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Trabalho de Pesquisa - Prova Documental

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Universidade Católica do Salvador
 
INGRA FARIAS DOMINGUES
	
 
 
 
 
 PROVA DOCUMENTAL
 
 
 
 
SALVADOR
2020
INGRA FARIAS DOMINGUES
PROVA DOCUMENTAL
 
 
 
Este trabalho de pesquisa, apresentado à disciplina de Processo Civil II, do Eixo de Formação Básico da Universidade Católica do Salvador, como requisito parcial de avaliação da disciplina Processo Civil II.
Orientador: Aleksandro Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR
2020
1. INTRODUÇÃO:
O presente trabalho de pesquisa versa sobre prova documental, mais concretamente, uma espécie de prova sendo o termo derivado do latim probatio que significa justamente prova, verificação, inspeção. Deriva ela do verbo em latim probare que significa provar, examinar. Particularmente no campo Processual Civil a palavra prova pode denotar os atos direcionados ao convencimento do juiz (procedimento probatório), significar o próprio meio de prova ou até mesmo a coisa ou pessoa da qual se pode extrair a informação para o processo.
Para alguns doutrinadores, através da prova é possível reconstruir historicamente os fatos que deram origem ao litígio, indicando assim ao juiz um caminho mais justo para o julgamento. Tratar-se-ia da reconstrução da verdade real, de certa forma criticada por parte atual da doutrina, mormente Miguel Reale quando formulou o conceito da quase verdade. Para essa corrente a verdade seria algo meramente utópico, difícil de ser alcançado em razão dos sujeitos que participam do processo, pois o juiz estaria limitado a confiar naquilo que lhe foi levado à sua consideração nos autos. Assim, as provas seriam destinadas apenas ao convencimento do juiz daquele que deve vencer a lide, não havendo o que se falar na verdade real.
O objetivo deste trabalho gira em torno do aprendizado acadêmico, além da complementação parcial da nota da unidade. A metodologia utilizada foram pesquisas bibliográficas.
2. CONCEITO DE DOCUMENTO:
Documento então é qualquer objeto que contenha uma determinada declaração sobre um determinado fato. Para entender essa noção de documento, precisamos preceder-mos de dois conceitos básicos, o de suporte, e o de conteúdo. Suporte, é o material sobre o qual a expressão do fato é manifestada, onde ela estará escrita, como por exemplo, um papel, uma fotografia, um cd… Por sua vez o conteúdo, é a demonstração do fato ou do pensamento humano que o meio leva ao conhecimento do julgador, a declaração, o que se quer expressar.
Nesse ínterim, versamos sobre a autoria do documento, que é classificada por duas formas, a autoria material do documento e a autoria intelectual. O autor material do documento é aquele que o cria/constrói, não precisa ser necessariamente o autor do seu conteúdo. Já o autor intelectual é quem transmite o pensamento, quem declara algo. Estes por sua vez, podem residir na mesma pessoa, como um documento pode ter dois autores diferentes.
Usa-se o conceito dos doutrinadores Wambier e Talamini (2008), que dizem sobre a prova documental: 
“Assim, conceitua-se documento como todo objetivo capaz de ‘cristalizar’ um fato transeunte, tornando-o, sob certo aspecto, permanente. Tanto é documento o papel, escrito como a fotografia, um mapa, ou uma simples pedra com inscrições ou símbolos. Pouco importa o material que é utilizado – para caracterizar documento basta a existência de uma coisa que traga em si caracteres suficientes para atestar que um fato ocorreu.”
Comumente, quando fala-se em documento, leva-se ao pé da letra aquilo que está documentado num papel, que possui determinada formalidade. No entanto, como se viu em Wambier e Talamini, pode ser até mesmo uma pedra.
3. MOMENTO DE APRESENTAÇÃO DAS PROVAS:
 É na fase postulatória, na inicial e na contestação, que as partes produzem prova documental. Fora daí, a rigor só se admite a juntada posterior, quando destinados a provar fato superveniente, como contra-prova e por autorização expressa de regra especial presente nos arts. 326 e 327. Toda vez que alguma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz abrirá vista à parte contrária para se manifestar em 5 dias. Havendo impugnação à juntada, cabe ao juiz decidir, mandando desentranhá-lo, se acolhida.
 	Cabe ao juiz, ex officio ou a requerimento das partes, requisitar de repartições públicas, certidões destinadas a comprovar as alegações das partes, e bem assim os procedimentos administrativos relacionados com as causas em que for interessada a Administração Pública.
4. A PROVA DOCUMENTAL:
A prova documental no CPC atual vem especificada em seus artigos 405 a 441. Inicialmente a doutrina conceitua documento como qualquer coisa que possa demonstrar a existência de um fato, destinado a estabilizá-lo permanentemente e de forma idônea perante o juízo. Vale ressaltar que, em um conceito estrito, documento seria o papel escrito, contudo não é necessário sua materialização apenas em papel, bastando, por exemplo, um escrito em um pedaço de madeira desde que represente a existência de um fato, e isso será considerado documento em razão do conceito mais amplo adotado atualmente. Sobre a prova documental, tem-se o artigo 406 do Novo Código de Processo Civil, que diz: 
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
O código fala, sobre os casos em que, para se provar determinado fato ou ato, a legislação exige um documento público, por exemplo, para se provar a propriedade de um imóvel, faz-se necessário a apresentação da matrícula no registro de imóveis. A partir do artigo 408, tem-se a eficácia probatória dos documentos particulares, veja se: 
Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.
No sentido do artigo 422, tem-se uma inovação na legislação, que tenta assim abranger os novos meios de comunicação bem como da rede mundial de computadores, nos quais podem existir lides, e provas documentais das mesmas; nesse caso, qualquer imagem, foto, ou impressão podem servir de prova, desde que não impugnadas contra quem foi produzida, se esta for impugnada, será necessária a comprovação do seu certificado digital ou então a realização de prova pericial para atestar sua veracidade, sendo possível se extrair o original impresso, esse será exigido para a comprovação da veracidade; e ainda, pode-se relacionar com provas digitais como, por exemplo, conversas de WhatsApp, nessa acepção o autor da prova terá de achar meios de comprovar a sua veracidade caso a sua prova seja impugnada, talvez nesse sentido como é o caso das provas por WhatsApp, o mais certo a fazer seja apresentar ao juiz o aparelho que possui as conversas para que ele possa observar as provas e atestar a veracidade dos documentos. 
