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ESCOLA TÉCNICA DE GUAIANAZES – GUAIANASES ETEC DE GUAIANAZES NUTRIÇÃO E DIETÉTICA BIANCA CAROLINA DOS SANTOS GABRIELE SILVA PORTELA JAKELINE SANTANA DA ROCHA LORENA DA SILVA PEREIRA LUCAS DANIEL DOS SANTOS SILVA PEDRO HENRIQUE MARQUES RAQUEL APARECIDA DA SILVA MATIAS TALITA SANTOS DE OLIVEIRA VITÓRIA BEATRIZ SALUSTIANA SOUZA ELABORAÇÃO DE CARTILHA ILUSTRATIVA COM BASE EM FUNDAMENTOS DE DIETOTERAPIA, PARA O AUXILIO NO TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL. SÃO PAULO 2018 BIANCA CAROLINA DOS SANTOS GABRIELE SILVA PORTELA JAKELINE SANTANA DA ROCHA LORENA DA SILVA PEREIRA LUCAS DANIEL DOS SANTOS SILVA PEDRO HENRIQUE MARQUES RAQUEL APARECIDA DA SILVA MATIAS TALITA SANTOS DE OLIVEIRA VITÓRIA BEATRIZ SALUSTIANA SOUZA ELABORAÇÃO DE CARTILHA ILUSTRATIVA COM BASE EM FUNDAMENTOS DE DIETOTERAPIA, PARA O AUXILIO NO TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL. Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Técnico em Nutrição e Dietética, à Escola Técnica de Guaianazes. Orientador: Profª Eliane Cristina dos Santos. Coorientador: Profª Mayra Amâncio Coorientador: Profª Marcia Xavier SÃO PAULO 2018 DEDICATORIA Às nossas famílias, pela capacidade de acreditar e incentivar a conclusão do trabalho. Pelo cuidado e segurança transmitidos, o que nos deu a certeza de não estarmos sozinhos nessa caminhada. À todos os professores que nos acompanharam durante а formação, em especial às Profa. Eliane Cristina, Profa. Mayra Amâncio e Profa. Márcia Xavier, responsáveis pеlа realização deste trabalho. Sem esquecer-se da estrutura e metodologia do Centro Paula Souza, e funcionários e docentes do curso de Nutrição e Dietética da Etec de Guaianazes. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente à Deus, por nos proporcionar força de vontade e paciência para este feito. Agradecemos também aos nossos familiares, pelo total incentivo e apoio, que se fez fundamental durante esta trajetória. Aos componentes que constituíram a pré-banca, onde nos foi passado às criticas e felicitações sobre nosso trabalho e a aprovação para a continuidade do mesmo. E por fim, porem não menos importante, as nossas professoras orientadoras Márcia Xavier, Eliane Cristina e Mayra Amâncio, pelo suporte nos dado, incentivo, correções e conhecimento necessário para começar e finalizar este trabalho. EPÍGRAFE "Não importa o que aconteça, continue a nadar." (WALTERS, GRAHAM; Procurando Nemo, 2003.) RESUMO A presente pesquisa refere-se a um trabalho de conclusão de curso, que trata-se da elaboração de uma cartilha educativa com base em fundamentos de dietoterapia, para o auxílio no tratamento da obesidade infantil. A obesidade infantil, definida como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal em crianças, no Brasil, tem tomado proporções enormes. A dietoterapia é uma ferramenta eficaz quando seguida corretamente, sendo utilizada por nutricionistas, e possui um papel fundamental no retardamento ou prevenção de diversas doenças, assim como a obesidade. A partir da verificação por meio de pesquisas, dos hábitos atuais das crianças, levantou-se índices de obesidade infantil nos últimos dez anos, sugerindo uma boa alimentação através da produção de uma cartilha com orientações por meio da dietoterapia às crianças na fase escolar. O livro contém história em quadrinhos, com personagens e animações que chamam a atenção do público alvo, orientações alimentares referenciadas na revisão, além da produção de atividades educativas, como o caça palavras. A obesidade é uma doença séria, que pode acarretar diversos problemas de saúde. As escolas e os responsáveis devem orientar as crianças a terem hábitos saudáveis desde cedo, pois quando adultos, as mudanças ocorrem de uma forma mais lenta. É perceptível a importância de intervenções nutricionais por meio da dietoterapia durante a fase escolar. A cartilha infantil, por se tratar de um instrumento interativo e didático, foi escolhido como um método eficaz para o desenvolver do assunto, tendo uma participação direta e um maior envolvimento do público alvo. Palavras-chave: ditetoterapia; obesidade infantil; nutricionista; cartilha. ABSTRACT The present research refers to a work of conclusion of course, which is the elaboration of an educational booklet based on dietary foundations, to aid in the treatment of childhood obesity. Childhood obesity, defined as the abnormal or excessive accumulation of body fat in children in Brazil, has taken on enormous proportions. Diet therapy is an effective tool when properly followed, being