Buscar

CALENDÁRIO DE IMUNIZAÇÃO NA PEDIATRIA - 2021

Prévia do material em texto

IMUNOPROFILAXIA NA PEDIATRIA
2 possibilidades de erradicação de uma doença = saneamento e imunização 
As vacinas se tornaram a melhor intervenção em saúde pública para o controle, eliminação e erradicação de doenças infecciosas
Doenças que foram eliminadas pela vacinação: varíola, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita e tétano materno e neonatal 
Doenças que foram controladas: coqueluche, difteria 
# desenvolvimento de novas vacinas contra a covid-19 
TIPOS DE VACINAS:
Vacinas inativadas: 
Contém o vírus inteiro, tratado com calor, produtos químicos ou radiação, de modo que não podem se replicar 
As vacinas inativadas representam um método testado e seguro de vacinação de longa data. Em geral, necessitam de adjuvantes para potencializar a resposta imunológica 
vacinas: VIP, hepatite B
Vacinas vivas atenuadas: é a única em que o vírus pode ser replicante!
São umas das mais bem sucedidas: tríplice viral, tetraviral, febre amarela, varicela, herpes zoster, VOP, rotavírus, dengue, bcg
Contraindicados para imunocomprometidos, pelo potencial de replicarem e causarem a doença
Vacinas de DNA e RNA: 
Usam fragmentos de material genéticos. Os fragmentos codificam uma parte do vírus, como, por exemplo, a proteína spike (que serve como antígeno para o organismo) 
Depois que a vacina é injetada, o hospedeiro usa instruções do DNA/RNA, para fazer cópias dessa parte do vírus 
Vacinas do vetor viral: 
Usa um vírus seguro para carrear proteínas que possam desencadear uma resposta imunológica sem causar doenças – ebola 
Vacinas de subunidades virais: 
São feitas de pedaços purificados do vírus, antígenos proteicos ou açúcares - são pedaços inativados porque eles não produzem a doença
Vacinas = hepatite B e influenza 
A influenza não imuniza contra resfriados comuns, somente contra o vírus da influenza. É aplicada em maio, que marca o início do outro e o início das viroses respiratórias 
Não é uma proteção tão ampla, mas imuniza quase 50% da população 
Vacinas de partículas virais/partícula semelhante ao vírus: 
Também não replicante 
HPV 
CUIDADOS COM AS VACINAS: 
· Contraindicações, geralmente temporárias: doenças febris agudas, neoplasia maligna, reação anafilática a um dos componentes da vacina, raras doenças neurológicas 
· A BCG deve ser adiada temporariamente em crianças com peso <2000g 
· A vacinação com DPT (difteria/pertussi, coqueluche/tétano – maiores reações adversas) celular é contraindicada em crianças com mais de 7 anos de idade, criança com doença neurológica em atividade ou aquelas que tenham apresentado um dos seguintes após a dose anterior: 
a. Convulsões nas primeiras 72h após vacina (desencadeada por vacina) 
b. Desenvolvimento de encefalopatia nos primeiros sete dias 
c. Reação hipotonico-hiporresponsiva ou choro persistente e incontrolável nas primeiras 48 h após a vacina 
· Algumas vacinas são contraindicadas para gestantes e imunodeprimidos 
Vacinas atenuadas víricas injetáveis: 
Para tomar duas de um vírus vivo atenuado: 
· Deve ser no mesmo dia ou intervalo de 28 dias 
· FA (febre amarela) X TRÍPLICE VIRAL (sarampo, rubéola, caxumba) deve ser feita com <2 anos, com 30 dias de intervalo
· Não existe necessidade de intervalos entre uma vacina atenuada e uma inativada, ou vacinas orais, ou entre inativadas
