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Semiologia psiquiátrica

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Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
A psiquiatria é uma especialidade medica que 
emprega conhecimento das ciências naturais e 
das ciências humanas, e é isto que diferencia 
das demais especialidades 
ESCOLAS TEÓRICAS 
• Escola psicanalista (Freud) → sugere que os 
sintomas psiquiátricos sejam resultantes de 
conflitos intrapsíquicos do inconsciente 
• Teoria comportamental → explica os 
sintomas condicionados por uma interação 
complexa de recompensas e punições 
• Psiquiatria biológica → baseia-se em 
neurociências, psicofarmacologia, bioquímica, 
genética e fisiologia para formar teorias 
sobre as bases biológicas do 
comportamento e psicopatologia 
HISTÓRIA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA 
→ É a história de vida do paciente, 
descrevendo os sinais e sintomas apresentados 
• Muitas vezes também inclui informações 
obtidas de outras fontes, como pais, 
cônjuges, policiais e socorristas 
• Características do entrevistador, como 
suas crenças, valores, sensibilidade, 
estado emocional no momento da 
entrevista e outras, podem interferir nos 
fenômenos observados 
• No decorrer da entrevista, é importante 
atentar-se não apenas ao que o 
paciente diz, mas também à forma 
como se expressa e o que faz enquanto 
fala 
 
1. IDENTIFICAÇÃO 
• Nome, idade, gênero, estado civil, 
situação conjugal, naturalidade, 
procedência, ocupação, renda pessoal e 
familiar, escolaridade e religião 
 
2. QUEIXA PRINCIPAL 
O que aconteceu na(s) ultima(s) semana(s) 
que determinou a procura do tratamento 
ou a internação hospitalar; houve algum 
evento ou problema que desencadeou a 
crise; abordagens da situação ou tratamento 
já realizados 
 
3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
A. Episódio atual 
• Descrição detalhada dos sintomas 
apresentados pelo paciente no episodio 
atual e como começaram; alterações de 
humor, comportamento, pensamento ou 
alterações mentais 
• Alterações fisiológicas – sono, 
alimentação e sexualidade 
• Avaliar ideias ou planos de suicídio, 
comportamento agressivo ou outros 
comportamentos de risco; interferência 
na vida diária, nas relações interpessoais 
e familiares, na vida social e afetiva ou no 
trabalho 
• Estressores (eventos vitais, problemas 
situacionais) relacionados ao inicio do 
atual episodio - se houve instalação 
súbita ou progressiva, se algum fato 
desencadeou a doença ou episódios 
semelhantes que pudessem ser 
correlacionados aos sintomas atuais. 
• Resultado de exames já realizados 
 
B. Episódios anteriores da doença atual 
• idade de inicio dos sintomas e períodos 
de agravamento; estressores, eventos 
vitais ou situacionais relacionados às 
crises 
• tratamentos já realizados: psicofármacos 
(doses, tempo de uso) psicoterapia e 
resposta, internações psiquiátricas 
previas e motivo 
 Alguma coisa fazia prever o surgimento da 
doença? 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
 Houve alguma alteração nos interesses, hábitos, 
comportamento ou personalidade? 
 Quais providencias foram tomadas? 
 Averígua-se se já esteve em tratamento, como 
foi realizado e quais os resultados obtidos, se 
houve internações e suas causas, bem como o 
que sente atualmente. 
 Pede-se ao paciente que explique, o mais claro e 
detalhado possível, o que sente 
 Anotar os medicamentos em uso pelo paciente, 
caso não use: “não faz uso de medicamentos”. 
 
