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COMUNICACAO, GESTAO E EMPREENDEDORISMO

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Empreender tem sido a opção de milhões de pessoas, quer seja por vocação, direcionamento de carreira,
percepção de oportunidades ou mesmo por necessidade. Diante do crescente número de novos
empreendedores, surge cada vez mais a necessidade de se obter conhecimentos sólidos de gestão e estratégia,
os quais são capazes de reduzir as incertezas ligadas ao desa�o de empreender.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
compreender a diferença entre intraempreendedorismo e empreendedorismo;
analisar a relação existente entre inovação e startups;
conhecer a estrutura de um Plano de Negócios;
analisar as principais fontes de �nanciamento para startups;
compreender a importância da Gestão de Marketing e Comunicação para empreendedores.
Introdução
Comunicação, Gestão e Empreendedorismo
Roteiro deRoteiro de 
EstudosEstudos
Autor: Ma. Nádia Cristina Rodrigues Nunes
Revisor: Me. Wagner José Quirici
Ter uma ideia inovadora, capaz de resolver um problema e atender às necessidades de um grupo de pessoas
tem sido o motor para a criação de diversas novas empresas. Todos conhecemos exemplos de empreendedores
que, a partir de uma ideia, criaram grandes empresas, como Bill Gates, fundador da Microsoft, Walt Disney,
criador da Disney, Alexandre Costa, da Cacau Show, e Luiz Seabra, um dos fundadores da Natura.
O que nem sempre conhecemos é o trabalho árduo, disciplinado e baseado em fundamentos de gestão,
estratégia e muita paixão pelo negócio que cada empreendedor teve, fazendo com que sua empresa nascente se
tornasse um negócio de sucesso. Dessa forma, veremos a seguir os conceitos e fundamentos que podem auxiliar
empreendedores em sua jornada.
Intraempreendedorismo e
Empreendedorismo
Algumas das características clássicas de uma pessoa empreendedora são visão inovadora, autocon�ança,
persistência e foco. Porém, essas características são aplicadas apenas em novas empresas ou é possível
empregá-las também dentro de corporações já existentes?
Várias empresas perceberam que investir em colaboradores que apresentem ideias inovadoras e que tenham as
características descritas acima é um excelente negócio. Segundo Hisrich, Peters e Sheperd (2014, p. 30),
“intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo é a ação empreendedora dentro de uma
organização estabelecida”.
Assim, diversas empresas aplicam o empreendedorismo corporativo como “um meio de estimular e,
posteriormente, de aproveitar os indivíduos em uma organização que acham que algo pode ser feito de um
modo diferente e melhor.” (HISRICH, PETERS, SHEPHERD, 2014, p. 29).
Exemplo de empresas que aplicam o empreendedorismo corporativo é o das empresas que adotam os
programas internos de inovação e mudança, abrindo a oportunidade para que colaboradores possam sugerir
lançamento de novos produtos ou serviços, mudanças e melhorias em processos e operações em diversos níveis,
ou até mesmo a abertura de uma nova unidade de negócios da empresa.
Os programas de inovação e mudança têm por �nalidade aumentar as receitas, reduzir as despesas ou ampliar a
participação de mercado da organização, por meio da análise de viabilidade e implantação das sugestões dos
colaboradores. Em geral, os programas de inovação e mudança são baseados em uma �loso�a de recompensas
aos colaboradores, por meio de uma remuneração �nanceira, promoções ou a participação em um novo negócio
da organização.
Ao promover ambientes internos abertos à inovação, à mudança e ao empreendedorismo corporativo, as
organizações mantêm em seus quadros os colaboradores mais criativos e que possuem fortes características
empreendedoras, os quais, caso não tivessem um ambiente favorável para expressar suas ideias, poderiam sair
da organização, indo trabalhar para concorrentes ou abrindo seus próprios negócios.
O ciclo de empreendedorismo corporativo pode ser bené�co para todos os envolvidos, tanto para os
colaboradores como para a própria organização. Todos podem ganhar com a aplicação desse conceito nas
empresas.
