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Hepatites Virais
O fígado é responsável pela síntese de proteínas plasmáticas (albumina, fatores de
coagulação e outros), pela homeostase da glicose (glicogênese, glicogenólise e
gliconeogênese), pela síntese de colesterol e lipoproteínas, pela detoxificação (conversão de
amônia em ureia) e pelo metabolismo da bilirrubina (conversão de bilirrubina indireta em
direta a partir da conjugação ao ácido glicurônico - reação catalisada pela UDP)
Causas de Icterícia
● Aumento da produção de bilirrubina - hemólise
● Diminuição da captação da bi - jejum prolongado, drogas
● Diminuição da conjugação
● Diminuição da excreção - defeitos no carreador
● Obstrução biliar - câncer, cálculo, estenose
No caso das hepatites, a falta de ATP para o hepatócito prejudica principalmente a excreção
da bilirrubina já conjugada, ou seja, a bilirrubina direta. Isso ocorre pois excretar a BI é
demanda mais energia do que captá-la e conjugá-la e um hepatócito lesado não dispõe de
grande quantidade de ATP.
Hepatites Virais Agudas
➔ Definidas como lesão hepatocelular com duração menor do que 6 meses.
➔ Cursam com icterícia com aumento de bilirrubina direta de padrão hepatocelular
(AST e ALT muito mais aumentados do que FA e GGT)
➔ A síndrome básica tem 3 fases:
◆ Pródromos: síndrome gripal, hepatomegalia dolorosa, artrite,
glomerulonefrite difusa aguda
◆ Icterícia: hiperbilirrubinemia mista (aumento de BI e BD); ocorre quando já
há uma resposta imune ao vírus.
◆ Convalescência (1 a 2 meses): melhora dos sintomas e cicatriz imunológica.
Em todas as hepatites, com exceção do tipo delta, a agressão que ocorre ao parênquima
hepático não é viral, mas sim produto da resposta imunológica do hospedeiro contra a
infecção. Os linfócitos TCD8 produzidos fazem a lesão no parênquima hepático.
HEPATITE A
Causada por um vírus RNA +, não envelopado(ou seja, durante o ciclo de replicação ele lisa a
célula hospedeira). Existe apenas um sorotipo para a hepatite A e, por isso, foi possível
produzir uma vacina eficiente contra essa doença. Por ser um vírus não envelopado, ele tem
a capacidade de resistir ao pH gástrico e, assim, a sua transmissão é feita por via fecal-oral.
O período de incubação do vírus varia entre 2 a 6 semanas. A doença pode se manifestar de
5 formas diferentes:
● Assintomática: crianças, devido a imaturidade do sistema imune
● Clássica: síndrome básica (pródromo, icterícia, convalescença)
● Colestática: ocorre o aumento de FA e GGT, lesão do canalículo biliar
(intra-hepático) duração de mais de três meses
● Recidivante: ocorre em 10% dos casos, sendo caracterizado como dois ou mais
ataques em 6 meses
● Fulminante: 0,1 a 0,5% dos casos. Cerca de 50% de mortalidade, principalmente em
idosos. O melhor parâmetro para avaliarmos a função hepática são os fatores de
coagulação. Se a protrombina reduzir muito, há prejuízo no fígado. A albumina tem
um tempo de meia vida mais longo, não sendo o melhor parâmetro.
É importante ressaltar que a Hepatite A não cronifica, ela é uma doença aguda!
Diagnóstico de Hepatite A
Quando o sistema imune monta a resposta imunológica contra o vírus, podemos
diagnosticar a doença por meio de:
● Sintomas
● Sinais (icterícia)
● Sorologia (IgM anti HAV e IgG anti HAV)
Durante a infecção aguda, a sorologia mostra que o IgM anti HAV está presente, podendo o
IgG anti HAV também estar. Entretanto, com o passar do tempo os sintomas vão cedendo e,
também, o IgM cai. Enquanto isso, o IgG anti HAV permanece por toda a vida do paciente,
representando uma cicatriz imunológica.
