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Instrução Técnica para EIA/RIMA do COMPERJ

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Secretaria de Estado do Ambiente 
 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 
 
9/3/2007 1/28 
 
INSTRUÇÃO TÉCNICA DECON Nº 01/2007 
 
INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO 
AMBIENTAL – EIA E SEU RESPECTIVO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
– RIMA PARA O COMPLEXO PETROQUÍMICO DO RIO DE JANEIRO – 
COMPERJ. 
Esta Instrução Técnica atende ao que determina a Resolução CONAMA nº 001/86, a 
Lei Estadual nº 1.356/88 e a Diretriz da FEEMA DZ-041.R-13 – Diretriz para 
Implementação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental – RIMA, aprovada pela Deliberação CECA 3.667/97. 
1. OBJETIVO 
Esta instrução tem como objetivo orientar a elaboração do Estudo de Impacto 
Ambiental – EIA e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, necessário para a 
análise do pedido de licenciamento ambiental, para implantação do COMPLEXO 
PETROQUÍMICO DO RIO DE JANEIRO – COMPERJ, de responsabilidade da 
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A., que originou o processo E-07/204.068/2006. 
2. DISPOSIÇÕES GERAIS 
2.1 A FEEMA e a PETRÓLEO BRASILEIRO SA. informarão aos interessados do 
pedido de licenciamento, das características do empreendimento e suas prováveis 
interferências no meio ambiente, assim como dos prazos concedidos para 
elaboração e apresentação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo 
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, de acordo com a Norma da FEEMA NA-
043.R-4 – Participação e Acompanhamento da Comunidade no Processo de 
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). 
2.2 O EIA/RIMA do COMPERJ deverá se articular com a Avaliação Ambiental 
Estratégica (AAE) dos empreendimentos da Petrobras na região em torno da baía 
de Guanabara, subsidiando sua execução e considerando seus resultados à medida 
que forem sendo disponibilizados. 
2.3 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá ser apresentado à FEEMA em 6 
(seis) vias formato A-4 e em meio magnético, obedecendo às orientações contidas 
nesta Instrução Técnica, firmadas pelo coordenador e pelos profissionais que 
participaram de sua elaboração. 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Secretaria de Estado do Ambiente 
 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 
 
9/3/2007 2/28 
 
2.4 O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA deverá ser apresentado à FEEMA em 
6 (seis) vias formato A-4 e em meio magnético, obedecendo às orientações contidas 
nesta Instrução Técnica. 
2.5 O empreendedor, após o aceite da FEEMA, encaminhará uma cópia do Estudo 
de Impacto Ambiental – EIA e de uma cópia do Relatório de Impacto Ambiental – 
RIMA, em formato A-4, para os seguintes locais: 
ƒ Prefeituras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, Cachoeiras de 
Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva 
Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo; 
ƒ Câmaras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, Cachoeiras de 
Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva 
Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo; 
ƒ Comissão de Controle Ambiental e da Defesa Civil da Assembléia Legislativa 
do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ; 
ƒ Ministério Público Estadual; 
ƒ Ministério Público Federal; 
ƒ Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA; 
ƒ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – 
IBAMA; 
ƒ Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas – SERLA; 
ƒ Fundação Instituto Estadual de Florestas – IEF, e 
ƒ Comitê da Bacia da Baía de Guanabara. 
2.5.1 Deverá ser disponibilizado o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA nas 
homepages da FEEMA e da Petrobras. 
2.6 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto 
Ambiental – RIMA serão acessíveis ao público, permanecendo as cópias à 
disposição dos interessados na Biblioteca da FEEMA, em São Cristóvão, Rio de 
Janeiro, e nas Prefeituras Municipais e Câmaras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, 
Tanguá, Magé, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de 
Janeiro, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo. 
3. CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO 
A definição dos termos técnicos empregados nesta Instrução Técnica está contida 
no item 2 da Diretriz da FEEMA DZ-041.R-13 – Diretriz para a Implantação do 
Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental 
– RIMA. 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Secretaria de Estado do Ambiente 
 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 
 
9/3/2007 3/28 
 
3.1 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá contemplar todas as alternativas 
tecnológicas e de localização do projeto (o Complexo como um todo e cada unidade 
industrial prevista dentro do Complexo), inclusive a opção de sua não realização. 
3.2 Deverão ser identificados e avaliados os impactos ambientais gerados sobre a 
área de influência nas fases de planejamento, de implantação, de operação, de 
manutenção e, quando for o caso, de desativação. 
3.3 Deverão ser analisados a compatibilidade do projeto com políticas setoriais, os 
planos e programas de ação federal, estadual e municipais, propostos ou em 
execução na área de influência, notadamente a consonância com o Plano Diretor e 
com o Zoneamento Municipal de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, São Gonçalo, 
Niterói, Cachoeira de Macacu, Guapimirim, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva 
Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo. Deverá também ser feita menção ao 
desenvolvimento do turismo nos municípios da área de influência (abrangendo a 
Região dos Lagos e a Região Serrana). 
3.4 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá atender aos dispositivos legais em 
vigor referentes ao uso e à proteção dos recursos ambientais. 
3.5 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá ser elaborado tendo como base de 
referência os seguintes tópicos: 
3.5.1 Descrição detalhada do projeto, especificando, para cada alternativa, 
metodologia, tecnologia e equipamentos de cada unidade industrial, enfocando a 
apresentação dos objetivos, das justificativas, dos dados econômicos e financeiros, 
dos cronogramas, das ações a serem executadas e de dados técnicos ilustrados por 
mapas, plantas diagramas e quadros. 
3.5.1.1 A descrição do projeto deverá definir claramente o que se entende por 
COMPERJ e não se limitar unicamente ao projeto “intramuros”, mas considerar 
também os empreendimentos de transformação de resinas termoplásticas 
(petroquímicos de terceira geração) que devem ser atraídos para integrar o 
COMPERJ, conforme expectativa do próprio Governo do Estado do Rio de Janeiro, 
de forma a maximizar seus benefícios econômicos para o Estado. Para isto, deverão 
ser construídos cenários de desenvolvimento do COMPERJ em horizonte de 
planejamento suficiente para visualizar sua configuração completa (mínimo de 10 
anos), como segue: 
Cenário A – Implantação e operação pela Petrobras de uma Unidade de 
Petroquímicos Básicos (UPB) e de Unidades de Petroquímicos Associados (UPAs); 
 
 
 
 
 
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9/3/2007 4/28 
 
Cenário B – Implantação e operação pela Petrobras da UPB e suas UPAs e 
instalação e operação de outrasempresas de transformação de resinas 
termoplásticas (petroquímicos de terceira geração). 
Na ausência de definição precisa dos empreendimentos a serem adicionados no 
cenário B, sua caracterização deverá ser feita com base na experiência verificada 
em pólos petroquímicos similares já implantados no país, caracterizando os 
aspectos ambientais típicos da instalação e operação dessas indústrias. Deverão 
também ser quantificadas estimativas dos efeitos socioeconômicos de ambos os 
cenários, de forma a possibilitar a análise de seus benefícios econômicos e de seus 
impactos socioambientais, incluindo, em particular: 
ƒ número de empregos diretos e indiretos gerados e a massa salarial 
correspondente; 
ƒ contingente populacional atraído por essa criação de empregos e seu impacto 
na demografia da região de estudo; 
ƒ volume de tráfego adicional de pessoas e mercadorias gerado; 
ƒ necessidades de infra-estrutura criadas nos município da região de estudo 
por esta pressão demográfica (habitação, água, esgoto, lixo, educação, 
saúde, energia, transporte), e 
ƒ arrecadação fiscal proporcionada às diversas esferas governamentais. 
3.5.1.2 - Localização do projeto, situação do terreno e destinação das diversas áreas 
e construções, vias de acesso existentes e projetadas, inclusive pátios de obras e 
vias internas de serviço. 
3.5.1.3 – Quanto à construção: 
ƒ Remoção da vegetação, movimentação de terra, terraplenagem, preparação 
do terreno e limpeza; 
ƒ Sistema de monitoramento e controle de emissões de material particulado 
proveniente de terraplenagem e de circulação de veículos em vias 
pavimentadas ou não; 
ƒ Controle de emissões veiculares e de equipamentos diversos; 
ƒ Canteiros de obras (descrição, layout, localização, infra-estrutura, pré-
dimensionamento, cronograma de desativação); 
ƒ Quantitativo de mão de obra utilizada na fase de instalação (origem e 
reaproveitamento); 
ƒ Origem do material a ser utilizado na de terraplenagem; 
ƒ Plano de sinalização para o tráfego nos acessos principais; 
ƒ Estudo de Tráfego contendo: capacidade das vias em absorver o incremento 
da frota pela implantação do empreendimento, viabilidade de trafegabilidade 
das viaturas pelas vias existentes, pontos críticos, propostas de melhoria das 
 
