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5º - DINÂMICA OPERATÓRIA, INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA E VIAS DE ACESSO

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Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
1 
Introdução 
♣ O ato operatório é precedido por alguns cuidados 
indispensáveis em relação a alguns quesitos 
→ Preparo do material cirúrgico 
→ Equipe médica 
→ Local da operação 
♣ O ato operatório é constituído por uma série de 
gestos ou manobras repetitivos, sucessivos e alternantes 
→ Diérese 
→ Hemostasia 
→ Exérese 
→ Síntese 
Pré-Operatório Imediato 
♣ O paciente é colocado na mesa operatória em 
decúbito dorsal 
♣ O cirurgião precisa se aproximar do paciente para 
tranquiliza-lo 
♣ Todos os membros da equipe cirúrgica precisam 
estar presentes na sala de operações nesse momento 
devidamente trajados 
♣ O cirurgião deve realizar a verificação final da 
disponibilidade de todos os itens necessários ao ato 
operatório 
♣ Após isso, deve se iniciar o ritual anestésico 
♣ Depois da liberação do anestesista, o paciente deve 
ser colocado na posição ideal para a operação 
♣ Durante esse período, alguns dos membros da equipe 
cirúrgica (instrumentador) já estarão realizados os 
procedimentos de assepsia e antissepsia 
♣ O instrumentador deve auxiliar na paramentação dos 
demais componentes da equipe 
♣ Os demais componentes da equipe devem realizar os 
procedimentos de assepsia e antissepsia 
♣ As mesas de instrumentos devem ser aproximadas 
e corretamente dispostas em relação ao campo 
operatório 
♣ Nesse momento, a equipe assume seu 
posicionamento definitivo em relação ao paciente 
Abertura da Parede Abdominal 
♣ Situação de Ocorrência: após a autorização do 
anestesiologista 
♣ Descrição: coloca-se duas compressas lateralmente 
à área em que se pretende incisar e o cirurgião solicita o 
bisturi ao instrumentador 
♣ A vantagem de se ter uma equipe uniforme é que os 
materiais cirúrgicos já vão sendo passados de forma 
quase que intuitiva 
♣ Em situações em que não é possível manter essa 
uniformidade, podemos nos valer de gestos ou o uso da 
voz mesmo 
 
Pele e Tecido Celular Subcutâneo 
♣ Demarcação da Linha de Incisão: o local para a linha 
de incisão cutânea deve ser demarcado com uma caneta 
apropriada ou com a lâmina do bisturi 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
2 
♣ A mão deve estar firme para diminuir a 
movimentação da pele 
 
Hemostasia 
♣ Os pontos de sangramento devem ser submetidos a 
hemostasia 
♣ Instrumentos: pinças hemostáticas pequenas e 
delicadas (Hartmann, Halsted e Kelly) e eletrocautério 
♣ A ligadura ou cauterização deve englobar a menor 
quantidade de tecido possível 
♣ Função: diminuir a área lacerada submetida a necrose 
e prevenir complicações 
♣ Ligadura: o excedente do fio deve ser cortado com 
tesoura reta pelo auxiliar 
♣ Bisturi Elétrico: as pinças são apresentadas, uma a 
uma, ao cirurgião, que encosta a ponta da caneta do 
cautério e realiza a hemostasia 
♣ O reparo das bordas da ferida deve ser feito com 
duas pinças elásticas com dentes para facilitar a 
hemostasia dos vasos no subcutâneo 
 
 
 
 
Campos Operatórios Secundários 
♣ Deve-se colocar os campos operatórios secundários 
nesse momento, caso julgue necessário 
♣ Uma compressa é usada sob cada um dos campos 
secundários 
♣ Fixação: uso de agulhas curvas montadas em porta-
agulha 
♣ Uma compressão limpa é colocada sobre a borda 
contígua ao cirurgião 
♣ Um campo cirúrgico é posto sobre a borda 
contralateral 
♣ Alguns cirurgiões colocam uma segunda compressa 
transitória sob esse campo para minimizar a possibilidade 
de que ele se suje com sangue 
♣ Agulha transfixa o campo, pele e a compressa 
posicionada junto à borda contígua a ele 
♣ Primeiro auxiliar vai realizando os nós cirúrgicos e o 
segundo vai cortando os fios 
♣ Posicionamento correto da agulha sobre o vértice 
inicial 
♣ A agulha começa a transfixar o campo, uma porção 
do tecido subcutâneo contíguo e a compressa 
Mão firme e manobra 
única
Incisão da pele e tecido 
celular subcutâneo
Devolução do bisturi ao 
instrumentador
Compressas que ladeiam 
a incisão são 
aproximadas, uma pelo 
cirurgião e a outra pelo 
auxiliar
Compressão das bordas 
da ferida para minimizar 
eventual sangramento
As mãos dos auxiliares 
não devem sobrepor as 
mãos do cirurgião
Auxiliar coloca as pinças 
na borda da ferida 
contígua a si
Tração discreta em 
direção ao próprio corpo
Visualização e 
pinçamento dos vasos 
sangramentos
Na borda oposta o 
cirurgião a presença os 
vasos para o auxiliar 
proceder a hemostasia
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
3 
♣ O campo vai sendo trazido para perto da compressa 
♣ Dois a três pontos costumam ser suficientes para 
posicionar o campo secundário, dependendo do tamanho 
da incisão 
♣ O vértice à esquerda é transfixado com 
procedimento similar ao inicial 
♣ Campo completamente sobreposto a compressa 
♣ Os procedimentos vão se inverter para a aposição 
do campo na borda contralateral 
♣ O emprego de campos secundários é padrão na 
técnica operatória asséptica, mesmo na ausência de 
estudos demonstrando seu benefício para a redução do 
risco de infecção do campo operatório 
♣ O seu uso vem sendo cada vez menor na atualidade 
Aponeurose 
♣ Após a abertura da pele e do tecido subcutâneo, há 
a necessidade do afastamento das bordas da ferida para 
que o cirurgião visualize melhor a aponeurose a ser 
incisada 
♣ Uso de afastadores dinâmicos de parede (Farabeuf 
ou Volkman) para afastar as bordas da ferida e permitir 
melhor visualização do campo operatório 
♣ Os afastadores auto-estáticos (Gelpi, Mayo Adams ou 
Weitlaner) podem ser usados em atos operatórios de 
menor magnitude ou na ausência de auxiliares 
 