used by nutritionists, and plays a key role in delaying or preventing various diseases, as well as obesity. Based on the research check of children's current habits, childhood obesity rates have been rising in the last ten years, suggesting a good diet through the production of a booklet with guidelines through dietary therapy to children in the school phase. The book contains comics, with characters and animations that draw the attention of the target audience, food guidelines referenced in the review, in addition to producing educational activities such as word hunting. Obesity is a serious disease, which can lead to various health problems. Schools and caregivers should guide children to have healthy habits early on, because as adults, changes occur more slowly. The importance of nutritional interventions through diet therapy during the school phase is noticeable. The children's primer, because it is an interactive and didactic instrument, was chosen as an effective method to develop the subject, having a direct participation and a greater involvement of the target public. Palavras-chave: ditetoterapia; Child obesity; nutritionist; primer. SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 2.0 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 2.1 Objetivo geral .................................................................................................. 15 2.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 15 3.0 METODOLOGIA ................................................................................................. 16 4.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 20 4.1 Conceito de Dietoterapia ................................................................................. 20 4.2 Área de aplicação ........................................................................................... 20 4.2.1. Dietoterapia hospitalar ................................................................................ 20 4.2.2. Dietoterapia no tratamento de diversas doenças ........................................ 20 4.2.2.1. Diabetes ................................................................................................... 20 4.2.2.2. Hipertensão .............................................................................................. 21 4.2.2.3 Anorexia .................................................................................................... 21 4.2.2.4 Obesidade ................................................................................................. 22 4.3 Fase escolar ....................................................................................................... 22 4.3.1 Características ............................................................................................. 22 4.3.2 Orientações alimentares .............................................................................. 23 4.4 Obesidade Infantil ............................................................................................. 23 4.5 Influências da mídia e familiares na obesidade infantil. ................................ 24 4.6 Formações de hábitos alimentares das crianças ........................................... 25 4.6.1 Seletividade alimentar .................................................................................. 25 4.6.2 A percepção dos pais em relação a alimentação das crianças .................... 26 4.6.3 A importância da escola e do governo na alimentação de crianças ............. 27 4.7 Desafios na mudança do hábito alimentar ...................................................... 28 4.8 Consequências da má alimentação ................................................................. 29 4.8.1 Consumo de fast foods ................................................................................ 29 4.8.2 Alto consumo de açúcares, sódio e gordura ................................................ 30 4.9 Estresse psicológico......................................................................................... 31 4.10 Obesidade como motivo de bullying ............................................................. 32 4.10.1 Conceito de bullying ................................................................................... 32 4.10.2 Motivo do bullying com portadores de obesidade ...................................... 32 4.10.3 Solução do bullying .................................................................................... 32 4.11 Consequências da obesidade na vida adulta ............................................... 