 
 
 
 
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vias de acesso, analisando as oportunidades de acessibilidade à macro 
região, incluindo as regiões do entorno principalmente nas conexões com as 
regiões litorânea (Maricá) e Serrana, e impactos gerados sobre o trânsito, 
qualidade do ar e incômodos à comunidade local; 
ƒ Fonte de energia e mananciais abastecedores de água, considerando o 
sinergismo entre o atendimento da população do entorno e as necessidades 
da população interna do projeto; 
ƒ Armazenamento de óleo e combustível (quantidade e local de estocagem); 
ƒ Plano de monitoramento de ruídos durante a execução das obras; 
ƒ Origem, tipos e estocagem dos materiais de construção, incluindo jazidas, se 
necessárias; 
ƒ Equipamentos e técnicas construtivas; 
ƒ Projeto paisagístico, incluindo recuperação de áreas degradadas; 
ƒ Destinação de sítios arqueológicos ou paleontológicos na área do empreendimento; 
ƒ Memorial descritivo, justificativas e critérios de dimensionamento das 
construções e dos sistemas de infra-estrutura de saneamento; 
ƒ Plano de monitoramento das águas subterrâneas e superficiais, com 
avaliação periódica da vazão dos corpos de águas superficiais e do nível das 
águas subterrâneas; 
ƒ Alternativas disponíveis de abastecimento de água, com respectivos estudos 
(localização, informações sobre captação, estimativa e vazão, pontos de 
reserva e distribuição), priorizando as alternativas que impliquem o 
reaproveitamento de efluentes líquidos e águas pluviais; 
ƒ Sistema de esgotamento sanitário (tipos e unidades de tratamento, 
localização, pontos de lançamento); 
ƒ Sistema de drenagem pluvial: traçado da rede de drenagem e pontos de 
lançamento; 
ƒ Sistema de drenagem de efluentes líquidos (unidades de tratamento, 
localização, traçado da rede de drenagem e pontos de lançamento); 
ƒ Sistema de controle de efluentes oleosos; 
ƒ Sistema de gerenciamento de resíduos de acordo com a Resolução CONAMA 
nº 307, de 05/07/02, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para 
a gestão dos resíduos da construção civil; 
ƒ Cronograma de obras e de investimentos, e 
ƒ Elaboração de uma proposta de PAC (Plano Ambiental da Construção), onde todas 
as variáveis ambientais que precisam ser controladas e monitoradas estejam 
inseridas. 
3.5.1.4 Quanto ao projeto e à operação: 
a) Descrição das etapas de cada processo industrial, desde o recebimento e 
armazenamento da matéria prima até a expedição do produto final, definindo os 
mecanismos e/ou equipamentos utilizados em cada etapa, além de apresentação do 
 
 
 
 
 
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dimensionamento de cada unidade, contemplando as rotas alternativas para 
recebimento de matérias-prima e escoamento da produção. 
b) Descrição das tecnologias a serem adotadas em cada unidade industrial 
contendo: 
ƒ Histórico da implantação em outros locais; 
ƒ Performance operacional, e 
ƒ Eficiência dos sistemas de controle e de monitoramento. 
c) Estudo de Tráfego contendo: capacidade das vias em absorver o incremento da 
frota pela operação do empreendimento, viabilidade de trafegabilidade das viaturas 
pelas vias existentes, pontos críticos, propostas de melhoria das vias de acesso, 
analisando as oportunidades de acessibilidade à macro região, incluindo as regiões 
do entorno principalmente nas conexões com as regiões litorânea (Maricá) e 
Serrana, e impactos gerados sobre o trânsito, qualidade do ar e incômodos à 
comunidade local. 
d) Caracterização das emissões atmosféricas e sistemas de controle de cada 
unidade industrial, contendo: 
ƒ Descrição das tecnologias de processo e de controle ambiental disponíveis no 
mercado nacional e internacional, para os parques de refino e petroquímico, 
indicando os níveis de emissão esperados para os poluentes atmosféricos a 
serem estudados, relacionando-os com os limites de emissão preconizados 
pela Resolução CONAMA nº 382 e com limites internacionais; 
ƒ Descrição dos equipamentos das unidades do parque de refino e 
petroquímico, indicando cada fonte geradora de poluentes atmosféricos e as 
respectivas cargas poluidoras, estimadas em kg/h e composição centesimal; 
ƒ Descrição dos sistemas de controle de poluição do ar que serão implantados, 
respectivos valores esperados de concentração e taxa de emissão para a 
atmosfera e suas respectivas eficiências de abatimento de emissões 
atmosféricas, comprovando serem estas as de melhores tecnologias de 
controle; 
ƒ Descrição do sistema de controle de emissão atmosférica de compostos 
orgânicos voláteis, considerando a utilização das melhores tecnologias de 
controle de emissões difusas; 
ƒ Descrição de todas as unidades de tratamento de combustíveis e águas 
ácidas que gerarão correntes de gases ácidos, indicando: carga, 
caracterização, percentual de H2S, dutos de interligação, unidades de 
recuperação de enxofre e respectivos sistemas de monitoramento de SO2 e 
H2S; 
 
 
 
 
 
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 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 
 
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ƒ Descrição dos diversos tipos de petróleo previstos para o processamento, 
caracterizando-os qualitativa e quantitativamente, quanto à geração de 
poluentes atmosféricos, de efluentes líquidos, de resíduos e dos produtos; 
ƒ Descrição dos combustíveis a serem utilizados nos fornos e caldeiras, suas 
características físicas e químicas; 
ƒ Estimativa das emissões totais (kg/h) dos poluentes; SOx, H2S, NOx, CO, NH3, 
material particulado, benzeno, tolueno, xileno, fenóis, hidrocarbonetos 
poliaromáticos, hidrocarbonetos totais, hidrocarbonetos não metanos, com os 
respectivos memoriais de cálculo, e 
ƒ Caracterização de todas as tochas previstas para os setores de refino e 
petroquímico com os respectivos sistemas de medição de vazão, de 
segurança, selagem e reaproveitamento de gás de flare. 
e) Abastecimento de água 
ƒ Alternativas disponíveis de abastecimento de água para a fase de 
operação, com respectivos estudos (localização, informações sobre 
captação, estimativa e vazão, pontos de reserva e distribuição), 
priorizando aquelas que impliquem o reaproveitamento de efluentes 
líquidos e águas pluviais e incluindo a alternativa de adoção do 
aproveitamento de água do mar após dessalinização, considerando o 
sinergismo entre o atendimento da população do entorno e as 
necessidades da população interna do projeto. 
f) Efluentes líquidos industriais 
ƒ Levantamento das fontes de efluentes líquidos, com prováveis composições 
em concentração e cargas, vazões horárias e diárias; 
ƒ Balanço hídrico dos efluentes líquidos gerados em todas as unidades do 
complexo, descritivo e em fluxograma, com águas utilizadas, águas 
recirculadas e águas descartadas; 
ƒ Descrição e fluxograma dos sistemas de controle, com respectivas eficiências 
para os principais parâmetros de interesse (considerar, no mínimo, vazão, pH, 
temperatura, óleos e graxas, material sedimentável, DQO, DBO, RNFT, 
sulfeto, amônia, benzeno, fenóis e toxicidade aguda e crônica, utilizando 
métodos aprovados e espécies locais) e comparação com padrões em 
vigência. Incluir pré-tratamentos aplicados nas unidades; 
ƒ Em caso de ausência de padrão no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil, citar 
referências internacionais para o parâmetro, em unidade similar; 
ƒ Descrever as alternativas de redução de cargas poluidoras considerando a 
possibilidade de reuso de água, além do atendimento aos padrões vigentes 
na NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes 
Líquidos, na DZ-205.R-5 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica 
 
