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JOSÉ CELSO DE SALES NETO GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E DE CUSTOS Belo Horizonte 2020 JOSÉ CELSO DE SALES NETO GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E DE CUSTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Elvis Albertin Belo Horizonte 2020 JOSÉ CELSO DE SALES NETO GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E DE CUSTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em bacharel em Ciências Contábeis. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Belo Horizonte, 09 de dezembro de 2020 NETO, José Celso. Gestão orçamentária e de custos. 2020. 36 Páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2020. RESUMO Em um mercado que se mostra cada vez mais competitivo, o ambiente empresarial é diretamente afetado, exigindo das empresas um posicionamento estratégico adequado, através da correta gestão dos custos, com a análise dos resultados, permite à organização sua permanência no mercado. A Contabilidade Gerencial e suas ferramentas permitem a produção de informações nos diversos níveis gerenciais, contribuindo para o controle e avaliação das atividades, e consequentemente na tomada de decisão. Nesse sentido, a pergunta de pesquisa apresentada é: Como o gerenciamento orçamentário e de custos pode contribuir para a tomada de decisões?”. As respostas se deram pelo levantamento de informações geradas pela contabilidade e pela classificação dos gastos, que permitiram a apuração dos índices gerenciais e de custos, norteando a realização das projeções. Para tanto, no que diz respeito a abordagem dos objetos e do problema, fez-se uma pesquisa bibliográfica. Concluiu- se que a contabilidade, consegue ir muito além de atender as exigências do fisco, podendo também ser instrumento gerador de informações para a empresa, dando suporte direto a gestão e colaborando para o desenvolvimento consciente e favorável da organização. Palavras-chave: Contabilidade de custos. Sistema de Custeio. Orçamento empresarial. Tomada de decisão. Controladoria NETO, José Celso. Gestão orçamentária e de custos. 2020. 36 Páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2020. ABSTRACT In a market that is increasingly competitive, the business environment is directly affected, requiring companies to position themselves adequately, through the correct management of costs, with the analysis of results, allowing the organization to remain in the market. Management Accounting and its tools allow the production of information at the various management levels, contributing to the control and evaluation of activities, and consequently decision making. In this sense, the research question presented is: “How the management of business budget and cost can contribute to make decisions?” The answers were based on the collection of information generated by the accounting and the classification of expenses, which allowed the calculation of management and cost indexes, guiding the realization of the projections. To do so, with regard to the approach of the objects and the problem, a bibliographic research was done. It was concluded that accounting can go far beyond the requirements of the tax authorities and can also be an instrument that generates information for the company, giving direct support to management and contributing to the conscious and favorable development of the organization. Keywords: Cost accounting. Costing System. Business budget. Decision making. Controllership. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Organograma de estrutura de gastos.......................................................13 Figura 2 – Exemplo de custeio por absorção .17 Figura 3 – Exemplo de custeio variável .19 Figura 4 – Modelo técnico do processo decisório e o sistema de planejamento e controle .27 Figura 5 – Processo de gestão do planejamento empresarial .29 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................8 2 CONTABILIDADE DE CUSTO...............................................................................9 2.1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE...............................................................9 2.1.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE...............................................................9 2.1.2 OBJETIVO DA CONTABILIDADE............................................................9 2.1.3 CONTABILIDADE GERENCIAL...............................................................10 2.1.4 CONTROLADORIA..................................................................................10 2.2 A CONTABILIDADE DE CUSTOS..................................................................11 2.2.1 CONCEITO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS....................................12 2.2.2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS...................................12 2.2.3 FORMAÇÃO DOS CUSTOS....................................................................13 2.2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS............................................................14 3 SISTEMAS DE CUSTEIO.......................................................................................18 3.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO...........................................................................18 3.2 CUSTEIO VARIÁVEL.......................................................................................19 3.3 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ABC...............................................21 3.4 CUSTEIO PADRÃO.........................................................................................22 4 ORÇAMENTO EMPRESARIAL..............................................................................23 4.1 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO..............................................................24 4.2 ORÇAMENTO ENQUANTO INSTRUMENTO DE CONTROL.........................28 4.3 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DOS ORÇAMENTOS E OBSTÁCULOS PARA SUA IMPLANTAÇÃO.............................................................................................29 4.4 TIPOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO............................................31 4.5 NÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL..............................................32 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................34 REFERENCIAS..........................................................................................................36 INTRODUÇÃO Ao falar sobre contabilidade gerencial, a primeira característica que pode ser colocada em pauta é o “controle”. Entende-se que quando há controle em uma organização, quando existe uma estrutura que funciona e executa a entrega de um serviço ou produto de qualidade, resultados financeiros. Com essa teoria, é possível pensar que com uma estrutura de orçamento e custos, é possível planejar, realizar e acompanhar o desempenho de uma empresa sem que ocorram grandes variáveis não conhecidas ou não orçadas. Várias organizações empresariais, enfrentam dificuldade em sua gestão, devido a fatores como a saúde financeira que em geral, e principalmente para pequenas empresas, não costuma ter folgas financeiras e, sendo assim, não suportam acontecimentos não orçados. Logo, surge o seguinte problema: Como o planejamento orçamentário e de custos pode auxiliar nas tomadasde decisões que a organização