CALENDÁRIO VACINAL: 
1) Ao nascer: BCG e hepatite B 
a. BCG: contra a tuberculose. Dose única. Não se faz acima dos cinco anos nem se ele tiver menos 2000g
b. Hepatite B: 3 doses. A 1ª com um mês, a 2ª um mês após a primeira e a 3ª seis meses após a primeira – mas tem sido administrada através da penta, em quatro doses (não tem problema)
2) 2 meses: VIP, PENTA, PNM10, VORH 
a. PENTA: DTP (difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e HIB (haemophilus)
b. A DTP é feita com 2 meses, 4 meses e 6 meses e depois tem reforços com 1ano3m e 4 anos. Depois, exige-se um reforço contra o tétano a cada 10 anos, que pode ser feita separada, mas geralmente se faz a dupla DT (difteria e tétano). Existe a DTP acelular que pode ser aplicada > 7 anos 
c. HIB (haemophilus influenza - bactéria): 3 doses. Não tem necessidade de reforço para adultos, a menos que portadora de HIV e deve fazer o reforço após um ano 
d. VIP: vírus inativado contra a poliomelite. 2,4 e 6 meses e reforço oral com 15 meses. A menos que portadora de HIV ou imunodeficiência, não pode fazer VOP (oral), precisa fazer a VIP. A vacina oral tem capacidade de replicar e, assim, ela reforça a imunidade das pessoas que vivem ao redor. A pessoa com imunodeficiência precisa receber 5 doses 
e. PNM 10 valente: pneumocócica. Existe a 10 valente (10 sorotipos) e a 15 valente (para crianças, espera-se que haja há 13 valente no futuro). Também imuniza contra as meningites por pneumocococo. 2 meses e 4 meses e reforço com um ano 
f. VORH: vacina oral contra rotavírus humano. Vírus que causa diarreia e desidratação e no brasil tem incidência durante o ano todo. 2 e 4 meses 
3) 3 meses: meningocócica C 
a. Meningo C: 3, 5 e 12 meses. E reforço com 12 anos 
b. Também existe a meningocócica C e A, W, Y conjugadas e meningocócica B recombinantes (não faz parte do PNI, mas é indicado pela sociedade brasileira de pediatria para uma imunização completa). Hj em dia, a meningo B está mais incidente que a C por causa da ausência da vacina. A meningo A,C,W e Y fazem parte do PNI aos 12 anos.
4) 4 meses: 2ª dose de: VIP; PENTA (DTP + HIB + hepatite B); PNM10; VORH 
5) 5 meses: 2ª dose da meningocócica C 
6) 6 meses: 3ª dose de: VIP, PENTA (DTP + HIB + hepatite B). Influenza. 
a. Influenza: primo vacinação: 2 doses de intervalo de 1 mês 
7) 7 meses: não faz parte do PNI, mas a SBP recomenda uma segunda dose da meningo B 
8) 9 meses: febre amarela. 
Dose única. Cuidado com pacientes com imunodeficiência. Indicado em regiões com elevada incidência de FA, que no brasil estendeu pelo país todo – por isso, aqui é recomendado um reforço com 4 anos de idade 
9) 12 meses/1 ano: reforço PNM 10, reforço meningocócica C + 1 dose tríplice viral (SCR)
a. SCR (sarampo/caxumbo/rubéola): primeira dose com 12 meses e reforço com 15 meses, juntamente com uma dose da varicela, que é a tetra viral 
10) 15 meses: 2ª dose tríplice viral + varicela (tetraviral) + hepatite A (dose única). Reforço da VOP e DTP
11) 4 anos: 2ª dose varicela. 2º reforço da VOP e DTP. Lembrar das outras meningites 
12) HPV: 2 doses
a. Meninas: 9 anos a 14 anos, 11 meses e 29 dias
b. Meninos: 11 anos a 14 anos, 11 meses e 29 dias 
13) MENINGOCÓCICA A, C, W e Y: 11 anos a 12 anos em dose única (se puder com 3 meses e 4 anos)

Mais conteúdos dessa disciplina