 
 
 
 
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em Efluentes Líquidos de Origem Industrial e na NT-213.R-4 – Critérios 
e Padrões para Controle da Toxicidade em Efluentes Líquidos Industriais; 
ƒ Priorizar a alternativa de lançamento ZERO de despejo; 
ƒ Comparar as tecnologias de controle adotadas no Brasil com as tecnologias 
avançadas do exterior, considerando as indústrias de mesma tipologia. 
g) Esgoto Sanitário 
ƒ Descrição das vazões, composições e cargas; 
ƒ Descrição do sistema de tratamento de esgotos sanitários e águas residuais 
de refeitório e de cozinha, de forma a atender a DZ-215.R-3 – Diretriz de 
Controle de Carga Orgânica Biodegradável em Efluentes Líquidos de Origem 
não Industrial e a NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento 
de Efluentes Líquidos, apresentando as respectivas eficiências e 
concentrações finais em termos de DBO, pH, RNFT, óleos e gorduras, MBAS 
(surfactantes aniônicos) e material sedimentável, considerando a 
possibilidade de reuso dos efluentes tratados e sinergismo entre o 
atendimento da população do entorno e as necessidades da população 
interna do projeto. 
h) Águas pluviais contaminadas 
ƒ Apresentar as fontes de águas pluviais contaminadas, com respectivas 
vazões e possíveis contaminantes; 
ƒ Prever na proposta de controle bacias de acumulação das águas pluviais 
contaminadas, de forma a serem direcionadas para sistemas de tratamento 
de efluentes líquidos industriais, considerando a possibilidade de reuso. 
i) Resíduos sólidos 
ƒ Levantamento dos possíveis resíduos a serem gerados, com as quantidades 
previstas e alternativas de destinação de acordo com a legislação vigente; 
ƒ Definição dos sistemas de manuseio, acondicionamento, armazenamento 
transitório, coleta, transporte e destinação final dos resíduos a serem gerados; 
ƒ Proposta de Gestão de Resíduos, priorizando a não geração e, 
secundariamente, as alternativas de redução, reutilização, reciclagem, 
tratamento e, em último caso, a destinação final. 
j) Emissões sonoras 
ƒ Descrição dos equipamentos/sistemas de controle de poluição sonora e suas 
respectivas eficiências esperadas de abatimento de emissões sonoras. 
 
 
 
 
 
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3.5.1.5 Espacialização da análise e da apresentação dos resultados 
a) localização e situação do projeto (planta planialtimétrica em escala 1:5.000 ou 
aquela que melhor se adequar para caracterizar cartograficamente o 
empreendimento). 
As coordenadas geográficas, para fins de georreferenciamento, devem ser 
obrigatoriamente informadas no Sistema de Projeção UTM – Fuso 23 com elipsóide 
de referência SAD-69. Esta elipsóide define os referenciais altimétricos e 
planimétricos, segundo o Sistema Geodésico Brasileiro, conforme estabelecido nas 
“Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos – IBGE – 1983”. 
Os formatos suportados pelo Sistema de Informações Geográficas da FEEMA, na 
incorporação de dados geográficos são os seguintes: 
Autocad – DXF 
Microstation - DGN 
Arcview – SHP 
Mapinfo – MIF e TAB 
Imagem – BMP, JPG e TIFF. 
ƒ Equipamentos de infra-estrutura do canteiro de obras e do projeto; 
ƒ Infra-estrutura de abastecimento (ramais de distribuição); 
ƒ Áreas de domínio público e Áreas de Preservação Permanente, Unidades de 
Conservação da Natureza e áreas protegidas por legislação especial; 
ƒ Localização dos corpos d’água, delimitação de suas bacias de drenagem e 
respectivas faixas marginais de proteção e áreas de inundação e das 
nascentes e olhos d’água; 
ƒ Cobertura vegetal, incluindo as formações florestais em seus diferentes 
estágios de regeneração; 
ƒ Possíveis áreas com presença de sítios arqueológicos; 
ƒ Tratamento paisagístico; 
ƒ Vias de circulação; 
ƒ Vias de acesso (principal e alternativa) a partir das principais rodovias, 
ferrovias; e 
ƒ Fontes de emissão de poluentes atmosféricos. 
Todas as análises deverão ser apresentadas em mapas temáticos em escalas de: 
ƒ 1:25.000 para a análise da área de influência direta dos empreendimentos; 
ƒ 1:10.000 para a análise em áreas de fragilidade, vulnerabilidade e de especial 
interesse ambiental. 
3.5.2 Definição e justificativa dos limites geográficos da área de influência do projeto 
a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos socioambientais e econômicos, 
 
 
 
 
 
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com mapeamento em escala de 1:50.000. Deverá abranger, necessariamente, as 
áreas de interesse de proteção da biodiversidade e de fragilidade e vulnerabilidade, 
de Unidades de Conservação,de influência de potenciais fontes de captação de 
água que estejam próximas a este limite, em escala de 1:10.000. Deverá também 
ser mencionada a possível influência dos empreendimentos na dinâmica do 
desenvolvimento regional (particularmente sobre o tráfego de veículos, pessoas e 
mercadorias, e sua interferência com os fluxos turísticos), levando em consideração 
os cenários A e B. 
3.6 Diagnóstico Ambiental da Área 
Completa descrição e análise dos fatores ambientais e suas interações, de modo a 
caracterizar a situação ambiental antes da execução do projeto, considerando: 
3.6.1 Meio Físico 
3.6.1.1 Solo e água subterrânea 
Estabelecer a vulnerabilidade do solo e das águas subterrâneas à instalação do 
empreendimento quanto ao risco de contaminação e da alteração do meio físico, 
discriminando a metodologia utilizada, com base nas seguintes informações: 
ƒ Caracterização geológica local e regional, com realização de sondagens para 
descrição do solo da área de enfoque, em malha regular ao longo de toda a área. 
Descrição de maciços rochosos e estruturas geológicas presentes; 
ƒ Caracterização geotécnica da área do empreendimento, através de mapa 
geológico-geotécnico, caracterização física do solo com cálculos de recalque e 
adensamento, instalação de sistemas de drenagem para estabilização do solo e 
de maciços e indicação de áreas com risco geotécnico. Identificação dos 
processos erosivos e da estabilidade dos solos; 
ƒ Caracterização geomorfológica e pedológica, com destaque para as unidades de 
conservação, rios, drenagens e tipos de solo; 
ƒ Identificação do relevo, declividade e levantamento topográfico, com 
interpretação de todas as zonas de interflúvio relacionadas ao comportamento 
hidrodinâmico regional; 
ƒ Estimativa da capacidade de infiltração de águas pluviais na área do 
empreendimento, utilizando modelamento hidrodinâmico do aqüífero local, 
considerando as áreas de recarga e descarga; 
ƒ Caracterização do solo e das águas subterrâneas, incluindo o nível do lençol 
freático nas épocas de estiagem e maior incidência de chuvas e o potencial de 
captação, sem comprometer a disponibilidade dos mananciais de superfície; 
ƒ Deverá ser realizada uma campanha representativa de amostragem de solo e de 
águas subterrâneas, de forma a estabelecer as condições do terreno antes da 
 
