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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 1/28 INSTRUÇÃO TÉCNICA DECON Nº 01/2007 INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA E SEU RESPECTIVO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA PARA O COMPLEXO PETROQUÍMICO DO RIO DE JANEIRO – COMPERJ. Esta Instrução Técnica atende ao que determina a Resolução CONAMA nº 001/86, a Lei Estadual nº 1.356/88 e a Diretriz da FEEMA DZ-041.R-13 – Diretriz para Implementação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, aprovada pela Deliberação CECA 3.667/97. 1. OBJETIVO Esta instrução tem como objetivo orientar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, necessário para a análise do pedido de licenciamento ambiental, para implantação do COMPLEXO PETROQUÍMICO DO RIO DE JANEIRO – COMPERJ, de responsabilidade da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A., que originou o processo E-07/204.068/2006. 2. DISPOSIÇÕES GERAIS 2.1 A FEEMA e a PETRÓLEO BRASILEIRO SA. informarão aos interessados do pedido de licenciamento, das características do empreendimento e suas prováveis interferências no meio ambiente, assim como dos prazos concedidos para elaboração e apresentação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, de acordo com a Norma da FEEMA NA- 043.R-4 – Participação e Acompanhamento da Comunidade no Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). 2.2 O EIA/RIMA do COMPERJ deverá se articular com a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) dos empreendimentos da Petrobras na região em torno da baía de Guanabara, subsidiando sua execução e considerando seus resultados à medida que forem sendo disponibilizados. 2.3 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá ser apresentado à FEEMA em 6 (seis) vias formato A-4 e em meio magnético, obedecendo às orientações contidas nesta Instrução Técnica, firmadas pelo coordenador e pelos profissionais que participaram de sua elaboração. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 2/28 2.4 O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA deverá ser apresentado à FEEMA em 6 (seis) vias formato A-4 e em meio magnético, obedecendo às orientações contidas nesta Instrução Técnica. 2.5 O empreendedor, após o aceite da FEEMA, encaminhará uma cópia do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e de uma cópia do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, em formato A-4, para os seguintes locais: Prefeituras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo; Câmaras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo; Comissão de Controle Ambiental e da Defesa Civil da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ; Ministério Público Estadual; Ministério Público Federal; Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas – SERLA; Fundação Instituto Estadual de Florestas – IEF, e Comitê da Bacia da Baía de Guanabara. 2.5.1 Deverá ser disponibilizado o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA nas homepages da FEEMA e da Petrobras. 2.6 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA serão acessíveis ao público, permanecendo as cópias à disposição dos interessados na Biblioteca da FEEMA, em São Cristóvão, Rio de Janeiro, e nas Prefeituras Municipais e Câmaras Municipais de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, São Gonçalo, Niterói, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo. 3. CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO A definição dos termos técnicos empregados nesta Instrução Técnica está contida no item 2 da Diretriz da FEEMA DZ-041.R-13 – Diretriz para a Implantação do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 3/28 3.1 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto (o Complexo como um todo e cada unidade industrial prevista dentro do Complexo), inclusive a opção de sua não realização. 3.2 Deverão ser identificados e avaliados os impactos ambientais gerados sobre a área de influência nas fases de planejamento, de implantação, de operação, de manutenção e, quando for o caso, de desativação. 3.3 Deverão ser analisados a compatibilidade do projeto com políticas setoriais, os planos e programas de ação federal, estadual e municipais, propostos ou em execução na área de influência, notadamente a consonância com o Plano Diretor e com o Zoneamento Municipal de Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá, Magé, São Gonçalo, Niterói, Cachoeira de Macacu, Guapimirim, Rio de Janeiro, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis e Nova Friburgo. Deverá também ser feita menção ao desenvolvimento do turismo nos municípios da área de influência (abrangendo a Região dos Lagos e a Região Serrana). 3.4 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá atender aos dispositivos legais em vigor referentes ao uso e à proteção dos recursos ambientais. 3.5 O Estudo de Impacto Ambiental – EIA deverá ser elaborado tendo como base de referência os seguintes tópicos: 3.5.1 Descrição detalhada do projeto, especificando, para cada alternativa, metodologia, tecnologia e equipamentos de cada unidade industrial, enfocando a apresentação dos objetivos, das justificativas, dos dados econômicos e financeiros, dos cronogramas, das ações a serem executadas e de dados técnicos ilustrados por mapas, plantas diagramas e quadros. 3.5.1.1 A descrição do projeto deverá definir claramente o que se entende por COMPERJ e não se limitar unicamente ao projeto “intramuros”, mas considerar também os empreendimentos de transformação de resinas termoplásticas (petroquímicos de terceira geração) que devem ser atraídos para integrar o COMPERJ, conforme expectativa do próprio Governo do Estado do Rio de Janeiro, de forma a maximizar seus benefícios econômicos para o Estado. Para isto, deverão ser construídos cenários de desenvolvimento do COMPERJ em horizonte de planejamento suficiente para visualizar sua configuração completa (mínimo de 10 anos), como segue: Cenário A – Implantação e operação pela Petrobras de uma Unidade de Petroquímicos Básicos (UPB) e de Unidades de Petroquímicos Associados (UPAs); GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 4/28 Cenário B – Implantação e operação pela Petrobras da UPB e suas UPAs e instalação e operação de outrasempresas de transformação de resinas termoplásticas (petroquímicos de terceira geração). Na ausência de definição precisa dos empreendimentos a serem adicionados no cenário B, sua caracterização deverá ser feita com base na experiência verificada em pólos petroquímicos similares já implantados no país, caracterizando os aspectos ambientais típicos da instalação e operação dessas indústrias. Deverão também ser quantificadas estimativas dos efeitos socioeconômicos de ambos os cenários, de forma a possibilitar a análise de seus benefícios econômicos e de seus impactos socioambientais, incluindo, em particular: número de empregos diretos e indiretos gerados e a massa salarial correspondente; contingente populacional atraído por essa criação de empregos e seu impacto na demografia da região de estudo; volume de tráfego adicional de pessoas e mercadorias gerado; necessidades de infra-estrutura criadas nos município da região de estudo por esta pressão demográfica (habitação, água, esgoto, lixo, educação, saúde, energia, transporte), e arrecadação fiscal proporcionada às diversas esferas governamentais. 