Art. 422. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida. § 1º As fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de computadores fazem prova das imagens que reproduzem, devendo, se impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação eletrônica ou, não sendo possível, realizada perícia. § 2º Se se tratar de fotografia publicada em jornal ou revista, será exigido um exemplar original do periódico, caso impugnada a veracidade pela outra parte. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à forma impressa de mensagem eletrônica. (BRASIL, 2015) 
O diploma legal também admite que qualquer reprodução mecânica de cunho fotográfico, cinematográfico, fonográfico entre outros, fazem prova das imagens que produzem se a parte contrária lhe admitir a conformidade. Masse houver impugnação, deverá ser apresentada autenticação eletrônica, sendo impossível será admitida perícia. Nesse sentido as fotografias digitais extraídas da Internet como provas documentais devem ser apresentadas com autenticação eletrônica pela parte, prevendo possível impugnação pela parte contrária. Não sendo possível, será realizada perícia (art. 422, § 1º). Quando a fotografia for de periódico impresso, será exigido um exemplar original deste, se impugnado documento pela parte contrária (art. 422, § 2º). Em relação À cópia do documento particular, o CPC aduz que tem o mesmo valor que o original, em termos probantes, porém se houver impugnação da parte contrária será feita conferência com o original (art. 424). Se houver algum ponto que mereça ressalva no documento, não ocorrendo esta, o juiz apreciará a fé do documento livremente (art. 426). Quando declarada judicialmente a falsidade do documento particular, quando for contestada a assinatura e não comprovada a autenticidade ou quando assinado em branco, for abusivamente preenchido, terá sua fé cessada (art. 427 e 428).
A arguição de falsidade documental é questão avaliada de forma incidente, conforme artigo 430, assim que a parte requere, a não ser que o seu requerimento seja para que seja analisada como questão principal. Não é previsto que a falsidade documental seja reconhecida de ofício, sem a arguição das partes, porém, suspeitando de tal o juiz deve, mesmo diante da omissão das partes, intimá-las para que se manifestem, em obediência ao contraditório real (art. 10). O objeto da ação declaratória incidental de falsidade documental pode ser tanto um documento particular como um público. Segundo o art. 430, a falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 dias contados a partir da intimação da juntada aos autos do documento. 
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado. Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial. Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo. (BRASIL, 2015) 
A alegação de falsidade documental elaborada pela parte por meio da ação declaratória incidental deve estar fundamentada e já devem ser indicadas nesse momento as provas que a parte pretende produzir. O ônus da prova é de quem alega a falsidade (art. 429, I), mesmo em caso de falsidade de assinatura, salvo quando existe presunção de veracidade no caso de assinatura presenciada por tabelião (art. 411, I e 429, II). É possível a redistribuição do ônus da prova, conforme artigo 373.
4.1. PROVA DOCUMENTAL ELETRÔNICA:
O novo CPC dedicou uma seção única para tratar exclusivamente dos documentos eletrônicos, anterior a esta seção se encontra a referida sobre prova documental, deixando tacitamente esclarecido que documentos eletrônicos não são uma espécie de prova documental. 
Uma definição do que seriam tais documentos é a de Donizetti (2016) que diz que são compreendidos por documentos eletrônicos todos os registros de fatos que tem como meio físico um suporte eletrônico ou digital, seja em cds, dvds, entre outros meios de armazenamento digital existentes hoje em dia. 
A partir do que entende Donizetti (2016), depreende-se dois entendimentos, primeiramente do uso de documentos eletrônicos no processo eletrônico, os quais não são objeto desta seção, e o segundo entendimento que tem aporte no art. 439, referente ao uso de documentos eletrônicos no processo convencional, dos quais diz o artigo, dependerão da sua conversão à forma impressa e a verificação de autenticidade. Não sendo possível a conversão do documento, ele não será 24 desperdiçado, no entanto como diz o art. 440, o juiz analisará e fará um juízo de valor sobre a qualidade deste como prova.
5. CONCLUSÃO:
A diferença entre a prova documental física e eletrônica baseia-se no meio no qual elas tramitam e a certificação, sendo na física a assinatura e na eletrônica a certificação digital. Para o processo, ambas possuem carga probatória idêntica, ou seja, a prova documental eletrônica não possui carga probatória inferior à prova documental física, embora por tramitar em meio eletrônico seja mais suscetível de falsificação, extravio e alteração. Porém o Poder Judiciário tem utilizado das técnicas de segurança eletrônica, como por exemplo a criptografia, para proteger estes documentos. A prova documental física pode ser conjugada com outras provas, como por exemplo a testemunhal, mas não tem carga probatória absoluta, passando a ser analisada nos autos pelo juiz. Por fim, quando a lei exigir a prova documental física, o ato não terá validade sem ela, ainda que possa ser provado por outras provas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em: . Acesso em: 2020. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 17. ed. Salvador: JusPodvim, 2015. v. 1. 
WAMBIER, Luiz Rodrigues, Eduardo Talamini, Flavio Renato Correia de Almeida. Curso avançado de processo civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 10. ed. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 20
DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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