33 4.12 Índices de obesidade ...................................................................................... 34 4.13 Promoção de boa alimentação ....................................................................... 36 4.14 Obesidade na participação em aulas de educação física ............................ 37 4.15 Benefícios da atividade física e os riscos do sedentarismo ....................... 38 4.15.1 Atividade física na infância: benefícios e recomendações ......................... 38 4.16 A Importância do profissional nutricionista ................................................. 39 4.17 Cartilha ............................................................................................................. 40 4.17.1 Conceito ..................................................................................................... 40 4.17.2 Utilização da cartilha .................................................................................. 40 4.18 Atividades educativas no auxilio do tratamento da obesidade .................. 41 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 43 6.0 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 44 7.0 APÊNDICE .......................................................................................................... 55 LISTA DE FIGURAS FIGURA 01 – Personagem Manuela..........................................................................17 FIGURA 02 – Personagem Dudu...............................................................................18 FIGURA 03 – Personagem mãe de Manuela.............................................................18 LISTA DE TABELAS TABELA 01 – Taxas de obesidade............................................................................35 TABELA 02 – Obesidade em meninos.......................................................................35 TABELA 03 – Obesidade em meninas.......................................................................35 12 1.0 INTRODUÇÃO A Dietoterapia compreende uma série de cuidados nutricionais que devem ser observados durante o tratamento de doenças específicas, o tratamento médico nutricional tem seu papel de relevância no condicionamento físico, crescimento, desenvolvimento e saúde, uma manutenção na nutrição bem executada e apropriada durante o decorrer da vida pode retardar ou até mesmo prevenir o inicio de algumas doenças relacionadas a nutrição como por exemplo, a obesidade (KRAUSE, 2010). O homem primitivo tinha um maior acesso aos alimentos de fonte natural, era comum não saberem quando iriam se alimentar novamente ou quando veriam determinado alimento. Desta maneira, o homem evoluiu reservando alimentos quando os tinha e criando mecanismos adaptativos que ajudavam a sobreviver quando não havia oferta de alimento. Atualmente, esta capacidade de armazenar energia proveniente dos alimentos não se apresenta mais como uma vantagem, pois o desenvolvimento tecnológico proporcionou uma maior disponibilidade de alimentos que juntamente com um novo estilo de vida sedentário, se mostra como fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade (RINALDI, et al, 2008) A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde e está se tornando um grande problema para as crianças dos países ocidentais. O Brasil é considerado um país em transição nutricional, pela substituição da desnutrição pela obesidade, este excesso de peso tem sido encontrado com frequência a partir dos cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e regiões brasileiras (MORAES e DIAS, 2013). A obesidade infantil pode ser explicada por fatores genéticos, ambientais e de hábitos de alimentação, estes fatores geram consequência para crianças pois além de causar sérios riscos à saúde podem prejudicar o convívio em sociedade e o estado emocional. A busca sobre os efeitos do excesso de peso na infância tem 13 aumentado por conta de ser determinante para os padrões da composição do corpo de um indivíduo adulto (NEVES, et al, 2010). O panorama mundial e brasileiro da obesidade tem se revelado como um novo desafio para a saúde pública, uma vez que sua incidência e prevalência têm crescido de forma alarmante nos últimos 30 anos. A mudança do perfil nutricional que se desenha no Brasil revela a importância de um modelo de atenção à saúde. É importante ressaltar que o excesso de peso na infância predispõe a várias complicações de saúde e segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada em 2008-2009, a prevalência de excesso de peso (índice de massa corporal – IMC/idade≥1 escore Z) e obesidade (IMC/idade≥2 escores