 
 
♣ As compressas laterais são usadas para limpeza de 
áreas eventualmente sujas 
♣ Início da Abertura do Plano Aponeurótico 
(Instrumento): bisturi 
 
♣ Finalização da Abertura do Plano Aponeurótico 
(Instrumentos): bisturi ou tesoura curva (Metzenbaum) 
 
Uso da Tesoura 
♣ O cirurgião pode usar a pinça elástica associada para 
segurar uma das bordas aponeuróticas, enquanto o 
auxiliar repara a borda contralateral 
 
 
Tesoura é passada sob a 
aponeurose
Realização de pequenos 
movimentos de abertura e 
fechamento
Descolamento dos planos 
aponeuróticos e musculares
Exibição da linha de incisão a ser 
seguida
Com as bordas aponeuróticas 
reparadas com a pinça de rato e 
discretamente elevadas, o 
cirurgião realiza a abertura em 
toda a extensão da ferida
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
4 
 
♣ Esta imagem mostra a solicitação dupla de tesoura 
curva e pinça elástica 
♣ Os instrumentos são solicitados de forma simultânea 
e entregues na mão de quem vai usar 
♣ Mãos Homólogas: o instrumentador usa a mão direita 
para passar a tesoura para a mão direita do cirurgião e 
usa sua mão esquerda para passar a pinça para a mão 
esquerda do cirurgião 
 
♣ As tesouras de Metzenbaum, curva e reta, podem 
ser mantidas na mão do cirurgião e do primeiro auxiliar 
durante os períodos de maior utilização sem estorvar os 
movimentos 
♣ Descrição: tesouras posicionadas em direção ao 
antebraço, com o dedo anular introduzido ao anel 
correspondente e o dedo mínimo auxiliando na fixação 
♣ Os demais três dedos devem ser liberados para a 
execução de suas funções 
♣ Retorno da Tesoura em Posição de Corte: giro em 
torno do dedo anular por movimento circular de mão, 
jogando a ponta da mesma para frente 
♣ Benefício: menor desperdício de tempo durante a 
operação 
 
 
 
 
♣ O afastamento das bordas laterais da ferida deve 
ser continuado com os afastadores dinâmicos para a 
incisão do plano muscular subsequente 
♣ Pontos sangrantes devem ser limpos com gazes 
individuais ou posicionada em pinça 
♣ A imagem mostra os gestos para solicitação de gaze 
individual e compressas 
♣ É necessário tomar alguns cuidados para não se 
esquecer gazes ou compressas na cavidade abdominal 
→ Uso desestimulado 
→ Nova gaze só é disponibilizada contra a entrega 
da primeira 
→ Compressas com pequenas alças de cadarço quedeve ser posicionada uma pinça permanecendo fora 
da cavidade 
→ Compressas que ficam totalmente dentro da 
cavidade devem ser contadas 
 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
5 
Plano Muscular 
 
♣ Regra Geral: não é seccionado, mas separado por 
divulsão suave de suas fibras 
♣ O tecido muscular é reparado pelo auxiliar em suas 
porções laterais com pinças auxiliares delicadas (Allis ou 
Babcock) 
♣ O cirurgião vai introduzir a tesoura Metzenbaum 
entre suas fibras nesse momento 
♣ Após isso, os afastadores de Farabeuf são 
instituídos, substituindo as pinças de reparo e permitem 
a visualização do peritônio 
♣ A tesoura será usada, agora, para mínimos 
deslocamentos superiores e inferiores, sem a 
necessidade de secção 
 
♣ A imagem demonstra a forma de solicitar a pinça de 
Allis 
Secção do Plano Muscular 
 
♣ Em alguns casos, torna-se necessária 
Procedimento Comum 
 
Procedimento Alternativo 
 
♣ Os pontos de sangramento devem ser 
hemostasiados com eletrocautério ou ligaduras com fios 
cirúrgicos 
 
♣ A imagem mostra a correta solicitação e recepção 
dos fios cirúrgicos soltos 
Peritônio 
♣ Exposição do peritônio 
♣ Peritônio levantado e reparado por pinça elástica pelo 
cirurgião no ponto central da ferida 
♣ As pinças elásticas são substituídas por pinças 
hemostáticas (Kelly ou Halsted) 
♣ A elevação é feita pelo primeiro auxiliar para o 
distanciamento entre o peritônio e os órgãos intra-
abdominais 
Dissecção da porção 
profunda com a tesoura 
curva de Metzenbaum
Duas pinças robustas 
retas (Rochester ou 
Kocher) são 
posicionadas, lado a lado
Engloba todo o tecido 
muscular e seccionaSutura contínua
Divulsão da 
musculatura com 
tesoura ou pinça 
curva tipo 
hemostática
Colocação de pinça 
ou gaze sobre as 
pinças musculares
Secção com 
eletrocautério
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
6 
♣ Cirurgião passa dos dedos indicador e polegar no local 
da incisão peritoneal para certificar da inexistência de 
alça intestinal presa a pinça 
♣ A incisão inicial pode ser realizada por bisturi ou 
tesoura 
 