Além do intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo, o indivíduo que possui características
empreendedoras pode optar por abrir seu próprio negócio, ou seja, tornar-se empreendedor. Mas, a�nal, o que
é empreendedorismo e ser empreendedor?
O termo empreendedor passou a ser utilizado desde a Idade Média, a �m de designar alguém que assumia uma
tarefa, uma empresa. Ao longo dos séculos, vários estudiosos formularam de�nições para os termos
empreendedorismo e empreendedor. Veremos a seguir, no Quadro 1, uma de�nição atual para esses termos:
Quadro 1 - De�nições para os termos empreendedorismo e empreendedor 
Fonte: Adaptado de Mendes (2017).
  Empreendedorismo Processo de criação de valor e mudança de comportamento no mundodos negócios, por meio da inovação de serviços ou produtos oferecidos.
  Empreendedorismo por
necessidade
Está relacionado a qualquer atividade pro�ssional iniciada por indivíduos
comuns, cuja única alternativa digna de sobrevivência em determinado
momento de sua existência é a aventura por conta própria e risco no
complexo mundo dos negócios.
Empreendedor Indivíduo criativo capaz de transformar um simples obstáculo emoportunidade de negócios.
Assim, a partir do conceito de Mendes (2017) de que um empreendedor é “um indivíduo criativo capaz de
transformar um simples obstáculo em oportunidade de negócios”, podemos nos perguntar: que outras
características, além da criatividade, são encontradas nos empreendedores?
O autor lista uma série de competências essenciais para empreender
Empreendedores de sucesso... São mestres em iniciativa, criatividade, autonomia,
autocon�ança e otimismo. [...] São dedicados, organizados e atualizados sobre o negócio em
que atuam. São líderes, formadores de equipes e formadores de opinião (MENDES, 2017, p.
62).
Ao lermos a lista de competências essenciais para empreendedores, veri�camos que são muitas e diversas as
competências que o empreendedor deveria possuir. É possível supor que pouquíssimas pessoas possuem todas
essas competências, o que é uma suposição correta. Mendes aponta que,
Talvez o candidato a empreendedor imagine que somente um gênio é capaz de adquirir todas
as habilidades ou competências necessárias para empreender, mas não é bem assim. Algumas
habilidades são inerentes aos empreendedores, outras são adquiridas durante o
desenvolvimento do próprio negócio. Algumas surgem naturalmente; outras, por meio de
esforço, dedicação, treinamento e muita persistência (MENDES, 2017, p. 65).      
Além do mais, os empreendedores devem avaliar suas competências e compreender quais as competências que
não possuem. Dessa forma, podem contratar pessoas que possam agregar competências necessárias ao
negócio, a �m de “pro�ssionalizar a empresa, crescer e manter o controle da situação” (MENDES, 2017, p. 65).
LIVRO
Empreendedorismo 360º: a prática na prática
Autor: Jerônimo Mendes
Editora: Atlas
Ano: 2017
Comentário: no capítulo 1 “O fascinante universo empreendedor”, o autor
apresenta um interessante quadro com o desenvolvimento, ao longo do tempo,
do termo “empreendedorismo” e do termo “empreendedor”, a partir da Idade
Média.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.
ARTIGO
Discursos das pesquisas sobre empreendedorismo e empreendedorismo social na mídia digital:
análise crítica
Autor: Vander Casaqui
Ano: 2017
Comentário: no artigo, o autor apresenta os papéis sociais que são atribuídos aos empreendedores e faz uma
análise crítica dos discursos de relatórios e pesquisas, os quais desenvolvem cenários sobre o
empreendedorismo no Brasil e no mundo. 
A C E S S A R
Startups e Inovação
Você sabe o que é uma startup? Seria apenas uma empresa que iniciou recentemente suas atividades? Ries
(2012, p. 13) de�ne startup como “uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob
condições de extrema incerteza”.
