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Resumo - Sistema cardiovascular 999

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Sistema Cardiovascular
Características do coração 
- O coração é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho (mas não com a mesma forma) de sua mão fechada. 
- Tem aproximadamente 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em seu ponto mais amplo, e 6 cm de espessura. 
- Pesa em média 250 g nas mulheres adultas e 300 g nos homens adultos.
Localização do coração
- O coração repousa sobre o diafragma, próximo da linha mediana da cavidade torácica (a linha mediana é uma linha vertical imaginária que divide o corpo em lados esquerdo e direito, não simétricos).
- O coração encontra-se em uma região anatômica que se estende do esterno à coluna vertebral, da primeira costela ao diafragma, e entre os pulmões.
- Aproximadamente dois terços da massa do coração encontram-se à esquerda da linha mediana do corpo.
Pericárdio 
- O pericárdio é uma membrana fibroserosa em forma de bolsa, que recobre e protege o coração e raízes dos grandes vasos. Possui duas membranas: uma composta por tecido fibroso, chamada de pericárdio fibroso, e é composto por tecido conjuntivo inelástico, resistente, denso e irregular.
- A membrana interna, chamada de pericárdio seroso. Ela é formada por duas lâminas (parietal e visceral). A lâmina parietal é a mais externa e está fundida ao pericárdio fibroso. Já a lâmina visceral é a mais interna, que também é chamada epicárdio. E esse pericárdio seroso possui um líquido seroso que preenche o espaço entre as duas lâminas, lubrificando o coração e evitando o atrito em cada batimento.
Camadas da parede do coração
- O coração é constituído por 3 camadas (epicárdio, miocárdio e o endocárdio).
Epicárdio (camada externa), é composto por duas camadas de tecido:
- A mais externa é chamada lâmina visceral do pericárdio seroso.
- É uma camada fina e transparente e que possui uma textura lisa, escorregadia e é formada por mesotélio. E sob esse mesotélio existe uma camada de tecido fibroelástico e tecido
adiposo. 
- O epicárdio contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e vasos que irrigam o miocárdio.
Miocárdio (camada intermediária):
- O miocárdio é a camada mais espessa do coração, sendo formado por tecido muscular
cardíaco e tecido conjuntivo fibroso. As fibras musculares são envolvidas e separadas em feixes por bainhas de tecido conjuntivo compostas por endomísio e perimísio. 
- As fibras musculares cardíacas são organizadas em feixes que circundam diagonalmente o coração e é responsável pela sustentação da musculatura cardíaca. Esse tipo de músculo permite que o coração se contraia e impulsione sangue para o interior dos vasos sanguíneos.
- Esse músculo cardíaco é involuntário.
Endocárdio (camada interna): 
- É a camada mais interna do coração
- É composta por tecido conjuntivo e epitelial. E é responsável pela cobertura interna das paredes atriais e ventriculares. 
- A sua superfície é lisa, permitindo que o sangue corra facilmente sobre ela. 
- O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem do coração.
Anatomia (Câmaras do coração)
- O coração tem quatro câmaras. As duas câmaras de recepção superiores são os átrios, e as duas câmaras de bombeamento inferiores são os ventrículos.
- O par de átrios recebe sangue dos vasos sanguíneos que retornam o sangue ao coração. Enquanto que os ventrículos tem a função de ejetar o sangue do coração para vasos sanguíneos. 
- Em cada átrio, na face anterior, existe uma estrutura saculiforme enrugada que recebe o nome de aurícula. Cada aurícula aumenta discretamente a capacidade de um átrio, de modo
que ele possa conter maior volume de sangue.
- Além disso, a superfície do coração contém vários sulcos, que contêm vasos sanguíneos coronarianos e um pouco de gordura. 
- Cada um desses sulcos marca a fronteira externa entre duas câmaras do coração. 
- O profundo sulco coronário circula a maior parte do coração e marca a fronteira externa entre os átrios (acima) e os ventrículos (abaixo). 