♣ Os afastadores de Gosset são usados para melhor 
exposição da cavidade com ou sem adição de válvula 
suprapúbica de Doyen 
♣ Os ramos do afastador são posicionados com 
compressas cirúrgicas limpas em toda a profundidade da 
parece (campos operatórios terciários) 
 
♣ A imagem mostra o gesto para solicitação e recepção 
do afastador dinâmico de cavidade abdominal (Balfour ou 
Deaver) 
 
♣ A imagem mostra os gestos para solicitação e 
passagem de afastadores auto-estáticos de cavidade 
(Gosset) 
Fechamento da Parede Abdominal 
♣ Após a realização do procedimento abdominal, a 
cavidade abdominal deve ser revisada 
♣ Função da Revisão: diagnóstico de hemorragia e 
eliminação de esquecimento de materiais 
♣ Retirada do afastador de cavidade e bordas 
peritoneais 
♣ Reparação por pinças elásticas com dentes seguras 
pelo cirurgião e auxiliar 
♣ A elevação das pinças elásticas permite a aposição 
de pinças tipo Allis ou Kelly que facilitam o fechamento do 
plano peritoneal com sutura contínua 
Plano Peritoneal 
♣ O plano peritoneal não é habitualmente não é 
suturado 
♣ Os afastadores dinâmicos de parede são recolocados 
e permitem a visualização da parte mais profunda da 
parede 
♣ O cirurgião solicita o porta-agulha e a pinça elástica 
ao instrumentador 
 
♣ Com o porta-agulha na mão direita e uma pinça 
elástica tipo dissecção na mão esquerda, o próprio 
cirurgião vai fazendo os reparos dinâmicos sucessivos 
para facilitar a realização da sutura 
 
