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Mariana Claudino dos Santos 1 ABP 1 – HEPATITE TERMOS DESCONHECIDOS LEITO UNGUEAL: parte abaixo da unha, o tecido mole por baixo da placa ungueal que prende a unha ao dedo OLHOS ICTÉRICOS: coloração amarelada decorrente do acúmulo de bilirrubina no local, nesse caso nos olhos, causado por algum transtorno no fígado ou vesícula biliar. BILIRRUBINA: A bilirrubina é uma molécula de coloração amarelada formada pela quebra de glóbulos vermelhos e a liberação das moléculas heme. Ela é processada no fígado e encontrada na bile. É eliminada pela urina e quanto mais amarelada maior é a sua concentração. NÍVEIS SÉRICOS DE ALT E AST: A AST (aspartato aminotransferase) e a ALT (alanina aminotransferase) são enzimas presentes nas células do fígado (hepatócitos) e que são liberadas no sangue em consequência de lesão hepática de naturezas diversas. A elevação dessas enzimas é a anormalidade mais comumente encontrada em rotina de testes hepáticos, tornando-se, por isso, marcador útil para diagnóstico e monitoramento das doenças do fígado. FOSFATASE ALCALINA: A fosfatase alcalina é uma enzima que está presente em diferentes tecidos humanos como fígado, rins e ossos. Os níveis dessa enzima são medidos para avaliar o funcionamento dos órgãos onde ela se encontra. JANELA IMUNOLÓGICA: Janela imunológica é conceitualmente definida como o período compreendido entre a exposição de um indivíduo suscetível à fonte de infecção e o aparecimento de algum marcador sorológico detectável por testes sorológicos disponíveis comercialmente. HBSAG: antígeno de superfície, presente no envelope viral e liberado na corrente sanguínea na contaminação. OBJETIVO 1 DESCREVA O PROCESSO DE INFECÇÃO PELO LEITO UNGUEAL, ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS PERFURO-CORTANTES. OBJETIVO 2 RELACIONAR OS SINAIS E SINTOMAS DO PROFISSIONAL COM OS EXAMES SOLIC ITADOS. O principal sinal que influenciou na solicitação desses exames específicos para hepatites e HIV foi o acidente perfurocortante. Os sintomas reportados pelo profissional se relacionam com os sintomas de hepatite, entretanto os sintomas das hepatites principais são basicamente os mesmos, por isso foi necessário a solicitação de antígenos mais específicos, além da solicitação dos níveis das aminotransferases que quando alteradas podem direcionar algum problema hepático. A presença do HBsAg indica contágio por HBV, mas por causa da janela imunológica não é possível ainda detectar a presença dos anti-HBc e anti-HBs. Ainda existe o fato de que o profissional, apesar de que quando pequeno tenha sido vacinado, não estava mais protegido para essa infecção viral, a ausência dos antígenos da hepatite B justificam isso também. OBJETIVO 3 CARACTERIZAR E DIFERENCIAR AS HEPATITES A, B, C, D E E. HEPATITE A É um vírus Picornaviridae, de RNA de fita simples. Sua transmissão é via oral-fecal, resultado do consumo de água e alimentos contaminados, com isso o HAV raramente é transmitido pelo sangue, pois possuem um nível de viremia baixo. Não há apresentação clínica crônica, somente aguda. O vírus penetra na célula, ocorre a sua replicação, eles se acumulam no citoplasma celular e são liberados por exocitose. O vírus se multiplica no trato gastrintestinal e é disseminado até́ o fígado pelo sangue. A resposta imune consiste, inicialmente, em anticorpos IgM, os quais são detectados no período em que a icterícia aparece. Febre, anorexia, náusea, vômito e icterícia são característicos. Urina escura, fezes pálidas e níveis elevados de transaminases são observados. A maioria dos casos se resolve espontaneamente em 2 a 4 semanas. O HAV tem um curto período de incubação (3 a 4 semanas). Não há terapia antiviral disponível. A imunização ativa com uma vacina contendo o HAV inativado está́ disponível. A imunoprofilaxia passiva é feita com injeção de IgA, utilizada até duas semanas após exposição. A prevenção é feita com melhora nas condições de higiene e saneamento básico. HEPATITE B É um vírus Hepadnaviridae envelopado, de DNA circular pequeno de filamento parcialmente duplo. O envelope contém uma proteína, chamada de antígeno de superfície (HBsAg), liberada na corrente sanguínea no momento da contaminação, a qual é Mariana Claudino dos Santos 2 ABP 1 – HEPATITE importante para o diagnóstico laboratorial e para a imunização. Existem também o HBcAg (antígeno de capsídeo) e o HBeAg (antígeno e). Os três principais modos de transmissão são pelo sangue, durante o intercurso sexual, e de forma perinatal, da mãe para o filho. O HBV possui viremia relativamente alta. Após entrar no sangue, o vírus infecta os hepatócitos, e os antígenos virais são apresentados na superfície das células. Pode cronificar (5 a 10%) – assintomática, evolui para cirrose, insuficiência hepática e CHC. O tempo de incubação do vírus é de 1 a 6 meses. Os dois testes sorológicos mais importantes para o diagnóstico precoce da hepatite B são os testes para HBsAg e para anticorpos do tipo IgM contra o antígeno do capsídeo. Há um período de muitas semanas após o desaparecimento de HBsAg em que o Anti-HBs ainda não é detectável. Essa é a fase de janela imunológica. Para a hepatite B este período pode variar