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A atuação do profissional de Engenharia da Produção
no contexto da Indústria de Produção de Gases
A inserção de profissionais ligados à área de Engenharia de Produção tem se tornado
cada vez mais frequente no mercado, visto que a busca por qualidade e boa produtividade nos
processos de produção por parte das indústrias tem se mostrado como técnica eficiente de
vencer a competição. como forma de vencer a competição (OLIVEIRA; COSTA, 2013).
Segundo ABEPRO, 1997, a Engenharia de Produção é a área responsável por setores
relacionados a elaboração e implantação de projetos, melhoria nos sistemas produtivos,
previsão e avaliação de resultados do sistema perante a sociedade e meio ambiente, e para que
possa atingir todas essas possibilidades, esta área reúne conhecimentos de diversas ciências,
como matemática, física, ciências humanas e sociais, além dos princípios gerais da
engenharia.
Os gases industriais são constituídos de vários gases, sendo o Nitrogênio um dos mais
usuais, por ser encontrado em grande quantidade na atmosfera. De acordo com a quantidade
comercializada podem ser distribuídos em Cilindros, Tanques, Gasodutos ou On - sites.
Usualmente os gases industriais são utilizados em siderúrgicas, metalúrgicas, indústrias
químicas, de alimentos, oficinas, comércio em geral e inúmeras utilidades no mercado retail
(Mercado varejo que possui consumo pequeno e irregular). As suas principais características
são:
● Altos volumes que garantem o funcionamento de grandes instituições (On -
Site/Gasoduto);
● Pequenos investimentos em distribuição (On-Site);
● Alto nível logístico das operações (Tanques);
● Alto nível de preço dos gases vendidos (Cilindros);
● Alto custo de frete para distribuição (Cilindros).
Nesse cenário, a indústria de produção de gases se mostra como um campo de alta
competitividade entre empresas, portanto, a presença de um profissional da Engenharia da
Produção se coloca como estratégia fundamental para consolidação e preferência por parte
dos clientes na contratação de fornecedores de gases industriais. Para tanto, é necessário que o
mesmo minimize, ou até mesmo evite, o surgimento de problemas que venham prejudicar a
produção e o fornecimento dos gases às empresas contratantes. Portanto, serão apresentados
duas soluções que a serem aplicadas por profissionais da Engenharia da Produção para
solucionar problemáticas envolvendo a produtividade e a competitividade da empresa.
O engenheiro pode adotar o modelo apresentado por Aragão et al. (2004), em
específico o processo de negócios ciclo do pedido, para solucionar problemas relacionados à
competitividade e fidelização de clientes, sejam eles automáticos ou de pedidos. O tempo de
ciclo de pedido constitui-se em um fator crítico de disputa entre cadeias de suprimento, pelo
fato dos clientes, na atualidade, se mostrarem mais sensíveis em relação ao tempo,
valorizando as cadeias que conseguem atendê-los em menor tempo e com maior eficiência.
Esta ênfase esteve, e ainda está, bem colocada desde que a cadeia de suprimentos se beneficie
da redução de tempo de fluxo, diminuindo o tempo de espera (lead time) e o nível de estoque
em processo.
A escolha do processo de negócios ciclo do pedido se deve a dois fatores: o primeiro
se refere ao fato de que, para a sua prática, com sucesso, é necessária uma complexa interação
entre vários departamentos da empresa; a outra razão é a necessidade de rapidez na resposta
ao cliente. Sugere-se que, para a obtenção de uma vantagem competitiva na aquisição e
manutenção de clientes potenciais e cativos será necessário elevar o nível de serviço prestado
ao mercado. Portanto com a análise do processo de negócio ciclo de pedido os elos da cadeia
nas quatro formas de abastecimento de gases industriais poderá fornecer elementos para
serem analisados pelos gestores da empresa, no tocante a eficiência da gestão do processo de
negócio escolhido.
Para as problemáticas que envolvam a produtividade e a competitividade, o
engenheiro pode adotar o método de mapeamento dos processos de produção, o que garante
uma padronização, normalização e melhor gerenciamento dos processos envolvidos na
produção dos gases industriais. A organização orientada por processos está surgindo como a
forma organizacional dominante para o século XXI), as empresas estão organizando seus
recursos e fluxos ao longo de seus processos básicos de operação. Sua lógica de
funcionamento está passando a acompanhar a lógica desses processos, e não mais o raciocínio
compartimentado da abordagem funcional (GONÇALVES, 2000).