3.5.1.2 - Localização do projeto, situação do terreno e destinação das diversas áreas e construções, vias de acesso existentes e projetadas, inclusive pátios de obras e vias internas de serviço. 3.5.1.3 – Quanto à construção: Remoção da vegetação, movimentação de terra, terraplenagem, preparação do terreno e limpeza; Sistema de monitoramento e controle de emissões de material particulado proveniente de terraplenagem e de circulação de veículos em vias pavimentadas ou não; Controle de emissões veiculares e de equipamentos diversos; Canteiros de obras (descrição, layout, localização, infra-estrutura, pré- dimensionamento, cronograma de desativação); Quantitativo de mão de obra utilizada na fase de instalação (origem e reaproveitamento); Origem do material a ser utilizado na de terraplenagem; Plano de sinalização para o tráfego nos acessos principais; Estudo de Tráfego contendo: capacidade das vias em absorver o incremento da frota pela implantação do empreendimento, viabilidade de trafegabilidade das viaturas pelas vias existentes, pontos críticos, propostas de melhoria das GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 5/28 vias de acesso, analisando as oportunidades de acessibilidade à macro região, incluindo as regiões do entorno principalmente nas conexões com as regiões litorânea (Maricá) e Serrana, e impactos gerados sobre o trânsito, qualidade do ar e incômodos à comunidade local; Fonte de energia e mananciais abastecedores de água, considerando o sinergismo entre o atendimento da população do entorno e as necessidades da população interna do projeto; Armazenamento de óleo e combustível (quantidade e local de estocagem); Plano de monitoramento de ruídos durante a execução das obras; Origem, tipos e estocagem dos materiais de construção, incluindo jazidas, se necessárias; Equipamentos e técnicas construtivas; Projeto paisagístico, incluindo recuperação de áreas degradadas; Destinação de sítios arqueológicos ou paleontológicos na área do empreendimento; Memorial descritivo, justificativas e critérios de dimensionamento das construções e dos sistemas de infra-estrutura de saneamento; Plano de monitoramento das águas subterrâneas e superficiais, com avaliação periódica da vazão dos corpos de águas superficiais e do nível das águas subterrâneas; Alternativas disponíveis de abastecimento de água, com respectivos estudos (localização, informações sobre captação, estimativa e vazão, pontos de reserva e distribuição), priorizando as alternativas que impliquem o reaproveitamento de efluentes líquidos e águas pluviais; Sistema de esgotamento sanitário (tipos e unidades de tratamento, localização, pontos de lançamento); Sistema de drenagem pluvial: traçado da rede de drenagem e pontos de lançamento; Sistema de drenagem de efluentes líquidos (unidades de tratamento, localização, traçado da rede de drenagem e pontos de lançamento); Sistema de controle de efluentes oleosos; Sistema de gerenciamento de resíduos de acordo com a Resolução CONAMA nº 307, de 05/07/02, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; Cronograma de obras e de investimentos, e Elaboração de uma proposta de PAC (Plano Ambiental da Construção), onde todas as variáveis ambientais que precisam ser controladas e monitoradas estejam inseridas. 3.5.1.4 Quanto ao projeto e à operação: a) Descrição das etapas de cada processo industrial, desde o recebimento e armazenamento da matéria prima até a expedição do produto final, definindo os mecanismos e/ou equipamentos utilizados em cada etapa, além de apresentação do GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 6/28 dimensionamento de cada unidade, contemplando as rotas alternativas para recebimento de matérias-prima e escoamento da produção. b) Descrição das tecnologias a serem adotadas em cada unidade industrial contendo: Histórico da implantação em outros locais; Performance operacional, e Eficiência dos sistemas de controle e de monitoramento. c) Estudo de Tráfego contendo: capacidade das vias em absorver o incremento da frota pela operação do empreendimento, viabilidade de trafegabilidade das viaturas pelas vias existentes, pontos críticos, propostas de melhoria das vias de acesso, analisando as oportunidades de acessibilidade à macro região, incluindo as regiões do entorno principalmente nas conexões com as regiões litorânea (Maricá) e Serrana, e impactos gerados sobre o trânsito, qualidade do ar e incômodos à comunidade local. d) Caracterização das emissões atmosféricas e sistemas de controle de cada unidade industrial, contendo: Descrição das tecnologias de processo e de controle ambiental disponíveis no mercado nacional e internacional, para os parques de refino e petroquímico, indicando os níveis de emissão esperados para os poluentes atmosféricos a serem estudados, relacionando-os com os limites de emissão preconizados pela Resolução CONAMA nº 382 e com limites internacionais; Descrição dos equipamentos das unidades do parque de refino e petroquímico, indicando cada fonte geradora de poluentes atmosféricos e as respectivas cargas poluidoras, estimadas em kg/h e composição centesimal; Descrição dos sistemas de controle de poluição do ar que serão implantados, respectivos valores esperados de concentração e taxa de emissão para a atmosfera e suas respectivas eficiências de abatimento de emissões atmosféricas, comprovando serem estas as de melhores tecnologias de controle; Descrição do sistema de controle de emissão atmosférica de compostos orgânicos voláteis, considerando a utilização das melhores tecnologias de controle de emissões difusas; Descrição de todas as unidades de tratamento de combustíveis e águas ácidas que gerarão correntes de gases ácidos, indicando: carga, caracterização, percentual de H2S, dutos de interligação, unidades de recuperação de enxofre e respectivos sistemas de monitoramento de SO2 e H2S; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/20077/28 Descrição dos diversos tipos de petróleo previstos para o processamento, caracterizando-os qualitativa e quantitativamente, quanto à geração de poluentes atmosféricos, de efluentes líquidos, de resíduos e dos produtos; Descrição dos combustíveis a serem utilizados nos fornos e caldeiras, suas características físicas e químicas; Estimativa das emissões totais (kg/h) dos poluentes; SOx, H2S, NOx, CO, NH3, material particulado, benzeno, tolueno, xileno, fenóis, hidrocarbonetos poliaromáticos, hidrocarbonetos totais, hidrocarbonetos não metanos, com os respectivos memoriais de cálculo, e Caracterização de todas as tochas previstas para os setores de refino e petroquímico com os respectivos sistemas de medição de vazão, de segurança, selagem e reaproveitamento de gás de flare. e) Abastecimento de água Alternativas disponíveis de abastecimento de água para a fase de operação, com respectivos estudos (localização, informações sobre captação, estimativa e vazão, pontos de reserva e distribuição), priorizando aquelas que impliquem o reaproveitamento de efluentes líquidos e águas pluviais e incluindo a alternativa de adoção do aproveitamento de água do mar após dessalinização, considerando o sinergismo entre o atendimento da população do entorno e as necessidades da população interna do projeto. f) Efluentes líquidos industriais Levantamento das fontes de efluentes líquidos, com prováveis composições em concentração e cargas, vazões horárias e diárias; Balanço hídrico dos efluentes líquidos gerados em todas as unidades do complexo, descritivo e em fluxograma, com águas