Para Miceli e Salvador,
[...] está claro que nem toda empresa que simplesmente acaba de começar é uma startup. O
critério é maleável e existem diversos conceitosfocando em várias características: empresas de
baixo custo de manutenção, empresas com escalabilidade, empresas emergentes, empresas de
tecnologia, empresas com modelo de negócio inovador, etc. (MICELI; SALVADOR, 2019, p. 18).
https://redib.org/Record/oai_articulo1187197-discursos-das-pesquisas-sobre-empreendedorismo-e-empreendedorismo-social-na-m%c3%addia-digital-an%c3%a1lise-cr%c3%adtica
Assim, avaliamos que várias empresas que apresentam as características citadas acima, principalmente as
empresas de tecnologia, são consideradas startups.
Inúmeras startups mundo afora tiveram um papel importante ao propor negócios inovadores ou mesmo formas
inovadoras para solucionar problemas e limitações existentes em praticamente todos os setores de negócios.
Em relação à inovação, Miceli e Salvador (2019) apontam que
Inovar não é ter uma ideia original, que os concorrentes não tiveram. Ideias são desenvolvidas,
muitas vezes, com base no que é feito em um outro contexto ou em um outro segmento da
sociedade. Inovar é implementar uma ideia com sucesso, isto é, criar valor ao desenvolver
processos, tecnologias, produtos, serviços, modelos ou a própria gestão dos negócios (MICELI;
SALVADOR, 2019, p. 6).
Segundo Grando (2012),
Quando o impacto sobre o mercado é muito signi�cativo, estabelecendo um novo parâmetro
de comparação com os clientes e concorrentes, temos a inovação mercadológica, ou seja, um
processo de construção de valor a partir da aplicação bem-sucedida de uma nova ideia ou
invenção. Isso implica a criação, implantação e adoção de algum produto, serviço, processo ou
modelo de negócio novo (GRANDO, 2012, p. 222).
Não existe apenas a inovação mercadológica. Grando (2012, p. 223) argumenta que há também “a inovação
radical ou disruptiva, que é aquela que introduz produtos, serviços, processos ou práticas de gestão inteiramente
novas.”
Alguns exemplos de startups de tecnologia que adotaram a inovação mercadológica ou que utilizaram a inovação
disruptiva são Uber, Spotify, iFood, Loggi, Quinto Andar e Nubank, entre tantas outras que você certamente
conhece.
Das empresas citadas acima, algumas são consideradas como startups “unicórnio”, ou seja, foram avaliadas em
mais de 1 bilhão de dólares e já receberam vultosos aportes de capital. É o caso do Nubank, �ntech (empresa
que atua na área de serviços �nanceiros, baseados inteiramente em tecnologia) que atende cerca de 15 milhões
de clientes com os serviços de conta digital e cartão de crédito.
Toda inovação, seja mercadológica ou disruptiva, deve ser baseada nas necessidades, expectativas e desejos dos
consumidores na sociedade. Vemos a seguir, no Quadro 2, a classi�cação do grau de impacto que a inovação
pode ter frente aos consumidores:
Quadro 2 - Classi�cação do grau de impacto da inovação frente aos consumidores 
Fonte: Grando (2012, p. 225).
Vamos analisar as empresas em relação a cada grau de impacto da inovação junto aos consumidores. O Youtube,
uma startup que iniciou as atividades em 2005, revolucionou a forma como as pessoas procuravam e assistiam a
vídeos pela internet, praticamente gerando um novo negócio. Em 2006, o Google comprou a plataforma de
vídeos Youtube.
O Quinto Andar, plataforma criada em 2013, tem por objetivo simpli�car o processo de locação residencial,
conectando locadores e locatários por meio da ferramenta, atendendo às necessidades desejadas pelos
consumidores.
 
INOVAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
São as mais radicais, pois as necessidades são
desconhecidas e ainda não atendidas. Normalmente, dão
origem a um novo setor no mercado. Ex.: Youtube.