 
 
 
 
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instalação do empreendimento, considerando, inclusive, as atividades que 
operam na circunvizinhança para a escolha dos parâmetros. Estabelecer a 
direção do fluxo das águas subterrâneas na área do empreendimento com base 
em mapa potenciométrico detalhado, bem como velocidade das águas 
subterrâneas e ensaio de permeabilidade (condutividade hidráulica) de acordo 
com cada perfil de solo; 
ƒ Estabelecimento do background da região quanto às concentrações dos 
parâmetros: alumínio, antimônio, arsênio, bário, cádmio, cálcio, chumbo, cianeto, 
cloreto, cobalto, cobre, cromo, ferro, manganês, manganês, magnésio, mercúrio, 
molibdênio, níquel, prata, potássio, selênio, sódio, vanádio e zinco, matéria 
orgânica, pH, potencial redox, resíduo volátil, capacidade de troca catiônica, óxidos 
de ferro, manganês e alumínio, com base em coleta de amostras do solo, e 
ƒ Apresentação dos dados em mapas e plantas com escala de 1:5.000, indicação 
de norte magnético e verdadeiro, indicação das fontes dos dados e apresentação 
das técnicas utilizadas nos processos de geoprocessamento e reconstituição de 
imagens de satélite. Todos os dados digitais devem estar georreferenciados e 
com erros de processo adequados a escala de estudo. 
3.6.1.2 Corpos hídricos 
Definir a qualidade, a quantidade e o regime das águas dos corpos hídricos na área 
de influência direta do empreendimento considerando: 
ƒ Caracterização hidrológica dos corpos hídricos, incluindo cálculo das vazões 
ecológicas nos corpos superficiais ao longo dos períodos de seca e de chuvas, 
bem como modelagem matemática e gráfica dos efeitos da captação as águas 
nos mesmos e dos picos de cheia na área do empreendimento, sendo estes 
necessários para a plena manutenção estrutural e funcional dos ecossistemas à 
jusante do empreendimento, notadamente manguezais; 
ƒ Caracterização da qualidade dos corpos hídricos, considerando os diferentes 
compartimentos (água e sedimento), buscando identificar as diferenças, os 
períodos de estiagem e de chuva mais intensa. Devem ser utilizados parâmetros 
bacteriológicos, físico-químicos e biológicos, de fontes secundárias e dados 
primários, quando necessário; 
ƒ Avaliação da capacidade de suporte do corpo hídrico para os diversos poluentes 
a serem lançados pelo empreendimento; 
ƒ Caracterização do atual sistema de drenagem pluvial, inclusive verificando a 
existência de marcas de inundação e indicação de população afetada, e 
ƒ Proposta para caracterização da FMP dos corpos hídricos da região de estudo. 
3.6.1.3 Clima 
Definir as condições climatológicas e meteorológicas da região, considerando: 
 
 
 
 
 
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ƒ Caracterização climatológica contendo a análise dos seguintes parâmetros: 
pressão atmosférica, precipitação pluviométrica, temperatura do ar, evaporação, 
umidade relativa do ar, insolação, nebulosidade e vento (direção e velocidade), 
incluindo comentários, gráficos, resultados, etc., de cada parâmetro considerado, e 
ƒ Caracterização meteorológica da região, destacando os fenômenos e processos 
atmosféricos locais, com ênfase nos aspectos relacionados à circulação e 
condições de dispersão atmosférica na área de influência do empreendimento 
(inversões térmicas, altura da camada de mistura, classe de estabilidade etc.). 
3.6.1.4 Qualidade do ar 
Definir a qualidade do ar da região do COMPERJ, por meio da utilização de dados 
primários referentes ao monitoramento mínimo de 150 dias dos seguintes poluentes: 
ƒ material particulado (PTS e PI), incluindo as concentrações de sulfatos, 
nitratos e cloretos no material particulado total e inalável, e 
ƒ gases: SO2, NOx (NO e NO2), CO, HC (HCT, Metano e HCnM), O3 e BTX. 
3.6.1.5 Ruídos 
Estabelecer o background dos níveis de ruído na região de influência do 
empreendimento, considerando: 
ƒ Análise do uso e da ocupação do solo na área de influência acústica do 
empreendimento para a fase de operação; 
ƒ Identificação das principais fontes sonoras pré-existentes na área de 
influência direta do empreendimento; 
ƒ Caracterização do ruído de fundo; 
ƒ Identificação das regiões sensíveis ao ruído dentro da área de influência 
acústica do empreendimento a partir dos dados fornecidos pela contratante; 
ƒ Interpretação da legislação ambiental sonora e normas aplicáveis à área de 
influência; 
ƒ Realização de medições sonoras no local, e 
ƒ Levantamento fotográfico. 
3.6.2 Meio Biótico 
Analisar os ecossistemas terrestres e aquáticos na área de influência direta dos 
empreendimentos, considerando: 
ƒ Realização do mapeamento georeferenciado dos biótopos e ecótonos da área 
do empreendimento e de influência, indicando as unidades paisagísticas, 
fitofisionomias e a florística; 
 
 
 
 
 
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ƒ Realização do mapeamento georeferenciado das áreas de preservação 
permanentes (APPs); 
ƒ Informação sobre possíveis alterações das APPs em função da implantação 
do empreendimento; 
ƒ Classificação das áreas de sensibilidade ambiental localizadas nas bacias, 
relacionadas às unidades de conservação e áreas protegidas por legislação 
específica no âmbito federal, estadual, municipal e privado (RPPNs), 
ressaltando os ecossistemas existentes e os locais de ocorrência de espécies 
protegidas, além da distância ao empreendimento proposto. Estas 
informações deverão ser georreferenciadas e apresentadas em escala de 
1:10.000, em mapa temático específico; 
ƒ Avaliação da interferência do empreendimento nas espécies da fauna e flora, 
a partir de dados qualitativos, caracterizando as inter-relações com o meio, e 
ƒ Avaliação da interferência do empreendimento na ictiofauna da região, 
considerando a distribuição e diversidade das espécies de interesse 
comercial, das espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, abordando, a 
perda de fontes de alimentação, locais de desova, de reprodução e 
criadouros existentes. Destacar as espécies reofílicas, identificando as rotas 
migratórias das espécies de maior relevância e definindo o prognóstico 
quanto a potenciais perdas. 
3.6.2.1 Fauna 
Realizar o levantamento da fauna silvestre na área de influência direta do 
empreendimento, em nichos de vegetação e corredores, em unidades de 
conservação ou em áreas especialmente protegidas por lei, que funcionem como 
possível rota migratória ou berçário para espécies existentes. O levantamento 
deverá conter: 
ƒ Lista de espécies da fauna descritas para a localidade ou região, baseada em 
dados secundários, inclusive com indicação de espécies constantes em listas 
oficiais de fauna ameaçada e migratória, com distribuição potencial na área 
do empreendimento, independentemente do grupo animal a que pertencem. 
Na ausência desses dados para a região, deverão ser consideradas as 
espécies descritas para o ecossistema ou macro região; 
ƒ Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados 
primários, que deverá contemplar os grupos de importância para a saúde 
pública regional, cada uma das Classes de vertebrados e Classes de 
invertebrados pertinentes. A metodologia deverá incluir o esforço amostral 
para cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a sazonalidade para 
cada área amostrada e informação referente ao destino pretendido para o 
material biológico a ser coletado, com anuência da instituição onde o material 
será depositado; 
 