Secção do peritônio
As pinças que serviram 
para a elevação são 
reposicionadas para a 
reparação das bordas
Cirurgião completa a 
abertura peritoneal 
longitudinal ou 
transversal
Início da parte principal 
do ato operatório 
(operação propriamente 
dita)
Início da linha de sutura 
em um dos vértices, 
frequentemente o que 
está localizado à sua 
direita
À medida que vai se 
aproximando do ponto 
de reparo das pinças, 
essas pinças vão sendo 
reposicionadas em local 
mais distante
Quando se atinge o 
último extremo da 
ferida peritoneal e 
realiza o nó cirúrgico
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
7 
Plano Muscular 
♣ Geralmente sofre apenas divulsão 
♣ Forma de Reparo: uso de pinças atraumáticas tipo 
Allis pelo auxiliar e a união é feita com pontos separados 
♣ Em casos de secção muscular, a linha deve ser unida 
com pontos separados 
♣ O cirurgião vai passando os fios e o auxiliar realiza a 
confecção dos nós cirúrgicos 
Aponeurose 
♣ Instrumentos de Reparação: pinças com dentes tipo 
Kocher 
♣ A sutura será feita pelo cirurgião e auxiliar 
♣ Após isso, o cirurgião solicita novamente o bisturi e 
posiciona em sua mão direita e pinça elástica com dentes 
na mão esquerda 
♣ O cirurgião vai elevando os nós que prendem os 
campos operatórios secundários ao tecido subcutâneo e 
à pele e os vai cortando para liberá-los 
Fechamento do Tecido Subcutâneo 
♣ Instrumentos de Manuseio: pinças elásticas de 
dissecção ou com dentes delicados tipo Adson 
♣ Ação: reparo e perfeita colocação dos pontos 
separados 
Pele 
♣ Situação Ideal: os pontos devem ser realizados sem a 
utilização de pinças de reparo 
♣ Função: preensão mínima para não gerar grande 
comprometimento estético com a isquemia cutânea 
♣ As pinças elásticas com dentes delicados podem ser 
usadas sem que exerça grande preensão sobre as 
garras 
♣ A medida que o cirurgião passa os fios, o auxiliar vai 
amarrando 
Procedimentos Finais 
♣ A antissepsia da ferida operatória deve ser feito 
pela retirada dos campos operatórios primários e sua 
cobertura 
♣ O cirurgião ou primeiro auxiliar deve aguardar na sala 
operatória até o completo restabelecimento do paciente 
ou até o anestesista julgar conveniente sua retirada para 
a unidade de recuperação pós-anestésica 
Introdução 
♣ A cirurgia apresentou grande evolução após a 
introdução da anestesia 
♣ Os instrumentos cirúrgicos eram precários nessa 
época e era difícil realizar o ato operatório 
♣ Evolução: aprimoramento dos materiais e técnicas 
operatórias 
♣ Benefícios: ambiente cirúrgico seguro, confortável e 
limpo para a realização de procedimentos operatórios 
♣ Consequências da Evolução: necessidade de equipe 
cirúrgica composta de outros profissionais com papéis e 
funções bem definidas 
Equipe Cirúrgica 
♣ Composição: cirurgião, cirurgiões assistentes, 
anestesiologista, instrumentador e circulante 
♣ A equipe de trabalho deve ser composta por pessoas 
envolvidas na mesma motivação e objetivo 
♣ O enfoque de ação deve ser centrado no paciente 
♣ Os membros da equipe se acrescentam a outros que 
não estão envolvidos no ato operatório 
→ Funcionários da central de esterilização 
→ Funcionários da limpeza 
→ Funcionários de firmas terceirizadas para 
preparo dos materiais cirúrgicos 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
8 
♣ As responsabilidades individuais são compartilhadas 
em equipe 
♣ O ato cirúrgico não segue um ritmo único, sendo 
assim, podem ser observadas intercorrências 
♣ O cirurgião deve lidar com essas situações e 
determinar as novas diretrizes a serem seguidas 
♣ A equipe deve obedecer ao cirurgião para que o 
procedimento funcione como uma engrenagem 
♣ A equipe cirúrgica deve possuir afinidade e aptidão a 
fim de que o procedimento ocorra da melhor forma 
possível 
♣ Causas do Estresse dos Profissionais: necessidade de 
acompanhamento do desenvolvimento tecnológico e 
necessidade de tomada de decisões claras e rápidas 
Funções do Circulante da Sala Cirúrgica 
♣ Verificação da limpeza de paredes e piso da sala de 
operações 
♣ Verificação da limpeza e funcionamento dos 
equipamentos 
♣ Verificação do funcionamento de gases e iluminação 
da sala de operações 
♣ Manutenção da temperatura adequada para o 
recebimento do paciente 
♣ Participação da transferência do paciente, atentando 
para a presença de drenos, cateteres e sondas♣ Observação da proteção de pontos de atritos de 
superfícies ósseas para reduzir a possibilidade de 
desenvolvimento de úlceras de pressão 
♣ Auxílio no posicionamento adequado do paciente para 
o ato cirúrgico 
♣ Manuseio de equipamentos e materiais permanentes 
e de uso único 
♣ Registros: relativos ao procedimento operatório, 
condições gerais do paciente, região do curativo cirúrgico, 
presença de drenos, cateteres ou sondas e perdas 
durante a operação 
Instrumentador Cirúrgico 
♣ Deve ser um profissional da enfermagem em virtude 
de seus conhecimentos 
♣ Papel de grande relevância na equipe cirúrgica 
♣ Funções: organização de todo material necessário ao 
ato cirúrgico e materiais de uso eventual em casos de 
intercorrências 
Conhecimentos Necessários 
♣ Assepsia e antissepsia 
♣ Esterilização 
♣ Microbiologia 
♣ Anatomia humana 
♣ Instrumentos cirúrgicos 
♣ Materiais para suturas 
♣ Tempos cirúrgicos (diérese, hemostasia, exérese e 
síntese) 
♣ Peculiaridades na realização do ato operatório por 
diferentes cirurgiões 
♣ Intercorrências possíveis ou previsíveis 
♣ Bom entrosamento com a equipe 
♣ Bom conhecimento prévio da função 
♣ Concentração no ato cirúrgico 
♣ Conhecimento de gestos ou sinais predefinidos 
Funções do Instrumentador Cirúrgico 
Comunicação e Preparo da Sala Cirúrgica 
♣ Importância: entendimento dos objetivos do 
procedimento e melhor interação entre os membros da 
equipe 
♣ Muitas vezes gestos e ações são mais importantes 
que palavras durante o ato operatório 
♣ O instrumentador cirúrgico e o circulante devem 
obedecer às instruções do cirurgião para o bom 
desenvolvimento do ato operatório 
Materiais 
♣ Verificar, atentamente, a solicitação da operação 
proposta 
♣ Planejar todo o material necessário para o 
desenvolvimento da operação 
→ Instrumental 
→ Fios cirúrgicos 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
9 
→ Materiais básicos 
→ Materiais especiais 
→ Equipamentos 
♣ A data de validade da esterilização desses materiais 
Limpeza 
♣ As condições de limpeza da sala devem ser 
verificadas 
♣ Período: antes de acondicionar os equipamentos e 
materiais solicitados pelo cirurgião 
Funcionamento dos Equipamentos 
♣ Todos os equipamentos devem ser testados quanto 
ao seu funcionamento 
♣ A voltagem de cada aparelho antes da conexão à 
rede elétrica também deve ser observada 
Assepsia e Antissepsia 
♣ Deve-se observar se, no lavabo, existem os insumos 
necessários para a realização da escovação cirúrgica 
♣ Embalagens individuais com antissépticos e escova 
♣ Solução alcóolica do mesmo antisséptico 
♣ Realização da escovação cirúrgica para estarem 
degermado durante a operação 
♣ Realização da paramentação 
Mesas para Instrumentos Cirúrgicos 
♣ Os materiais solicitados e separados pelo 
instrumentador devem ser colocados na mesa de Mayo 
e auxiliar 
♣ Esses instrumentos devem estar organizados de 
forma que atendam aos tempos cirúrgicos e 
intercorrências 
♣ Os instrumentos são divididos conforme os tempos 
cirúrgicos 
Instrumentos de Diérese ou Abertura 
♣ Função: separação dos tecidos ou planos para se 
atingirem os órgãos a serem manipulados 
♣ Exemplos: tesouras, bisturis, serras e trépanos 
Instrumentos de Hemostasia 
♣ Função: prevenção, detenção ou impedimento do 
sangramento 
♣ Exemplos: pinças hemostáticas 
Instrumentos de Síntese 
♣ Função: suturas, junção e união de tecidos ou planos 
para o restabelecimento da continuidade, facilitando a 
cicatrização 
♣ Exemplos: agulhas e porta agulhas 
Instrumentos de Exérese 
♣ São determinados pelo tipo de operação 
♣ São usados no ato cirúrgico propriamente dito 
♣ São colocados na mesa de Mayo, à medida que são 
necessários durante o procedimento 
Instrumentos Auxiliares 
♣ Função: auxílio a dissecção tecidual 
♣ Exemplos: pinças elásticas anatômicas e dente de 
rato 
Afastadores 
♣ Função: instrumentos de exposição que permitem a 
melhor visualização de estruturas superficiais e de 
cavidade 
Organização 
♣ Não existem regras rígidas quando a isso 
♣ Deve-se seguir as rotinas da instituição ou o que o 
instrumentador considerar mais prático, de modo que não 
interfira na dinâmica do ato 
Mesa de Mayo 
♣ A arrumação da mesa pode sofrer algumas 
alterações conforme a dinâmica do serviço 
♣ O uso de instrumentos excessivos é abolido 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
10 
 