 
INOVAÇÃO COM NOVOS BENEFÍCIOS
Necessidades não atendidas anteriormente e menos
radicais, mas que são desejadas pelos consumidores. Ex.:
Quinto Andar.
 
INOVAÇÃO DE MELHORIAS
Necessidades que serão melhor atendidas e são
esperadas pelo consumidor. Pode ser uma ampliação
dos serviços ou produtos ofertados aos consumidores
atuais. Ex.: Whatsapp.
 
INOVAÇÃO COM VARIANTES
Necessidades atendidas de forma diferente, que podem
signi�car o reposicionamento de uma marca ou uma
nova estratégia para atender aos consumidores atuais.
Ex.: Loggi.
O Whatsapp, criado em 2009, é um aplicativo de troca de mensagens e comunicação em áudio e vídeo pela
internet, que conecta mais de 1,5 bilhão de pessoas em cerca de 180 países. O aplicativo ofereceu às pessoas a
oportunidade de atender as necessidades de comunicação já esperadas, o que fez com que o aplicativo se
tornasse tão popular. O Facebook comprou o Whatsapp em 2014.    
A Loggi, plataforma criada em 2013, conecta cerca de 40 mil entregadores (em motos, vans e caminhões) às
necessidades dos setores de comércio eletrônico, backo�ce e alimentação. Dessa forma, a Loggi, em parceria
com seus clientes, atua com o conceito de inovação com variantes.
Tanto o Quinto Andar quanto a Loggi (ambos criados em 2013) tiveram sua avaliação de mercado, em 2019,
acima de 1 bilhão de dólares, tornando-se startups unicórnio.
LIVRO
Empreendedorismo: uma perspectiva multidisciplinar
Autores: Patrícia Patrício e Claudio R. Candido (org.)
Editora: LTC
Ano: 2016
Comentário: no capítulo 9 “Inovação e modelagem criativa de negócios”, são
apresentados os 4Ps da Inovação (produtos, processos, posicionamento e
paradigma), além dos conceitos de inovação aberta e de modelo de negócios.
Vale a pena ler.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.
ARTIGO
Inovação e empreendedorismo: políticas públicas e ações privadas
Autores: Carlos T. Freire, Felipe M. Maruyama e Marco Polli
Ano: 2017
Comentário: o artigo mostra as mudanças no contexto da inovação no início deste século, baseando-se na
análise das políticas públicas para startups e fomento ao empreendedorismo. 
A C E S S A R
Plano de Negócios
O Plano de Negócios é um documento escrito pelos empreendedores, a �m de auxiliá-los na estruturação da
gestão da empresa, e tem papel fundamental na busca por investimentos.
Segundo Patrício e Candido (2016),
Um Plano de Negócios apresenta um empreendimento, arquiteta estratégias relacionadas com
a produção, inserção no mercado, aquisição, manutenção e �delização de clientes, às formas
de enfrentamento da concorrência, e faz estimativas dos resultados �nanceiros (PATRICIO;
CANDIDO, 2016, p. 38).
Dornelas (2016, p. 14) lembra que o Plano de Negócios não é exclusivo para empresas em fase inicial: “o plano de
negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-33002017000300051&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
inicial ou não, com o propósito de de�nir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro”.
O Plano de Negócios é um documento que vai demandar algum tempo de pesquisa e esforço para ser concluído,
porém permite que os futuros empreendedores possam responder a algumas perguntas enquanto formulam o
plano de negócios e passem a ter uma visão mais estruturada da empresa.
A preparação do plano de negócios apresenta, em geral, os seguintes tópicos:
1. Oportunidade ou Sumário Executivo; 2. Empresa; 3. Produtos e/ou Serviços; 4. Mercado
consumidor; 5. Concorrência e indústria; 6. Plano de produção e operação; 7. Plano de
marketing e vendas; 8. Plano de recursos humanos; 9. Plano �nanceiro; 10. Anexos (GRANDO,
2012, p. 90).