 
 
 
 
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ƒ Mapas, imagens de satélite ou foto aérea, inclusive com avaliação batimétrica 
e altimétrica, contemplando a área afetada pelo empreendimento com 
indicação das fitofisionomias, localização e tamanho das áreas a serem 
amostradas; 
ƒ Mapas com a localização do empreendimento e vias de acesso pré-
existentes, incluindo informações relacionadas a atropelamentos e acidentes 
com transposição de animais silvestres; 
ƒ Identificação das áreas a serem utilizadas para o suporte primário da fauna; 
ƒ Identificação de áreas para possíveis reintroduções de animais resgatados 
durante a implantação do empreendimento, descrevendo capacidade de 
suporte específica para cada espécie; 
ƒ Levantamento da ictiofauna e invertebrados nos ecossistemas aquáticos, nas 
áreas de influência direta e indireta, contendo a lista de espécies da ictiofauna 
e invertebrados, baseada em dados secundários, indicando as espécies 
nativas, exóticas, reofílicas, de importância comercial, ameaçadas de 
extinção, sobreexplotadas, ameaçadas de sobreexplotação, endêmicas e 
raras. Na ausência de bibliografia específica, deverão ser consideradas as 
espécies descritas para a região hidrográfica, e 
ƒ Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada para inventário da 
ictiofauna, ictioplâncton e invertebrados aquáticos (zooplâncton e grandes 
grupos de zoobentos), além dos bioindicadores de saúde pública e qualidade 
ambiental. 
3.6.2.2 Flora 
Realizar o levantamento da flora na área de influência direta do empreendimento, 
contendo: 
ƒ Descrição dos ecossistemas identificando os diversos tipos de comunidades 
existentes e as condições em que se encontram; 
ƒ Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada para inventário da 
microflora aquática (fitoplâncton); 
ƒ Mapeamento da cobertura vegetal; 
ƒ Caracterização da vegetação existente incluindo, se for o caso, as formações 
florestais em seus diferentes estágios de regeneração; 
ƒ Caracterização fitossociológica dos remanescentes de Mata Atlântica; 
ƒ Destaque das espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor 
econômico e científico, endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção; 
ƒ Enquadramento legal das comunidades vegetais presentes na área, de 
acordo com a legislação específica, em especial a Lei Federal nº 11.428/06, 
em consonância com as Resoluções CONAMA nos 10/93, 06/94 e 303/02; 
ƒ Quantificação, por tipologia encontrada, da vegetação a ser removida; 
ƒ Identificação, descrição e localização dos corredores ecológicos existentes, e 
 
 
 
 
 
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ƒ Identificação das áreas de preservação permanente, unidades de 
conservação e áreas protegidas por legislação especial. 
3.6.3 Meio Antrópico 
Realizar o levantamento dos principais aspectos do meio antrópico na área de 
influência direta do empreendimento, considerando: 
ƒ Ocupação e uso do solo – processo de ocupação, distribuição das atividades, 
densidade, sistema viário, valor da terra, estrutura fundiária, evolução do uso 
(áreas de conflito e grandes áreas institucionais), etc.; 
ƒ População - Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - Densidade 
Demográfica e Dinâmica Populacional (aspectos demográficos: escolaridade, 
saúde e segurança, inserção produtiva, evolução da população, população 
segundo sexo, idade e residência urbana/rural e fluxos migratórios, 
estatísticas vitais, rendimento da população, miséria e indigência), distribuição 
espacial, mobilidade, perfil cultural; 
ƒ Equipamentos urbanos e comunitários – logradouros, abastecimento de água 
para suprimento local e regional, coleta e disposição de esgotos, coleta e 
disposição de lixo, equipamentos e indicadores de saúde, educação, 
comércio, segurança, lazer e religião, cemitérios, sítios e monumentos 
arqueológicos, culturais, cênicos e históricos, estrutura e meios de transporte, 
sistema de telecomunicações e de energia elétrica; 
ƒ Organização social – forças e tensões sociais, grupos e movimentos 
comunitários, lideranças, forças políticas e sindicais, associações civis, 
organizações não governamentais; 
ƒ Atividades tradicionais – pesca, navegação, agricultura, extrativismo, 
catadores de caranguejo; 
ƒ Projetos co-localizados – projetos existentes ou em andamento de ação 
federal, estadual e municipais, ou da iniciativa privada na área de influência 
do empreendimento; 
ƒ Estrutura produtiva – análise dos fatores de produção, modificação da 
composição da produção local, contribuição de cada setor, geração de 
emprego e nível tecnológico por setor; relações de troca entre a economia 
local e micro-regional, regional e nacional, incluindo destinação da produção 
local e importância relativa; 
ƒ Atividades industriais e não industriais – tipologia e principais fontes de 
poluiçãoe de degradação ambiental, dependência local dos recursos 
naturais, e 
ƒ Cenário sócio econômico – análise dos cenários sócio econômico para 
horizontes de 5 anos (curto prazo), 10 anos (médio prazo) e 20 anos (longo 
prazo), englobando análise de alternativas do crescimento demográfico, de 
evolução das atividades produtivas e de modificações dos padrões de 
 
 
 
 
 
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ocupação do solo, assim como tendências futuras das atividades econômicas, 
em especial daquelas que demandam água, com base nos planos, programas 
e projetos em curso. 
4. Análise de Risco e Análise dos Impactos Ambientais 
Os itens do EIA/RIMA referentes à Análise de Riscos e à Análise de Impactos 
Ambientais deverão mencionar explicitamente a necessidade de serem 
desenvolvidos para os cenários A e B, considerando os planos e programas 
governamentais para a área de influência regional. 
4.1 Análise de Risco 
 
O relatório deverá ser apresentado de acordo com a itemização básica e respectivos 
detalhes especificados no Anexo 1. 
4.2 Análise de Impactos Ambientais 
4.2.1 Identificação, medição e valoração dos impactos ambientais positivos e 
negativos; diretos e indiretos; locais, regionais, e estratégicos; imediatos, a médio e 
a longo prazos; temporários, permanentes e cíclicos; reversíveis e irreversíveis; das 
ações do projeto e suas alternativas nas fases de implantação, operação, 
manutenção e desativação, com a descrição da metodologia empregada. Na 
avaliação de impactos ambientais deverão, necessariamente, ser considerados os 
impactos cumulativos e sinérgicos. 
4.2.2 Previsão da magnitude dos impactos identificados, considerando os graus de 
intensidade e duração e especificando os indicadores de impacto, critérios de 
qualidade ambiental, métodos de avaliação e técnicas de previsão adotados. 
4.2.3 Atribuição do grau de importância dos impactos em relação ao fator ambiental 
afetado e aos demais, bem como a relação à relevância conferida a cada um deles 
pelos grupos sociais afetados. 
Considerar: 
ƒ Alterações na qualidade, quantidade e na biota dos ecossistemas aquáticos e 
nas águas subterrâneas que drenam para a bacia hidrográfica da área onde 
se localizará o empreendimento. Identificar os possíveis impactos nos 
manguezais em decorrência de alterações na cunha salina. Identificar as 
alterações na recarga e no transporte das águas superficiais, bem como na 
penetração da cunha salina e sua relação com os potenciais usos de água 
subterrânea; 
 
 
 
 
 