Segundo Gonçalves (2000), as empresas que estão procurando se organizar por
processos buscam maior eficiência na obtenção de seus produtos ou serviços, melhor
adaptação à mudança, melhor integração de seus esforços e maior capacidade de aprendizado.
Uma organização capaz de visualizar seus processos como realmente eles acontecem,
conseguirá estabelecer mais facilmente maneiras de controle desses processos e dessa forma
melhor controle de seus resultados e indicadores.
Segundo Oliveira (2003), o mapeamento de processos é usado para descrever, através
de diagramas e textos explicativos, cada passo essencial nos processos de negócio. Vilella
(2000) afirma que, faz sentido modelar o processo para descobrir os componentes essenciais e
sensíveis em que as melhorias farão diferença, já que as mudanças tecnológicas permitem que
o processo seja mudado no espaço ou no tempo, capacitando a organização a operar mudanças
rapidamente auxiliadas por modelos simulados em computador e pela engenharia dos
processos de negócio.
Para potencializar os impactos positivos do mapeamento de processos, o engenheiro
pode adotar o ciclo PDCA como ferramenta de melhoria constante desses processos. O ciclo
PDCA é composto por quatro fases. Na fase P, do inglês plan, de Planejar é necessário
estabelecer missão, visão, objetivos, definir as metas e também o método que será utilizado
para atingir os resultados esperados. Na fase D, do inglês do, de fazer é necessário realizar,
executar as atividades, coletar dados, educar, treinar, ou seja, executar o que foi planejado na
primeira fase (CAMPOS, 2004).
Na fase C, do inglês check, que quer dizer checar, deve-se controlar, monitorar e
avaliar os resultados, verificando os processos, confrontando seus resultados com o planejado,
com os objetivos do planejamento e o estado que é desejado, consolidando as informações,
eventualmente confeccionando relatórios e produzindo insumos para a próxima fase. Na fase
A, do inglês act, de agir, deve-se executar as ações de acordo com o previsto, tomando por
base os relatórios da fase de controle, de checagem. Deve haver nessa fase uma ação
corretiva, visando à melhoria da situação que foi constatada (CAMPOS, 2004).
A experiência que vem sendo adquirida seja com o uso do ciclo de pedido seja com o
uso mapeamento de processos demonstra a sua aplicabilidade e eficiência em diversas
organizações. Para que as mesmas alcancem altos níveis de desempenho é necessário que
todos os métodos e processos sejam bem executados, dentro de um contexto de interesse e
comprometimento. Fica evidente que as soluções aqui apresentadas não são ferramentas
definitivas tampouco exclusivas para a resolução de todos os problemas. Para que as soluções
aqui citadas tenham um grande êxito, faz-se necessário o comprometimento de toda a equipe
envolvida e a credibilidade e a confiança da liderança, já que a mudança resulta em quebra de
paradigmas e transposição de barreiras.
REFERÊNCIAS
ABREPO. Associação Brasileira de Engenharia de Produção. Engenharia de Produção:
grande área e diretrizes curriculares. 1997. Não paginado. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/DiretrCurr19981.pdf>.
ARAGÃO, A. B. et al. Modelo de análise de cadeias de suprimentos: fundamentos e
aplicação às cadeias de cilindros de GNV. Gestão e Produção, v. 11, n. 3, p. 299-311, 2004.
CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento darotina do trabalho do dia-a-dia. 8ª ed. Belo
Horizonte: INDG Tecs, 2004.
GONÇALVES, J.E.L. Processo, que processo? ERA – Revista de Administração de
Empresas. São Paulo, Vol. 40. n.4. p.8-19. Out./Dez.2000b.
OLIVEIRA, Natacha Moraes. Seleção de sistemas de gestão e o impacto no processo de
implantação: Um estudo de casos múltiplos. 2003. 182 f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. Disponível em:
<www.unisinos.br/inf/images/stories/Inf/36tc_natacha_oliveira>
OLIVEIRA, V. F. de; COSTA, M. V. O. A evolução do desempenho da engenharia de
produção no ENADE. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO,
33, 2013, Salvador. Anais... Salvador: INEP, 2013.
VILELLA, Cristiane da Silva Santos. Mapeamento de processos como ferramenta de
reestruturação e aprendizado organizacional. 2000. 90 f. Trabalho (Graduação em
Informática) – Universidade Vale do Rio dos Sinos, 2000.