- O sulco interventricular anterior é um sulco raso e que marca a fronteira externa entre os ventrículos direito e esquerdo. 
- E o sulco interventricular posterior, que marca a fronteira externa entre os ventrículos na face posterior do coração
Especificando cada câmara
Átrio direito
- O átrio direito recebe sangue de três veias: a veia cava superior, a veia cava inferior
e o seio coronário.
- As paredes anterior e posterior do átrio direito são diferentes. A parede anterior é lisa enquanto que a parede posterior é áspera.
- Além disso, entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe um espaço pequeno, chamado de septo interatrial. 
- Existe uma depressão oval no septo, chamada de fossa oval.
- O sangue que passa do átrio direito para o ventrículo direito ocorre através da valva atrioventricular direita.
Ventrículo direito
- Contém uma série de cristas formadas por feixes elevados de fibras musculares cardíacas, e esses feixes são chamadas trabéculas cárneas. Algumas das trabéculas cárneas fazem parte da transmissão do sistema de condução do coração.
Átrio esquerdo
- Possui a mesma espessura que o átrio direito e forma a maior parte da base do coração.
- Ele recebe o sangue dos pulmões, por meio das quatro veias pulmonares. 
- O seu interior tem uma parede posterior lisa. 
- O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda.
Ventrículo esquerdo
- É a câmara mais espessa do coração. 
- Forma o ápice do coração. 
- Oventrículo esquerdo contém trabéculas cárneas e tem cordas tendíneas que ancoram as válvulas da valva atrioventricular esquerda aos músculos papilares.
- O sangue passa do ventrículo esquerdo através da valva da aorta na parte ascendente da aorta. 
- Um pouco do sangue da aorta flui para as artérias coronárias, que se ramificam da parte ascendente da aorta e transportam o sangue para a parede do coração.
Espessura e função do miocárdio
- A espessura do miocárdio das quatro câmaras varia de acordo com a função de cada uma das câmaras. 
- Os átrios de paredes finas entregam o sangue sob menos pressão aos ventrículos adjacentes. - Como os ventrículos bombeiam o sangue sob maior pressão por distâncias maiores, suas paredes são mais espessas. 
- Mesmo que os ventrículos direito e esquerdo agindo como duas bombas separadas que ejetam simultaneamente volumes iguais de sangue, o lado direito tem uma carga de trabalho muito menor. 
- Ele bombeia o sangue a uma curta distância para os pulmões a uma pressão inferior, e a
resistência ao fluxo sanguíneo é pequena.
- O ventrículo esquerdo bombeia sangue por grandes distâncias a todas as outras
partes do corpo com uma pressão maior, e a resistência ao fluxo sanguíneo é maior. Portanto, o ventrículo esquerdo trabalha muito mais arduamente do que o ventrículo direito para manter a mesma taxa de fluxo sanguíneo.
- A parede muscular do ventrículo esquerdo é mais espessa do que a parede do ventrículo direito. 
- Além disso, o lúmen do ventrículo esquerdo é mais ou menos circular, em contraste com o do ventrículo direito, cujo formato é discretamente semilunar.
Esqueleto fibroso do coração
- Além do tecido muscular cardíaco, a parede do coração também contém tecido conjuntivo denso que forma o esqueleto fibroso do coração.
- Esse esqueleto é constituído por quatro anéis de tecido conjuntivo denso que circulam as valvas cardíacas e que se fundem ao septo interventricular. 
- Além de formar uma base estrutural para as valvas cardíacas, o esqueleto fibroso evita o estiramento excessivo das valvas enquanto o sangue passa por elas.
- Também serve como um ponto de inserção para os feixes de fibras musculares cardíacas e atua como um isolante elétrico entre os átrios e ventrículos.
Valvas cardíacas e circulação do sangue
Valvas atrioventriculares
- Cada uma das quatro valvas ajuda a assegurar o fluxo unidirecional de sangue através da abertura ao possibilitar que o sangue passe e, em seguida, se fechando para impedir o seu refluxo.