A elaboração do Plano de Negócios, por mais completo e estruturado que seja, não é garantia de sucesso da
empresa. Mas, certamente, com o Plano de Negócios em mãos, o empreendedor pode minimizar os riscos do
empreendimento e corrigir eventuais falhas de produto/serviço, organização, processos, pessoas, vendas,
marketing ou �nanças, antes de investir na ideia e buscar fontes de �nanciamento.
Após a elaboração do Plano de Negócios, o empreendedor deve reavaliar o documento, pelo menos,
anualmente. É importante fazer o acompanhamento das metas e das alterações que podem ocorrer no mercado,
na economia e em fatos imprevistos, que não podem ser planejados com antecedência.
Um exemplo é o caso da crise do COVID-19(também conhecido como novo coronavírus). Certamente, os
empresários que elaboraram seus planos de negócios em 2019 não previram o surgimento de uma pandemia
nos primeiros meses de 2020. Assim, o plano deve passar por reavaliações e atualizações, capazes de balizar o
desenvolvimento da empresa e promover mudanças necessárias, face às alterações de cenários.
Conforme apontado por Grando, é importante lembrar que
[...] em alguns casos de captação de recursos de bancos, agências governamentais e
investidores privados, o plano de negócios é exigido como documento obrigatório do processo
de análise (GRANDO, 2012, p. 89).
LIVRO
Plano de Negócios: seu guia de�nitivo
Autor: José Dornellas
Editora: Empreende
Ano: 2016
Comentário: o Capítulo 3, “Desenvolvendo um plano de negócios e�caz”,
apresenta cada tópico que deve constar no documento e oferece dicas para a
elaboração do plano de negócios. Essa é uma leitura recomendada para quem
quer se aprofundar no desenvolvimento de um Plano de Negócios.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca da Laureate.
LIVRO
Empreendedorismo: plano de negócio em 40 lições
Autor: Marcos Hashimoto
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2020
Comentário: Da Parte I à Parte IX, o autor descreve detalhadamente os
principais tópicos para elaboração de um plano de negócios.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca da Laureate.
ARTIGO
O plano de negócios como ferramenta estratégica para o empreendedor: um estudo de caso  
Autor: Pedro V. F. Santos e Francisco A. Pinheiro
Ano: 2017
Comentário: o artigo trata do desenvolvimento do plano de negócios em uma empresa de alimentos, como
ferramenta de auxílio ao processo de planejamento estratégico e estruturação. 
A C E S S A R
Fontes de Financiamento para Startups
As startups são criadas e se desenvolvem a partir de algum tipo de �nanciamento, seja próprio ou de terceiros.
Vamos veri�car as possibilidades de �nanciar uma startup.
O �nanciamento por meio de capital próprio, patrimônio próprio e investimento de amigos e familiares é o mais
comum entre os empreendedores que abrem uma startup. Esse tipo de �nanciamento é denominado bootstrap
ou bootstrapping.
Outra possibilidade de �nanciamento para os novos empreendedores é buscar empréstimos e �nanciamentos
em instituições �nanceiras e bancos públicos ou privados, com taxas de mercado. Também é possível solicitar
um �nanciamento junto às agências de fomento como BNDES, Finep, Fapesp e CNPq.
Segundo Miceli e Salvador (2019), é possível utilizar o crowdfunding,
https://revistas.ufpr.br/relainep/article/view/55161
Crowdfunding é uma modalidade de �nanciamento coletivo, em que o empreendedor oferece
recompensas ou participação em troca de contribuições �nanceiras. A oferta de recompensas
muitas vezes de dá em forma de acesso ao produto ou serviço do empreendedor por valores
menores que os de mercado (MICELI; SALVADOR, 2019, p. 77).
Outra opção de �nanciamento é denominada investidor-anjo. Conforme Grando (2012, p. 413), “genericamente,
o conceito de investidor-anjo é de uma pessoa física que investe recursos próprios, tanto �nanceiros quanto de
conhecimento e experiência”.