utilizadas, águas recirculadas e águas descartadas; Descrição e fluxograma dos sistemas de controle, com respectivas eficiências para os principais parâmetros de interesse (considerar, no mínimo, vazão, pH, temperatura, óleos e graxas, material sedimentável, DQO, DBO, RNFT, sulfeto, amônia, benzeno, fenóis e toxicidade aguda e crônica, utilizando métodos aprovados e espécies locais) e comparação com padrões em vigência. Incluir pré-tratamentos aplicados nas unidades; Em caso de ausência de padrão no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil, citar referências internacionais para o parâmetro, em unidade similar; Descrever as alternativas de redução de cargas poluidoras considerando a possibilidade de reuso de água, além do atendimento aos padrões vigentes na NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos, na DZ-205.R-5 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 8/28 em Efluentes Líquidos de Origem Industrial e na NT-213.R-4 – Critérios e Padrões para Controle da Toxicidade em Efluentes Líquidos Industriais; Priorizar a alternativa de lançamento ZERO de despejo; Comparar as tecnologias de controle adotadas no Brasil com as tecnologias avançadas do exterior, considerando as indústrias de mesma tipologia. g) Esgoto Sanitário Descrição das vazões, composições e cargas; Descrição do sistema de tratamento de esgotos sanitários e águas residuais de refeitório e de cozinha, de forma a atender a DZ-215.R-3 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica Biodegradável em Efluentes Líquidos de Origem não Industrial e a NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos, apresentando as respectivas eficiências e concentrações finais em termos de DBO, pH, RNFT, óleos e gorduras, MBAS (surfactantes aniônicos) e material sedimentável, considerando a possibilidade de reuso dos efluentes tratados e sinergismo entre o atendimento da população do entorno e as necessidades da população interna do projeto. h) Águas pluviais contaminadas Apresentar as fontes de águas pluviais contaminadas, com respectivas vazões e possíveis contaminantes; Prever na proposta de controle bacias de acumulação das águas pluviais contaminadas, de forma a serem direcionadas para sistemas de tratamento de efluentes líquidos industriais, considerando a possibilidade de reuso. i) Resíduos sólidos Levantamento dos possíveis resíduos a serem gerados, com as quantidades previstas e alternativas de destinação de acordo com a legislação vigente; Definição dos sistemas de manuseio, acondicionamento, armazenamento transitório, coleta, transporte e destinação final dos resíduos a serem gerados; Proposta de Gestão de Resíduos, priorizando a não geração e, secundariamente, as alternativas de redução, reutilização, reciclagem, tratamento e, em último caso, a destinação final. j) Emissões sonoras Descrição dos equipamentos/sistemas de controle de poluição sonora e suas respectivas eficiências esperadas de abatimento de emissões sonoras. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 9/28 3.5.1.5 Espacialização da análise e da apresentação dos resultados a) localização e situação do projeto (planta planialtimétrica em escala 1:5.000 ou aquela que melhor se adequar para caracterizar cartograficamente o empreendimento). As coordenadas geográficas, para fins de georreferenciamento, devem ser obrigatoriamente informadas no Sistema de Projeção UTM – Fuso 23 com elipsóide de referência SAD-69. Esta elipsóide define os referenciais altimétricos e planimétricos, segundo o Sistema Geodésico Brasileiro, conforme estabelecido nas “Especificações e Normas Gerais para Levantamentos Geodésicos – IBGE – 1983”. Os formatos suportados pelo Sistema de Informações Geográficas da FEEMA, na incorporação de dados geográficos são os seguintes: Autocad – DXF Microstation - DGN Arcview – SHP Mapinfo – MIF e TAB Imagem – BMP, JPG e TIFF. Equipamentos de infra-estrutura do canteiro de obras e do projeto; Infra-estrutura de abastecimento (ramais de distribuição); Áreas de domínio público e Áreas de Preservação Permanente, Unidades de Conservação da Natureza e áreas protegidas por legislação especial; Localização dos corpos d’água, delimitação de suas bacias de drenagem e respectivas faixas marginais de proteção e áreas de inundação e das nascentes e olhos d’água; Cobertura vegetal, incluindo as formações florestais em seus diferentes estágios de regeneração; Possíveis áreas com presença de sítios arqueológicos; Tratamento paisagístico; Vias de circulação; Vias de acesso (principal e alternativa) a partir das principais rodovias, ferrovias; e Fontes de emissão de poluentes atmosféricos. Todas as análises deverão ser apresentadas em mapas temáticos em escalas de: 1:25.000 para a análise da área de influência direta dos empreendimentos; 1:10.000 para a análise em áreas de fragilidade, vulnerabilidade e de especial interesse ambiental. 3.5.2 Definição e justificativa dos limites geográficos da área de influência do projeto a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos socioambientais e econômicos, GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 10/28 com mapeamento em escala de 1:50.000. Deverá abranger, necessariamente, as áreas de interesse de proteção da biodiversidade e de fragilidade e vulnerabilidade, de Unidades de Conservação,de influência de potenciais fontes de captação de água que estejam próximas a este limite, em escala de 1:10.000. Deverá também ser mencionada a possível influência dos empreendimentos na dinâmica do desenvolvimento regional (particularmente sobre o tráfego de veículos, pessoas e mercadorias, e sua interferência com os fluxos turísticos), levando em consideração os cenários A e B. 3.6 Diagnóstico Ambiental da Área Completa descrição e análise dos fatores ambientais e suas interações, de modo a caracterizar a situação ambiental antes da execução do projeto, considerando: 3.6.1 Meio Físico 3.6.1.1 Solo e água subterrânea Estabelecer a vulnerabilidade do solo e das águas subterrâneas à instalação do empreendimento quanto ao risco de contaminação e da alteração do meio físico, discriminando a metodologia utilizada, com base nas seguintes informações: Caracterização geológica local e regional, com realização de sondagens para descrição do solo da área de enfoque, em malha regular ao longo de toda a área. Descrição de maciços rochosos e estruturas geológicas presentes; Caracterização geotécnica da área do empreendimento, através de mapa geológico-geotécnico, caracterização física do solo com cálculos de recalque e adensamento, instalação de sistemas de drenagem para estabilização do solo e de maciços e indicação de áreas com risco geotécnico. Identificação dos processos erosivos e da estabilidade dos solos; Caracterização geomorfológica e pedológica, com destaque para as unidades de conservação, rios, drenagens e tipos de solo; Identificação do relevo, declividade e levantamento topográfico, com interpretação de todas as zonas de interflúvio relacionadas ao comportamento hidrodinâmico regional; Estimativa da capacidade de infiltração de águas pluviais na área do empreendimento, utilizando modelamento hidrodinâmico do aqüífero local, considerando as áreas de recarga e descarga; Caracterização do solo e das águas subterrâneas, incluindo o nível do lençol freático nas épocas de estiagem e maior incidência de chuvas e o potencial de captação, sem comprometer a disponibilidade dos mananciais de superfície; Deverá ser realizada