♣ Os instrumentos que não serão utilizados no momento 
devem ser colocados na mesa auxiliar 
♣ Os instrumentos devem ser substituídos sempre que 
necessário 
♣ A arrumação da mesa está diretamente relacionada 
com o tipo e porte da operação e a especialidade 
cirúrgica 
 
 
 
Mexa Auxiliar 
♣ Proteção: oleado, coberturas de mesa ou campos 
cirúrgicos grandes 
 
 
♣ O campo próprio de não tecido pode ser utilizado 
♣ A mesa precisa estar organizada e suprida a fim de 
atender prontamente o ato cirúrgico 
♣ Fios Cirúrgicos: devem ser fornecidos pelo circulante 
da sala, de um a um, a fim de evitar o desperdício, 
conforme a solicitação do instrumentador 
♣ Os campos estéreis devem cobrir as mesas quando 
estiverem prontas, antes que o paciente seja 
anestesiado e não devem ser usados na operação 
Composição 
♣ Campos ou coberturas cirúrgicas 
♣ Cubas 
♣ Seringas 
♣ Ponta do aspirador 
♣ Caneta do bisturi 
♣ Instrumentos de exérese 
♣ Afastadores 
♣ Sondas 
♣ Instrumentos de uso de menor frequência 
Procedimentos Pré-Operatórios 
Imediatos 
♣ O anestesiologista informa aos demais membros da 
equipe que o paciente está pronto para ser colocado na 
posição cirúrgica e para realizar a antissepsia da área a 
ser operada 
♣ O circulante deve posicionar a placa neutra do bisturi 
elétrico e fornecer ao cirurgião o material para a 
degermação do campo operatório 
Vestir a mesa com a 
fronha de Mayo com a 
técnica asséptica
Colocar o oleado sobre a 
fronha, dobrando-o
Cobrir o oleado com 
campo aleatório 
pequeno
Colocar os instrumentos 
na ordem diérese 
hemostasia  exérese 
 síntese
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
11 
♣ Funções do Instrumentador: auxílio na paramentação 
e colocação de luvas 
♣ Os capotes, luvas e opas deverão estar acomodados 
na mexa auxiliar 
♣ Após a paramentação, devem ser oferecidos oleado, 
campos cirúrgicos e fios ou pinças para a preensão dos 
campos operatório 
♣ Os campos de não tecido não precisam de fios ou 
pinças, pois já possuem mecanismos de aderência 
♣ Durante esses procedimentos, o instrumentador 
deve solicitar ao circulante que aproxime as mesas, 
bisturi e sistema de aspiração e que sejam conectados 
♣ A equipe deve se posicionar ao redor da mesa 
operatória 
♣ O cirurgião vai iniciar o ato após a autorização do 
anestesista 
♣ Para o início, o instrumentador fornece o bisturi ao 
cirurgião 
Procedimentos Peroperatórios – 
Deveres do Instrumentador 
♣ Acompanhar atentamente o desenrolar da operação, 
fornecendo os instrumentos solicitados verbalmente ou 
por gestos pelo cirurgião ou primeiro auxiliar 
♣ Manter os instrumentos utilizados sempre limpos e 
em seus devidos lugares 
♣ Manter o campo operatório organizado para evitar 
derramamento de líquido sobre a mesa e comprometer 
a esterilização dos materiais 
♣ Retirar todo material que o cirurgião tenha colocado 
próximo ao campo a fim de evitar lesões no paciente ou 
equipe 
♣ Seguir as precauções assépticas a fim de evitar 
possíveis contaminações 
♣ Estar atento à abertura de qualquer tipo de invólucro 
pelo circulante da sala 
♣ Manter alerta quanto a possíveis intercorrências 
♣ Realizar a contagem periódica de gazes, compressas 
cirúrgicas, agulhas e instrumentos para evitar o 
esquecimento na área operatória 
♣ Conferir o medicamento e solução fornecidos e 
colocados sobre a mesa 
♣ Certificar do nome de cada peça operatória recebida 
durante o ato operatório a que se destina 
♣ Não permanecer com vários instrumentos em mãos 
para garantir destreza no manuseio dos objetos 
♣ Manutençãodo silêncio 
♣ Manutenção do sigilo 
♣ Falar com o cirurgião no momento certo, sem 
interromper o raciocínio clínico 
♣ Caso precise se ausentar, solicitar ao cirurgião e 
aguardar que seu substituto se escove e paramente 
Dinâmica da Instrumentação 
♣ A perfeita integração do instrumentador e cirurgião 
são responsáveis pelo sincronismo e desenvolvimento do 
ato cirúrgico 
♣ Em geral, não há necessidade da solicitação dos 
instrumentos, a menos que ocorra uma intercorrência 
♣ Em situações onde a sincronia não é possível, a 
comunicação deve seguir alguns parâmetros 
Parâmetros para a Comunicação Cirurgião e 
Instrumentador 
♣ O cirurgião solicita os instrumentos com voz clara e 
firme, sem precisar aumentar o tom 
♣ O instrumentador deve entregar os instrumentos de 
modo seguro, com energia e firmeza, sem batê-los com 
violência na mão do cirurgião, ou de forma displicente ou 
muito delicada 
♣ Entrega do Instrumento: segurar o instrumento pela 
extremidade distal, com a curvatura ou corte para baixo 
♣ Benefício: o cirurgião recebe o instrumento na 
posição de uso e economiza tempo 
♣ Não é necessária troca de olhares entre o cirurgião 
e o instrumentador durante a passagem dos 
instrumentos 
♣ O bisturi deve ser entregue na posição de uso 
(comissura digital entre o primeiro e segundo quirodáctilos 
da mão direita do cirurgião) a fim de evitar ferimentos 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
12 
♣ Uso da técnica das mãos homólogas 
♣ As pinças elásticas devem ser entregues fechadas 
(entregar segurando o terço distal) 
♣ O porta-agulhas montado deve ser entregue 
segurando pelas hastes, com a ponta da agulha voltada 
para o lado oposto da mão 
♣ O cirurgião deve devolver os instrumentos do modo 
inverso, segurando pelas hastes e proporcionando a visão 
clara das pontas ou lâminas 
♣ Os instrumentos recebidos devem ser limpos e 
dispostos em seus lugares de origem para que a mesa se 
mantenha organizada 
♣ O instrumentador não deve permitir que outros 
membros da equipe peguem o material de suas mesas a 
fim de não perder o controle dos materiais usados 
♣ O instrumentador deve ser ágil o suficiente para que 
não seja solicitado a todo tempo pela equipe e se disperse 
♣ O instrumentador deve conhecer todos os tempos 
cirúrgicos, pois é responsável pelo seu desenrolar 
♣ O uso de gestos evita ruídos desnecessários na sala 
cirúrgica e reduz o tempo da operação 
Procedimentos Pós-Operatórios 
Imediatos 
♣ As funções do instrumentador não terminam ao 
término do ato cirúrgico 
Funções do Instrumentador 
♣ Identificar, protocolar e direcionar ao laboratório de 
destino eventuais peças cirúrgicas ou materiais 
resultantes do ato cirúrgico 
♣ Conferir os instrumentos antes de acondiciona-los 
em caixas ou containers apropriados 
♣ Atentar para cateteres, drenos ou sondas, evitando 
sua tração 
♣ Retornar a sala cirúrgica para última revista 
Introdução 
♣ A cirurgia é o ramo mais antigo da Medicina 
♣ Os procedimentos realizados na Antiguidade eram 
feitos de forma empírica, sem seguir os conhecimentos 
anatômicos e fisiológicos 
♣ A dissociação entre a Medicina exercida por monges 
e a executada por barbeiros tornou a técnica estéril por 
muitos anos 
♣ Os princípios religiosos retardaram o conhecimento 
da anatomia humana por muitos anos 
♣ O desconhecimento total da fisiologia pleural retardou 
o progresso das vias de acesso torácico 
Vias de Acesso à Região Cervical 
→ Parótida 
→ Submaxilar 
→ Cistos branquiais 
→ Cistos tireoglossos 
→ Tireoide 
→ Paratireóide 
→ Lesões traumáticas cervicais 
Parótida 
 