Além das opções citadas acima, há ainda a possibilidade de �nanciamento por meio de seed capital (capital
semente), incubadoras de empresas e parques tecnológicos, aceleradoras de startups ou fundos de venture
capital.
Para quem abre uma startup existem inúmeras possibilidades de �nanciamento, porém, como requisito básico
da grande maioria das fontes de �nanciamento, é necessário que o empreendedor já tenha conhecimentos de
gestão e tenha estruturado sua startup, mesmo que esteja nos estágios iniciais de atividade.
LIVRO
Startups: nos mares dos dragões
Autor: André L. Miceli e Daniel O. Salvador
Editora: Brasport
Ano: 2019
Comentário: no Capítulo 5, “Financiamento, aceleradoras e pitch”, os autores
descrevem detalhadamente as principais opções de �nanciamento para
startups e os passos seguintes para convencer investidores a aportar capital no
negócio, utilizando o pitch. Não deixe de ler.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.
LIVRO
Empreendedorismo: plano de negócio em 40 lições
Autor: Marcos Hashimoto
Editora: Saraiva Educação
Ano: 2020
Comentário: nos Capítulos 32 e 33, os quais tratam da necessidade de capital e
do capital de risco, o autor descreve detalhadamente as principais formas de
capitalizar um novo empreendimento, apresentando diversos casos que
ilustram as formas como uma startup pode �nanciar e desenvolver seu negócio.
Recomendamos a leitura da página 202 a 228.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca da Laureate.
ARTIGO
Como as start-ups crescem?
Autor: Marcel M. Maia
Ano: 2019.
Comentário: um artigo bastante interessante sobre a forma dos discursos utilizados por empreendedores na
busca por convencer investidores. 
A C E S S A R
Gestão de Marketing e Comunicação
O mercado de startups, no Brasil e no mundo, apresenta alto grau de competitividade. Milhares de novas
empresas surgem todos os anos e apenas poucas irão sobreviver para tornarem-se lucrativas e signi�cativas
para os consumidores. Nesse cenário, trabalhar a Gestão de Marketing e Comunicação nas startups é uma
questão vital para o desenvolvimento da empresa e sua relevância junto ao seu público-alvo.
Diversas ferramentas aplicadas à Gestão de Marketing auxiliam a empresa a de�nir seu correto posicionamento:
a aplicação dos 4Ps do mix de marketing (produto, preço, praça e promoção), análise SWOT (avaliação dos
pontos fortes e fracos da empresa, bem como das oportunidades e ameaças do mercado), pesquisas de
mercado (para conhecer de forma aprofundada as necessidade e desejos dos consumidores) e a CIM
(comunicação integrada de marketing).
Segundo Patrício e Candido (2016),
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092019000100513&lang=pt
[...] a CIM (comunicação integrada de marketing) pode ser de�nida como planejamento
estratégico de comunicação de marketing que reúne e integra valores já conhecidos e
tradicionais como propaganda, relações públicas, distribuição de produtos e serviços, além
dos sistemas de comunicação eletrônica como internet e mídias sociais. (PATRICIO; CANDIDO,
2016, p. 148).
Patrício e Candido ainda enfatizam que “a CIM interliga as atividades de comunicação com os objetivos da
empresa” (2016, p. 148).
Em termos de tecnologia da informação, existem várias plataformas especializadas na customização da captação,
do processamento de dados em informações e das integrações que levam à inteligência competitiva (YANAZE,
2012, p. 479).
Assim, o planejamento da comunicação digital e a implementação de ações de marketing digital passam a ser
formas acessíveis e e�cazes para que as startups impactem e possam se comunicar com seus consumidores.
Então, se for realizada a Gestão de Marketing e Comunicação, a startup terá sucesso? Não necessariamente. São
muitos fatores que determinam o sucesso ou fracasso de uma startup, mas planejar e executar bem a Gestão de
Marketing e Comunicação de uma startup irá ajudá-la a se posicionar mais fortemente no mercado.