uma campanha representativa de amostragem de solo e de águas subterrâneas, de forma a estabelecer as condições do terreno antes da GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 11/28 instalação do empreendimento, considerando, inclusive, as atividades que operam na circunvizinhança para a escolha dos parâmetros. Estabelecer a direção do fluxo das águas subterrâneas na área do empreendimento com base em mapa potenciométrico detalhado, bem como velocidade das águas subterrâneas e ensaio de permeabilidade (condutividade hidráulica) de acordo com cada perfil de solo; Estabelecimento do background da região quanto às concentrações dos parâmetros: alumínio, antimônio, arsênio, bário, cádmio, cálcio, chumbo, cianeto, cloreto, cobalto, cobre, cromo, ferro, manganês, manganês, magnésio, mercúrio, molibdênio, níquel, prata, potássio, selênio, sódio, vanádio e zinco, matéria orgânica, pH, potencial redox, resíduo volátil, capacidade de troca catiônica, óxidos de ferro, manganês e alumínio, com base em coleta de amostras do solo, e Apresentação dos dados em mapas e plantas com escala de 1:5.000, indicação de norte magnético e verdadeiro, indicação das fontes dos dados e apresentação das técnicas utilizadas nos processos de geoprocessamento e reconstituição de imagens de satélite. Todos os dados digitais devem estar georreferenciados e com erros de processo adequados a escala de estudo. 3.6.1.2 Corpos hídricos Definir a qualidade, a quantidade e o regime das águas dos corpos hídricos na área de influência direta do empreendimento considerando: Caracterização hidrológica dos corpos hídricos, incluindo cálculo das vazões ecológicas nos corpos superficiais ao longo dos períodos de seca e de chuvas, bem como modelagem matemática e gráfica dos efeitos da captação as águas nos mesmos e dos picos de cheia na área do empreendimento, sendo estes necessários para a plena manutenção estrutural e funcional dos ecossistemas à jusante do empreendimento, notadamente manguezais; Caracterização da qualidade dos corpos hídricos, considerando os diferentes compartimentos (água e sedimento), buscando identificar as diferenças, os períodos de estiagem e de chuva mais intensa. Devem ser utilizados parâmetros bacteriológicos, físico-químicos e biológicos, de fontes secundárias e dados primários, quando necessário; Avaliação da capacidade de suporte do corpo hídrico para os diversos poluentes a serem lançados pelo empreendimento; Caracterização do atual sistema de drenagem pluvial, inclusive verificando a existência de marcas de inundação e indicação de população afetada, e Proposta para caracterização da FMP dos corpos hídricos da região de estudo. 3.6.1.3 Clima Definir as condições climatológicas e meteorológicas da região, considerando: GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 12/28 Caracterização climatológica contendo a análise dos seguintes parâmetros: pressão atmosférica, precipitação pluviométrica, temperatura do ar, evaporação, umidade relativa do ar, insolação, nebulosidade e vento (direção e velocidade), incluindo comentários, gráficos, resultados, etc., de cada parâmetro considerado, e Caracterização meteorológica da região, destacando os fenômenos e processos atmosféricos locais, com ênfase nos aspectos relacionados à circulação e condições de dispersão atmosférica na área de influência do empreendimento (inversões térmicas, altura da camada de mistura, classe de estabilidade etc.). 3.6.1.4 Qualidade do ar Definir a qualidade do ar da região do COMPERJ, por meio da utilização de dados primários referentes ao monitoramento mínimo de 150 dias dos seguintes poluentes: material particulado (PTS e PI), incluindo as concentrações de sulfatos, nitratos e cloretos no material particulado total e inalável, e gases: SO2, NOx (NO e NO2), CO, HC (HCT, Metano e HCnM), O3 e BTX. 3.6.1.5 Ruídos Estabelecer o background dos níveis de ruído na região de influência do empreendimento, considerando: Análise do uso e da ocupação do solo na área de influência acústica do empreendimento para a fase de operação; Identificação das principais fontes sonoras pré-existentes na área de influência direta do empreendimento; Caracterização do ruído de fundo; Identificação das regiões sensíveis ao ruído dentro da área de influência acústica do empreendimento a partir dos dados fornecidos pela contratante; Interpretação da legislação ambiental sonora e normas aplicáveis à área de influência; Realização de medições sonoras no local, e Levantamento fotográfico. 3.6.2 Meio Biótico Analisar os ecossistemas terrestres e aquáticos na área de influência direta dos empreendimentos, considerando: Realização do mapeamento georeferenciado dos biótopos e ecótonos da área do empreendimento e de influência, indicando as unidades paisagísticas, fitofisionomias e a florística; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/200713/28 Realização do mapeamento georeferenciado das áreas de preservação permanentes (APPs); Informação sobre possíveis alterações das APPs em função da implantação do empreendimento; Classificação das áreas de sensibilidade ambiental localizadas nas bacias, relacionadas às unidades de conservação e áreas protegidas por legislação específica no âmbito federal, estadual, municipal e privado (RPPNs), ressaltando os ecossistemas existentes e os locais de ocorrência de espécies protegidas, além da distância ao empreendimento proposto. Estas informações deverão ser georreferenciadas e apresentadas em escala de 1:10.000, em mapa temático específico; Avaliação da interferência do empreendimento nas espécies da fauna e flora, a partir de dados qualitativos, caracterizando as inter-relações com o meio, e Avaliação da interferência do empreendimento na ictiofauna da região, considerando a distribuição e diversidade das espécies de interesse comercial, das espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, abordando, a perda de fontes de alimentação, locais de desova, de reprodução e criadouros existentes. Destacar as espécies reofílicas, identificando as rotas migratórias das espécies de maior relevância e definindo o prognóstico quanto a potenciais perdas. 3.6.2.1 Fauna Realizar o levantamento da fauna silvestre na área de influência direta do empreendimento, em nichos de vegetação e corredores, em unidades de conservação ou em áreas especialmente protegidas por lei, que funcionem como possível rota migratória ou berçário para espécies existentes. O levantamento deverá conter: Lista de espécies da fauna descritas para a localidade ou região, baseada em dados secundários, inclusive com indicação de espécies constantes em listas oficiais de fauna ameaçada e migratória, com distribuição potencial na área do empreendimento, independentemente do grupo animal a que pertencem. Na ausência desses dados para a região, deverão ser consideradas as espécies descritas para o ecossistema ou macro região; Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados primários, que deverá contemplar os grupos de importância para a saúde pública regional, cada uma das Classes de vertebrados e Classes de invertebrados pertinentes. A metodologia deverá incluir o esforço amostral para cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a sazonalidade para cada área amostrada e informação referente ao destino pretendido para o material biológico a ser coletado, com anuência da instituição onde o material será depositado; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 