deve tomar para obter bons resultados financeiros? O Objetivo da pesquisa se dá a partir do questionamento de como o planejamento orçamentário, a análise e acompanhamento dos custos pode auxiliar empresas e gestores no processo de tomada de decisão, demonstrando a importância de ter uma boa administração de custos para a obtenção de informações, utilizando então como ferramenta para a tomada de decisão, crescimento e controle da instituição. Sendo assim foram utilizados os seguintes objetivos específicos, são eles: descrever a contabilidade de custos e seus objetivos, tipos e métodos; apresentar e como pode ser estruturado um orçamento de receitas e despesas; evidenciar como o controle orçamentário e de custos como instrumento de apoio à gerência, pode agregar na obtenção de bons resultados. A pesquisa realizada para a composição deste trabalho trata de uma revisão bibliográfica, no qual foram realizadas consultas a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados (livros, sites de banco de dados, artigos de jornais e revistas, etc.), intercalados com exposições de ideias e entendimentos com o intuito de fornecer maior veracidade na apresentação das informações, utilizando de autores conhecidos e confiáveis sobre o assunto abordado, além de dinamicidade de relacionar autores. 2 CONTABILIDADE DE CUSTOS 2.1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE Para chegar até a contabilidade de custos, a mesma deve ser pontuada quanto ao seu contexto histórico e evolutivo, para a partir deste ponto, ser pontuada detalhadamente. 2.1.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE Antes mesmo de existir moedas, escrita ou números a traços do que viria a se tornar a ciência contábil já poderiam ser observados no homem da antiguidade. Devido a necessidades, como controle e planejamento, o homem antigo desenvolveu técnicas de controle e registro de seus alimentos e do território onde vivia mesmo sem escrita ou números. Essas manifestações na elaboração de “inventários” mostram como a contabilidade existia mesmo em uma realidade primitiva e limitada. (IUDICUBUS, 2016) Com desenvolvimento das civilizações, diversas literaturas e contribuições foram criadas para contabilidade e a partir do século XV a contabilidade atingiu um desenvolvimento relevante, fase que ficou conhecida como “Fase pré-científica da contabilidade. Com o desenvolvimento econômico a contabilidade ganhou notoriedade avaliando bens, direitos e obrigações, avaliação de resultado e inventários sobre o patrimônio”. (IUDICUBUS, 2016) Todavia o que pode ser considerado maior marco da contabilidade, momento fundamental para estabelecer-se como ciência, foi a obra do Frei Luca Pacioli que em 1940 sobre o método das partidas dobradas no que diz respeito aos termos ‘débito’ e ‘Crédito’. A partir de tal obra, doutrinadores contábeis que vieram após Pacioli deram um cunho científico a contabilidade. (IUDICUBUS, 2016) 2.1.2 OBJETIVO DA CONTABILIDADE A Ciência contábil tem como objetivo e finalidade “fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto.” (IUDICUBUS, 2016. p35) Em outras palavras, o objetivo principal da Contabilidade consiste em servir como instrumento durante a tomada de decisões pelo usuário, tendo em vista o patrimônio, objeto da Contabilidade, que é um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. (RIBEIRO, 2018) 2.1.3 CONTABILIDADE GERENCIAL A Contabilidade Gerencial é a vertente da ciência contábil voltada a administração de uma entidade, e ela “procura suprir os gestores de um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões" produzindo demonstrações e relatórios analisando cenário interno e externo da entidade utilizando tanto de informações econômico-financeiras quanto operacionais. (IUDÍCIBUS, 2017, p.25) Desta forma a contabilidade gerencial tem como objetivo “suprir empregados, gerentes e executivos de informações que possibilitem tomar decisões para reduzir custos, aumentar a eficiência dos processos produtivos e melhorar a qualidade dos seus produtos na forma de bens ou de serviços.” (MARION, 2018, p.10) 2.1.4 CONTROLADORIA Para Manzatti “Controladoria é o exercício do controle. Controlar é verificar se o que tem de ser feito está ocorrendo com precisão e qualidade”. A controladoria tem uma posição estratégica nas organizações, ela tem uma visão macro de todas as operações e devido a esse distanciamento para controle consegue identificar com maior precisão e eficácia possíveis falhas e oportunidades de otimização dos processos. (MANZATTI, 2018, p.15) No papel de órgão administrativo de uma entidade Figueiredo (2017) explica que a finalidade da Controladoria é garantir informações adequadas ao processo decisório, supervisionando e mantendo os documentos de uma empresa, a controladoria tem como missão zelar pela continuidade utilizando das ferramentas de gestão dispostas a ela e garantir uma maximização dos resultados quando conciliado os dados obtidos junto com conhecimento técnico e gerencial exigidos para tal atividade. Mossimann citado por Figueiredo (2017) define a controladoria como “um conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências de Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupam da gestão Econômica das empresas”. Por esses e outros motivos que a controladoria exerce uma função central nas entidades, ela tem a capacidade e analisar o operacional, gerenciar as informações técnicas coletadas como as demonstrações conteis e índices econômicos. Com essas informações e conhecimento a controladoria direciona as operações para um caminho mais assertivo e eficaz. 2.2 A CONTABILIDADE DE CUSTOS A contabilidade de custos surgiu no século XVIII diante da necessidade de apurar o resultado das operações. Para medir a eficiência do processo de produção, o sistema desenvolvido avaliava os custos de transformação de cada etapa, como também a dos colaboradores. Da evolução e aperfeiçoamento das operações surgiu então, a necessidade das empresas de conhecer os custos de suas operações. (FERREIRA, 2007) A partir de 1915, a contabilidade de custos evoluiu para a apropriação de taxas de custeio e técnicas de fluxo de custos. Nessa época o método de custeio por absorção era o mais presente entre as empresas. Como a contabilidade tinha sempre o foco em indicadores financeiros, surgiu a necessidade de trabalhar com alguns indicadores que avaliassem os custos de estoque e determinação do lucro. (FERREIRA, 2007) A contabilidade tinha o intuito de solucionar problemas de mensuração monetária dos estoques e resultados, e não de trabalhar como instrumento de administração. Os custos apurados absorviam todos os recursos dedicados pela empresa no período, na forma de rateio, fazendo ligação com o que foi comercializado e o que continuava em estoque, sem saber custo de operariado, material e despesas gerais do seu produto final. (FERREIRA, 2007) Durante anos de 1920 a 1940 a discussão sobre custeio variável deu-se início. Entretanto, um dos primeiros autores e mais influentes, defendeu a ideia de diferenciação entre as despesas que variavam, dos custos fixos. Na década de 80, o método de custeio era por absorção, o qual fazia com que no custo do produto final, estivessem presentes proporcionalmente os custos, diretos e indiretos relacionados com a produção. (FERREIRA, 2007). Com a necessidade de analisar a evolução e resultado das entidades, foram criados métodos de custeio, com diferentes aplicações para melhor uso e resultado dependendo da atividade da empresa, métodos estes