OBS. indivíduos vacinados irão apresentar a cicatriz imunológica (IgG anti HAV) mesmo
sem terem contraído a doença. Ou seja:
★ IgM - Fase de infecção aguda
★ IgG - cura/vacinação
Tratamento
● Repouso relativo. As hepatites têm uma tendência a causar hipoglicemia discreta,
causando impacto na disposição do paciente
● Sintomáticos, como antitérmicos e antieméticos
● Aporte calórico; devido às chances de hipoglicemia, o paciente deve manter o aporte
calórico, estando liberado para consumir carboidratos
● Evitar hepatotoxinas; O álcool deve ser evitado pelos próximos 6 meses
● Transplante ortotópico (órgão inteiro de um indivíduo falecido recentemente) de
fígado no caso de hepatite fulminante pode ser necessário em alguns casos
Prevenção
● Vacina inativada que deve ser aplicada a partir dos 15 meses de idade
● A " Gamaglobulina Imune Comum" pode ser aplicada em até duas semanas após a
exposição do paciente ao vírus, fazendo a imunização passiva. É indicada em casos
de pacientes que tenham maior risco de desenvolver a hepatite fulminante, como
idosos.
OBS. Não existe indicação para isolamento hospitalar em casos de hepatite A, mesmo sendo
a forma fulminante.
HEPATITE B
Causada por um DNA vírus de fita parcialmente dupla, pertencente à família
Hepadnaviridae. É um vírus envelopado e apresenta a enzima transcriptase reversa,
replicando-se por meio de um intermediário de RNA. Durante o processo de replicação, há
uma grande formação de partículas contendo apenas HbsAg, ou seja, somente o antígeno de
superfície viral, mas sem capacidade infectante.
Transmissão:
➔ Sexual: é a forma mais comum em áreas com baixa prevalência do vírus. Pensando
na hepatite B, a transmissão por via sexual deve ser a primeira a ser considerada caso
o paciente tenha comportamento sexual de risco.
➔ Vertical: é a forma mais comum em áreas com alta prevalência do vírus. Sendo um
vírus de DNA, ele pode acrescentar os seus genes no DNA do hospedeiro, sendo
oncogênico. Quanto mais precocemente há o contato com o vírus, maior a chance de
cronificação da doença e, assim, maior o risco da formação de oncogenes.
➔ Parenteral: por meio do uso de drogas injetáveis, acidentes com profissionais de
saúde, realização de tatuagens, piercing e manicure.
O vírus é encontrado em todas as secreções do indivíduo infectado, com exceção da urina.
(saliva, esperma, bile…)
Formas Clínicas
O período de incubação do vírus da hepatite B varia de 6 semanas à 6 meses.
➔ Anictérica: ocorre principalmente em crianças; Devido à cronificação da doença por
imaturidade do sistema imune que não consegue destruir o vírus.
➔ Clássica: ocorre em sua maioria em adultos, cursando com cura
➔ Colestática: É mais comum na hepatite A
➔ Recidivante: 2 ou mais episódios de agudização durante os primeiros 6 meses da
infecção
➔ Fulminante: ocorre em cerca de 1%, cursa com resposta inflamatória intensa
Diagnóstico Sorológico
HBsAg: se positivo, indica infecção aguda.
Anti-HBc total: se positivo, indica contato com o vírus.
Anti-HBs: se positivo, indica cura ou vacinação.
HBeAg: se positivo, indica replicação viral ativa.
Anti-Hbe: se positivo, indica fase não replicativa, uma vez que ele é capaz de controlar a
replicação do vírus.
Opções terapêuticas
Antivirais inibidores da transcriptase reversa
Entecavir
Tenofovir (causa lesão renal e osteoporose)
HEPATITE B
É um vírus RNA de fita simples causado, no Brasil, principalmente pelo genótipo 1a, 1b, 2,
3 e 4.
Transmissão:
Ocorre por meio de sangue contaminado, como em exposição percutânea/mucosa(drogas
ilícitas), uso de equipamentos compartilhados (tatuagens, piercing e objetos pessoais como
escova de dentes, barbeadores, depiladores e instrumentos para pedicure/manicure),
ocupacional, transfusão, relação sexual e perinatal.
● O período de incubação é de 6 a 10 semanas.
● Raramente causa hepatite fulminante
● A maioria dos casos cronifica, não conseguindo eliminar o vírus do organismo.
● A hepatite C ocasiona muitas manifestações extra-hepáticas
● o hepatocarcinoma nesse caso só aparece quando já há cirrose
Diagnóstico
● na fase aguda - HCV RNA (PCR- marcador molecular)
● na fase crônica - anti-HCV total
Tratamento
A hepatite C é uma doença curável, diferente da hepatite B.

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