• É importante lembrar que ao se fazer o 
relato escrito deve haver uma cronologia 
dos eventos mórbidos (do mais antigo para 
o mais recente). 
• Neste item busca-se, com relação à doença 
psíquica, “como” ela se manifesta, com que 
frequência e intensidade e quais os 
tratamentos tentados 
 
4. ANTECEDENTES – HISTÓRIA MÉDICA E 
PSIQUIÁTRICA 
• Descrever, em ordem cronológica, as 
doenças, cirurgias e internações hospitalares 
• Observar o estado atual de saúde, as 
mudanças recentes de peso, de sono, 
hábitos intestinais e problemas menstruais 
• Anotar medicamentos em uso, dose e 
profissional que prescreveu 
• Verificar abuso de drogas, álcool 
• Importante avaliar episódios e TCE (trauma 
crânio encefálico), doenças neurológicas, 
tumores, transtornos convulsivos, HIV, sífilis 
e hipotireoidismo 
• Avaliar transtornos psicossomáticos como 
rinite, asma, artrite reumática, colite ulcerosa, 
hipotireoidismo, resfriados recorrentes, 
problemas GI e de pele 
 
Quadros clínicos 
• A história clinica é importante já que por 
exemple endocrinopatias como o 
hipotireoidismo pode manifestar como 
depressão 
• O tratamento com corticoides pode 
precipitar sintomas maníacos e psicóticos 
• Coexistência de doenças físicas pode 
resultar em sintomas psiquiátricos 
secundários 
5. ANTECEDENTES – HISTÓRIA PESSOAL 
→ História pré-natal/nascimento 
• informações sobre a gestação, o parto e as 
condições do nascimento, incluindo: peso, 
anoxia, icterícia, distúrbio metabólico 
 
→ Infância e desenvolvimento 
• Descrever: as condições de saúde; os 
comportamento e hábitos com relação ao 
sono, alimentação; as aquisições de 
habilidades, incluindo o desenvolvimento 
motor, da linguagem e o controle 
esfincteriano 
• A vida escolar, abrangendo idade de inicio 
da aprendizagem, o ajustamento, o 
temperamento, medos, o relacionamento e 
interação social 
 
→ Adolescência 
• Descrever: os interesses, as aquisições 
quanto à vida escolar, a 
profissionalização ou trabalho 
• Avaliar as interações e o relacionamento 
com familiares e colegas, a sexualidade 
incluindo a menarca, o namoro, a 1ª 
relação sexual, o uso de drogas e álcool 
 
→ Idade adulta 
• História ocupacional 
• Historia de relacionamento e conjugal 
• História militar 
• História educacional 
• Religião 
• Atividade social 
• Atual situação de vida 
• Historia legal 
• Historia sexual 
• Fantasias e sonhos 
• Valores 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
 
→ Antecedentes – História Familiar 
• Presença do transtorno ou da síndrome em 
familiares 
• Observar história de suicídio e de violação 
da lei ou padrões sociais 
• O ambiente familiar: o nível de interação, os 
padrões de relacionamento dos pais entre si, 
com os filhos e destes entre si, constitui-se 
numa informação importante 
 
→ Personalidade pré-morbida 
• Compreende o conjunto de atitudes e 
padrões habituais de comportamento do 
individuo 
• A descrição deve abarcar o modo de ser 
habitual do paciente, independente da sua 
situação de doença 
 
Deve ser feito de rotina, visando verificar se os 
sinais e sintomas estão associados a condições 
orgânicas ou psiquiátricas 
→ Atenção espacial ao exame neurológico 
 
EXAME DO ESTADO MENTAL 
O exame do estado mental é uma avaliação do 
funcionamento mental do paciente, no 
momento do exame, com base nas 
observações que foram feitas durante a 
entrevista 
 
 
 
 
 
 
 
APARÊNCIA 
Trata-se de uma descrição da impressão geral 
advinda da aparência física, da atitude e conduta 
do paciente na interação com o entrevistador 
 
PSICOMOTRICIDADE 
Envolve a velocidade e intensidade da 
mobilidade geral na marcha e movimento 
- hiperatividade, hiporeatividade e catatonia 
 