que serão explicados ao longo do trabalho.2.2.1 CONCEITO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS No âmbito empresarial, ter conhecimento dos custos gerados a partir da produção de um produto/serviço é de extrema importância para a saúde da empresa, por se tratar de um investimento para obter um produto final, de modo a resultar na obtenção de um resultado financeiro positivo. Segundo Leone (2010), a contabilidade de custos é a que produz as informações para os níveis gerenciais de uma organização, com o intuito de prestar auxílio no desempenho, planejamento, controle das operações e na tomada de decisões. A Contabilidade de custos coleta, qualifica e avalia atividades da empresa, podendo ser sobre valores em dinheiro, horas trabalhadas, ordens de compra, entre muitos outros fatores, desde que estes dados, resultem em indicadores que possam resultar em: Dados para a determinação da rentabilidade e desempenho das atividades da entidade; Elementos para auxiliar no planejamento, controle e administração do desenvolvimento das operações; Informações para auxiliar na tomada de decisões 2.2.2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Para cada organização, existe uma necessidade de estudo e análise de custos diferente podendo depender da atividade da organização, ou o foco em determinada área para auxílio na tomada de decisão. Segundo Leone (2010), o objetivo da contabilidade de custos é determinado de acordo com a necessidade de a gerência em obter informações, entretanto, estudiosos no assunto, colocam três objetivos como os principais: determinação da rentabilidade; controle de custos e operações; tomada de decisões. Leone (2010) explica os três objetivos como: (a) o objetivo da determinação da rentabilidade, esta, num sentido bem amplo, que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos os sentidos; (b) o objetivo que se traduz pelo controle dos custos das operações de cada atividade no sentido de minimizá-los pela comparação constante entre os dados previamente estabelecidos (como orçamentos, estimações e padrões) e os dados que realmente ocorreram. A procura pela redução de custos deve passar obrigatoriamente pela análise das causas das variações ocorridas. Tais causas sempre são decorrência de disfunções operacionais. O objetivo final é descobrir esses erros, avaliá-los economicamente e propor medidas corretivas; (c) o objetivo de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada de decisões. (LEONE, 2010, p. 7) Como um apoio da controladoria, a contabilidade de custos observa, apura e destaca eventuais problemas como o objetivo de apresentar sugestões para resolução dos mesmos, contribuindo para as tomadas de decisão da instituição. Em resumo, a contabilidade de custos tem como objetivo, recolher dados, com a finalidade de tratar, interpretar, analisar e por fim apresentar uma sugestão de melhora ou resolução do problema. 2.2.3 FORMAÇÃO DOS CUSTOS Determinar quais são os custos de produtos ou serviços em empresas não se baseia somente na apuração do custo da mercadoria vendida em empresas comerciais, ou nos materiais utilizados para prestação do serviço no caso de organizações desta modalidade. Matéria-prima, materiais, trabalhadores, energia, combustível, são custos que fazem parte do produto final. Para Leone (2010), os fatores de produção e de realização são os materiais, a mão de obra e as despesas gerais de fabricação ou de realização, bem como os recursos disponíveis que serão consumidos dependendo da atividade operacional realizada. O custo de produção de um produto ou realização de um serviço é composto pela soma de três fatores: materiais, a mão de obra e as despesas gerais. Existem diferentes técnicas para avaliar, aplicar e controlar o consumo de cada um dos fatores podendo variar pelo tamanho da empresa, espécie de produto, forma de produzir, necessidades gerenciais e outros. Figura 1: Organograma de estrutura de gastos. Fonte: adaptado de Leone (2010) Para um bom entendimento da formação dos custos, faz-se necessário ter ciência de alguns termos envolvidos com o tema; ▪ Receitas: entrada de recursos que resulta em aumento do Patrimônio Líquido, correspondente à venda de produto ou serviço. (MARTINS, 2010). ▪ Gastos: é o esforço financeiro utilizado na aquisição de um bem ou serviço, independente da finalidade que podem ser separados em custos, despesas e investimento. (FERREIRA, 2007). ▪ Custo: corresponde ao gasto de um bem ou serviço que é utilizado para a atividade principal da empresa. É o sacrifício físico ou financeiro indispensável na produção de um bem, ou serviço. (FERREIRA, 2007). ▪ Despesa: é o gasto que ocorre fora da área de atividade principal da empresa, entretanto faz relação à realização de uma venda. (FERREIRA, 2007). ▪ Investimento: gasto com bens e serviços para prolongar a vida útil da empresa, como também benefícios atribuíveis no futuro. (MARTINS, 2010). Os termos colocados acima juntamente aos seus significados, servem como base na hora de falar de custos tendo em vista que, ao reconhecer um gasto, obrigatoriamente ele se incluirá em algum lugar como custo, despesa ou investimento. 2.2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS A contabilidade de custos tem o dever interpretar os custos de maneira diferente para produzir informações de acordo com as necessidades gerenciais de cada empresa. Para Leone (2010). A contabilidade de custos deve acompanhar as evoluções dos processos de produção, bem como das novas necessidades de informação. Sendo assim, existem métodos tradicionais e modernos e cabe ao contador entender sua necessidade e escolher o que melhor se encaixa a sua realidade: Custos diretos quanto a sua formação são os custos ou despesas que podem ser facilmente relacionados ou ligados a um só modelo de produto ou serviço. Padoveze (2010) explica da seguinte forma: Custos diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos. (PADOVEZE, 2010, p. 336) Custos indiretos quanto a sua formação são custos que não se encaixam como meio de custeio, ou seja, ocorrem em um grupo de atividades, departamentos ou na empresa de modo geral, sem a possibilidade de se encaixar como um custo direto como, por exemplo: aluguel, energia elétrica, água. Custos Indiretos: são aqueles apropriados aos produtos em função de uma base de rateio ou algum critério de alocação. Essa base de rateio deve guardar uma relação próxima entre o custo indireto e o objeto de custeio, evitando causar distorções no resultado final. São empregados como base de rateios: horas apontadas de mão-de-obra, horas de máquinas utilizadas na fabricação dos produtos, quilos de matéria-prima consumida. (MEGLIORINI, 2001, p. 11) Custos padrão são custos estabelecidos, que consideram condições normais de operação. São indicados para ações repetitivas, que sejam bem definidas as atividades dirigidas e executadas. (LEONE, 2010) Custos estimados são os custos em que as ações não são padronizadas, quando produtos ou serviços são feitos sob encomenda, ou com características exclusivas, diferentes dos demais produtos ou serviços pré estabelecidos fabricados pela empresa, tendo de ser usadas estimativas. (LEONE, 2010) Nos custos por atividades, são considerados os custos e as despesas por atividade e, depois, aloca as atividades aos produtos que são seus portadores finais. Neste caso, a contabilidade de custos utiliza exaustivamente as bases de rateio, detalhando as operações em suas atividades comuns, envolvendo somente operações industriais. As atividades