Z) em crianças de cinco a nove anos foi de 33,5% e 14,3%, respectivamente. A obesidade correspondeu a cerca de um terço do total de casos de excesso de peso no sexo feminino e quase metade no masculino. A prevalência do excesso de peso oscilou de 25 a 30% nas regiões norte e nordeste e de 32 a 40% nas regiões sudeste, sul e centro-oeste. (REIS; VASCONCELOS e BARROS, 2011). A obesidade nas últimas décadas assumiu proporções alarmantes no mundo inteiro, por conta do sedentarismo e do fácil acesso aos alimentos hipercalóricos. No Brasil, segundo os dados da pesquisa de orçamento familiar -POF 2008-2009 (IBGE, 2010), a tendência secular dos indicadores antropométricos na faixa etária de cinco a nove anos indica que a prevalência de excesso de peso em meninos era moderada em 1974-1975 (10,9%), aumentando para 15,0% em 1989 e alcançando 34,8% em 2008-2009. Padrão semelhante, de aumento do excesso do peso é observado em meninas: 8,6%, 11,9% e 32,0% respectivamente. Os dados demostram aumento da prevalência, o que indica que cada vez se tem mais crianças obesas, fator que pode desencadear outras doenças (SANTOS, et al 2015). A obesidade na infância cria um fator de risco para morbidades e mortalidade do adulto com doenças cardiovasculares, hiperlipidêmicas, câncer colorretal, diabetes tipo 2, gota e artrite. Já as crianças que apresentam obesidade estão sujeitas a sérios estresses psicológicos devido ao estigma social. Também são frequentes as complicações respiratórias (regulação respiratória anormal e baixa oxigenação arterial), ortopédicos, dermatológicos, imunológicas e os distúrbio hormonais. As consequências destas alterações no metabolismo que ocorrem nesta 14 patologia podem ser de longa duração e intensas, atingindo a maioria dos sistemas orgânicos. (FREITAS; COELHO e RIBEIRO, 2009). O tratamento da obesidade infantil é realizado através da base de mudanças alimentares e o aumento da pratica de exercícios físicos. As dietas devem atender as necessidades nutricionais da criança e as atividades físicas devem ser praticadas diariamente, com duração de até uma hora. A combinação destas duas áreas do conhecimento é a forma mais eficaz no combate da obesidade infantil. (OLIVEIRA e COSTA, 2016). Entretanto, estes quadros podem ser revertidos antes mesmo de acontecer, servindo como uma alternativa para a reversão do aumento da obesidade como por exemplo mudanças de comportamento, porém, estudos que mostrem e incentivem o desenvolvimento de políticas públicas que funcionam ainda são escassos, mas são de suma importância (TENORIO e COBAYASHI, 2011). Para isso, é de extrema relevância que sejam elaborados programas educacionais planejados com a intenção de ampliar o conhecimento da criança sobre nutrição e saúde para influenciarem em boa alimentação, a atividade física e a redução do sedentarismo, garantindo assim boa nutrição durante toda a vida (FREITAS; COELHO e RIBEIRO, 2009) As cartilhas, sendo elas em quadrinhos ou não são produtos produzidos para promoção de educação em saúde, geralmente utilizada por órgãos públicos. Uma das principais propostas das campanhas de educação em saúde é provocar a mudança ou reforço de atitudes dos leitores (MENDONÇA, 2008). 15 2.0 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Elaborar uma cartilha com orientações sobre alimentação saudável às crianças brasileiras com idade de 6 a 12 anos, a fim de combater a obesidade infantil. 2.2 Objetivos específicos Verificar os hábitos alimentares das crianças. Levantar índices de obesidade infantil no Brasil. Apresentar uma boa alimentação para as crianças a partir dos hábitos analisados. 16 3.0 METODOLOGIA 3.1 Materiais A pesquisa utilizada para o desenvolvimento da revisão bibliográfica, bem como a cartilha elaborada, foi realizada através de artigos científicos buscados no google acadêmico. Os critérios de inclusão estabelecidos para a seleção dos artigos foi um período de publicação máxima de 10 anos (2008-2018). 3.2 Métodos 3.2.1 História da cartilha O método utilizado para o desenvolvimento do trabalho foi a elaboração de uma cartilha educativa, tendo as crianças de 6 a 12 anos como principal público alvo. O conteúdo do livro envolve uma história em quadrinhos e atividades educacionais juntamente com orientações para uma boa alimentação, visando enaltecer o consumo de alimentos saudáveis, a importância da atividade física e o consumo esporádico de fast foods e alimentos hipercalóricos. 3.2.2 Características da história Com o objetivo de sair da formalidade por conta do público alvo, o título da história é "E.B.A. - Esquadrão da Boa Alimentação", relacionando-se com os personagens da cartilha, que estão contidos na capa de uma maneira animada. 