♣ Via de Acesso: em Y, posterior ao conduto auditivo 
externo e aproximadamente 2cm acima da apófise 
mastoide, descendo até o ângulo da mandíbula 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
13 
♣ Localização: anteriormente na frente da orelha e 
verticalmente encontrando a incisão inicial 
♣ Quando os retalhos cutâneos são elevados, podemos 
identificar o nervo auricular e sua relação com a carótida 
♣ Nervo Facial: anteriormente à apófise mastoide 
♣ A partir da identificação e dissecção dos ramos do 
nervo facial, é mais fácil mobilizar os lobos superficial e 
profundo da glândula parótida 
Submaxilar 
 
♣ Via de Acesso: ponta do mastoide ao omento, à altura 
do osso hioide 
♣ Função: dissecção segura da glândula (incisão de 
Sebileau) 
♣ Estruturas de Identificação: veia jugular externa, 
artéria facial e veia facial, ramo mandibular do facial e 
anal de Warton 
♣ É possível retirar tumores da glândula salivar por 
essa técnica 
Cistos Branquiais 
 
♣ Relações: intimamente relacionados com a primeira, 
segunda e terceira fendas branquiais 
♣ Os acessos apresentam características específicas 
de acordo com a localização 
♣ Localização das Anomalias da Primeira Fenda: região 
pré-auricular ou terço médio da mandíbula 
♣ Via de Acesso da Primeira Fenda: glândula parótida 
♣ Relações da Primeira Fenda: nervo facial e a própria 
glândula 
♣ Localização das Anomalias da Segunda e Terceira 
Fendas: borda anterior do músculo 
esternocleidomastóideo 
♣ Relações da Segunda e Terceira Fendas: carótida, 
nervo espinhal acessório e hipoglosso 
♣ Dissecção: deve ser feita de forma cuidadosa e por 
incisão transversa elíptica em escada (Bailey) ou 
zetaplastia até a fosseta de Rosenmüller na faringe 
Cistos Tireoglossos 
♣ Localização: ao longo do canal tireoglosso, na linha 
média cervical, projeção do osso hioide 
♣ Relações: forâmen ceco (base da língua) 
♣ Forma de Exploração: incisão transversa (Sistrunk) 
pela dissecação do pedículo e secção de um segmento do 
osso hioide até alcançar a base da língua 
Tireoide e Paratireóide 
 
♣ Via de Acesso: transversa em colar (Kocher), dois 
dedos acima da fúrcula esternal, descolando-se os 
retalhos, para cima até o osso hióide e para baixo até a 
fúrcula esternal 
♣ A dissecção costuma ser feita abaixo do platisma, 
mas também pode ser realizada acima 
♣ A abertura da linha média e identificação da tireoide 
e paratireoides depende do caso 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
14 
♣ Devemos ter cuidados específicos com os nervos 
laríngeo superior e inferior relacionados aos pedículos 
tireóideos 
♣ Em algumas ocasiões, são necessárias dissecções 
radicais pelo prolongamento superior na borda anterior 
do esternocleidomastóideo para dissecção dos linfonodos 
♣ Existem vários tipos de incisões propostas para esta 
ampliação 
→ Martin (duplo Y) 
→ Crile Bartlett Callander (T) 
♣ Biópsias para diagnóstico de adenomegalias podem 
ser feitas com acesso ao local da tumoração palpável ou 
biópsias de ângulo venoso ou pré-escalênico à esquerda 
Lesões Traumáticas Cervicais 
 