- As valvas são chamadas atrioventriculares (AV) direita e esquerda, porestarem entre o átrio e o ventrículo. 
- Quando uma valva AV está aberta, as extremidades arredondadas das válvulas se projetam para o ventrículo.
- Quando os ventrículos estão relaxados, os músculos papilares estão relaxados, as cordas tendíneas estão frouxas, e o sangue se move de uma área de maior pressão no átrio para uma de menor pressão nos ventrículos através das valvas AV abertas.
- Quando os ventrículos se contraem, a pressão do sangue aciona as válvulas para cima até que
suas extremidades se encontrem e fechem a abertura. 
- Ao mesmo tempo, os músculos papilares se contraem, o que traciona e retesa as cordas tendíneas. Isso impede que as válvulas das valvas evertam em resposta à alta pressão ventricular.
Válvulas semilunares
- As valvas da aorta e do tronco pulmonar são compostas por três válvulas semilunares. Cada válvula se insere na parede arterial por sua margem externa convexa. 
- As valvas do tronco pulmonar e da aorta possibilitam a ejeção de sangue do coração para as artérias, mas evitam o refluxo de sangue para os ventrículos.
Circulações sistêmica e pulmonar
Na circulação pósnatal, o coração bombeia o sangue em dois circuitos fechados a cada contração – circulação sistêmica e circulação pulmonar (Figura 20.7). Os dois circuitos estão dispostos em série: a saída de um tornase a entrada do outro, como aconteceria ao conectar duas mangueiras de jardim (ver Figura 21.17). O lado esquerdo do coração é a bomba para a
circulação sistêmica; ele recebe sangue oxigenado (rico em oxigênio) vermelho brilhante dos pulmões. O ventrículo esquerdo ejeta sangue para a aorta (Figura 20.7). A partir da aorta, o sangue se divide em correntes separadas, entrando progressivamente em artérias sistêmicas menores que o transportam a todos os órgãos do corpo – com exceção dos alvéolos dos pulmões, os quais são irrigados pela circulação pulmonar. Nos tecidos sistêmicos, as artérias dão origem a arteríolas de menor diâmetro, que por fim levam a extensos leitos de capilares sistêmicos. A troca de nutrientes e gases ocorre através das finas paredes capilares. O sangue libera O2 (oxigênio) e capta CO2 (dióxido de carbono). Na maior parte dos casos, o sangue flui por meio de um único capilar e então entra em uma vênula sistêmica. As vênulas transportam o sangue desoxigenado dos tecidos e se fundem para formar veias sistêmicas maiores. Por fim, o sangue reflui para o átrio direito. O lado direito do coração é a bomba para a circulação pulmonar; ele recebe todo o sangue desoxigenado vermelho-escuro que retorna da circulação sistêmica. O sangue ejetado do ventrículo direito flui para o tronco pulmonar, que se divide em artérias pulmonares que levam o sangue para os pulmões direito e esquerdo. Nos capilares pulmonares, o sangue descarrega o CO2, que é expirado, e capta o O2 do ar inalado. O sangue recentemente oxigenado então flui para as veias pulmonares e retorna ao átrio esquerdo.
Circulação coronariana
- O miocárdio tem a sua própria rede de vasos sanguíneos, chamada de circulação coronariana ou circulação cardíaca. E essas artérias coronárias ramificam-se da parte ascendente da aorta e se estende ao redor do coração. 
- Quando ocorre a contração do coração, pouco sangue flui nas artérias coronárias, por estarem comprimidas. No entanto, quando o coração relaxa, a pressão do sangue na aorta impulsiona esse sangue pelas artérias coronárias até chegar os vasos capilares e, em seguida, às veias coronárias. 
Artérias coronárias
- Duas artérias coronárias, as artérias coronárias esquerda e direita, ramificam-se
da parte ascendente da aorta e fornecem sangue oxigenado para o miocárdio. 
- A artéria coronária esquerda passa inferiormente à aurícula esquerda e se divide nos ramos interventricular anterior e circunflexo. 