3.2.3 Estrutura A história foi elaborada por meio de história em quadrinhos, onde há falas das personagens, contando com uma narração. Atualmente, tem sido comum a publicação de livros didáticos, em diversas áreas para que surja também um maior interesse das crianças, já que esta opção contém desenhos animados que causam uma atração do público alvo por esse tipo de leitura, a combinação de palavras e imagens-forma mais eficiente de ensino, a qualidade da informação, o enriquecimento da comunicação pelas HQs, o auxílio no desenvolvimento do hábito de leitura e a ampliação do vocabulário, sendo assim um importante meio para transmissão de seu conteúdo. (NEVES, 2012). 17 Houve o uso de figura de linguagem denominado personificação, onde os alimentos (inanimados) passaram a ganhar "vida", tendo a capacidade de comunicar-se com as pessoas. 3.2.4 Personagens Manuela é a personagem principal e suas características físicas foram criadas a partir do esboço que segue: FIGURA 01 – Personagem Manuela Fonte: ASSUNÇÃO, 2018. Realizada através das ideias dos participantes do grupo, e com características semelhantes a uma das componentes do presente trabalho. Dudu é o colega de sala e amigo próximo de Manuela e suas características físicas foram criadas a partir do esboço que segue: 18 FIGURA 02 – Personagem Dudu Fonte: ASSUNÇÃO, 2018 Realizado através das ideias dos participantes do grupo, e com características semelhantes a um de nossos amigos, em homenagem. As características da personagem foram criadas a partir do esboço que segue: FIGURA 03 – Personagem mãe de Manuela Fonte: ASSUNÇÃO, 2018 Realizadas através das ideias do ilustrador. 19 Além desses, houveram outros personagens, como a profissional nutricionista e os personagens do E.B.A. 3.4.5 Cronologia 1° Etapa Manuela, em sua fase escolar, dispõe de uma alimentação fragilizada, com maus hábitos alimentares e desregrada, consumindo exacerbadamente alimentos hipercalóricos e se dispondo do sedentarismo, o que ocasionará futuros problemas sociais e de saúde, como a obesidade, ainda não diagnosticada nessa etapa. A má alimentação deve-se as influências trazidas por essa idade, influências sociais, apresentadas pelos pais e amigos da personagem e midiáticas proporcionadas pela TV, revistas, comerciais e etc. 2° Etapa As pessoas ao redor de Manuela perceberão as limitações e exagero de peso da personagem, além de outras características típicas da obesidade, que a personagem começa a apresentar de forma mais intensa. Após sofrer diversas dificuldades em seu ciclo de amigos e seu desempenho físico defasado em relação ao das outras crianças, Manuela resolve conversar com sua mãe sobre o assunto. A mãe preocupada, logo decide procurar ajuda profissional, já que sozinha não conseguiria diagnosticar e tratar a dificuldade de sua filha. Após consultas com a nutricionista, a obesidade é diagnosticada e Manu começa o tratamento, com mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos A nutricionista apresenta o (E.B.A.) Esquadrão da Boa Alimentação, uma equipe formada por alimentos saudáveis e saborosos que ajudam Manu nesse processo de recuperação, ensinando novas preparações, substituições e mudando os hábitos da personagem, para garantir crescimento saudável e livre de patologias. 20 4.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 Conceito de Dietoterapia Hipócrates, da Grécia antiga, considerado pai da medicina, afirmou: "Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio". A Dietoterapia é uma ferramenta do nutricionista, que utiliza alimentos para o tratamento e prevenção de enfermidades, e contribui para que o organismo possa adquirir os nutrientes para manter a saúde (ESQUIVEL, 2013). Segundo MORAIS, 2010, a dietoterapia e um tratamento que tem como base a modificação de alimentos, pela adição de alimentos com propriedades de cura, ao tempo de suprimir outras, cujo organismo doente se encontra debilitado e incapacidade de metabolizar, o que por si induz ou agrava doença. A dietoterapia tem como seu objetivo ajudar a dieta a capacidade do organismo em digerir, absorver e aceitar determinados alimentos, bem como a capacidade em metabolizar nutrientes; contribuir para compensar estados de deficiência nutricional; educar pacientes e familiares para aquisição de hábitos alimentares compatíveis e saudáveis com a saúde e com seu estilo de vida. (ALENCAR e CASTELO, 2014). 