♣ O pescoço é dividido em três áreas anatômicas 
→ Zona I: clavícula à cartilagem cricóide 
→ Zona II: cartilagem cricóide ao ângulo da mandíbula 
→ Zona III: ângulo da mandíbula à base do crânio 
♣ O cirurgião pode avaliar a gravidade das lesões com 
base nesse conceito anatômico 
♣ As lesões nas zonas I e III são as mais complexas 
♣ As lesões na zona II apresentam melhor resolução 
♣ Conduta: incisão transversa com prolongamentos 
superiores laterais ou inferiores, com Esternotomia ou 
cleidotomia 
♣ Função: acesso a estruturas vasculares nobres 
Vias de Acesso ao Tórax 
♣ Conceito: ultrapassagem do gradil costoesternal com 
penetração nas estruturas intratorácicas 
 
♣ A abertura do espaço pleural não pode ser incluída 
como toracotomia, pois é extrapleural 
♣ Todas as incisões sem penetração da cavidade 
torácica são consequência das vias de acesso 
extratorácicas 
♣ As toracotomias com grandes secções musculares 
devem ser evitadas, pois causam transtornos dolorosos 
no pós-operatório 
♣ A videotoracoscopia é mais vantajosa que a cirurgia 
aberta 
♣ As toracotomias podem ser divididas 
→ Anteriores 
→ Laterais (antero lateral e póstero lateral) 
→ Posteriores (paravertebral e interescapulo 
vertebral) 
→ Axilares (vertical e transversal) 
→ Esternotomiamediana 
→ Paraesternais (vertical e transversa) 
→ Combinadas com prolongamento transversal ou 
posterior 
→ Combinadas com incisões abdominais 
Toracotomia Anterior 
♣ Incisão básica usada em urgência 
♣ Localização: quarto, quinto ou sexto espaço 
intercostal 
♣ Pode ser prolongada conforme a necessidade em 
anterolateral, ântero-posterior ou transesternal 
 
 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
15 
Vantagens e Desvantagens 
♣ Mais estética 
♣ Permite bom acesso ao hilo pulmonar com facilidade 
e em menor tempo 
♣ Menor transtorno funcional 
♣ Não facilita bom acesso ao lobo inferior, 
especialmente à esquerda 
Toracotomia Lateral 
→ Anterolateral 
→ Posterolateral 
♣ Toracotomia Anterolateral: facilita a lobectomia 
inferior e permite acesso às estruturas mediastinais e 
pode ser um prolongamento da toracotomia anterior 
♣ Toracotomia Posterolateral: incisão usual para acesso 
à cavidade torácica, permite amplo trabalho no hemitórax 
escolhido, mediastino do mesmo lado da incisão 
Toracotomia Posterior 
♣ Permite acesso a cavidades residuais da tuberculose 
associadas a toracoplastias 
♣ Desvantagem: posicionamento do paciente em 
decúbito ventral 
♣ Vantagem: não permite a broncoaspiração de 
secreções infectadas no lado oposto ao operado 
♣ Está caindo em desuso com as sondas de duplo lúmen 
♣ Pode ser dividida em dois tipos 
→ Paravertebral 
→ Interescapulovertebral 
♣ Paravertebral: usada em laminectomias para 
tumores neurológicos 
♣ Interescapulovertebral: uso em empiema e 
toracoplastias apicais 
Toracotomia Axilar 
→ Vertical 
→ Transversal 
♣ Usos: cirurgia vídeo-assistida e doença bolhosa 
pulmonar do ápice 
♣ Causa menor intensidade de dor, pois causa menor 
trauma 
♣ Pode ou não ser acompanhada de ressecção do arco 
costal 
♣ Não é indicada para procedimentos de grande porte 
(pneumectomia) pelo limite de exposição 
Esternotomia Mediada 
♣ Conceito: incisão longitudinal 
♣ Função: permitir acesso às estruturas cardíacas e 
tumorais do mediastino e qualquer tipo de procedimento 
pulmonar bilateral 
♣ Desvantagem: dificuldade para atingir os segmentos 
posteriores do pulmão 
♣ Não é indicada de rotina em pacientes com trauma e 
não estáveis, pela demora da abertura do esterno com a 
serra de Gigli, circular oscilatória ou faca de Lebsche 
♣ Não deve ser prolongada para a região cervical pela 
possibilidade de posterior traqueostomia, de forma a 
evitar contaminação 
♣ Os cuidados com hemostasia devem ser tomados 
Paraesternal 
→ Vertical 
→ Transversa 
♣ Usos: mediastinoscopia ou biópsias mediastinais 
♣ Localização: segundo e terceiro espaços intercostais 
Toracotomia Combinada com Prolongamento 
Transesternal ou Posterior 
♣ Indicação: operações em regime de urgência, em que 
a incisão é anterior e necessita de um prolongamento 
transesternal para acesso ao lado oposto ou 
prolongamento posterior 
♣ Função: melhor visualização das estruturas 
acometidas 
Toracotomia Combinada com Acesso Abdominal 
♣ Função: exploração da cavidade abdominal e torácica 
pela toracoflenolaparotomia ou acesso ao tórax por via 
transiatal 
♣ Todos os procedimentos sob o tórax, com raras 
exceções, exigem drenagem fechada em selo d’água 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
16 
♣ Importante diferenciar dois procedimentos 
→ Toracotomia mínima de pleuroscopia e drenagem 
pleural (incisões de no máximo 2cm) 
→ Minitoracotomia para pequenos procedimentos 
(incisões de 8cm a 10cm) 
Vias de Acesso ao Abdome 
♣ A melhor via de acesso é aquela em que o cirurgião 
está melhor familiarizado 
♣ Mais vale preservar a vida do que obter benefício 
estético 
♣ As incisões devem obedecer aos princípios 
anatômicos 
♣ A musculatura e inervação devem ser preservadas 
sempre que possível 
♣ O acesso abdominal é divido em algumas incisões 
→ Longitudinais: medianas, pararretais e 
transretais 
→ Transversais 
→ Oblíquas 
→ Combinadas 
→ Videolaparoscópicas 
Longitudinais 
Incisões Medianas 
♣ Usos: explorações de urgência 
♣ Rápido acesso 
♣ Permitem visão ampla da cavidade 
♣ Cicatrização mais demorada 
♣ Exige fechamento com fio não absorvível (aspecto 
antiestético e fechamento em plano único) 
♣ Localização: supra umbilical ou infra umbilical 
♣ Recomendação em Situações Prolongadas: devem 
contornar o umbigo pela esquerda para não seccionar o 
ligamento redondo 
Laparotomias Pararretais Externas 
♣ Recomendação: devem ser evitadas pelo 
comprometimento da inervação muscular do reto 
abdominal 
Laparotomias Transretais Longitudinais 
♣ Caracterização: sacrificam apenas parte da 
inervação do músculo reto abdominal 
Transversais 
♣ Desvantagens: limitadas quanto a visualização do 
campo operatório, mais sangrativas e exigem 
fechamento com vários planos de sutura 
♣ Podem ser limitadas ou prolongadas 
♣ As prolongadas permitem uma melhor visualização 
das estruturas da cavidade abdominal 
♣ Incisões Transversais Anterolaterais: acesso à 
suprarrenal, rim ou nervo simpático 
♣ Incisões Principais: Davis, Pfannenstiel, Küstner, 
Cherney e Bazy 
♣ A incisão transversal é a preferida em crianças por 
algumas razões 
→ Melhor campo operatório 
→ Segurança no fechamento 
→ Menor índice de complicação pós-operatória 
→ Melhor resultado estético 
Oblíquas 
♣ Função: poupar a inervação abdominal quando 
acompanham trajetos nervosos 
♣ Principais Incisões: McBurney, Kocher, Clairmont, 
Drüner, Leclerc, Auvert e incisões para cirurgias de 
hérnias inguinais 
Combinadas 
 