LIVRO
Startups: nos mares dos dragões
Autor: André L. Miceli e Daniel O. Salvador
Editora: Brasport
Ano: 2019
Comentário: nos capítulos 7, 8 e 9, os autores apresentam em detalhes, as
formas de otimização da utilização das ações e ferramentas de marketing
digital. A utilização de ações e ferramentas de marketing digital permite que o
empreendedor impacte diretamente seu público-alvo.
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate.
ARTIGO
Estratégias criativo-inovadoras de comunicação institucional de empresas em mídias sociais:
casos Itaú, O Boticário e Cacau Show
Autor: Felipe C. Ortiz e Melanie Cipolla
Ano: 2015
Comentário: o artigo aborda a utilização das redes sociais por parte de três empresas brasileiras, com o intuito
de analisar as estratégias criativas e inovadoras de comunicação institucional. 
A C E S S A R
Conclusão
Vimos comoos empreendedores podem obter sólidos conhecimentos de gestão, por meio da elaboração do
plano de negócios, a �m de estruturar suas empresas. Analisamos as principais fontes de �nanciamento
disponíveis para startups e conhecemos as várias opções de ferramentas que os empreendedores podem aplicar
na Gestão de Marketing e Comunicação.
A jornada dos empreendedores é árdua, cheia de obstáculos a serem transpostos, mas ao mesmo tempo é
apaixonante, capaz de trazer um “brilho nos olhos” único para aqueles que resolvem trilhar o caminho do
empreendedorismo.
https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/139285
Referências Bibliográ�cas
CASAQUI, V. Discursos das pesquisas sobre empreendedorismo e empreendedorismo social na mídia digital:
análise crítica. Revista Chasqui, n. 134, p. 299-313, ab./jul. 2017. Disponível em:
https://revistachasqui.org/index.php/ chasqui/article/viewFile/2715/2905. Acesso em: 9 mar. 2020.
DORNELAS, J. Plano de negócios: seu guia de�nitivo. São Paulo: Empreende, 2016.
FREIRE, C. T.; MARUYAMA, F. M.; POLLI, M. Inovação e empreendedorismo: políticas públicas e ações privadas.
Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 51-76, set./nov. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sciarttext&pid=S0101-33002017000300051&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 9 mar. 2020.
GRANDO, N. (org). Empreendedorismo inovador: como criar startups de tecnologia no Brasil. São Paulo: Évora,
2012.
HASHIMOTO, M. Empreendedorismo: plano de negócio em 40 lições. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. Porto Alegre: AMGH, 2014.
MAIA, M. M. Como as start-ups crescem? Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 34. n. 99, 2019. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092019000100513&lang=pt . Acesso em: 9 mar.
2020.
MENDES, J. Empreendedorismo 360º: a prática na prática. São Paulo: Atlas, 2017.
MICELI, A. L.; SALVADOR, D. O. Startups: nos mares dos dragões. Rio de Janeiro: Brasport, 2019.
ORTIZ, F. C.; CIPOLLA, M. Estratégias criativo-inovadoras de comunicação institucional de empresas em mídias
sociais: casos Itaú, O Boticário e Cacau Show. Organicom, ano 12, n. 22, p. 272-290, 2015. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/139285. Acesso em: 9 mar. 2020.
PATRÍCIO, P.; CANDIDO, C. R (org.). Empreendedorismo: uma perspectiva multidisciplinar. Rio de Janeiro: LTC,
2016.
RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas
extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.
SANTOS. P. V. F.; PINHEIRO, F. A. O plano de negócios como ferramenta estratégica para o empreendedor: um
estudo de caso. Revista Latino-Americana de Inovação e Engenharia de Produção, v. 5. n. 8. p. 150-165, 2017.
https://revistachasqui.org/index.php/%20chasqui/article/viewFile/2715/2905
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https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/139285
Disponível em: https://revistas.ufpr.br/relainep/article/view/55161. Acesso em: 9 mar. 2020.  
YANAZE, M. Gestão de marketing e comunicação: avanços e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2011.
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