14/28 Mapas, imagens de satélite ou foto aérea, inclusive com avaliação batimétrica e altimétrica, contemplando a área afetada pelo empreendimento com indicação das fitofisionomias, localização e tamanho das áreas a serem amostradas; Mapas com a localização do empreendimento e vias de acesso pré- existentes, incluindo informações relacionadas a atropelamentos e acidentes com transposição de animais silvestres; Identificação das áreas a serem utilizadas para o suporte primário da fauna; Identificação de áreas para possíveis reintroduções de animais resgatados durante a implantação do empreendimento, descrevendo capacidade de suporte específica para cada espécie; Levantamento da ictiofauna e invertebrados nos ecossistemas aquáticos, nas áreas de influência direta e indireta, contendo a lista de espécies da ictiofauna e invertebrados, baseada em dados secundários, indicando as espécies nativas, exóticas, reofílicas, de importância comercial, ameaçadas de extinção, sobreexplotadas, ameaçadas de sobreexplotação, endêmicas e raras. Na ausência de bibliografia específica, deverão ser consideradas as espécies descritas para a região hidrográfica, e Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada para inventário da ictiofauna, ictioplâncton e invertebrados aquáticos (zooplâncton e grandes grupos de zoobentos), além dos bioindicadores de saúde pública e qualidade ambiental. 3.6.2.2 Flora Realizar o levantamento da flora na área de influência direta do empreendimento, contendo: Descrição dos ecossistemas identificando os diversos tipos de comunidades existentes e as condições em que se encontram; Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada para inventário da microflora aquática (fitoplâncton); Mapeamento da cobertura vegetal; Caracterização da vegetação existente incluindo, se for o caso, as formações florestais em seus diferentes estágios de regeneração; Caracterização fitossociológica dos remanescentes de Mata Atlântica; Destaque das espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor econômico e científico, endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção; Enquadramento legal das comunidades vegetais presentes na área, de acordo com a legislação específica, em especial a Lei Federal nº 11.428/06, em consonância com as Resoluções CONAMA nos 10/93, 06/94 e 303/02; Quantificação, por tipologia encontrada, da vegetação a ser removida; Identificação, descrição e localização dos corredores ecológicos existentes, e GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 15/28 Identificação das áreas de preservação permanente, unidades de conservação e áreas protegidas por legislação especial. 3.6.3 Meio Antrópico Realizar o levantamento dos principais aspectos do meio antrópico na área de influência direta do empreendimento, considerando: Ocupação e uso do solo – processo de ocupação, distribuição das atividades, densidade, sistema viário, valor da terra, estrutura fundiária, evolução do uso (áreas de conflito e grandes áreas institucionais), etc.; População - Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - Densidade Demográfica e Dinâmica Populacional (aspectos demográficos: escolaridade, saúde e segurança, inserção produtiva, evolução da população, população segundo sexo, idade e residência urbana/rural e fluxos migratórios, estatísticas vitais, rendimento da população, miséria e indigência), distribuição espacial, mobilidade, perfil cultural; Equipamentos urbanos e comunitários – logradouros, abastecimento de água para suprimento local e regional, coleta e disposição de esgotos, coleta e disposição de lixo, equipamentos e indicadores de saúde, educação, comércio, segurança, lazer e religião, cemitérios, sítios e monumentos arqueológicos, culturais, cênicos e históricos, estrutura e meios de transporte, sistema de telecomunicações e de energia elétrica; Organização social – forças e tensões sociais, grupos e movimentos comunitários, lideranças, forças políticas e sindicais, associações civis, organizações não governamentais; Atividades tradicionais – pesca, navegação, agricultura, extrativismo, catadores de caranguejo; Projetos co-localizados – projetos existentes ou em andamento de ação federal, estadual e municipais, ou da iniciativa privada na área de influência do empreendimento; Estrutura produtiva – análise dos fatores de produção, modificação da composição da produção local, contribuição de cada setor, geração de emprego e nível tecnológico por setor; relações de troca entre a economia local e micro-regional, regional e nacional, incluindo destinação da produção local e importância relativa; Atividades industriais e não industriais – tipologia e principais fontes de poluiçãoe de degradação ambiental, dependência local dos recursos naturais, e Cenário sócio econômico – análise dos cenários sócio econômico para horizontes de 5 anos (curto prazo), 10 anos (médio prazo) e 20 anos (longo prazo), englobando análise de alternativas do crescimento demográfico, de evolução das atividades produtivas e de modificações dos padrões de GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 16/28 ocupação do solo, assim como tendências futuras das atividades econômicas, em especial daquelas que demandam água, com base nos planos, programas e projetos em curso. 4. Análise de Risco e Análise dos Impactos Ambientais Os itens do EIA/RIMA referentes à Análise de Riscos e à Análise de Impactos Ambientais deverão mencionar explicitamente a necessidade de serem desenvolvidos para os cenários A e B, considerando os planos e programas governamentais para a área de influência regional. 4.1 Análise de Risco O relatório deverá ser apresentado de acordo com a itemização básica e respectivos detalhes especificados no Anexo 1. 4.2 Análise de Impactos Ambientais 4.2.1 Identificação, medição e valoração dos impactos ambientais positivos e negativos; diretos e indiretos; locais, regionais, e estratégicos; imediatos, a médio e a longo prazos; temporários, permanentes e cíclicos; reversíveis e irreversíveis; das ações do projeto e suas alternativas nas fases de implantação, operação, manutenção e desativação, com a descrição da metodologia empregada. Na avaliação de impactos ambientais deverão, necessariamente, ser considerados os impactos cumulativos e sinérgicos. 4.2.2 Previsão da magnitude dos impactos identificados, considerando os graus de intensidade e duração e especificando os indicadores de impacto, critérios de qualidade ambiental, métodos de avaliação e técnicas de previsão adotados. 