de 30 a 60 dias, quando o HBsAg se torna detectável. Nenhuma terapia antiviral, em geral, utilizada no caso da hepatite B aguda. No caso da hepatite B crônica, por outro lado é realizado tratamento medicamentoso específico. A prevenção envolve o uso da vacina, da globulina hiper imune ou de ambas. HEPATITE C O HCV é um vírus Flaviviridae envelopado, de RNA de fita simples. Em média, 80% das pessoas que se infectam não conseguem eliminar o vírus, evoluindo para formas crônicas. Os restantes 20% conseguem eliminá-lo dentro de um período de seis meses do início da infecção. É transmitido principalmente pelo sangue contaminado, através de transfusões, acidentes perfurocortantes, piercings, também por via sexual. O HCV infecta principalmente os hepatócitos, mas não há evidências de que o vírus induza efeitos citopáticos nas células hepáticas. Em vez disso, a morte dos hepatócitos é provavelmente causada pelo ataque imune das células T citotóxicos. A infecção pelo HCV predispõe fortemente ao carcinoma hepatocelular e cirrose, intensificado pelo alcoolismo. A infecção pelo HCV é diagnosticada por meio da detecção de anticorpos contra HCV em um ensaio imunoenzimático, no caso de falso positivos, é realizado um exame para detectar a carga viral e se há uma infecção ativa ainda. O teste não distingue entre IgM e IgG, assim como não distingue entre infecção aguda, crônica ou resolvida. Não existe vacina para hepatite C. A janela imunológica do aparecimento do anti-HCV é de 49 a 70 dias. Quando indicado, o tratamento poderá ser realizado por meio da associação de interferon com ribavirina ou do interferon peguilado associado à ribavirina. A chance de cura varia de 50 a 80% dos casos, a depender do genótipo do vírus. HEPATITE D O HDV é um vírus envelopado de RNA circular, de fita simples e polaridade negativa. O HDV não é comum, uma vez que é um vírus que não se replica sozinho, pois não possui o gene codificador da proteína do envelope. O HDV só́ pode se replicar em células também infectadas pelo HBV, uma vez que utiliza os antígenos de superfície do HBV (HBsAg) como sua proteína de envelope. O HBV é, portanto, o vírus auxiliar para HDV. A transmissão ocorre através do sangue, intercurso sexual e perinatal, igualmente ao HBV. É provável que a patogênese da hepatite causada por HDV e HBV seja a mesma, os hepatócitos infectados pelo vírus são danificados pelas células T citotóxicas. A cirrose é mais recorrente neste tipo de hepatite do que nos portadores de hepatite B isolada. O diagnóstico da infecção peloHDV no laboratório é feito pela detecção do antígeno delta ou de anticorpos IgM contra o antígeno delta no soro dos pacientes. A melhor maneira de se prevenir a hepatite D é realizar a prevenção contra a hepatite B, pois o vírus D necessita da presença do vírus B para contaminar uma pessoa. Nenhuma terapia antiviral, em geral, utilizada no caso da hepatite D aguda. No caso da hepatite D crônica, por outro lado é realizado tratamento medicamentoso específico. Não há́ vacina contra o HDV, no entanto, uma pessoa imunizada contra o HBV não será́ infectada pelo HDV, uma vez que o HDV não se replica na ausência da infecção pelo HBV. HEPATITE E O HEV é um vírus tipo Caliciviridae não envelopado, de RNA de fita simples. É transmitido via oral-fecal. A melhor estratégia de prevenção para a HEV é melhoria de higiene e saneamento básico. A maioria dos casos evolui para a cura, sendo necessária a hospitalização dos casos mais graves, os quais são mais frequentes entre gestantes. Quadro clínico assintomático é comum especialmente em crianças. Assim como na hepatite A, admite-se que não existem formas crônicas de hepatite E. O diagnóstico específico pode ser feito pela detecção de anticorpos IgM contra o HEV no sangue. Não há tratamento antiviral disponível e não há vacina também. OBJETIVO 4 DISCORRA SOBRE A INFLUÊNCIA DA JANELA IMUNOLÓGICA NO PROCESSO DA INFECÇÃO. Mariana Claudino dos Santos 3 ABP 1 – HEPATITE OBJETIVO 5 RELACIONAR O ACOMPANHAMENTO COM O GASTROENTEROLOGISTA COM A HEPATITE . O gastroenterologista é o profissional responsável por diagnosticar, prevenir e tratar problemas no sistema digestivo, que consiste em: cavidade oral, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino grosso, pâncreas, fígado e vias biliares. Por tanto, no caso de uma suspeita de infecção por hepatite o acompanhamento com esse profissional é indicado para a avaliação e o tratamento que de qualquer tipo de dano hepático que a infecção possa causar. OBJETIVO 6 CONCEITUAR O PROCESSO DE IMUNIZAÇÃO, ATRAVÉS DA VACINAÇÃO, DESTACANDO O PROCESSO DA SORO-CONVERSÃO DA HEPATITE B. A vacina é basicamente a introdução de um antígeno com carga viral inativada no organismo para criar anticorpos no sistema de defesa. Na hepatite B, a vacina é constituída do AgHBs inativado e para ser eficaz, após a terceira dose o anti-HBs deve persistir. A soroconversão do HBsAg em anti-HBe caracteriza a interrupção da replicação viral e a não progressão da doença hepática. Quando a soroconversão tarda a ocorrer pode haver episódios de reativação e remissão da infecção com risco maior de progressão para hepatite crônica e cirrose.
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