AGITAÇÃO PSICOMOTORA → emergência → 
heteroagressividade, contenção física, 
contenção química, esquizofrenia, TAB, 
drogas/DI 
 
LENTIFICAÇÃO PSICOMOTORA → depressão/ 
esquizofrenia → esturpor, catatonia, catelepsia, 
cateplexia, flexibilidade cerácea, hipobulia, 
sitiofobia (recusa alimentos) gatismo 
(incontinência fecal e urinaria) 
 
PSICOMOTRICIDADE ALTERAÇÕES → estereotipias, 
tiques, apraxia, maneirismo, tremor, acatisia, 
ecopraxia, flexibilidade cerácea 
 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
LINGUAGEM 
a) Características da fala: deve ser anotado 
se a fala é espontânea, se ocorre 
apenas em resposta à estimulação ou 
não ocorre (mutismo) 
b) Progressão de fala – deve ser 
observada a quantidade e a velocidade 
da verbalização do paciente, durante a 
entrevista 
Linguagem quantitativamente diminuída 
• Fluxo lento - bradilalia 
• Prolixidade 
• Fluxo acelerado – taquilalia 
Alterações mecânicas: 
• Afasia(autismo, catatonia, AVC) 
• Disartria (alcoolismo, AVC, alterações no 
hipoglosso e glossofaríngeo) 
• Dislalia 
• Disfonia (infecção, alteração neurológica 
central) 
• Tartamudez (gago, etiologia 
neuropsiquiátrica, não tem precisão) 
Alterações quantitativas 
• Afasia e Alexia → cortical – broca e 
wernicke 
• Logorréia e Taquilalia → mania e 
transtorno afetivo bipolar 
• Mutismo, Aprasódia e Bradilalia → 
esquizofrenia e depressão 
Alterações qualitativas 
• Ecolalia (repete a fala) – esquizofrenia 
• Palilalia (repete mais a palavra final) – 
síndrome guilles latorret – alteração nos 
gânglios da base: faz carreta, coprolalia 
• Mussitação (pacientes sussurra baixo 
conversando com outra pessoa) – 
esquizofrenia ativa 
• Neologismo (criar novas palavras) – 
esquizofrenia, TAB grave 
• Solilóquio (paciente conversa com outra 
pessoa) – esquizofrenia ativa 
• Coprolalia (tempo todo falando palavras 
obscenas) 
• Glossolalia (falar em línguas diferentes e 
muda tom de voz) – alteração 
psicopatológica 
• Respostas aproximadas (-não responde 
o que vc pergunta) – TAB, 
esquizofrenia e mania 
• Jargonofazia 
 