são utilizadas e registradas à medidaque os produtos ou serviços são produzidos e, com base nos quantitativos apurados, os custos são determinados. (LEONE, 2010) Custos e despesas do produto (inventariáveis) são desembolsos e despesas que estão diretamente ligados aos produtos como, por exemplo, os custos com matéria-prima, energia, colaboradores e outros. A mão de obra é adicionada ao custo dos produtos em processo quando não geraram ainda nenhum tipo de benefício e isso só ocorrerá quando ocorrer a venda. Ex: custo dos produtos vendidos. (LEONE, 2010) Custos e despesas do produto (não inventariáveis) são os custos e despesas que não são facilmente relacionados aos produtos, que são repetitivos, quase que fixos, cabem mais aos períodos que aos produtos. São custos e despesas onde os benefícios são reconhecidos no momento em que eles acontecem, não sendo nesse caso, futuros. Os benefícios são obtidos no período, os custos e despesas são debitados diretamente no resultado do período. Exemplo: despesas de vendas e de administração. (LEONE, 2010) Custos fixos são os custos que não variam independente do volume de produção, ou do nível/quantidade de prestação de serviço. Megliorini (2012) define custos fixos da seguinte forma: Custos fixos: são aqueles que decorrem da manutenção da estrutura produtiva da empresa, independentemente da quantidade que venha a ser fabricada dentro do limite da capacidade instalada. Exemplos desse comportamento são o custo do aluguel e a depreciação. Assim, tomando como base o exemplo citado, independentemente de a fábrica produzir zero ou dez toneladas de produto, os custos fixos permanecerão os mesmos. (MEGLIORINI, 2012, p. 11) Custos variáveis são os custos que variam de acordo com a proporção direta ao volume de produção tido como referência. Para Megliorini (2012), custos variáveis são: Custos variáveis: são aqueles que aumentam ou diminuem conforme o volume de produção. São exemplos desse comportamento os custos da matéria-prima (quanto mais se produz, maior a necessidade; portanto, maior custo) e da energia elétrica (quanto mais se produz, maior o uso de máquinas e equipamentos elétricos consequentemente, maiores o consumo e o custo). (MEGLIORINI, 2012, p. 11) Sendo assim os custos variáveis variam de acordo com a quantidade produzida por uma indústria, ou então pela quantidade de materiais utilizados ligados à prestação de um serviço. Em um hospital, por exemplo, materiais e medicamentos são considerados custos variáveis, logo, eles variam de acordo com a necessidade de cada paciente bem como com o número de atendimentos ou internações realizadas. 3 SISTEMAS DE CUSTEIO Este capítulo tem como foco, apresentar os principais métodos ou sistemas de custeio que são adotados. Um sistema de custeio dita como os custos são apropriados à produção. A escolha do sistema de custeio interfere nos custos da organização, pois, dependendo da sua escolha, alguns custos podem ou não entrar apuração dos custos da produção, e sendo assim, interferir no resultado da empresa 3.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O custeio por absorção pode ser colocado como o sistema que considera todos os custos, fixos ou variáveis, na produção de um período. Ele é usado para identificar sistemas de acumulação em que os custos diretos e indiretos são adicionados à produção e inclusos no estoque. Sendo assim, o custo é absorvido quando combinado ao produto em cada fase de produção, ou seja, na medida em que é realizada a produção, são incididos e contabilizados os custos em cada uma das contas. (FERREIRA, 2007). É o método que vem do emprego da aplicação dos princípios da contabilidade, geralmente aceitos e está contemplado no Comitê de Pronunciamento Técnico CPC 16. (MARTINS, 2010) Figura 2: Exemplo de custeio por absorção Fonte: Martins (2010, p. 37) Segundo Martins (2010), o custeio por absorção é interessante para fins de Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados, assim como, na maioria dos países, para Balanços e Lucros Fiscais. Ele também é aceito pela Auditoria Externa, não é inteiramente eficaz em função dos rateios arbitrários e falha como instrumento gerencial, porém, é essencial na avaliação de estoques. De acordo com Leone (2010), existem duas maneiras de valoração dos estoques: Primeiramente deve-se apropriar os custos diretos de produção, ou seja, alocar matéria prima e mão de obra diretamente a uma função de acumulação de custos, bem como realizar o rateio dos custos indiretos de produção, que são custos mais complexos de serem identificados com o objeto de custeio, o que torna difícil o reconhecimento imediato em cada uma das funções de acumulação de custos, sendo necessário fazer o rateio a partir de estimativas, também conhecidas como bases de rateio. Leone (2010) Posteriormente, deve-se fazer a departamentalização, que é a consequência de um estudo feito na entidade, levando em conta várias especialidades, atividades e funções. É a maneira de dividir o trabalho com base na capacidade específica de cada pessoa, grupo de pessoas, ou setor. A departamentalização divide as atividades da empresa de acordo com as particularidades de cada uma delas, proporcionando maior assertividade nas operações. Os custos indiretos de produção são posicionados entre setores, a fim de diminuir a arbitrariedade dos valores dos custos fixos. Já os custos diretos de produção são adicionados aos produtos de acordo com a sua utilização. Leone (2010) Leone (2010) menciona que existem vantagens na utilização de custeio por absorção, são elas: alocação de todos os custos aos produtos, tanto os diretos quanto os indiretos; o sistema de custeio por absorção está de acordo com os Princípios Contábeis e as Leis tributárias; é menos trabalhoso, pois, não requer a separação dos custos fixos e variáveis; é aceito na avaliação dos estoques; O autor também cita algumas possíveis desvantagens, como por exemplo: os custos indiretos de produção tendo como base critérios de rateio com alto índice de arbitrariedade; o custo por unidade produzida varia de acordo com o volume de produção, dele próprio ou de outro produto; e que independente da produção ou não, os custos fixos existem, logo não devem ser apropriados aos custos dos produtos. 3.2 CUSTEIO VARIÁVEL Segundo Bruni (2012), na gestão de custos, a maior dificuldade existente se refere ao controle e à distribuição dos custos indiretos, e para simplificar o processo de tomada de decisões, sendo assim, são considerados apenas os gastos variáveis na formação dos custos dos produtos, eliminando os rateios dos custos ou despesas indiretas. O custeio variável, reconhece que apenas os custos e despesas variáveis são debitados ao custo dos produtos, outros custos e despesas, considerados fixos, serão colocados como despesas do período. (FERREIRA, 2007) De acordo com Martins (2010), a apropriação dos custos fixos na formação do custo do produto, geralmente, não é de grande utilidade para fins gerenciais, sendo que, por sua natureza, esses custos independem do volume produzido; além de serem distribuídos por critérios de rateio, que compreende comumente, em grandes graus de arbitrariedade. Sendo assim, o custeio variável afirma que, os custos fixos devem ser tratados como se fossem despesas do período, já que, a estrutura base da entidade não deixa de funcionar e sempre existirá, independentemente do volume de produção, ou até mesmo, caso não haja produção, ligando assim, os custos variáveis à tomada de decisão. Com o surgimento do sistema