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ƒ Alterações na qualidade do ar na região; 
ƒ Alterações sobre o meio biótico, e 
ƒ Alterações no meio antrópico, considerando ainda: 
9 Adensamento da população nas fases de obra e de operação, da 
instalação de indústrias periféricas e de empreendimentos em geral 
atraídos para a área de entorno do COMPERJ, considerando a infra-
estrutura atual, com particular atenção aos municípios de Itaboraí, São 
Gonçalo, Tanguá, Maricá e Cachoeiras de Macacu, com ênfase nas 
alternativas para o abastecimento de água e esgotamento sanitário da 
área do entorno, tendo em vista a disponibilidade hídrica e a 
capacidade de autodepuração dos corpos hídricos da região; 
9 Pressões urbanas sobre áreas de preservação permanente, Unidades 
de Conservação e Corredores Ecológicos, monumentos históricos, 
áreas de interesse cultural e religioso; 
9 Pressões sobre os planos diretores e de desenvolvimento existentes, e 
9 As políticas públicas existentes relacionadas ao setor de saneamento, 
de forma a permitir tomada de decisão para solução dos problemas 
identificados indicando, em conjunto com a Concessionária dos 
Serviços Públicos de Saneamento da região, os investimentos 
necessários, e 
9 Circulação viária no Município, incluindo-se o tráfego por sentido, 
volume e qualidade, bem como nos municípios do entorno, nas 
principais rodovias estaduais da região, considerando a exigüidade da 
faixa de domínio da rodovia BR 493, bem como a área do Viaduto de 
Manilha, com os impactos decorrentes das fases de obras e operação 
do empreendimento. 
4.2.4 Prognóstico da qualidade ambiental da área de influência, nos casos de 
adoção do projeto e suas alternativas, para o Cenário B e para a hipótese de não 
implantação, utilizando as modelagens específicas anteriormente indicadas. 
Especificamente, com relação à qualidade do ar: 
ƒ Utilizar modelo de simulação, sendo recomendado o modelo regulatório do 
US-EPA, em sua última versão; para a modelagem, deverão ser 
considerados: 
9 série mínima de três anos consecutivos de dados meteorológicos, 
representativos da região do empreendimento; 
9 características topográficas da região; 
9 grade cartesiana com resolução de 500 x 500 metros em coordenadas 
UTM; 
 
 
 
 
 
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9 base cartográfica em escala adequada, em coordenadas UTM, que 
permita a sobreposição das saídas gráficas do modelo; 
9 raio mínimo de 20.000 metros ao redor da fonte, e 
9 a realização de análise crítica sobre os resultados obtidos na 
modelagem em relação à qualidade do ar, apresentando, para cada 
poluente, tabelas contendo os valores das 30 maiores concentrações 
máximas de curto período e das 10 maiores concentrações médias de 
longo período, com as respectivas localizações; 
ƒ Utilizar os dados de projeto fornecidos pelo fabricante do equipamento e, na 
sua ausência, deverão ser estimados por fatores de emissão com base na 
última versão do US-EPA AP 42, para o cálculo das emissões; 
ƒ Fornecer em meio digital: memorial de cálculo contendo os dados de entrada 
e saída do modelo, fatores de emissão utilizados, comprovados por 
documentação pertinente, cálculos de emissão e respectivas transformações 
de unidades, informações sobre a topografia considerada e arquivo 
meteorológico utilizado para modelagem; 
ƒ Caracterizar os poluentes tradicionais previstos na Resolução CONAMA nº 
03/90, além de HC total, COV e BTX, e 
ƒ Considerar os seguintes cenários: 
9 Cenário 1 – Unidade industrial 1; 
9 Cenário 2 – Unidade industrial 2; 
9 Cenário n – Unidade industrial n; 
9 Cenário A – Somatório das n unidades industriais; 
9 Cenário B – Somatório das n unidades industriais + outras empresas 
petroquímicas de transformação a serem atraídas pelo Complexo; 
9 Cenário C – Cenário B + projeções das alterações do sistema viário 
previsto, e 
9 Cenário D – Projeção do Cenário C em dez anos. 
4.2.4 Estudo e definição das medidas mitigadoras e compensatórias, inclusive dos 
equipamentos de controle da poluição, avaliando sua eficiência em relação aos 
critérios e padrões de qualidade ambiental e de disposição de efluentes, emissões e 
resíduos; justificativa dos impactos que não podem ser evitados e mitigados. Devem 
ser incluídas, entre as medidas mitigadoras e compensatórias a serem propostas 
pelo EIA/RIMA, aquelas relativas aos impactos no abastecimento de água domiciliar, 
comercial, industrial e demais usos, atuais e futuros, bem como para o saneamento, 
indicando os atores envolvidos e os recursos financeiros necessários; aos impactosna circulação viária, em articulação com as áreas de transporte e urbanismo dos 
governos municipais envolvidos, estadual e federal, e ainda, as ações de atribuição 
dos diversos órgãos governamentais envolvidos, nas esferas municipal, estadual e 
 
 
 
 
 
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federal (uso e ocupação de áreas de preservação permanente, áreas frágeis e de 
riscos ambientais; necessidade de adequação dos Planos Diretores etc.). 
4.2.5 Proposta de acompanhamento e de monitoração dos impactos, indicando os 
fatores ambientais e parâmetros a serem considerados nas fases de implantação e 
de operação incluindo a definição dos locais a serem monitorados, parâmetros, 
freqüência, indicadores e técnicas de medição acompanhados dos respectivos 
cronogramas de investimento e execução. 
4.2.6 Planos e programas ambientais da atividade. Sugere-se como proposta 
mínima o seguinte: 
ƒ Plano de Emergência e Contingência, com base na Análise de Risco; 
ƒ Plano de Monitoramento Ambiental dos impactos previstos, com base nos 
indicadores estabelecidos. Prever a implantação de ilhas de monitoramento 
biológico na APA Guapimirim, objetivando o acompanhamento das 
condicionantes estruturais e funcionais do ecossistema. 
ƒ Programa de Gestão Ambiental, com cadernos de especificação técnica para 
cada projeto, constando o detalhamento técnico, orçamento e cronograma, e 
ƒ Programa de Comunicação e Responsabilidade Social. 
5. Apresentar um guia preliminar para realização de Auditorias Ambientais na 
etapa de pós-licença. A Auditoria deverá avaliar a eficácia dos programas 
ambientais e a consistência da magnitude e importância dos impactos ambientais 
identificados no EIA, bem como sua reavaliação, se for o caso. Deverá ser realizada 
por entidade independente e por determinação da FEEMA. 
6. Indicar a bibliografia consultada e as fontes de dados e informações. 
7. Indicar o coordenador e os profissionais responsáveis pelo estudo, com as 
respectivas qualificações, currículos, assinaturas e registros profissional. 
8. A Equipe Multidisciplinar responsável pela elaboração do EIA deverá apresentar 
cópia do comprovante de inscrição no “Cadastro Técnico Federal de Atividades e 
Instrumentos de Defesa Ambiental”, conforme determinado na Resolução CONAMA 
nº 01/88. 
9. Preparar o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), consubstanciando de forma 
objetiva e facilmente compreensível os resultados do EIA, segundo critérios e 
orientações contidas no item 5.4.8. da DZ-041. 
 