 
PENSAMENTO 
a) Alterações na forma do pensamento 
• Circustancialidade – o objetivo final de uma 
determinada fala é longamente adiado, pela 
incorporação de detalhes irrelevantes e 
tediosos 
• Tangencialidade – o objetivo da fala não 
chega a ser atingido ou não é claramente 
definido 
o O paciente afasta-se do tema que 
esta sendo discutido, introduzindo 
pensamentos aparentemente não 
relacionados, dificultando uma 
conclusão 
• Perseveração – o paciente repete a 
mesma resposta à uma variedade de 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
questões, mostrando uma incapacidade de 
mudar sua resposta a uma mudança de 
tópico – tumor no lado direito do cérebro e 
esquizofrenia 
• Fuga de ideias – ocorre sempre na 
presença de um pensamento acelerado e 
caracteriza-se pelas associações 
inapropriadas entre os pensamentos, que 
passam a serem feitas pelo som ou pelo 
ritmo das palavras – bipolar e mania 
• Afrouxamento de associações – ocorre 
uma perda na associação logica entre 
partes de uma sentença ou entre 
sentenças – transtorno mental grave 
o numa forma extrema de incoerência, 
observa-se uma sequência 
incompreensível de frases ou 
palavras (salada de palavras) 
• Bloqueio de pensamento - ocorre uma 
interrupção súbita da fala, no meio de uma 
sentença. Quando o paciente consegue 
retomar o discurso, o faz com outro 
assunto, sem conexão com a ideia anterior 
b) Alterações no conteúdo do pensamento 
Tema predominante e/ou com características 
peculiares, tais como: ansiosos, depressivos, 
fóbico e obsessivos 
c) Alterações na logicidade do pensamento 
• Ideias supervalorizadas – o conteúdo do 
pensamento centraliza-se em torno de uma 
ideia particular e carrega carga emocional 
muito grande – distorção de realidade 
• Delírios – crenças que refletem uma 
avaliação falsa da realidade, não são 
compartilhadas por outros membros do 
grupo sócio-cultural do paciente e das quais 
não pode ser dissuadido, através de 
argumentação contrária, logica e irrefutável 
o São primários quando não estão 
associados a outros processos 
psicológicos (ex: inserção de 
pensamento, cre que o pensamento 
foi colocado em sua cabeça) 
o São secundários quando vinculados a 
outros processos psicológicos 
(derivados de uma alucinação, 
associados à depressão ou mania) 
o Sistematizados – relacionados a um 
único tema, mantendo uma logica 
interna, anda que baseada em 
premissas falsas, o que pode conferir 
maior credibilidade 
o Não sistematizadas – quando 
envolvem vários temas, são mais 
desorganizados e pouco 
convincentes 
d) Tipos de delírios 
• Delírios de referência → mania de 
perseguição – bipolar e esquizofrenia 
• Persecutório → ideia de que esta sendo 
atacado, incomodado, prejudicados, 
perseguido ou sendo objeto de conspiração 
• De grandiosidade → o conteúdo envolve 
poder, conhecimento ou importância 
exagerados – bipolar e esquizofrenia 
• Somáticos → o conteúdo envolve uma 
mudança ou distúrbio no funcionamento 
corporal 
• De culpa → acredita ter acometido uma 
falta ou pecado imperdoável 
• De ciúmes → acredita na infidelidade do 
parceiro 
• De controle → acredita que seus 
pensamentos, de sentimentos e ações são 
controlados por alguma força externa 
• Místicos → acredita ser deus, dons 
especiais 
AFETIVIDADE E HUMOR 
Humor: estado emocional ao longo das semanas 
(relatado pelo individuo) 
Afeto: durante a entrevista, expressão do 
humor 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
Tonalidade emocional: avalia-se a tonalidade 
emocional predominante durante a entrevista, 
observando-se a presença e a intensidade de 
manifestações de: ansiedade, pânico, tristeza, 
depressão, apatia, hostilidade, raiva, euforia, 
elação e exaltação 
• Normotimico: normal 
• Hipertímico: exaltado 
• Hipotímico: baixa de humor 
• Distpimico: quebra súbita da tonalidade 
do humor durante a entrevista 
• Afeto congruente cm humor 
• Afeto não congruente com humor 
• Afeto embotado ou hipomodulante 
 
SENSOPERCEPÇÃO 
As principais alterações da senso-percepção 
são: 
• Despersonalização: sensação de estranheza, 
como se seu corpo, ou partes dele não lhe 
pertencessem ou fossem irreais 
• Desrealização: ambiente ao redor parece 
estranho e irreal, como se “as pessoas ao 
seu redor estivessem desempenhando 
papeis” 
• Ilusão: interpretação perceptual alterada, 
resultante de um estimulo externo real 
• Alucinações: percepção sensorial na 
ausência de estimulação externa do órgão 
sensorial envolvido. Podem ser 
o Auditivas: vozes ou sons podem se 
dirigir ao paciente ou discutirem 
entre si sobre ele 
o Visuais: luzes ou vultos ate cenas em 
movimentos 
• Táteis – toque, calor, vibração, dor. Ex: 
cocaine bugs (dependentes químicos) 
• Olfatórias – cheiros estranhos. Ex: quadro de 
epilepsia 
• Alucinações cenestésicas: sensações 
anômalas relacionadas com as vísceras 
internas 
• Síndrome de cotard – órgãos mortos 
• Alucinações cinestésicas: alterações na 
sensação de movimento corporal 
 
SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS 
(SAPM)/ SÍNDROME DE TODD 
• Descrita em 1955 pelo psiquiatra John 
Todd que era leitor e fã de Lewis 
Carroll 
• Associada a tumores cerebrais, uso de 
drogas psicoativas (cogumelos 
alucinógenos e LSD) e principalmente, 
enxaqueca 
• O sofredor vê os objetos com tamanho, 
e/ou forma errada, há uma considerável 
alteração da perspectiva e do senso de 
tempo; é comum a distorção do 
tamanho de outras modalidades 
sensoriais, bem como a imagem do 
próprio corpo 
• Ocorre micropsias macropsias 
 
APOFENIA 
Inicialmente descrita como sintoma de psicose, 
a apofenia ocorre, no entanto, em indivíduos 
perfeitamente saudáveis mentalmente 
• Do ponto de vista da estatística é um erro 
do tipo I ou seja, tirar conclusões de dados 
inconclusivos 
• Em um exame pode levar a um resultado 
falso positivo. Psicologicamente é um 
exemplo de viés cognitivo 
• Pareidolia (ver rosto 
humano em animais ou 
objetos, sombras, formas, 
luzes) 
 
 
 
• Alucinação liluputiana 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
 
• Alucinação 
autoscopica: 
alucinação visual 
que pode ser 
tátil e 
cenestésica, 
individuo vê o 
próprio corpo como se estivesse fora dele 
 
CAPACIDADE DE ABSTRAÇÃO 
Reflete a capacidade de formular conceitos e 
generalizações. A incapacidade de abstração é 
referida como pensamento concreto 
 