de custeio variável na contabilidade de custos, é revelada a margem de contribuição, ou contribuição marginal, que para Leone (2010), é a diferença entre a receita de vendas e o custo variável de produção. De acordo com Bruni (2012),no custeio variável, são adicionados aos produtos somente os custos variáveis, que, juntamente com as despesas variáveis são diminuídos da receita, originando a margem de contribuição. Figura 3: Exemplo de custeio variável Fonte: Martins (2010, p. 39) A margem de contribuição é uma ferramenta de enorme importância para auxiliar em tomadas de decisão de curto prazo, ela permite avaliar o quanto uma venda contribui para amortizar os custos e despesas fixas do período e gerar lucros. A margem de contribuição pode, ser geral da empresa ou unitária do produto, e em regra, entregam maiores lucros os produtos que atingirem maiores margens de contribuição. É importante lembrar que só se consegue obter a margem de contribuição se a contabilidade de custos estiver com os gastos de produção separados entre variáveis e fixos. (LEONE, 2010) Avaliando os custos fixos e variáveis, utilizando o sistema de custeio variável, a organização cria informações que irão contribuir para a gestão e tomada de decisão, Bruni (2012), afirma que custos fixos e rateios podem afetar as decisões empresariais e menciona alguns benefícios da utilização do custeio variável, são eles: custos fixos, independem da fabricação de determinado produto, ou de variações no volume de produção. Eles são considerados custos do período, desta forma, não são alocados aos produtos; através da margem de contribuição, é possível identificar produtos que são mais rentáveis; através do ponto de equilíbrio, é possível mensurar quanto a entidade deverá produzir e vender para amortizar seus custos e despesas fixas e auferir lucros; no custeio variável, a análise dos custos e despesas, fixos e variáveis, permite a entidade estudar melhor seu processo produtivo, auxiliando na melhor tomada de decisão. No que diz respeito às desvantagens, Bruni (2012) cita as seguintes: na existência de custos mistos, nem sempre é possível fazer a separação dos custos e despesas fixas, das variáveis; o sistema de custeio variável não é aceito pela auditoria externa, pela legislação do Imposto de Renda e por boa parte dos contadores, isso porque este sistema fere os princípios contábeis, principalmente o da competência e o da confrontação. 3.3 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ABC É um sistema de custeio baseado nas atividades dos processos de produção, que permite mensurar o custo e o desempenho das atividades e dos objetos de custo, fundamentando-se em três premissas: os produtos requerem atividades; as atividades consomem recursos; e os recursos custam dinheiro. (FERREIRA 2007) Segundo Megliorini (2001), o custeio ABC é um sistema de informação sobre as atividades e os elementos de custo de uma empresa, identificando as atividades desenvolvidas, atribuindo custos a essas mesmas atividades e distribuindo os custos das atividades pelos critérios de custo por múltiplos indutores, e esses indutores refletem o consumo das atividades por parte de cada objeto de custo. 3.4 CUSTEIO PADRÃO Originou-se no transcorrer do século XX e serviu de base para os sistemas de controle. É um método de custeio que permite medir a eficiência produtiva e seus custos são predeterminados. É extremamente importante na criação e demarcação dos orçamentos e nos preços de venda dos produtos e serviços antes de sua realização, pois, através dele realiza-se antecipadamente a apuração do produto e do serviço, em quantidade e valor, a partir de dados de várias fontes, que possui validade de tempo. (FERREIRA, 2007) De acordo com Ferreira (2007), esse método tem como objetivo, servir como um instrumento de controle à gestão de custos das empresas, sendo que, o controle de custos ocorrerá se a identificação dos custos em departamentos for possível, juntamente com os processos de elementos de custos e, em seguida, for feita uma análise e comparação entre o previsto e o efetivamente ocorrido. Nesse sistema de custeio, os custos são reconhecidos por estimativa e não pelo valor real, ele coopera para consolidar padrões desejados dos custos, auxiliando e entidade na solução das diferenças da sua comparação com o custo real. (FERREIRA, 2007) 4 ORÇAMENTO EMPRESARIAL De acordo com Padoveze (2013), orçar representa o processo de todos os dados envolvidos em um sistema de informação contábil atual, incluindo as informações previstas para o exercício seguinte. Utilizado por muitas empresas, o orçamento é uma ferramenta de planejamento e controle de suas atividades, capaz de abranger todos os setores de uma empresa. Sendo assim, pode-se considerar o orçamento como um mecanismo de controle nas organizações, capaz de reunir o conjunto de atividades empresariais em um só planejamento. Welsch (1983) define orçamento como: Um plano administrativo que abrange todas as fases das operações para um período futuro definido. É a expressão formal das políticas, planos, objetivos e metas estabelecidas pela alta administração para empresa como um todo, bem como para uma de suas subdivisões. (WELSCH, 1983, p. 31). Diehl (2004) diz que, o orçamento é um plano gerencial que determina metas de custos e receitas. De modo geral, é definido pelo grau estratégico organizacional, que se construído por intermédio de um sistema efetivo de controle, é possível defini- lo como desmembramento do planejamento estratégico empresarial. Desta forma, o orçamento se constitui em uma ferramenta de planejamento e controle, que descreve atividades operacionais e programas de investimento da empresa, relacionando os objetivos empresariais com estas funções de planejamento e controle, permitindo-se tomada de decisão e criação de valor. Assim, Moreira (2002) define um sistema orçamentário global da seguinte maneira: Um conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos e expressos em resultados financeiros, permite à administração conhecer, a priori, os resultados operacionais da empresa e, em seguida, executar os acompanhamentos necessários para que estes resultados sejam alcançados e os possíveis desvios sejam analisados, avaliados e corrigidos. (MOREIRA, 2002, p. 15). É necessário salientar que o orçamento não serve apenas para traçar o caminho que a empresa seguirá em suas atividades, ou efetuar o controle sobre elas; é imprescindível que na construção do orçamento, a direção e gerências dos diversos setores, estabeleçam metas para toda organização, afim de que haja um trabalho coletivo em busca da melhora dos resultados financeiros da instituição. Figueiredo; Caggiano (1997) expõe que: Os objetivos do orçamento são o planejamento, a coordenação e o controle, concentrando esforços para: orientar a execução das atividades, possibilitara coordenação dos esforços das áreas e de todas as atividades que compõe a empresa, otimizar o resultado global da empresa, reduzir os riscos operacionais, facilitar a identificação das causas dos desvios entre o planejado e o realizado, propiciando a implementação de ações corretivas.(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p.36). 