-O ramo interventricular anterior encontra-se anteriormente ao sulco interventricular anterior e fornece sangue oxigenado às paredes de ambos os ventrículos. O ramo circunflexo encontra-se no sulco coronário e distribui sangue oxigenado às paredes do ventrículo esquerdo e átrio esquerdo.
- A artéria coronária direita emite pequenos ramos (ramos atriais) para o átrio direito. Ela é divide em ramos interventricular posterior e marginal direito. O ramo interventricular
posterior segue o sulco interventricular posterior e irriga as paredes dos dois ventrículos com sangue oxigenado. 
- O ramo marginal posterior além do sulco coronário corre ao longo da margem direita do coração e transporta sangue oxigenado à parede do ventrículo direito.
- A maior parte do corpo recebe o sangue pelos ramos de mais de uma artéria. Ocorrendo uma conexão entre essas artérias. Essas conexões recebem o nome de anastomoses. 
- E o miocárdio tem diversas anastomoses que conectam ramos de uma artéria coronária ou elas se estendem entre os ramos de diferentes artérias coronárias.
Veias coronárias
- Após o sangue passar pelas artérias da circulação coronariana, ele flui para os capilares. E lá fornece oxigênio, além de nutrientes para o músculo cardíaco. 
- Uma grande parte do sangue venoso do miocárdio é drenado para um seio vascular no sulco coronário, chamada de seio coronário (Um seio vascular é uma veia de paredes finas que não tem músculo liso para alterar seu diâmetro.) E o sangue venoso do seio coronário é drenado para o átrio direito.
- Os principais locais que transportam o sangue para esse seio coronário são:
· Veia cardíaca magna, que drena as áreas do coração irrigadas pela artéria coronária
esquerda (ventrículos esquerdo e direito e átrio esquerdo).
· Veia interventricular posterior, que drena as áreas irrigadas pelo ramo interventricular posterior da artéria coronária direita (ventrículos esquerdo e direito)
· Veia cardíaca parva, que drena o átrio direito e o ventrículo direito.
· Veias anteriores do ventrículo direito, que drenam o ventrículo direito e drenam diretamente para o átrio direito.
- Quando um bloqueio de uma das artérias coronárias priva o músculo cardíaco de receber oxigênio, 
- Quando o bloqueio de uma artéria coronária priva o músculo cardíaco de oxigênio, ocorre a reperfusão (que é o fenômeno do retorno sanguíneo a um órgão ou tecido depois de um período em que falta oxigênio e nutrientes). E o restabelecimento do fluxo sanguíneo, pode danificar ainda mais o tecido. Esse efeito é causado pela formação de radicais livres de oxigênios (os radicais livres são moléculas que apresentam um elétron não pareado. Estas moléculas instáveis, muito reativas, causam reações em cadeia que levam a danos e morte celulares).
Histologia do músculo cardíaco
- O coração é formado por fibras musculares cardíacas.
São fibras são curtas, apresentam ramificações e núcleo central. Suas extremidades se ligam às fibras vizinhas por espessamentos irregulares de sarcolema, que recebem o nome de discos intercalares. 
- Esses discos apresentam desmossomos (é uma junção que apresenta a função de ancoragem, permitindo, portanto, que uma célula fique aderida a outra), que mantêm as fibras unidas.
- Além de junções comunicantes, que possibilitam que os potenciais de ação musculares sejam conduzidos de uma fibra muscular para as fibras vizinhas. 
- Além disso, essas junções comunicantes possibilitam que todo o miocárdio dos átrios ou dos ventrículos se contraia de forma coordenada. 
- Esse músculo cardíaco apresenta mitocôndrias maiores e mais numerosas que os demais músculos.
- E em comparação com o músculo esquelético. Ela apresenta as mesmas composições de actina e miosina, as mesmas bandas, zonas e discos Z. 
- O retículo sarcoplasmático das fibras musculares cardíacas é um pouco menor do que as demais.