MEMÓRIA 
• Memória remota: avalia a capacidade de 
recordar-se de eventos do passado, 
podendo ser avaliada durante o relato feito 
pelo paciente, de sua própria historia 
• Memoria recente: avalia a capacidade de se 
lembrar de eventos nos últimos dias antes 
da avaliação 
• Memoria imediata: lembrar de minutos antes 
• Confabulação: paciente elabora 
inconscientemente memorias falsas quando 
a memoria esta prejudicada 
• Amnesia:incapacidade parcial ou total de 
evocar experiencias passadas 
• Amnesia imediata: geralmente existe um 
comportamento cerebral agudo 
• Amnesia anterógrada: o paciente esquece 
tudo que ocorreu após um fato ou acidente 
importante. EX: traumatismo craniano, 
distúrbio dissociativo (histeria) 
• Amnesia retrograda: esquecimento de 
situações ocorridas anteriormente a um 
trauma, doença ou fato importante 
• Amnesia lacunar: esquecimento dos fatos 
ocorridos entre duas datas. Ex: não lembra 
o que fez no ano se sua separação 
• Amnesia remota: esquecimento de fatos 
ocorridos no passado. Pacientes idosos com 
algum grau de demência 
• Paramnésias 
o Deja vu: sensação de familiaridade 
com uma percepção efetivamente 
nova 
o Jamais vu: sensação de estranheza 
em relação a uma situação familiar 
o Hipermnésia: capacidade aumentada 
de registrar e evocar os fatos 
INTELIGÊNCIA 
Capacidade de uma pessoa de assimilar 
conhecimentos factuais, compreender as 
relações entre eles e integrá-los aos 
conhecimentos já adquiridos anteriormente 
De raciocinar logicamente e de forma abstrata 
manipulando conceitos, números ou palavras 
• Deficiência mental: atraso ou insuficiência de 
desenvolvimento intelectual (QI inferior a 
70), com interferência no desempenho 
social e ocupacional 
• Demência: deterioração global e orgânica do 
funcionamento intelectual sem alteração no 
nível de consciência 
• Ecolalia (repete a fala) – esquizofrenia 
• Palilalia (repete mais a palavra final) – 
síndrome guilles latorret – alteração nos 
gânglios da base: faz carreta, coprolalia 
• Mussitação (pacientes sussurra baixo 
conversando com outra pessoa) – 
esquizofrenia ativa 
• Neologismo (criar novas palavras) – 
esquizofrenia, TAB grave 
• Solilóquio (paciente conversa com outra 
pessoa) – esquizofrenia ativa 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
• Coprolalia (tempo todo falando palavras 
obscenas) 
 CONSCIÊNCIA 
• Obnubilação/sonolência 
• Confusão 
• Estupor: paciente só responde a estimulo 
doloroso 
• Coma 
• Hiperalerta: cocaína e LSD (drogas 
psicoativas) 
ATENÇÃO 
É uma dimensão da cosciencia que designa a 
capacidade para manter o foco em uma 
atividade 
• Vigilância 
o Hipervigil: ansiedade (não filtra o 
ambiente) 
o Hipovigil: esquizofrenia, depressão 
grave, TDH (falta de função) 
• Tenacidade: capacidade de manutenção da 
atenção ou de uma tarefa especifica 
o Hipotenacidade: não consegue 
manter atenção: TDH, mania, 
depressão grave, esquizofrenia 
o Hipertenacidade 
• Concentração: é a capacidade de manter a 
atenção voluntaria em processos externos ... 
• Desatenção: incapacidade de voltar o foco 
para um determinado estimulo 
• Distração: incapacidade de manter o foco da 
atenção em determinado estimulo 
JUÍZO CRÍTICO DA REALIDADE 
• É a capacidade para perceber e avaliar 
adequadamente a realidade externa e 
separá-la dos aspectos do mundo interno 
ou subjetivo 
• Implica separar sentimentos, impulsos e 
fantasias próprias, de sentimento e impulsos 
de outras pessoas 
• Perda do juízo crítico da realidade: 
esquizofrenia, transtorno bipolar tipo 1 em 
estado muito grave, deficiência intelectual 
• Insight: é uma forma mais complexa do 
juízo. Envolve um grau de compreensão do 
paciente sobre si mesmo, seu estado 
emocional, sua doença e as consequências 
desta sobre si, pessoas que o cercam e sua 
vida em geral 
CONDUTA 
• São os comportamentos observáveis do 
individuo: comportamento motor, atitudes, 
atos, gestos, tiques, impulsos e verbalizações 
 
Mais alterações do lado esquerdo: funções mais 
orgânicas – delirium 
Mais alterações do lado direito: transtorno de 
humor, esquizofrenia, mania, etc 
Escalas de avaliação 
• DSM – escala de avaliação global 
• Depressão HAM (Haminton), Beck 
• TOC – YALE-BROWN 
• Esquizofrenia – BPRS, CALGARY 
• Dependência do uso de álcool – audit, cage 
• Demências – minimental, teste do relógio 
• Transtorno bipolar – young 
Vitória Ferreira – Psiquiatria 
 
• Fobia social – Liebowitz 
Exames complementares 
• Hemograma completo 
• Glicemia de jejum 
• Ionograma: sódio potássio 
• Função renal: ureia, creatinina 
• Função tireoidiana: TSH, T4 total e livre 
• Função hepática: proteínas total e frações, 
bilirrubina total e frações, transaminases 
(AST,ALT) e gama GT fosfatase alcalina 
• Colesterol total e frações 
 
 
Quando pedir exames? 
• Inicio abrupto dos sintomas 
• Ausência de historia psquiatrica previa 
• Idade avançada 
• Apresentação atípica dos sintomas 
• Quadro com sintomatologia pleomórfica 
Indicações para neuroimagem 
• TCE 
• Abuso importante de álcool

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