 
 
 
 
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ANEXO 1 
1. ANÁLISE DE RISCOS 
1.1 Objetivo do Estudo 
O objetivo da análise de risco no EIA é a identificação dos eventos iniciadores dos 
possíveis cenários acidentais e respectivos desdobramentos, avaliando-se as 
conseqüências sobre os empregados e o público externo, concluindo pelo 
julgamento de quais alternativas de locação são aceitáveis, justificando a escolha de 
uma delas com base na tolerabilidade dos riscos. 
1.1 Condições Gerais 
Além da documentação constante desta Instrução Técnica, a FEEMA poderá 
solicitar ao responsável pelo empreendimento quaisquer outras informações 
necessárias à análise do que lhe foi requerido. 
Deverá ser informada imediatamente a FEEMA qualquer alteração havida nos dados 
apresentados, bem como a substituição do Representante Legal, durante a análise 
de requerimento encaminhado. 
1.2 Responsabilidade Técnica 
O Estudo de Análise de Risco deve ser datado e assinado por todos os profissionais 
envolvidos em sua elaboração, qualificados através do nome completo, graduação e 
registro profissional no respectivo Conselho Regional de Classe. Quando houver 
profissionais que não disponham de um Conselho de Classe, deverá ser inserida no 
documento técnico uma declaração alusiva ao fato. 
A equipe que elaborar o Estudo de Análise de Risco deverá ter pelo menos um 
profissional qualificado como Engenheiro de Segurança e outro profissional ligado 
ao projeto, à área de operação ou de manutenção das instalações. 
Constatada a imperícia, negligência, sonegação de informações ou omissão de 
qualquer dos profissionais envolvidos na elaboração do Estudo de Análise de Risco, 
FEEMA deverá comunicar imediatamente o fato ao Conselho Regional de Classe 
competente para apuração e aplicação das penalidades cabíveis. 
1.3 Estudo de Análise de Risco para o COMPERJ 
O Estudo de Análise de Risco deverá ser apresentado a FEEMA sob a forma de 
Relatório, obedecendo a itemização e detalhes explicitados a seguir. 
 
 
 
 
 
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1.3.1 Dados gerais sobre a região onde se pretende localizar a atividade 
Apresentar os dados gerais sobre a região, incluindo mapas e plantas de 
localização, em escala, indicando todas as instalações próximas e, em especial, as 
ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, 
ambulatórios, casas de saúde, hospitais e afins). 
Apresentar os dados meteorológicos relativos à direção e velocidade dos ventos, à 
classe de estabilidade atmosférica e aos demais parâmetros ambientais de 
interesse: temperatura ambiente, umidade relativa, pressão atmosférica, 
temperatura do solo e outros. 
Apresentar parecer sobre a utilização da classe de estabilidade atmosférica A, B ou 
C emitido por profissional ou entidade da área de meteorologia, caso estas classes 
de estabilidade venham a ser empregadas. 
1.3.2 Descrição da Instalação e Sistemas 
O empreendimento deverá ser subdividido em Unidades e estas subdivididas em 
áreas, quando cabível, apresentando-se plantas em escala com a posição relativa 
das mesmas. 
Considerar como parte da instalação os caminhões, trens e outros veículos, 
utilizados para o recebimento ou expedição de produtos, que tenham de estacionar 
ou transitar na área de domínio da instalação para efetuar suas operações. 
Detalhar cada área, fazendo uma descrição do seu uso e relacionando todas as 
substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis produzidas, operadas, 
armazenadas, consumidas ou transportadas. 
No caso da área conter unidades de produção, de geração ou de processamento, 
envolvendo substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, deve ser 
informado para cada unidade se a operação é contínua ou por bateladas, e 
apresentado um fluxograma de processo indicando os equipamentos, as 
substâncias e as condições operacionais. 
Relacionar os dispositivos e recursos de segurança a serem utilizados para eliminar 
ou reduzir os efeitos de eventuais ocorrências acidentais. 
1.3.3 Caracterização das Substâncias Relacionadas 
Apresentar as Fichas de Informação de Segurança (Material Safety Data Sheets - 
MSDS) de todas as substâncias. 
 
 
 
 
 
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As Fichas de Informação de Segurançadevem conter: 
ƒ Nome ou marca comercial, composição (quando o produto for constituído por 
mais de uma substância), designação química, sinonímia, fórmula bruta ou 
estrutural; 
ƒ Número da ONU (UN number) e do CAS (Chemical Abstracts Service dos 
EUA); 
ƒ Propriedades (massa molecular, estado físico, aparência, odor, ponto de 
fusão, ponto de ebulição, pressão de vapor, densidade relativa ao ar e à 
água, solubilidade em água e em outros solventes); 
ƒ Reatividade (instabilidade, incompatibilidade com outros materiais, condições 
para decomposição e os respectivos produtos gerados, capacidade para 
polimerizar descontroladamente); 
ƒ Riscos de incêndio ou explosão (ponto de fulgor, ponto de auto-ignição, 
limites de inflamabilidade, atuação como agente oxidante); 
ƒ Riscos toxicológicos e efeitos tóxicos (ação sobre o organismo humano pelas 
diversas vias - respiratória, cutânea, oral; atuação na forma de gás ou vapor, 
névoa, poeira ou fumo; IDLH, LC50, LCLO; LD's; potencial mutagênico, 
teratogênico e carcinogênico). 
1.3.4 Transporte Terrestre 
Informar como as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, 
constantes do levantamento realizado, entrarão ou sairão da instalação, isto é, os 
meios de transporte, as vias empregadas, a carga e a freqüência. 
1.3.5 Identificação dos Cenários Acidentais 
Empregar uma Análise Preliminar de Perigos (APP) para cada área, na qual se 
relacionaram substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, para a 
identificação de todos os cenários acidentais possíveis de ocorrer, 
independentemente da freqüência esperada para os cenários e independentemente 
dos potenciais efeitos danosos se darem interne ou externamente à instalação. Essa 
identificação dos cenários acidentais poderá ser auxiliada por outros métodos como 
a Análise Histórica, o HAZOP e a Árvore de Eventos, por exemplo. 
A APP deve analisar a possível geração de produtos tóxicos em decorrência de 
incêndio e sua incidência sobre as pessoas (dentro e fora da instalação). 
Levantar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas respectivas 
conseqüências e avaliar qualitativamente a freqüência de ocorrência de cada 
cenário e da severidade das conseqüências. 
 
 
 
 
 
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Apresentar o resultado da Análise Preliminar de Perigos em forma de planilha, 
conforme constante do modelo Anexo. 
1.3.6 Análise de Vulnerabilidade 
Realizar uma Análise de Vulnerabilidade, através das equações “probit”, para todos 
os cenários classificados na Análise Preliminar de Perigos como pertencentes à 
categoria de severidade intermediária e superiores, independentemente da categoria 
de freqüência. Esta análise deve ser realizada para as condições meteorológicas da 
região onde será instalado o empreendimento, para os diferentes tipos de efeitos 
físicos resultantes dos cenários analisados. 
1.3.7 Alcance dos Efeitos Físicos Danosos 
Determinar o alcance para os níveis, a seguir relacionados, dos efeitos físicos 
decorrentes dos cenários submetidos à análise de vulnerabilidade. Esse cálculo 
deve utilizar modelagens matemáticas conceituadas e as condições meteorológicas 
da região. 
Os níveis a serem pesquisados são: 
ƒ para nuvens tóxicas: a concentração imediatamente perigosa para a vida ou 
saúde humana (IDLH) e a concentração correspondente a 1% de letalidade; 
ƒ para incêndios em poça (derramamentos) ou tocha (jato de fogo): o fluxo de 
radiação térmica igual a 5 kW/m2 e o fluxo correspondente a 1% de letalidade; 
ƒ para explosões de qualquer natureza: o nível de sobrepressão igual a 0,069 
bar e o nível de sobrepressão correspondente à letalidade de 1%; 
ƒ para nuvens de substâncias inflamáveis: a concentração igual ao limite 
inferior de inflamabilidade da substância; 
ƒ para bolas de fogo decorrentes de BLEVE's: o fluxo de radiação 
correspondente a 1% de letalidade em decorrência da exposição humana 
pelo tempo de duração da bola de fogo; 
Pesquisar também os efeitos físicos (temperatura, pressão, ondas de choque, 
impacto de fragmentos) que produzirão danos na própria instalação ou em 
instalações vizinhas, resultando no chamado efeito dominó. 
Apresentar um mapa ou planta da região, em escala, indicando as curvas de igual 
magnitude dos níveis dos efeitos físicos pesquisados, e as ocupações sensíveis 
(residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, 
hospitais, e afins) que estejam abrangidas por aquelas curvas. No caso do 
COMPERJ indicar o limite da Zona Estritamente Industrial. 
 
