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SÍNCOPE

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SÍNCOPE
Síncope é definida como uma perda transitória e autolimitada da consciência, seguida de
recuperação espontânea sem intervenção terapêutica, e habitualmente acompanhada de
perda do tônus postural.
O mecanismo final comum a todas as formas de Síncope, seja qual for a causa, é a
hipoperfusão cerebral transitória. A interrupção do fluxo sanguíneo cerebral por 6 a 8
segundos já é suficiente para causar perda da consciência em ambos córtex cerebrais ou
no sistema reticular.
Porém, nem toda perda de consciência é uma síncope!!
- Caracteriza-se por um evento de início rápido, curta duração e recuperação espontânea.
Quadro clínico:
Ao se deparar com um paciente com história de perda da consciência, a primeira tarefa do
médico deve ser identificar se a perda da consciência pode ou não ser caracterizada como
Síncope. Para tanto, uma anamnese detalhada deve ser realizada, devendo ser explorados
os seguintes aspectos: a posição do indivíduo no momento do evento, as situações do
ambiente, a ocorrência ou não de sintomas premonitórios e de sintomas após a
recuperação da consciência, as características do paciente no momento da Síncope.
Para sabermos que uma perda da consciência é síncope precisamos perguntar:
- se houve trauma precedendo (traumática) ou até mesmo examinar sinais de trauma.
- se pode ser uma crise convulsiva – pródomos, pós-convulsivo (cefaleia), liberação
esfincteriana, mordedura de língua.
- questões psicológicas na cena
- história de doença cardíaca, diagnósticos de síncope em outros serviços, exame
físico verificar arritmia, pressão arterial, saturação de o2.
Diagnóstico:
O diagnóstico é realizado por meio da avaliação clínica (anamnese e exame físico) e uma
avaliação mais detalhada pode esclarecer a causa, como:
- Circunstâncias que precederam a síncope: posição (supina, sentada ou ortostase),
atividade (repouso, mudança postural, durante ou após exercícios, imediatamente após
urinar, defecação, tosse ou engolir), fatores predisponentes (lugares cheios ou quentes,
ortostase prolongada, pós-prandial) e eventos precipitantes (medo, dor intensa ou
movimentos cervicais).
- Pródromo: náusea, vômito, desconforto abdominal, frio, sudorese, aura, dor nos ombros
ou pescoço, turvação visual, tontura, palpitações.
- Quadro clínico durante a perda de consciência (à testemunha): tempo de duração, forma
da queda (ajoelhando ou não), cor da pele (palidez, cianose, rubor), duração da perda de
consciência, características da respiração, movimentos (tônico-clônico, mioclonismo mínimo
ou automatismos) duração dos movimentos, início dos movimentos e relação
com a queda, mordedura da língua.
- Quadro clínico após a recuperação da consciência: desorientação, amnésia retrógrada,
náusea, vômito, sudorese, frialdade, dores musculares, cor da pele, dor no peito,
palpitações, incontinência fecal ou urinária, lesões traumáticas.
- Sobre os antecedentes: desmaios, cardiopatia, história neurológica (parkinsonismo,
epilepsia, narcolepsia), desordens metabólicas, medicações, drogas, história familiar de
morte súbita. Se síncope recorrente, tempo do primeiro episódio, número de vezes,
características dos outros eventos.
- Eletrocardiograma (ECG): realizar sempre.
- Monitorização eletrocardiográfica contínua: em suspeita de síncope arritmogênica.
- Ecocardiograma: indicado se doença cardíaca conhecida ou suspeitada, alteração
eletrocardiográfica ou exame clínico sugestivo de síncope secundária a doenças
cardiovascular.
- Holter – monitorização registrada em 24h – para arritmias paroxísticas
Tratamento:

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