor cada uma das alterações de desenvolvimento quanto a sua morfologia. 5. Traumas dos dentes e das estruturas faciais O exame radiológico é essencial para avaliar o trauma dos dentes e dos maxilares, pois apenas com ele podem ser observadas informações como a presença de fraturas e a localização e orientação dos fragmentos ósseos. javascript:void(0); Além do caráter diagnóstico, suas imagens de acompanhamento são muito úteis, já que possibilitam a avaliação da extensão do tratamento e das mudanças em longo prazo resultantes do traumatismo. Apresentaremos a seguir três tipos de fratura na região. Conheça-as a seguir. Clique nos botões para ver as informações. Apesar de ser útil para localizar lesões no dente e em estruturas de apoio, uma imagem panorâmica pode não ter a resolução necessária a �m de revelar lesões envolvendo a região anterior da mandíbula, a maxila ou os dentes. O trauma dentoalveolar sempre requer imagens intraorais para obter detalhes anatômicos adequados. Mais recentemente, a tomogra�a computadorizada de feixe cônico (cone-beam) vem sendo usada para identi�car fraturas dentais de maneira e�ciente, uma vez que ela possibilita a avaliação tridimensional do dente por meio de reconstruções multiplanares. Se houver, por exemplo, laceração nos lábios ou na bochecha, recomenda-se realizar uma imagem dos tecidos moles para eliminar a dúvida de que alguma estrutura dentária possa estar alojada nessas superfícies. Fraturas dentoalveolares A imagem panorâmica pode ser útil como investigação inicial. Para fraturas no alveolar da mandíbula, é possível lançar mão de radiogra�as oclusais. Caso haja suspeita de trauma em um côndilo mandibular, também existe a possibilidade da projeção de Towne de boca aberta. Para pacientes politraumatizados ou com fraturas múltiplas, a escolha médica é pela tomogra�a computadorizada de feixe cônico ou pela computadorizada fan-beam. Já nos casos de lesão de tecido mole do disco articular, devemos solicitar imagens por ressonância magnética. Fraturas mandibulares São as imagens de escolha dois tipos de tomogra�a computadorizada: a de feixe cônico e a fan-beam. Consideramos como sinais radiológicos de fratura: Presença de uma ou duas linhas radiolúcidas geralmente bem de�nidas dentro dos limites anatômicos; Alteração no contorno anatômico normal ou na forma da estrutura; Perda de continuidade de uma borda externa; Aumento de radiopacidade de uma estrutura que pode ser causado pela sobreposição de dois fragmentos. Fraturas maxilofaciais 6. Principais lesões dos tecidos de sustentação dentários e suas peculiaridades Concussão Na concussão, temos o esmagamento das estruturas vasculares do ápice dentário e do ligamento periodontal, gerando edema in�amatório e hemorragia neste ligamento, porém sem haver um deslocamento do dente dentro do alvéolo. A lesão pode resultar em leve extrusão do dente, levando-o a �car mais sensível à percussão e à mastigação. Fonte: Shutterstock por: Algirdas Gelazius. Fonte: Shutterstock por: VGstockstudio Radiogra�camente, pode-se observar uma imagem sutil, com um discreto aumento do espaço do ligamento periodontal. Também é possível que nenhuma alteração seja visível. Luxação Evidencia-se um deslocamento do dente de seu alvéolo após o rompimento do ligamento periodontal, havendo uma ruptura do suprimento neurovascular. Os dentes, por sua vez, apresentam mobilidade anormal em função do deslocamento. A luxação pode ser do tipo intrusiva, extrusiva ou lateral. O movimento e o rompimento da circulação do dente podem induzir a alterações pulpares temporárias ou permanentes, além de gerarem, em longo prazo, a reabsorção radicular. Clinicamente, pode haver um extravasamento sanguíneo emanado da gengiva cervical, gerando, assim, sensibilidade extrema à percussão, forças mastigatórias e danos aos dentes adjacentes. Radiogra�camente, veri�ca-se o espessamento do espaço do ligamento periodontal e, em casos de intrusão, obliteração total ou parcial do espaço do ligamento periodontal. Avulsão Resulta em um impacto frontal que expele o dente do alvéolo, ou seja, há um deslocamento completo dele para fora do processo alveolar por traumatismo direto ou indireto. Seus casos registram-se em 15% das lesões traumáticas nos dentes. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Comumente, apenas um dente é perdido nestes casos. Os incisivos centrais superiores de pacientes jovens são os mais tipicamente acometidos. Fraturas do processo alveolar e lacerações nos lábios também podem ser notadas em alguns casos. Radiogra�camente, observa-se o alvéolo dentário vazio. Tecidos dentários Podemos dividir suas lesões de acordo com a área envolvida: fratura da corroa e fratura da raiz. Fratura da coroa Conheça algumas características desse tipo de fratura. Clique nos botões para ver as informações. Sua ocorrência é de 25% na dentição permanente e 40% na decídua. Suas causas incluem: Queda (evento mais comum responsável por gerar a fratura coronária) Acidentes; Golpes de corpos estranhos. Ocorrência Já seus sintomas podem envolver: Somente esmalte, sem perda de substância (trinca); Esmalte; Esmalte e dentina, com perda de substância e sem envolvimento pulpar; Fraturas que passam através do esmalte, da dentina e da polpa, com exposição pulpar. Sintomas Seus casos frequentemente surgem nos dentes anteriores. Exames radiográ�cos são úteis por fornecerem informações sobre a localização e a extensão dafratura. Luxação/avulsão dentária. (Fonte: Crechesegura) Fratura da raiz Fratura radicular. (Fonte: Odontooralclin) Horizontais Resultado da aplicação direta de força traumática, seus casos mais comuns ocorrem nos incisivos centrais superiores. Radiogra�camente, as fraturas horizontais podem acontecer em qualquer nível. Quando não há um deslocamento de fragmentos, elas são de difícil detecção. Pode haver em sua imagem o aumento do espaço do ligamento periodontal. Rachaduras verticais na radiografia dos dentes.