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Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina Parasitologia Teníase Cisticercose Esquistossomose Filariose Linfática Toxoplasmose Popularmente Solitárias Doença do Caramujo Barriga d’agua Elefantíase (uma das manifestações da fase crônica) Formas graves – recém nascidos e imunocomprometidos Agente Etiológico Taenia solium / Taenia saginata Formas Adultas Taenia solium Formas larvárias ou cisticercos Schistossoma mansoni Vermes Adultos Wuchereria bancrofti Vermes finos e delicados Toxoplasma gondii Hábitat Intestino delgado Tecidos subcutâneo, muscular, cardíaco e cerebral, além dos olhos de seres humanos Vasos sanguíneos do sistema porta-hepático Vermes adultos – vasos e gânglios linfáticos da região pélvica (pernas e escroto), braços e mamas Microfilárias – corrente sanguínea – capilares pulmonares profundo (dia) e circulação periférica (noite) Fase aguda – taquizoitos no sangue ou linfa Fase crônica – bradizoitos (cistos) em células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares Hospedeiros Homens - hospedeiros definitivos Porco e boi – hospedeiros intermediários Porco – hospedeiro intermediário Homem – hospedeiro anômalo ou acidental Caramujo Biomphalaria – hospedeiro intermediário, infectado pelas miracideos Homem – hospedeiro definitivo infectado pelos cercarias Mosquitos Culex – hospedeiros invertebrados Homem – hospedeiro vertebrado Gato – hospedeiro definitivo ou completo Homem – hospedeiro intermediário ou incompleto Ciclo Biológico Os humanos infectados eliminam proglotes grávidas junto as fezes; as quais, no meio externo, se rompem e liberam ovos, que são ingeridos pelos porcos ou bois, onde se transformam em cisticercos aderidos à carne do animal. O ser humano é então infectado, quando consome carne suína ou bovina crua ou mal cozida contaminada por esses cisticercos, Os ovos são eliminados nas fezes e alcançaram as lagoas, onde eclodem e liberam os miracideos que infectam o caramujo. Dentro do molusco, os miracideos se transformam em cercarias, que são liberadas na água. Essas cercarias, então A fêmea do mosquito ingere microfilárias durante o hematofagismo, as quais se desenvolvem em larvas infectantes (L3) que migram para a proboscida (aparelho picador). Quando esse inseto infectado pica outro ser humano, as larvas escapam e Os homens se infectam ao ingerir alimentos e agua contaminados com oocistos eliminados nas fezes dos gatos; carne crua ou malcozida contendo cistos, transplante de órgãos, ou Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina vindo a desenvolver a teníase. Caso, acidentalmente, o homem faça ingestão de ovos viáveis da Taenia solium eliminados por portadores da teníase, esses darão origem a cisticercos e levarão ao quadro de cisticercose. penetram ativamente na pele ou na mucosa bucal do hospedeiro humano, gerando larvas, denominadas de esquistossomulos; as quais atingem a circulação sanguínea, vão para os pulmões e de lá para o fígado, se alojando no sistema porta intra-hepático. penetram em fissuras da pele humana. Uma vez no interior do corpo, elas migram para os vasos linfáticos e linfonodos, onde crescem, atingem a maturidade sexual e liberam microfilárias no sangue, recomeçando o ciclo. taquizoitos em líquidos orgânicos (sangue, urina e leite). A mulher gestante em fase aguda também pode transmitir para o feto através da circulação placentária (transmissão congênita). Sintomatologia Tonturas, astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen, dores abdominais de intensidade variável, perda de peso, obstrução intestinal ou penetração de proglote no apêndice. Muscular Dor, câimbras e fadiga nas pernas, lombar e nuca Subcutânea cisticercos palpáveis, indolores e, muitas vezes, confundidos com cistos sebáceos Cardíaca Palpitações, dispneia e ruídos valvares anormais Ocular Descolamento ou perfuração da retina, opacificação do humor vítreo e do cristalino (catarata), sinequias posteriores de íris, uveites, pantoftalmias, perda parcial ou total da visão, Fase Pré-postural 10-35 dias após a infecção Sintomatologia variada: - forma inaparente ou assintomática - mal-estar, com ou sem febre, problemas pulmonares (tosse), dores musculares, desconforto abdominal e hepatite aguda Fase Aguda 50 dias após a infecção Disseminação miliar dos ovos Intestino: enterocolite aguda Fígado: formação de granulomas com desenvolvimento de forma toxêmica (doença aguda, febril, acompanhada de sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, diarreia, disenteria, cólicas, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta e linfadenia) Assintomática ou subclínica Microfilárias no sangue, sem sintomatologia aparente (dilatação e proliferação do endotélio de vasos linfáticos + hematúria microscópica) Forma Aguda Linfangite retrograda de curta duração em membros e adenite na região inguinal, axilar e epitrocleana Febre e mal-estar Forma Crônica Linfedema, hidrocele, comprometimento renal (quiluria), elefantíase (aumento exagerado do volume de membros inferiores e escroto com queratinização e rugosidade da pele) Eosinofilia Pulmonar Tropical Síndrome caracterizada por sintomas de asma brônquica Rara Devido a presença de microfilárias nos capilares pulmonares Congênita ou Pré-Natal Sintomas variados: comprometimento ganglionar generalizado, edema, miocardite, hepatoesplenomegalia, anemia, trombocitopenia, lesão oculares (patognômonicas) Síndrome ou Tetrade de Sabin: coriorretinite, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas com retardamento psicomotor e alteração do volume craniano (micro ou macrocefalia) Pós-Natal Ganglionar ou febril aguda: comprometimento ganglionar com febre alta Ocular: retinocorioidite que pode evoluir para Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina desorganização intraocular e, por vezes, perda do olho Neurocisticercose SNC (leptomeninges e córtex cerebral) Medula Crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningite cisticerco tica, cefaleias, distúrbios psíquicos, hemiplegia e síndrome medular Fase Crônica Intestinal – granulomas nodulares, dores abdominais, diarreia mucosanguinolenta alternada com constipação e evacuações normais Hepatointestinal – fígado aumentado e doloroso à palpação, granulomas hepáticos com endoflebite aguda, fibrose periportal, obstrução dos ramos intra-hepáticos e hipertensão portal (esplenomegalia, varizes e ascite) Hepatoesplênica Hiper responsividade imunológica aos antígenos filariais, hipereosinofilia e aumento de IgE Legenda: Alta microfilaremia Ausência de microfilarias cegueira (total ou parcial) ou se curar por cicatrização Cutânea ou exantemática: lesões generalizadas na pele Cerebroespinal ou meningoencefálica: imunocomprometidos → cefaleia, febre, anomalias focais com hemiparesia e plegia, confusão mental, delírios, alucinações visuais convulsões, letargia, esturpor que pode evoluir para coma e morte Generalizada: rara mas letal, com envolvimento meningoencefálico, miocárdico, pulmonar, ocular, digestivo e até testicular Diagnóstico Clínico – Anamnese (procedência, histórico de familiar com teníase recente, consumo de carne crua ou mal cozida, saneamento básico, criação inadequada de porcos e bois, qualidade da água usada para beber e irrigar hortaliças) x Exame Físico (fundoscopia e pesquisa de nódulos subcutâneos) Parasitológico – pesquisa de proglotes nas fezes (método rotineiro ou da fita gomada) Imunológico – ELISA ouEITB – pesquisa de IgG no soro ou LCR Clínico – histórico de banhos de rio Parasitológico – pesquisa de ovos do parasito nas fezes ou nos tecidos do paciente (biópsia e USG) Imunológicos – intradermorreação, PCR e ELISA Laboratorial – pesquisa de microfilárias no sangue, na urina ou em líquidos de hidrocele / ELISA ou ICT / PCR / USG Devido a periodicidade noturna das microfilárias, a coleta de sangue deve ser feita entre 22 e 24hrs Sorologia – IgM (fase aguda e toxoplasmose congênita) e IgG (fase crônica) e IgA (infecção recente) IgG passa pela placenta, não sendo um marcador confiável de infecção nos RNs Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina Imagem – TC de crânio (neurocisticercose) Tratamento Niclosamida ou prazinquantel Albendazol Tratamento sintomático (anticonvulsivantes e corticosteroides – dexametasona) Preconizado para pacientes com ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal Oxaminiquina ou prazinquantel Citrato de dietilcarbamazina (DEC) Esquema Triplice: Pirimetamina Sulfadiazina Acido Folinico Forma ocular: Corticoide + antiparasitários Gestantes: espiramicina (até a 18ª semana de gestação) seguida do esquema tríplice
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