4.1 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO O orçamento vai além de uma simples definição de metas e objetivos a serem atingidos, ele deve expressar também a visão dos gestores em relação ao futuro da entidade. Sanvicente; Santos (1989) Segundo Padoveze (2013), para a construção de um plano orçamentário, é essencial que se defina quais são os objetivos, e a forma que se pretende alcançar estes. Logo, é necessário que os gestores participem assiduamente dos processos de planejamento e controle, verificando diariamente o orçado x realizado para que modificações em sua estrutura sejam feitas. É indispensável levar em conta os fatores externos que atingem uma organização, dos quais não se tem controle, bem como os fatores internos, sobre osquais se espera que tenha controle. Para Passarelli; Bomfim (2003) existem três grupos básicos de fatores que são relacionados quanto ao planejamento orçamentário: Condições gerais políticas e econômicas: engloba questões como: previsões acerca da estabilidade política e social; tendências do governo relacionadas a estatização ou privatização; políticas de preço do governo sobre determinados mercados ou produtos; políticas governamentais de financiamentos de empresas e do consumo corrente; políticas de subsídios governamentais; políticas do governo relacionadas à questão salarial e trabalhista; a evolução da inflação, dos índices de produto interno bruto, do produto nacional bruto e da renda nacional; a evolução da situação internacional; tendências de aproveitamento de mão de obra disponível; diversos aspectos relativos a aspecto financeiro (disponibilidade de recursos entre as diversas fontes para captação e o custo real das operações financeiras); evolução do setor em que atua a empresa; utilização da capacidade produtiva instalada no país; entro outros; Mercado: refere-se a aspectos relacionados ao consumidor e à concorrência. Quanto ao consumidor refere-se à aspectos como: alteração no orçamento familiar; fatores sócio psicológicos que influem no comportamento do consumidor; situação do mercado de exportação; mudanças de ordem demográfica; inovações tecnológicas e seus impactos sobre o consumo. Quanto à concorrência podem ser destacados: a estrutura do mercado; agressividade da concorrência no mercado; novos concorrentes; estratégias de preços dos concorrentes; planos de exportação da concorrência; estratégias de mercado da concorrência; entre outros; Aspectos internos relativos à empresa: trata- se de questões internas que merecem observação e análise. Exemplos são: questões relativas a planos de expansão da empresa; capacidade de produção; política de preços para seus produtos; políticas de crédito e cobrança; planos de investimento; política de produto; entre outros; (PASSARELLI; BOMFIM, 2003, p. 35-41). O fluxo do processo decisório com base no sistema de planejamento e controle, considerando o sistema de informações internas e aspectos externos à organização é apresentado pela Figura 4. Figura 4 – Modelo teórico do processo decisório e o sistema de planejamento e controle Fonte: Zdanowicz (1989, p. 24) Considerado como um dos alicerces na qualificação da performance operacional em uma organização, o sistema orçamentário pode auxiliar no cumprimento do plano de negócio através do trabalho em equipe, e também no reconhecimento desse trabalho por parte dos gestores. Desta forma, para que o orçamento enquanto instrumento de planejamento e controle seja compreendido nas diversas áreas da organização, a priori, é necessário compreender o que é planejar. Para Sanvicente; Santos (1989), planejar é anteceder as ações a serem realizadas, prever recursos a serem gastos e delimitar responsabilidades em relação a um determinado período futuro, afim de que se alcance os objetivos definidos para uma organização. Welsch (1983) afirma que, planejar significa criar novas formas de potencializar os lucros, assim como aprimorar os geradores de lucros já existentes na organização; mensurar os objetivos relevantes em uma empresa e planejar estratégias dentro da realidade para que se atinja os objetivos propostos de curto e longo prazo. Em suma, planejar permite ordenar com sentidos diferentes atividades ou dirigir esforços para obter os resultados desejados. Neste contexto, o planejamento envolve pontos como: ● A fixação de objetivos que, segundo Sanvicente; Santos (1989) refere-se a padrões de desempenhos ou alvos de atuação considerados desejáveis pela administração e pelos proprietários da empresa, ou seja, fixar objetivos é o primeiro passo que se a todo e qualquer processo de planejamento das atividades empresariais. ● A fixação de estratégias que, Padoveze (2013) definem como a estratégia organizacional compreendida como um caminho a ser trilhado para que a empresa alcance seus objetivos. Assim, com os objetivos bem definidos pela empresa, deve- se criar a estratégia para que estes mesmos objetivos sejam atingidos. ● A avaliação da eficácia das decisões, que pode-se observar: A avaliação está relacionada à comparação do cumprimento dos objetivos, reconhecimento daquele que cumpriu além do esperado, a correção daquilo que não foi alcançado e ao treinamento [...] necessário àquele que ficou para trás. A avaliação moderna tem mais a ver com a aprendizagem do que com o controle. (LEVY, 1992, p.17). Em relação ao planejamento, é essencial o engajamento de toda equipe, tornando-se um processo contínuo, afim de cumprir o plano definido pela administração. Pode-se dizer que tal plano, detalhado em previsão de resultados, ações e prazos, é representado em planos estratégicos e operacionais, que se subdividem da seguinte forma, de acordo com Padoveze (2013): No planejamento estratégico são formuladas e reformuladas as estratégias empresariais observadas a sua visão do futuro. Neste momento são estabelecidas as políticas, diretrizes e objetivos estratégicos. No segundo, são definidos planos, políticas e objetivos, tendo em vista a parte operacional da organização, expressando metas de acordo com as diretrizes propostas pela alta administração. A figura 5 apresenta resumidamente o processo de gestão entre o planejamento estratégico e o operacional. Figura 5 – Processo de gestão do planejamento empresarial Fonte: Padoveze (2013, p.22) É importante salientar sobre a importância de possuir sistema computadorizado, capaz de simular resultados que decorrem de objetivos e políticas distintas, usando os que tragam melhor resultado para a empresa. 4.2 ORÇAMENTO ENQUANTO INSTRUMENTO DE CONTROLE Devido à necessidade de cada vez mais ter um controle mais efetivo sobre as atividades operacionais de uma empresa, o orçamento tornou-se uma ferramenta indispensável, pois, através dele é possível coordenar, avaliar e controlar operações que são realizadas diariamente, avaliando o desempenho executado com o orçado. Desta forma, quando se compara o desempenho planejado e o efetivamente realizado, dar-se o nome de controle. Que representa o acompanhamento das atividades como um todo e a qualidade na geração das informações que permitem uma tomada de decisão mais assertiva. Padoveze (2013) define controle como um processo constante que compara o nível de aderência entre os planos e sua execução, observando a ocorrência de variações futuras, pretendendo alcançar os objetivos propostos. Frezatti (1999) explana que o controle e o planejamento requerem a definição de responsabilidades por unidades de negócio, por departamentos ou por centros de custos, de acordo com as diretrizes da organização. Ainda no contexto de controle, para utilização de orçamentos, existe a necessidade de uma nova mentalidade e o suporte efetivo da alta administração, além da aceitação e comprometimento de todos níveis hierárquicos, que de alguma forma estão envolvidos na elaboração, execução, acompanhamento e análise, ou