4.2.3 Atribuição do grau de importância dos impactos em relação ao fator ambiental afetado e aos demais, bem como a relação à relevância conferida a cada um deles pelos grupos sociais afetados. Considerar: Alterações na qualidade, quantidade e na biota dos ecossistemas aquáticos e nas águas subterrâneas que drenam para a bacia hidrográfica da área onde se localizará o empreendimento. Identificar os possíveis impactos nos manguezais em decorrência de alterações na cunha salina. Identificar as alterações na recarga e no transporte das águas superficiais, bem como na penetração da cunha salina e sua relação com os potenciais usos de água subterrânea; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 17/28 Alterações na qualidade do ar na região; Alterações sobre o meio biótico, e Alterações no meio antrópico, considerando ainda: 9 Adensamento da população nas fases de obra e de operação, da instalação de indústrias periféricas e de empreendimentos em geral atraídos para a área de entorno do COMPERJ, considerando a infra- estrutura atual, com particular atenção aos municípios de Itaboraí, São Gonçalo, Tanguá, Maricá e Cachoeiras de Macacu, com ênfase nas alternativas para o abastecimento de água e esgotamento sanitário da área do entorno, tendo em vista a disponibilidade hídrica e a capacidade de autodepuração dos corpos hídricos da região; 9 Pressões urbanas sobre áreas de preservação permanente, Unidades de Conservação e Corredores Ecológicos, monumentos históricos, áreas de interesse cultural e religioso; 9 Pressões sobre os planos diretores e de desenvolvimento existentes, e 9 As políticas públicas existentes relacionadas ao setor de saneamento, de forma a permitir tomada de decisão para solução dos problemas identificados indicando, em conjunto com a Concessionária dos Serviços Públicos de Saneamento da região, os investimentos necessários, e 9 Circulação viária no Município, incluindo-se o tráfego por sentido, volume e qualidade, bem como nos municípios do entorno, nas principais rodovias estaduais da região, considerando a exigüidade da faixa de domínio da rodovia BR 493, bem como a área do Viaduto de Manilha, com os impactos decorrentes das fases de obras e operação do empreendimento. 4.2.4 Prognóstico da qualidade ambiental da área de influência, nos casos de adoção do projeto e suas alternativas, para o Cenário B e para a hipótese de não implantação, utilizando as modelagens específicas anteriormente indicadas. Especificamente, com relação à qualidade do ar: Utilizar modelo de simulação, sendo recomendado o modelo regulatório do US-EPA, em sua última versão; para a modelagem, deverão ser considerados: 9 série mínima de três anos consecutivos de dados meteorológicos, representativos da região do empreendimento; 9 características topográficas da região; 9 grade cartesiana com resolução de 500 x 500 metros em coordenadas UTM; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 18/28 9 base cartográfica em escala adequada, em coordenadas UTM, que permita a sobreposição das saídas gráficas do modelo; 9 raio mínimo de 20.000 metros ao redor da fonte, e 9 a realização de análise crítica sobre os resultados obtidos na modelagem em relação à qualidade do ar, apresentando, para cada poluente, tabelas contendo os valores das 30 maiores concentrações máximas de curto período e das 10 maiores concentrações médias de longo período, com as respectivas localizações; Utilizar os dados de projeto fornecidos pelo fabricante do equipamento e, na sua ausência, deverão ser estimados por fatores de emissão com base na última versão do US-EPA AP 42, para o cálculo das emissões; Fornecer em meio digital: memorial de cálculo contendo os dados de entrada e saída do modelo, fatores de emissão utilizados, comprovados por documentação pertinente, cálculos de emissão e respectivas transformações de unidades, informações sobre a topografia considerada e arquivo meteorológico utilizado para modelagem; Caracterizar os poluentes tradicionais previstos na Resolução CONAMA nº 03/90, além de HC total, COV e BTX, e Considerar os seguintes cenários: 9 Cenário 1 – Unidade industrial 1; 9 Cenário 2 – Unidade industrial 2; 9 Cenário n – Unidade industrial n; 9 Cenário A – Somatório das n unidades industriais; 9 Cenário B – Somatório das n unidades industriais + outras empresas petroquímicas de transformação a serem atraídas pelo Complexo; 9 Cenário C – Cenário B + projeções das alterações do sistema viário previsto, e 9 Cenário D – Projeção do Cenário C em dez anos. 4.2.4 Estudo e definição das medidas mitigadoras e compensatórias, inclusive dos equipamentos de controle da poluição, avaliando sua eficiência em relação aos critérios e padrões de qualidade ambiental e de disposição de efluentes, emissões e resíduos; justificativa dos impactos que não podem ser evitados e mitigados. Devem ser incluídas, entre as medidas mitigadoras e compensatórias a serem propostas pelo EIA/RIMA, aquelas relativas aos impactos no abastecimento de água domiciliar, comercial, industrial e demais usos, atuais e futuros, bem como para o saneamento, indicando os atores envolvidos e os recursos financeiros necessários; aos impactosna circulação viária, em articulação com as áreas de transporte e urbanismo dos governos municipais envolvidos, estadual e federal, e ainda, as ações de atribuição dos diversos órgãos governamentais envolvidos, nas esferas municipal, estadual e GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 19/28 federal (uso e ocupação de áreas de preservação permanente, áreas frágeis e de riscos ambientais; necessidade de adequação dos Planos Diretores etc.). 4.2.5 Proposta de acompanhamento e de monitoração dos impactos, indicando os fatores ambientais e parâmetros a serem considerados nas fases de implantação e de operação incluindo a definição dos locais a serem monitorados, parâmetros, freqüência, indicadores e técnicas de medição acompanhados dos respectivos cronogramas de investimento e execução. 4.2.6 Planos e programas ambientais da atividade. Sugere-se como proposta mínima o seguinte: Plano de Emergência e Contingência, com base na Análise de Risco; Plano de Monitoramento Ambiental dos impactos previstos, com base nos indicadores estabelecidos. Prever a implantação de ilhas de monitoramento biológico na APA Guapimirim, objetivando o acompanhamento das condicionantes estruturais e funcionais do ecossistema. Programa de Gestão Ambiental, com cadernos de especificação técnica para cada projeto, constando o detalhamento técnico, orçamento e cronograma, e Programa de Comunicação e Responsabilidade Social. 5. Apresentar um guia preliminar para realização de Auditorias Ambientais na etapa de pós-licença. A Auditoria deverá avaliar a eficácia dos programas ambientais e a consistência da magnitude e importância dos impactos ambientais identificados no EIA, bem como sua reavaliação, se for o caso. Deverá ser realizada por entidade independente e por determinação da FEEMA. 6. Indicar a bibliografia consultada e as fontes de dados e informações. 7. Indicar o coordenador e os profissionais responsáveis pelo estudo, com as respectivas qualificações, currículos, assinaturas e registros profissional. 8. A Equipe Multidisciplinar responsável pela elaboração do EIA deverá apresentar cópia do comprovante de inscrição no “Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental”, conforme determinado na Resolução CONAMA nº 01/88. 9. Preparar o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), consubstanciando de forma objetiva e facilmente compreensível os resultados do EIA, segundo critérios e orientações contidas no item 5.4.8. da DZ-041. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 20/28 ANEXO 1 1. ANÁLISE DE RISCOS 1.1 Objetivo do Estudo O objetivo da análise de risco no EIA é a identificação dos eventos iniciadores dos possíveis cenários acidentais e respectivos desdobramentos, avaliando-se as conseqüências sobre os empregados e o público externo, concluindo pelo julgamento de quais alternativas de locação são aceitáveis, justificando a escolha de uma delas com base na tolerabilidade dos riscos. 1.1 Condições Gerais Além da documentação constante desta Instrução Técnica, a FEEMA poderá solicitar ao responsável pelo empreendimento quaisquer outras informações necessárias à análise do que lhe foi requerido. Deverá ser informada imediatamente a FEEMA qualquer alteração havida nos dados apresentados, bem como a substituição do Representante Legal, durante a análise de requerimento encaminhado. 