- Além de ter uma menor reserva intracelular de Ca2+.
Sistema de condução do coração
Fibras autorrítmicas | O sistema de condução
- As contrações cardíacas ao longo da vida é dado pela atividade elétrica e rítmica. E a fonte dessa atividade elétrica é a rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas de fibras autorrítmicas, por serem auto-excitáveis.
- Essas fibras produzem potenciais de ação que desencadeiamcontrações cardíacas.
Importante: Elas continuam estimulando o coração a contrair, mesmo após terem sido removidas do corpo – como por exemplo quando o coração é retirado para ser transplantado para outra pessoa – e todos os seus nervos foram seccionados. 
- Os potenciais de ação cardíacos se propagam ao longo do sistema de condução na seguinte sequência:
1. A excitação cardíaca começa no nó sinoatrial (SA), que fica localizado na parede atrial direita. As células do nó sinoatrial se despolarizam repetida e espontaneamente até um limite. E essa despolarização espontânea serve como um potencial marca-passo. Quando esse potencial alcança o seu limite, ele dispara um potencial de ação fazendo com que nó sinoatrial se propaga ao longo de ambos os átrios via junções comunicantes nos discos intercalares das fibras musculares atriais, fazendo os dois átrios se contraírem ao mesmo tempo. 
2. Ao ser conduzido ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação alcança o nó atrioventricular (AV). Nesse nó o potencial de ação reduz sua velocidade devido as diferenças de estrutura celular do nó atrioventricular. Esse atraso serve para que os átrios drenem seu sangue para os ventrículos. 
3. Após isso, o potencial de ação entra no fascículo atrioventricular (AV) (feixe de His,). 
4. Depois da propagação pelo fascículo atrioventricular, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo. Os ramos se estendem ao longo do septo interventricular em direção ao ápice do coração.
5. Por fim, os ramos subendocárdicos calibrosos (fibras de Purkinje) conduzem rapidamente o potencial de ação, começando no ápice do coração e subindo em direção ao restante do miocárdio ventricular. Em seguida, os ventrículos se contraem, deslocando o sangue para cima em direção às válvulas semilunares.
Potencial de ação e contração das fibras contráteis
O potencial de ação iniciado pelo nó sinoatrial (SA) propaga-se pelos sistemas de condução e se espalha para excitar as fibras musculares atriais e ventriculares “atuantes”, chamadas de fibras contráteis. Em uma fibra contrátil, o potencial de ação ocorre primeiro com uma:
1. Despolarização. Ao contrário das fibras autorrítmicas, as fibras contráteis têm um potencial de repouso estável, que é de cerca de 90 mV. Quando uma fibra contrátil alcança seu limite por um potencial de ação de fibras vizinhas, seus canais de Na+ acionados por voltagem se abrem. E a abertura destes canais possibilita a entrada de Na+, porque o citosol das fibras contráteis é eletricamente mais negativo do que o líquido intersticial e a concentração de Na+ é mais elevada no líquido intersticial. Com isso, o influxo de Na+ abaixo do gradiente eletroquímico produz uma despolarização rápida. E em pouco tempo, os rápidos canais de Na+ se inativam automaticamente e o influxo de Na+ diminui.
2. Platô. A próxima fase de um potencial de ação em uma fibra contrátil é o platô, que é é decorrente da abertura dos lentos canais de Ca2+ acionados por voltagem do sarcolema. E quando ocorre a abertura desses canais, os íons cálcio se movem do líquido intersticial (que tem uma maior concentração de Ca2+) para o citosol. Este influxo de Ca2+ faz com que ainda mais Ca2+ saia do retículo sarcoplasmático para o citosol. E esse aumento de Ca2+ no citosol provoca a contração. Além disso, vários tipos diferentes de canais de K+ são encontrados no sarcolema de uma fibra contrátil. Pouco antes da fase de platô começar, alguns desses canais de K+ se abrem, possibilitando que os íons potássio saiam da fibra contrátil. Por isso, a despolarização é sustentada durante a fase de platô porque o influxo de Ca2+ equilibra a saída de K+. 
