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PM denunciado por abuso de autoridade em operação policial

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MPPR - 
13/12/2012 - GAECO MARINGÁ - Operação Coturno: PM é denunciado por
abuso de autoridade 
Releases
Enviado por: mp_comunicacao@mp.pr.gov.br
Postado em:13/12/2012 17:20
O Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Maringá
(região Noroeste do Estado) denunciou nesta quarta-feira (13/12) um policial militar de Paiçandu por
abuso de autoridade, e um servidor púbico por falso testemunho. 
 
 As investigações apontam que o policial agrediu um adolescente em 29 de setembro deste ano, e o
garoto teve o intestino perfurado, necessitando de cirurgia no HU em Maringá, devido aos chutes
desferidos pelo PM. Conforme a denúncia apresentada à Justiça, o adolescente agredido e um
colega dele, ambos com 15 anos de idade, voltavam de uma festa e, ao passarem em frente ao
Destacamento da Polícia Militar e ao Colégio Estadual Bela Vista 2, no qual ambos estudavam, o
colega da vítima arremessou pedras, acertando a lâmpada de um poste de iluminação pública e
quebrando uma das janelas da escola. 
 
 O PM denunciado, então, “saiu do interior do Destacamento, localizado ao lado do referido
Colégio, na mesma via pública, saltando o muro e indo em direção aos adolescentes. Todavia, o
menor E.S.S., autor do quebra-quebra evadiu-se do local, enquanto que a vítima S.V.D.
permaneceu sentado no meio-fio, próximo ao poste de iluminação pública. Então, o ora denunciado
arbitrariamente passou a ofender a integridade corporal do adolescente S.V.D., lhe desferindo
chutes, joelhadas e socos, principalmente na região abdominal, inclusive, golpeou a cabeça da
vítima empunhando uma arma de fogo”, relata trecho da denúncia.
 
 Em seguida, o PM conduziu o adolescente ao Destacamento, onde o algemou com as mãos para
trás. Então, enquanto o menino estava no chão, “sem qualquer chance de reação ou defesa,
desferiu um violento chute com o bico do coturno nas costas do menor e outro na barriga dele,
causando-lhe intenso sofrimento físico e moral”, relata a Promotoria. O PM elaborou então
Boletim de Ocorrência, “comunicando fato totalmente diverso, com se tivesse ocorrido uma
briga entre a vítima e outra pessoa não identificada, e que entre elas houve troca de
tijoladas”.
 
 Durante as investigações, um homem apresentou-se espontaneamente no Gaeco, sem ter sido
intimado, para prestar depoimento como testemunha de defesa indicada pelo PM. Segundo o
promotor responsável pela denúncia, Laércio Januário de Almeida, durante sua oitiva essa
testemunha acabou caindo em várias contradições, inclusive, equivocando-se no reconhecimento da
vítima, apontando outro adolescente em seu lugar.
 
 A Promotoria aponta que o PM terá direito ao benefício da transação penal e/ou suspensão
condicional do processo, livrando-se do processo, caso aceite as penas alternativas de pagamento
de multa no valor de R$ 1.800,00, ou prestação de serviços à comunidade durante o período de seis
http://www.mp.pr.gov.br 18/12/2012 17:30:05 - 1
meses. Já em relação à acusação de falso testemunho, não há direito ao benefício, porque a pena
mínima prevista supera um ano de prisão. 
 
 O Gaeco de Maringá informa ainda que, em relação à denúncia contra o PM, foi encaminhada cópia
para o Batalhão, para as devidas providências.
 
 Acesse neste link a íntegra da denúncia.
 
 Informações para a imprensa com:
 Assessoria de Comunicação
 Ministério Público do Paraná
 (41) 3250-4228 / 4439
 
http://www.mp.pr.gov.br 18/12/2012 17:30:05 - 2

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