(Fonte: pocketdentistry) Verticais Geralmente, suas fraturas ocorrem nos molares de adultos como resultado de forças oclusais. Sua ocorrência é mais provável em dentes com núcleos e restaurações protéticas associadas. A tomogra�a computadorizada de feixe cônico (cone-beam) vem sendo bastante utilizada atualmente para pesquisar a existência desses eventos quando métodos de imagem bidimensionais não são elucidativos. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 7. Fraturas traumáticas dos ossos faciais Entre as fraturas traumáticas dos ossos faciais, há as mandibulares, as fraturas faciais médias, as fraturas da parede orbital por ruptura (blow-out), fraturas de arco zigomático e as fraturas Le Fort. Fraturas mandibulares As fraturas mandibulares aparecem mais em homens jovens como consequência de agressões, quedas e acidentes esportivos. Os locais mais comuns são no côndilo, no corpo e no ângulo mandibular. Clique nos botões para ver as informações. As fraturas podem ser acompanhadas de outra do colo da mandíbula do lado oposto. Clinicamente, pode haver discrepância no plano oclusal, com crepitação durante a manipulação; por isso, as imagens panorâmicas ou aquelas feitas por tomogra�a computadorizada são muito úteis para detectar a sua existência. Radiogra�camente, observa-se uma linha radiolúcida bem de�nida de separação. O deslocamento dos fragmentos resulta em descontinuidade cortical (“degrau”) ou em irregularidade do plano oclusal; Corpo mandibular Suas lesões geralmente ocorrem no colo ou na cabeça da mandíbula. Nestes casos, a tomogra�a computadorizada é a modalidade de escolha, permitindo a visualização tridimensional do processo condilar deslocado. Côndilo mandibular Dica Processos alveolares estão comumente associados a lesões traumáticas em dentes. Quando é testada a mobilidade de um único dente, o fragmento ósseo inteiro tende a se mover. (Fonte: Encrypted-tbn0.gstatic) Fratura côndilo mandibular (raio-x). (Fonte: Prod-images.static.radiopaedia) Fratura côndilo mandibular (raio-x). (Fonte: Ajnr) Fratura do processo alveolar. (Fonte: Encrypted-tbn0.gstatic) Fraturas faciais médias (incluindo fraturas maxilares) As fraturas do maxilar podem ocorrer quando a parte frontal da face é esmagada contra um objeto �xo. Frequentemente, tais fraturas causam inchaço e deformação da face. O inchaço raramente se torna su�cientemente grave para bloquear a via respiratória e interferir na respiração do indivíduo. Fonte: Shutterstock por: Studio BKK. Atenção Qualquer lesão su�cientemente contundente para fraturar o maxilar também pode lesionar a coluna no pescoço ou provocar uma lesão cerebral. Os demais sintomas dependem da localização da fratura. Exemplo Queda de altura, acidente com veículos a motor e pancadas com um objeto, como uma arma ou o punho. Fraturas da parede orbital por ruptura (blow-out) Geralmente envolvem a parede medial da órbita, havendo edema periorbital e enoftalmia. Os movimentos do olho, por sua vez, podem �car restritos. A imagem de tomogra�a computadorizada coronal pode mostrar a clássica aparência de “alçapão” do assoalho orbital deslocado. Fraturas da parede orbital por ruptura. (Fonte: Researchgate) Fraturas de arco zigomático Acontece um aplainamento da porção superior da bochecha e um posterior mascaramento pelo edema. A imagem de tomogra�a computadorizada é a modalidade ideal para avaliação da existência deste tipo de fratura. Fratura de arco zigomático. (Fonte: Radiologykey) Fraturas Le Fort As fraturas faciais compartilham características comuns e seguem um padrão de acordo com o ponto de aplicação e a direção de uma força. A imagem de tomogra�a computadorizada é o método de escolha para avaliar fraturas faciais complexas, já que ela elimina a sobreposição de estruturas. Há três tipos de fraturas Le Fort a serem listadas a seguir: Le Fort I (fratura horizontal) Fratura relativamente horizontal no corpo da maxila que resulta na desinserção do processo alveolar e do osso adjacente da maxila da face média. Le Fort II (fratura piramidal) O plano de fratura promove a separação da maxila da base do crânio. Le Fort III (disjunção craniofacial) Ocorre uma separação completa do terço médio do esqueleto facial do crânio. Atividade 1. Identi�que, na imagem a seguir, quais são as alterações de desenvolvimento relacionadas à morfologia dentária estão representadas, explicando a principal diferença entre estas entidades. (Fonte: 1.bp.blogspot) 2. Identi�que, na radiogra�a a seguir, qual anomalia dentária (alteração adquirida) que, indicada pela seta, está acometendo o dente 45. Em seguida, descreva o que se espera da imagem radiográ�ca desta alteração. (Fonte: ars.els-cdn) 3. Indique, na radiogra�a a seguir, a alteração de desenvolvimento relacionada à erupção dentária visível. (Fonte: Disdestek) 4. Uma doença congênita pode gerar alteração na morfologia dentária, tendo como resultado dentes hipoplásicos chamados de incisivos de Hutchinson e molares em amora. Que doença é essa? 5. Diga se há imagem sugestiva de trauma na radiogra�a a seguir e aponte em qual região ele ocorre. (Fonte: Encrypted-tbn0) Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. 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