3. Repolarização. A recuperação do potencial de repouso durante a fase de repolarização de um potencial de ação cardíaco lembra o de outras células excitáveis. Após um atraso (que é particularmente prolongado no músculo cardíaco), canais de K+ acionados por voltagem adicionais se abrem. O influxo de K+ restaura o potencial de repouso negativo (–90 mV). Ao mesmo tempo, os canais de cálcio do sarcolema e do retículo sarcoplasmático estão se fechando, o que também contribui para a repolarização.
- O mecanismo de contração é semelhante nos músculos cardíaco e esquelético: a atividade elétrica (potencial de ação) leva a uma resposta mecânica (contração) depois de um pequeno atraso. Conforme a concentração de Ca2+ aumenta no interior de uma fibra contrátil, o Ca2+ se liga à proteína reguladora troponina, que possibilita que os filamentos de actina e miosina comecem a deslizar um sobre o outro, e a tensão começa a se desenvolver. Substâncias que alteram o fluxo de Ca2+ através dos lentos canais de Ca2+ influenciam a força das contrações cardíacas. 
- No músculo, o período refratário é o intervalo de tempo durante o qual uma segunda contração não pode ser acionada. O período refratário de uma fibra muscular cardíaca dura mais tempo do que a contração propriamente dita. Como resultado, outra contração não pode começar até que o relaxamento tenha sido feito. bem encaminhado. Por esta razão, a contração mantida não pode ocorrer no músculo cardíaco como no músculo esquelético.
Eletrocardiograma
Bulhas cardíacas
- O som dos batimentos cardíacos é decorrente principalmente da turbulência do sangue causada pelo fechamento das valvas cardíacas. O fluxo tranquilo do sangue é silencioso. 
- Durante cada ciclo cardíaco, existem quatro bulhas cardíacas, mas em um coração normal apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um estetoscópio. 
- A primeira bulha (B1), é mais forte e um pouco mais longa do que a segunda bulha. Ela causada pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas atrioventriculares (AV) logo depois de a sístole ventricular começar. 
- A segunda bulha (B2), é mais breve e não tão forte quanto a primeira. Ela causada pela turbulência no sangue associada ao fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta no
início da diástole ventricular. 
-Apesar da primeira bulha (B1) e segunda bulha (B2) serem decorrentes da turbulência do sangue associada ao fechamento de valvas, são mais bem auscultadas na superfície do tórax em locais que são um pouco diferentes das localizações das valvas. Isso ocorrer porque o som é transportado pelo fluxo sanguíneo para longe das valvas. 
- A terceira bulha (B3), não é intensa o suficiente para ser auscultada, ela é decorrente da turbulência do sangue durante o enchimento ventricular rápido, e a quarta bulha (B4) é ocasionada pela turbulência do sangue durante a sístole atrial.
Débito cardíaco
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo ventrículo a cada contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de batimentos cardíacos por minuto:
DC (mℓ/min) = VS (mℓ/batimento) × FC (batimentos/min)
- Todo o volume de sangue flui pelas circulações pulmonar e sistêmica a cada minuto. Fatores que aumentam o volume sistólico ou a frequência cardíaca normalmente elevam o Débito Cardíaco. Quando uma pessoa faz exercício leve. O volume sistólico pode aumentar
para 100 m ℓ /batimento, e a frequência cardíaca para 100 bpm. 
- Já no exercício intenso (mas ainda não máximo), a frequência cardíaca pode acelerar para 150 bpm e o volume sistólico pode subir para 130 mℓ/batimento, resultando em um débito cardíaco de 19,5 ℓ/min.
- A reserva cardíaca é a diferença entre o débito cardíaco máximo de uma pessoa e o débito cardíaco em repouso. Geralmente uma pessoa têm uma reserva cardíaca média de sete ou oito vezes o seu Débito Cardíaco de repouso. 