1.2 Responsabilidade Técnica O Estudo de Análise de Risco deve ser datado e assinado por todos os profissionais envolvidos em sua elaboração, qualificados através do nome completo, graduação e registro profissional no respectivo Conselho Regional de Classe. Quando houver profissionais que não disponham de um Conselho de Classe, deverá ser inserida no documento técnico uma declaração alusiva ao fato. A equipe que elaborar o Estudo de Análise de Risco deverá ter pelo menos um profissional qualificado como Engenheiro de Segurança e outro profissional ligado ao projeto, à área de operação ou de manutenção das instalações. Constatada a imperícia, negligência, sonegação de informações ou omissão de qualquer dos profissionais envolvidos na elaboração do Estudo de Análise de Risco, FEEMA deverá comunicar imediatamente o fato ao Conselho Regional de Classe competente para apuração e aplicação das penalidades cabíveis. 1.3 Estudo de Análise de Risco para o COMPERJ O Estudo de Análise de Risco deverá ser apresentado a FEEMA sob a forma de Relatório, obedecendo a itemização e detalhes explicitados a seguir. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 21/28 1.3.1 Dados gerais sobre a região onde se pretende localizar a atividade Apresentar os dados gerais sobre a região, incluindo mapas e plantas de localização, em escala, indicando todas as instalações próximas e, em especial, as ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais e afins). Apresentar os dados meteorológicos relativos à direção e velocidade dos ventos, à classe de estabilidade atmosférica e aos demais parâmetros ambientais de interesse: temperatura ambiente, umidade relativa, pressão atmosférica, temperatura do solo e outros. Apresentar parecer sobre a utilização da classe de estabilidade atmosférica A, B ou C emitido por profissional ou entidade da área de meteorologia, caso estas classes de estabilidade venham a ser empregadas. 1.3.2 Descrição da Instalação e Sistemas O empreendimento deverá ser subdividido em Unidades e estas subdivididas em áreas, quando cabível, apresentando-se plantas em escala com a posição relativa das mesmas. Considerar como parte da instalação os caminhões, trens e outros veículos, utilizados para o recebimento ou expedição de produtos, que tenham de estacionar ou transitar na área de domínio da instalação para efetuar suas operações. Detalhar cada área, fazendo uma descrição do seu uso e relacionando todas as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis produzidas, operadas, armazenadas, consumidas ou transportadas. No caso da área conter unidades de produção, de geração ou de processamento, envolvendo substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, deve ser informado para cada unidade se a operação é contínua ou por bateladas, e apresentado um fluxograma de processo indicando os equipamentos, as substâncias e as condições operacionais. Relacionar os dispositivos e recursos de segurança a serem utilizados para eliminar ou reduzir os efeitos de eventuais ocorrências acidentais. 1.3.3 Caracterização das Substâncias Relacionadas Apresentar as Fichas de Informação de Segurança (Material Safety Data Sheets - MSDS) de todas as substâncias. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 22/28 As Fichas de Informação de Segurançadevem conter: Nome ou marca comercial, composição (quando o produto for constituído por mais de uma substância), designação química, sinonímia, fórmula bruta ou estrutural; Número da ONU (UN number) e do CAS (Chemical Abstracts Service dos EUA); Propriedades (massa molecular, estado físico, aparência, odor, ponto de fusão, ponto de ebulição, pressão de vapor, densidade relativa ao ar e à água, solubilidade em água e em outros solventes); Reatividade (instabilidade, incompatibilidade com outros materiais, condições para decomposição e os respectivos produtos gerados, capacidade para polimerizar descontroladamente); Riscos de incêndio ou explosão (ponto de fulgor, ponto de auto-ignição, limites de inflamabilidade, atuação como agente oxidante); Riscos toxicológicos e efeitos tóxicos (ação sobre o organismo humano pelas diversas vias - respiratória, cutânea, oral; atuação na forma de gás ou vapor, névoa, poeira ou fumo; IDLH, LC50, LCLO; LD's; potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico). 1.3.4 Transporte Terrestre Informar como as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, constantes do levantamento realizado, entrarão ou sairão da instalação, isto é, os meios de transporte, as vias empregadas, a carga e a freqüência. 1.3.5 Identificação dos Cenários Acidentais Empregar uma Análise Preliminar de Perigos (APP) para cada área, na qual se relacionaram substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, para a identificação de todos os cenários acidentais possíveis de ocorrer, independentemente da freqüência esperada para os cenários e independentemente dos potenciais efeitos danosos se darem interne ou externamente à instalação. Essa identificação dos cenários acidentais poderá ser auxiliada por outros métodos como a Análise Histórica, o HAZOP e a Árvore de Eventos, por exemplo. A APP deve analisar a possível geração de produtos tóxicos em decorrência de incêndio e sua incidência sobre as pessoas (dentro e fora da instalação). Levantar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas respectivas conseqüências e avaliar qualitativamente a freqüência de ocorrência de cada cenário e da severidade das conseqüências. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 23/28 Apresentar o resultado da Análise Preliminar de Perigos em forma de planilha, conforme constante do modelo Anexo. 1.3.6 Análise de Vulnerabilidade Realizar uma Análise de Vulnerabilidade, através das equações “probit”, para todos os cenários classificados na Análise Preliminar de Perigos como pertencentes à categoria de severidade intermediária e superiores, independentemente da categoria de freqüência. Esta análise deve ser realizada para as condições meteorológicas da região onde será instalado o empreendimento, para os diferentes tipos de efeitos físicos resultantes dos cenários analisados. 1.3.7 Alcance dos Efeitos Físicos Danosos Determinar o alcance para os níveis, a seguir relacionados, dos efeitos físicos decorrentes dos cenários submetidos à análise de vulnerabilidade. Esse cálculo deve utilizar modelagens matemáticas conceituadas e as condições meteorológicas da região. Os níveis a serem pesquisados são: para nuvens tóxicas: a concentração imediatamente perigosa para a vida ou saúde humana (IDLH) e a concentração correspondente a 1% de letalidade; para incêndios em poça (derramamentos) ou tocha (jato de fogo): o fluxo de radiação térmica igual a 5 kW/m2 e o fluxo correspondente a 1% de letalidade; para explosões de qualquer natureza: o nível de sobrepressão igual a 0,069 bar e o nível de sobrepressão correspondente à letalidade de 1%; para nuvens de substâncias inflamáveis: a concentração igual ao limite inferior de inflamabilidade da substância; para bolas de fogo decorrentes de BLEVE's: o fluxo de radiação correspondente a 1% de letalidade em decorrência da exposição humana pelo tempo de duração da bola de fogo; Pesquisar também os efeitos físicos (temperatura, pressão, ondas de choque, impacto de fragmentos) que produzirão danos na própria instalação ou em instalações vizinhas, resultando no chamado efeito dominó. Apresentar um mapa ou planta da região, em escala, indicando as curvas de igual magnitude dos níveis dos efeitos físicos pesquisados, e as ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais, e afins) que estejam abrangidas por aquelas curvas. No caso do COMPERJ indicar o limite da Zona Estritamente Industrial. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 24/28 1.3.8 Tolerabilidade dos Riscos para Análise de Vulnerabilidade As alternativas de localização devem ser analisadas com base na tolerabilidade dos riscos. Os riscos proporcionados pelo empreendimento serão considerados toleráveis se nenhuma ocupação sensível estiver contida nas curvas relativas a 1% de letalidade e na curva correspondente ao limite inferior de inflamabilidade. 1.3.9 Revisão do Estudo de Análise de Risco No caso dos riscos apurados não serem toleráveis, deve ser adotada uma das seguintes providências: Pesquisar o que pode ser modificado na instalação, para que as ocupações sensíveis fiquem fora das curvas correspondentes a 1% de letalidade, e da curva correspondente ao limite inferior de inflamabilidade. Esse reestudo deve constar do relatório, refazendo-se as quantificações para a nova condição. Complementar o Estudo de Análise de Risco, determinando os riscos individual e social e verificando sua tolerabilidade segundo os critérios definidos pela FEEMA. 1.3.10 Avaliação das Freqüências de Ocorrência Avaliar quantitativamente a freqüência de ocorrência de cada evento iniciador, utilizando-se dados existentes em referências bibliográficas e bancos de dados. Para eventos iniciadores complexos, que envolvam falhas de sistemas, devem ser construídas e avaliadas árvores de falhas específicas para cada situação. Avaliar também as freqüências de ocorrência dos diversos cenários de acidente capazes de ocorrer após cada evento iniciador. Estes cenários devem considerar as falhas dos sistemas de segurança que venham a ser demandados em cada caso, as diferentes direções e faixas de velocidade do vento e as possibilidades de ignição imediata e retardada devem ser determinadas através da construção de árvores de eventos para cada evento iniciador. A probabilidade de falha ou a indisponibilidade dos sistemas de segurança devem ser avaliadas através da construção de árvores de falhas ou por outras técnicas equivalentes de análise de confiabilidade. 1.3.11 Avaliação dos Riscos GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 25/28 Avaliar o risco individual e o risco social. O primeiro deve ser apresentado sob a forma de curvas de iso-risco, desenhadas sobre o mapa ou planta da região, em escala, desde o maior valor obtido para o risco individual até o nível de 10-8 fatalidades por ano, pelo menos, variando de uma ordem de magnitude de uma para a outra. Identificar os núcleos populacionais para cada umdos quais deva ser determinado o risco social. O risco social para cada um desses núcleos deve ser representado por meio da curva de distribuição acumulada complementar, em um gráfico FN, cuja matriz está apresentada a seguir. Nesse gráfico, F é a freqüência esperada (ocorrências por ano) para os acidentes que têm o potencial de produzir N ou mais vítimas fatais. Gráfico FN para a apresentação do risco social 1 10 100 1.000 10.000N (mortes) 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 F (ocor./ano) 1.3.12 Tolerabilidade dos Riscos Individual e Social Os riscos proporcionados pelo empreendimento serão considerados toleráveis se: a curva de iso-risco correspondente a 10-6 fatalidades por ano não envolver, parcial ou totalmente, uma ocupação sensível; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 26/28 a curva de distribuição acumulada complementar, desenhada sobre o gráfico FN, ficar abaixo ou, no máximo, tangenciar a reta inferior do gráfico. 1.3.13 Revisão do Estudo de Análise de Risco No caso dos riscos apurados não serem toleráveis devem ser indicadas as medidas que promovam a melhora da segurança da instalação, de tal sorte que a revisão do cálculo dos riscos demonstre que os mesmos, devido à sua redução, passaram a ser toleráveis. O reestudo deve constar do relatório, com todos os cálculos refeitos. 1.3.14 Medidas Preventivas e Mitigadoras No caso de ficar demonstrado que os riscos para a comunidade são, ou poderão ser, toleráveis, devem ser consolidadas e relacionadas as medidas preventivas e mitigadoras levantadas pelo Estudo de Análise de Risco. 1.3.15 Conclusões Apresentar uma síntese do Estudo de Análise de Risco com as respectivas conclusões. PLANILHA DE APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS Análise Preliminar de Perigos – APP Empreendimento: Área Preparado por Data (1) Perigos (2) Causas (3) Modos de Detecção (4) Efeitos (5) Categoria de Freqüência (6) Categoria de Severidade (7) Recomendações (8) Cenário Coluna (1) perigos são os eventos acidentais que apresentam a possibilidade de causar danos às pessoas. Coluna (2) devem ser apontadas as causas dos eventos acidentais, inclusive erros humanos. Coluna (3) informar a previsão de instrumentação e de presença de pessoas com esse fim específico. Coluna (4) informar quais os efeitos esperados; devem ser explicitados quais os efeitos dentro da instalação e quais os efeitos fora da instalação; no caso dos efeitos fora da GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 27/28 instalação, se há ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais ou afins), atingíveis. Coluna (5) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de freqüência; as categorias de freqüência não são totalmente padronizadas, mas o seu número não deve ser inferior a quatro, indo da categoria "extremamente remota" até a categoria "freqüente". Coluna (6) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de severidade; as categorias de severidade não são totalmente padronizadas, mas o seu número não deve ser inferior a quatro, indo da categoria "desprezível" até a categoria "catastrófica". Deve-se tomar por base que um cenário catastrófico implica na possibilidade de morte de uma ou mais pessoas. Coluna (7) as recomendações devem ser propostas tanto no sentido preventivo quanto no sentido corretivo. Coluna (8) atribuir um número seqüencial a cada um dos cenários, não só como referência no texto do relatório, mas também para facilitar o desdobramento de um cenário em vários, simultâneos, ou em uma seqüência (efeito dominó). Deve haver um destaque para os cenários acidentais cujos efeitos possam se fazer sentir fora da instalação. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado do Ambiente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 9/3/2007 28/28 Grupo de Trabalho responsável pela elaboração da Instrução Técnica Adilson Pinto Gil – IBAMA José Alencar Sampaio – FEEMA Adriana Lima e Silva – FEEMA José Quirino Matos – FEEMA Alceu Magnanini – IEF Luiz Cláudio Gonçalves – FEEMA Ana Lúcia Aguiar Cavallieri – FEEMA Marlene Mendlowicz – FEEMA Breno Herrera Coelho – IBAMA Mônica Miranda Falcão – SERLA Eduardo Soares da Cruz – FEEMA Paulina Maria Cavalcanti – FEEMA Érika Wuillaume – FEEMA Paulo Bidegain Primo – IEF Fátima de Freitas Lopes – FEEMA Ricardo Moreira Bastos – FEEMA Fernando Santos – FEEMA Suzane Claudia de Barros – SERLA José Arnaldo Sales – FEEMA Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2007.
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