seja, requer um envolvimento da organização como um todo. Assim, Passarelli; Bomfim (2003) destacam as responsabilidades e papéis básicos: A Coordenação / direção do sistema orçamentário possui a responsabilidade de coordenar e dirigir o sistema e o processo orçamentário. Deverá ter uma posição muito bem planejada dentro do organograma da empresa. É ponto pacífico que o bom exercício dessa função exige um “status” elevado na estrutura funcional da empresa. (PASSARELLI; BOMFIM, 2003, p. 40). Já a Diretoria Geral é a responsável pelo estabelecimento de objetivos e metas, definição das orientações básicas que serão obedecidas na elaboração orçamentária, pela definição das responsabilidadesna coordenação, elaboração, execução e acompanhamento da execução dos orçamentos, pela análise final e avaliação do orçamento executado, bem como pela tomada de decisão visando correções, reavaliações ou manutenções dos níveis orçados nos patamares aprovados anteriormente. Os gerentes são os responsáveis pela elaboração dos seus orçamentos, observando as premissas básicas estabelecidas pela diretoria geral, bem como por sua execução e acompanhamento, uma vez aprovados. Deve também assistir a área responsável pela coordenação orçamentária na análise dos seus orçamentos. É importante observar que, a fixação de objetivos e metas é papel da diretoria, já a elaboração orçamentária é dever de todos os envolvidos. Sendo assim. Cada funcionário deve ter consciência da importância da sua participação no orçamento desde a sua elaboração, execução, acompanhamento, análises dos resultados e providencias para ajustar os valores do orçamento às novas realidades que surgirem na empresa, durante a execução orçamentária. Deve ser apagado da memória que somente o órgão orçamentário é o responsável por todas as etapas do orçamento. O órgão orçamentário deve ser considerado como um coordenador na elaboração deum orçamento. (SCHUBERT, 1987, p. 64). 4.3 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DOS ORÇAMENTOS E OBSTÁCULOS PARA SUA IMPLANTAÇÃO Existem várias vantagens para a organização ao utilizar um sistema orçamentário, como também limitações ou obstáculos, conforme descreve Hoji; Silva (2010): existe a exigência de uma adequada estrutura administrativa, com atribuições de responsabilidades, hierarquia, e processos internos de comunicação bem definido; exige a definição de objetivos e políticas para a empresa e obriga os membros da organização em seus diversos níveis, a participar do processo de sua definição e na elaboração de planos para a empresa; disseminação de políticas e diretrizes pelos níveis administrativos superiores da organização; força os responsáveis pelas diversas áreas ou departamentos a elaborar planos em sintonia uns com os outros e em harmonia com o plano global da empresa; obriga os administradores da empresa a quantificarem e datarem as atividades sob sua responsabilidade; obriga a realização de auto análise periódica da empresa; permite a identificação de pontos de eficiência e ineficiência no desempenho das diversas unidades da empresa e o acompanhamento da evolução da consecução dos objetivos fixados; tende a melhorar a utilização dos recursos disponíveis e o ajuste de sua utilização para o favorecimento de atividades consideradas prioritárias; exigência de uma contabilidade organizada e sistematizada, capaz de apresentar dados históricos apropriados e adequados às necessidades empresariais; facilita a adaptação ou adequação da empresa aos fatores exógenos, sobre os quais não tem controle; possibilita a criação de padrões de comparação que contribuem para uma correta avaliação do desempenho das diversas áreas da empresa; cria condições e instrumentos que permitem coordenar os diversos fatores produtivos e administrativos da empresa, no sentido de cumprir seus objetivos; permite a delegação de poderes e de autoridade, reduzindo o envolvimento do escalão superior da organização com atividades operacionais diárias No que diz respeito às limitações, Lunkes (2003) destaca: O fato de os orçamentos basearem-se em estimativas: os dados que contém são estimativas, sujeitas, portanto, a erros e imprecisões que variam conforme a sofisticação do processo e técnicas utilizadas para estimação; dificuldades para a fixação de padrões realistas e quantificáveis; custo do sistema, que exige pessoal especializado e tempo do pessoal de linha para planejar e elaborar orçamentos; a execução do plano de resultado não é automática. Sua eficácia depende do apoio e comprometimento da alta administração, da responsabilidade e empenho dos níveis operacionais; por si só não garante o alcance dos resultados planejados, exigindo, portanto, monitoramento e adaptação continuas diante das circunstâncias que cercam a organização; sujeição a fortes distorções diante da existência de alta volatilidade das diversas variáveis econômicas e financeiras; Ainda como limitação, Welsch (1983) indica o risco de o Plano de Resultado substituir à administração. Ressaltando que esse trata-se de uma ferramenta que apenas auxilia o desempenho do processo administrativo. Já para Padoveze e Taranto (2009), a grande limitação do orçamento diz respeito ao orçamento controlar apenas o que pode ser mensurado pela contabilidade, tendo em vista, várias variáveis relevantes. Em relação aos obstáculos para implantação do sistema orçamentário, Zdanowickz (1989) cita os seguintes: Possíveis dificuldades para a educação orçamentária e conscientização para uma mentalidade de planejamento e controle; desmotivação dos colaboradores da empresa; possíveis resistências, reações e ações internas, indesejadas quanto à implantação e utilização de orçamentos; desconfianças quanto à utilização dos orçamentos; contabilidade despreparada para a apresentação de informações apropriadas às necessidades do sistema orçamentário; dificuldades na modelagem e operação de softwares existentes no mercado no processo de implantação do orçamento; sistema de custos ineficiente ou sua inexistência; administração pouco afeita ao estilo mais participativo de gestão: a utilização de sistemas orçamentários apresenta melhor adaptação ao estilo de administração mais participativa e menos autoritária; falta de integração do orçamento à cultura empresarial; inflexibilidade do sistema orçamentário. 4.4 TIPOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO Diversos são os tipos, técnicas e conceitos de planejamento orçamentário. Padoveze (2013), afirma existir basicamente dois tipos clássicos de orçamentos: o estático e o flexível. No entanto, outros tipos de orçamentos podem ser identificados e serão tratados à frente: Orçamento estático: é tido como o mais comum. Em sua elaboração considera-se o volume de vendas e produção, após decisão do volume das demais atividades e setores da empresa, se torna estático, pois, não permite nenhum tipo de mudança em sua composição, ou seja, inflexível. Hoji; Silva (2010) destaca que, empresas que mantém seu orçamento original, tem como objetivo qualificar seu planejamento e controle financeiro. Orçamento flexível: chamado também de orçamento variável, ao elaborá-lo é feita a distinção de custos fixos e variáveis, sendo que os custos variáveis seguem a variação do volume de atividades, já os custos fixos não são alterados. Assim, observa-se que o orçamento flexível dificulta a continuidade do processo orçamentário, uma vez que ele contraria o fundamento básico do orçamento que é, antecipar e prever. Ele poderá ser ajustado a qualquer nível de