Existem três fatores regulam o volume sistólico e garantem que os ventrículos esquerdo
e direito bombeiem volumes iguais de sangue: 
(1) pré-carga, o grau de estiramento no coração antes de ele se contrair; 
(2) contratilidade, o vigor da contração das fibras musculares ventriculares individuais;(3) pós-carga, a pressão que tem de ser sobrepujada antes que possa ocorrer ejeção do sangue a partir dos ventrículos.
Pré-carga
- A maior pré-carga (estiramento) nas fibras musculares cardíacas antes da contração aumenta a sua força de contração. Quanto mais o coração se enche de sangue durante a
diástole, maior será a força de contração durante a sístole. Esta relação é conhecida como a Lei de FrankStarling do coração. A pré-carga é proporcional ao volume diastólico final (VDF) (o volume de sangue que enche os ventrículos no final da diástole). Normalmente, quanto maior é o diastólico final (VDF), mais forte é a contração seguinte.
Dois fatores chave determinam o diastólico final (VDF): (1) a duração da diástole ventricular e (2) o retorno venoso, o volume de sangue que retorna ao ventrículo direito. Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração da diástole é menor.
Contratilidade
- O segundo fator que influencia o volume sistólico é a contratilidade do miocárdio, a força de contração em uma dada pré-carga. As substâncias que aumentam a contratilidade são agentes inotrópicos positivos; aqueles que diminuem a contratilidade são os agentes inotrópicos negativos. Assim, para uma pré-carga constante, o volume sistólico aumenta quando uma substância inotrópica positiva está presente.
- Os agentes inotrópicos positivos muitas vezes promovem o influxo de Ca2+ durante potenciais de ação cardíacos, o que aumenta a força da contração seguinte.
Pós-carga
- A ejeção de sangue do coração começa quando a pressão no ventrículo direito excede a pressão no tronco pulmonar (cerca de 20 mmHg), e quando a pressão no ventrículo esquerdo excede a pressão na aorta (cerca de 80 mmHg). Nesse momento, a pressão mais elevada no sangue faz com que os ventrículos pressionem as válvulas semilunares a abrir. A pressão que
precisa ser superada antes de que uma válvula semilunar possa abrir é denominada pós-carga.
- Um aumento da pós-carga faz com que o volume sistólico diminua, de modo que mais sangue permanece nos ventrículos no final da sístole. 
- As condições que podem aumentar a pós-carga incluem a hipertensão (pressão arterial elevada) e o estreitamento das artérias pela aterosclerose
Controle do coração pelo sistema nervoso.
Exercício e coração
- O condicionamento cardiorrespiratório de uma pessoa pode ser melhorado com a prática de atividade físicas, independente de idade ou sexo. 
- Os exercícios aeróbicos como: caminhadas rápidas, corrida, ciclismo, natação, entre outros; são os mais recomendados, pois aciona grandes músculos do corpo.
- Com apensas 20 minutos de exercício é possível elevar o débito cardíaco e acelera a taxa metabólica. 
- A prática de exercícios físicos aumenta a demanda de oxigênio dos músculos. O fato de a demanda ser atendida depende principalmente da adequação do débito cardíaco e do bom funcionamento do sistema respiratório. 
- Após várias semanas de treinamento, uma pessoa saudável aumenta o débito cardíaco máximo (o volume de sangue ejetado dos ventrículos para as respectivas artérias por minuto), elevando assim o fornecimento máximo de oxigênio aos tecidos. 
- O transporte de oxigênio também aumenta porque os músculos esqueléticos desenvolvem mais redes capilares em resposta ao treinamento prolongado.
- Durante a atividade, um atleta bem treinado pode alcançar o dobro do débito cardíaco de uma pessoa sedentária, em parte porque o treinamento provoca hipertrofia do coração. 
- A prática regular de exercício também ajuda a reduzir a pressão arterial, a ansiedade e a
depressão; a controlar o peso; e a aumentar a capacidade do organismo de dissolver coágulos de sangue.

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