 
 
 
 
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1.3.8 Tolerabilidade dos Riscos para Análise de Vulnerabilidade 
As alternativas de localização devem ser analisadas com base na tolerabilidade dos 
riscos. 
Os riscos proporcionados pelo empreendimento serão considerados toleráveis se 
nenhuma ocupação sensível estiver contida nas curvas relativas a 1% de letalidade 
e na curva correspondente ao limite inferior de inflamabilidade. 
1.3.9 Revisão do Estudo de Análise de Risco 
No caso dos riscos apurados não serem toleráveis, deve ser adotada uma das 
seguintes providências: 
Pesquisar o que pode ser modificado na instalação, para que as ocupações 
sensíveis fiquem fora das curvas correspondentes a 1% de letalidade, e da curva 
correspondente ao limite inferior de inflamabilidade. Esse reestudo deve constar do 
relatório, refazendo-se as quantificações para a nova condição. 
Complementar o Estudo de Análise de Risco, determinando os riscos individual e 
social e verificando sua tolerabilidade segundo os critérios definidos pela FEEMA. 
1.3.10 Avaliação das Freqüências de Ocorrência 
Avaliar quantitativamente a freqüência de ocorrência de cada evento iniciador, 
utilizando-se dados existentes em referências bibliográficas e bancos de dados. 
Para eventos iniciadores complexos, que envolvam falhas de sistemas, devem ser 
construídas e avaliadas árvores de falhas específicas para cada situação. 
Avaliar também as freqüências de ocorrência dos diversos cenários de acidente 
capazes de ocorrer após cada evento iniciador. 
Estes cenários devem considerar as falhas dos sistemas de segurança que venham 
a ser demandados em cada caso, as diferentes direções e faixas de velocidade do 
vento e as possibilidades de ignição imediata e retardada devem ser determinadas 
através da construção de árvores de eventos para cada evento iniciador. 
A probabilidade de falha ou a indisponibilidade dos sistemas de segurança devem 
ser avaliadas através da construção de árvores de falhas ou por outras técnicas 
equivalentes de análise de confiabilidade. 
1.3.11 Avaliação dos Riscos 
 
 
 
 
 
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Avaliar o risco individual e o risco social. O primeiro deve ser apresentado sob a 
forma de curvas de iso-risco, desenhadas sobre o mapa ou planta da região, em 
escala, desde o maior valor obtido para o risco individual até o nível de 10-8 
fatalidades por ano, pelo menos, variando de uma ordem de magnitude de uma para 
a outra. 
Identificar os núcleos populacionais para cada umdos quais deva ser determinado o 
risco social. O risco social para cada um desses núcleos deve ser representado por 
meio da curva de distribuição acumulada complementar, em um gráfico FN, cuja 
matriz está apresentada a seguir. Nesse gráfico, F é a freqüência esperada 
(ocorrências por ano) para os acidentes que têm o potencial de produzir N ou mais 
vítimas fatais. 
Gráfico FN para a apresentação do risco social 
 
1 10 100 1.000 10.000N
(mortes)
10-1
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
10-7
10-8
10-9
F
(ocor./ano)
 
1.3.12 Tolerabilidade dos Riscos Individual e Social 
Os riscos proporcionados pelo empreendimento serão considerados toleráveis se: 
ƒ a curva de iso-risco correspondente a 10-6 fatalidades por ano não envolver, 
parcial ou totalmente, uma ocupação sensível; 
 
 
 
 
 
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ƒ a curva de distribuição acumulada complementar, desenhada sobre o gráfico 
FN, ficar abaixo ou, no máximo, tangenciar a reta inferior do gráfico. 
1.3.13 Revisão do Estudo de Análise de Risco 
No caso dos riscos apurados não serem toleráveis devem ser indicadas as medidas 
que promovam a melhora da segurança da instalação, de tal sorte que a revisão do 
cálculo dos riscos demonstre que os mesmos, devido à sua redução, passaram a 
ser toleráveis. 
O reestudo deve constar do relatório, com todos os cálculos refeitos. 
1.3.14 Medidas Preventivas e Mitigadoras 
No caso de ficar demonstrado que os riscos para a comunidade são, ou poderão 
ser, toleráveis, devem ser consolidadas e relacionadas as medidas preventivas e 
mitigadoras levantadas pelo Estudo de Análise de Risco. 
1.3.15 Conclusões 
Apresentar uma síntese do Estudo de Análise de Risco com as respectivas 
conclusões. 
PLANILHA DE APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS 
 
Análise Preliminar de Perigos – APP 
Empreendimento: 
Área Preparado por Data 
(1) 
Perigos 
(2) 
Causas 
(3) 
Modos de 
Detecção 
(4) 
Efeitos 
(5) 
Categoria 
de 
Freqüência 
(6) 
Categoria 
de 
Severidade 
(7) 
Recomendações 
(8) 
Cenário 
 
 
 
 
Coluna (1) perigos são os eventos acidentais que apresentam a possibilidade de causar danos 
às pessoas. 
Coluna (2) devem ser apontadas as causas dos eventos acidentais, inclusive erros humanos. 
Coluna (3) informar a previsão de instrumentação e de presença de pessoas com esse fim 
específico. 
Coluna (4) informar quais os efeitos esperados; devem ser explicitados quais os efeitos dentro 
da instalação e quais os efeitos fora da instalação; no caso dos efeitos fora da 
 
 
 
 
 
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instalação, se há ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, 
presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais ou afins), atingíveis. 
Coluna (5) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de 
freqüência; as categorias de freqüência não são totalmente padronizadas, mas o seu 
número não deve ser inferior a quatro, indo da categoria "extremamente remota" até 
a categoria "freqüente". 
Coluna (6) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de 
severidade; as categorias de severidade não são totalmente padronizadas, mas o 
seu número não deve ser inferior a quatro, indo da categoria "desprezível" até a 
categoria "catastrófica". Deve-se tomar por base que um cenário catastrófico implica 
na possibilidade de morte de uma ou mais pessoas. 
Coluna (7) as recomendações devem ser propostas tanto no sentido preventivo quanto no 
sentido corretivo. 
Coluna (8) atribuir um número seqüencial a cada um dos cenários, não só como referência no 
texto do relatório, mas também para facilitar o desdobramento de um cenário em 
vários, simultâneos, ou em uma seqüência (efeito dominó). Deve haver um destaque 
para os cenários acidentais cujos efeitos possam se fazer sentir fora da instalação. 
 
 
 
 
 
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Grupo de Trabalho responsável pela elaboração da Instrução Técnica 
 
 
 
Adilson Pinto Gil – IBAMA José Alencar Sampaio – FEEMA 
 
Adriana Lima e Silva – FEEMA José Quirino Matos – FEEMA 
 
Alceu Magnanini – IEF Luiz Cláudio Gonçalves – FEEMA 
 
Ana Lúcia Aguiar Cavallieri – FEEMA Marlene Mendlowicz – FEEMA 
 
 
Breno Herrera Coelho – IBAMA Mônica Miranda Falcão – SERLA 
 
 
Eduardo Soares da Cruz – FEEMA Paulina Maria Cavalcanti – FEEMA 
 
Érika Wuillaume – FEEMA Paulo Bidegain Primo – IEF 
 
Fátima de Freitas Lopes – FEEMA Ricardo Moreira Bastos – FEEMA 
 
Fernando Santos – FEEMA Suzane Claudia de Barros – SERLA 
 
 
José Arnaldo Sales – FEEMA 
 
 
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2007.

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