 
Técnica Operatória – Quinto Resumo Bárbara Jeovanna 
 
17 
 
 
 
 
 
♣ Conceito: prolongamento das incisões anteriores 
♣ Função: permitir melhor visualização do órgão a ser 
tratado 
♣ Os prolongamentos podem ir para o tórax, região 
lombar e lado oposto do abdome 
♣ As incisões de Davis e McBurney são usadas para 
apendicectomias sem peritonite generalizada 
♣ Incisão Transversal de Davis: encontro do terço 
externo com dois terços internos de uma linha do umbigo 
à espinha ilíaca anterior, com abertura das folhas da 
bainha do reto abdominal 
♣ Incisão Oblíqua de McBurney: oblíqua para baixo e 
para dentro, quase horizontal, com cerca de 7cm, com 
ponto médio 2cm e medialmente da espinha ilíaca 
anterossuperior 
♣ Importante tomar cuidado para não lesar os nervos 
ilioinguinal e abdominogenital 
♣ Incisões de Kocher e Clairmont: exploração de vias 
biliares em pacientes obesos, com ângulo costoesternal 
aberto e incisões prévias em linha média ou pararretal 
♣ Incisão de Kocher: 5cm abaixo do apêndice xifoide, 
desce obliquamente subcostal, 2cm abaixo da reborda 
costal e segue paralelo a ela por 12cm 
♣ Cuidado com a preservação do oito e nono nervos 
dorsais 
♣ Incisão de Pribam: incisão de Kocher na subcostal 
esquerda 
♣ Operações Pélvicas: incisões de Pfannenstiel, 
Küstner e Cherney 
♣ Incisão de Pfannenstiel: incisão da pele 
transversalmente na região suprapúbica, plano 
aponeurótico e secção peritoneal na linha média 
♣ Incisão de Küstner: incisão da pele transversalmente 
e os outros planos verticalmente (difícil acesso) 
♣ Incisão de Cherney: início semelhante a Pfannenstiel 
e depois secção da parte tendinosa dos retos junto ao 
púbis facilitando o acesso 
♣ Contraindicações de Incisões Transversais Pélvicas: 
neoplasias que necessitem de exploração ampla do 
abdome com linfadenectomia aórtica, omentectomia e 
biópsias subdiafragmáticas e intervenções em pacientes 
com operações anteriores 
 
	Pele e Tecido Celular Subcutâneo
	Hemostasia
	Campos Operatórios Secundários
	Aponeurose
	Plano Muscular
	Peritônio
	Plano Peritoneal
	Plano Muscular
	Aponeurose
	Fechamento do Tecido Subcutâneo
	Pele
	Procedimentos Finais
	Funções do Circulante da Sala Cirúrgica
	Instrumentador Cirúrgico
	Instrumentos de Diérese ou Abertura
	Instrumentos de Hemostasia
	Instrumentos de Síntese
	Instrumentos de Exérese
	Instrumentos Auxiliares
	Afastadores
	Organização
	Mesa de Mayo
	Mexa Auxiliar
	Parâmetros para a ComunicaçãoCirurgião e Instrumentador
	Funções do Instrumentador
	Parótida
	Submaxilar
	Cistos Branquiais
	Cistos Tireoglossos
	Tireoide e Paratireóide
	Lesões Traumáticas Cervicais
	Toracotomia Anterior
	Toracotomia Lateral
	Toracotomia Posterior
	Toracotomia Axilar
	Esternotomia Mediada
	Paraesternal
	Toracotomia Combinada com Prolongamento Transesternal ou Posterior
	Toracotomia Combinada com Acesso Abdominal
	Longitudinais
	Transversais
	Oblíquas
	Combinadas

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