atividades. (PADOVEZE, 2013) Orçamento ajustado: é uma derivação do orçamento flexível, como objetivo de fornecer uma opção de versatilidade quando houver necessidade de revisão do orçamento original, tendo em vista alterações de uma variável fundamental, impactando sobre o resultado. Ajustes são realizados de acordo com cenário real e atual, permitindo um alinhamento entre o cenário e o realizado (PADOVEZE; TARANDO, 2009). Orçamento incremental: chamado também de orçamento tradicional, tem em sua construção ajustes marginais nos diversos itens que o comtempla. Traz como base para orçamentação das despesas para o próximo período, despesas do período anterior. Desta forma, se constrói o orçamento a partir a apuração do incremento entre despesas apuradas em dois períodos (FERNANDES, 2005). Orçamento programa: é a técnica orçamentária utilizada pela administração pública no Brasil e pode ser definida da seguinte maneira: Um conjunto de procedimentos e técnicas que permite arrolar, de modo integrado e racional, os objetivos,metas, recursos e estruturas de execução, ao lado de uma clara definição de prazos e responsabilidades, e tem como principais característica: propiciar a integração entre o planejamento e o orçamento; realizar a quantificação dos objetivos e das metas, basear as decisões em relações de insumo-produto e na pluralidade de alternativas programática; e empregar instrumentos aperfeiçoados para a mensuração de resultados (SANCHES, 1997, p. 174). Orçamento base zero: requer que todas as unidades de negócio iniciem sua orçamentação sempre do marco zero, rejeitando a premissa do orçamento incremental. Sendo assim, pode-se afirmar que: O orçamento base zero dá á direção informações detalhadas relativas ao dinheiro necessário para se realizar os fins desejados. Chama a atenção para os excessos e para a duplicidade de esforços entre os departamentos, concentra-se nas quantidades necessárias para programas, e não no aumento (ou diminuição) percentual em relação ao ano anterior, especifica prioridades dentro dos departamentos e entre eles, dentro das divisões e entre elas, permite comparações dessas linhas organizacionais quanto às respectivas prioridades financiadas e permite a determinação, por uma auditoria de desempenho, de se cada atividade ou operação teve o desempenho prometido (PHYRR, 1981, p. XIV). A análise das demonstrações contábeis é uma importante ferramenta na geração de informações de uma organização. Essa técnica consiste em comparar períodos e operações objetivando uma avaliação da real situação da empresa. Segundo Padoveze (2010), a avaliação sobre a situação da empresa tem a finalidade de detectar os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro, visando alternativas futuras a serem tomadas pelos gestores. 4.5 ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL A análise vertical traz cálculos percentuais de todas as contas e a participação de cada uma delas em relação a base definida. Para Padoveze (2010), a análise vertical é o estudo da estrutura do balanço patrimonial e da demonstração do resultado que busca comprovar as participações dos elementos patrimoniais dentro do total. Sobre o objetivo da análise vertical Matarazzo (2003) explana: Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais. (MATARAZZO, 2003, p. 249) Sendo assim, o principal objetivo da análise vertical é evidenciar a importância de cada rubrica na demonstração a que pertence. A análise horizontal busca comparar os resultados de um mesmo indicador em relação a períodos anteriores, ou seja, evidência as evoluções ou alterações das contas. De acordo com Padoveze (2010), a análise horizontal é o instrumento que possibilita o cálculo da variação dos itens das demonstrações contábeis e financeiras entre períodos, buscando mostrar a evolução das contas analisadas. Ainda, de acordo com Matarazo (2003), o objetivo da análise horizontal é expor a evolução das contas e, através da comparação entre elas, possibilitar emitir conclusões sobre o desenvolvimento da organização. Pode-se concluir que, através da análise horizontal é possível analisar o desenvolvimento de cada conta em uma demonstração contábil, confrontar os dados extraídos e proceder com as correções necessárias. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A contabilidade gerencial evolui constantemente e serve de instrumento gerador de informações nas organizações, auxiliando na gestão e na tomada de decisão, seja na produção de relatórios, planilhas ou gráficos. Estes documentos, quando utilizados de forma comparativa, servem como direcionadores dos gestores no ponto de vista do desempenho. A gestão de custos com a evolução do mercado, complexibilidade dos serviços e necessidade de controle das empresas, se tornou um instrumento essencial para manter o controle e assim, tomar decisões que agreguem ao resultado e saúde financeira da instituição, possibilitando sempre o crescimento consciente e saudável. Em um caso prático, o qual uma organização passa por dificuldades financeiras ou que enfrenta um cenário econômico instável, utilizar da contabilidade gerencial e das informações fornecidas por ela pode ser uma boa saída e de grande utilidade para prever e traçar critérios que possibilitem a organização enfrentar os desafios e se manter competitiva no mercado. O uso de ferramentas no apoio à gestão, se tornou um diferencial no que se refere à tomada de decisão. É fundamental que se adote um posicionamento estratégico adequado, melhorando sua metodologia de planejamento, controle e avaliação, para que dessa forma gere decisões acertadas e resultados satisfatórios. Falando de orçamento empresarial, este, se tornou um método que possibilitou às empresas ter uma projeção do futuro também com o objetivo de manter o controle financeiro das suas operações adequando os custos e despesas com a receita esperada. Todas estas projeções devem ser feitas com base nos anos anteriores, também considerando os possíveis cenários para o período a ser orçado, com o objetivo de estabelecer as metas que são capazes de serem alcançadas. Assim, com as metas e objetivos definidos é de fundamental importância manter do acompanhamento periódico, fazendo a confrontação entre o orçado e o realizado. O presente estudo teve como objetivo demonstrar a contribuição da contabilidade gerencial, por meio da contabilidade de custos e do orçamento empresarial na gestão dos custos e do desempenho, auxiliando na tomada de decisão e mostrando-se um indispensável instrumento de controle. Pode-se dizer que o objetivo de evidenciar como o controle orçamentário e de custos pode agregar na obtenção de bons resultados foi alcançado tendo em vista que ao longo desta pesquisa foram apresentados métodos e maneiras de reunir dados, apurá-los e transformar estes em informações que auxiliem aos gestores a tomar decisões com foco na obtenção de resultado. Conclui-se que a contabilidade hoje, consegue ir muito além de atender as exigências do fisco, podendo também ser instrumento gerador de informações para a empresa, dando suporte direto a gestão e colaborando para o desenvolvimento consciente e favorável da organização. REFERÊNCIAS BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. Com aplicações na HP12C e Excel. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. DIEHL, Carlos A. Controle Estratégico de Custos: um modelo referencial avançado. Florianópolis: UFSC, Tese de Doutorado, 2004. FERNANDES, Rogério Mário. 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