4.2 Área de aplicação 4.2.1. Dietoterapia hospitalar A dietoterapia hospitalar surge como uma alternativa eficaz e relevante, cujo objetivo é a recuperação e manutenção da saúde. A alimentação adequada e balanceada representa o instrumento capaz de reverter quadros de desnutrição e, consequentemente, reduzir o tempo de internação de pacientes, bem como o custo de hospitalização (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010). 4.2.2. Dietoterapia no tratamento de diversas doenças 4.2.2.1. Diabetes O Diabetes Mellitus é uma doença crônico-degenerativa, caracterizada pela hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina e/ou na ação desta. As complicações agudas e crônicas geradas pelo diabetes estão associadas a fatores 21 ligados ao estilo de vida do portador, ou seja, como ele controla os níveis glicêmicos por meio do seu tratamento. Esta preocupação com o controle dos níveis glicêmicos é de suma importância, visto que a hiperglicemia resulta em patológicas intensas, então, um tratamento com multiprofissionais para o acompanhamento desses pacientes é indispensável, voltada principalmente para continuidade do tratamento em longo prazo e educação dos mesmos. (MORAIS et al, 2009). O tratamento do diabetes mellitus consiste no ajuste do controle metabólico e consiste em mudanças de comportamento associadas à alimentação saudável e à atividade física. (BOAS, et al, 2011). 4.2.2.2. Hipertensão Hipertensão, conhecida como pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão pode se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. Se os vasos são estreitados a pressão sobe. (SBH, 2011). A hipertensão arterial (HA) é uma síndrome que se origina de multifatores, sendo um problema na área de saúde pública e tem sido reconhecida como grave fator de risco para as doenças cardiovasculares (doenças do coração). É uma doença sistêmica que envolve alterações nas estruturas das artérias e do miocárdio associada à disfunção endotelial e constrição e remodelamento da musculatura lisa vascular. A HA atualmente é definida de acordo com valores pressóricos, nas quais níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg, identificados em duas ou mais verificações da pressão arterial, diagnosticam a doença. (OLIVEIRA, 2011). A dietoterapia entrará como uma dieta para auxiliar ao tratamento da hipertensão, com a função de diminuir/amenizar os riscos e a elevação da pressão arterial. (SOUZA, 2011). 4.2.2.3 Anorexia A anorexia se apresenta como um transtorno alimentar menos comum, entretanto, o mais grave. Para diagnosticar a anorexia nervosa é preciso notar o pese corporal abaixo do esperado para idade e altura, medo de engordar, mudanças no corpo e ausência da menstruação por pelo menos três ciclos. Os programas de 22 tratamento dos transtornos alimentares que contam com atuação de profissionais de diferentes áreas, buscam primeiramente ajustar o peso do paciente que na anorexia está associado a amenizar os sintomas, com melhoras psicoterapêuticos e psicotrópicos. (MOREIRA e OLIVEIRA, 2008) 4.2.2.4 Obesidade A obesidade pode ser entendida como acúmulo excessivo de gordura, que oferece riscos para a saúde devido à sua relação com o desencadeamento de complicações metabólicas, como aumento da pressão arterial, dos níveis de colesterol e resistência à insulina. Suas causas estão relacionadas com fatores biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos. (MINISTERIO DA SAUDE, 2014). O indivíduo com obesidade tem alta probabilidade de desenvolver diversos distúrbios psicossociais, tais como: depressão, transtornos de ansiedade e alteração de imagem corporal. Estes efeitos, atribuídos à obesidade, fazem com que o excesso de gordura corporal, seja um grave problema de saúde pública. (BARBIERE e MELLO, 2012). A terapia nutricional para a obesidade requer longo período de seguimento e visa, melhorar o padrão alimentar. Os exercícios físicos atuam positivamente na perda de peso saudável ou aumentar a massa magra, logo, a terapia nutricional combinada à pratica regular de atividade física constituem estratégia indispensável e fundamental no tratamento da obesidade. (PONTES; SOUSA e NAVARRO, 2009). 4.3 Fase escolar 4.3.1 Características A faixa etária escolar é um período da vida infantil que se estende dos 7 aos 10 anos de idade. Essa fase caracteriza-se por um ritmo de crescimento constante. O ganho de peso é sempre maior que o crescimento da estatura, tanto para meninos quanto meninas. Nessa fase acontece o aumento do apetite, manifestação de preferência ou aversão por certos alimentos, crescimento da independência, a partir da percepção da percepção de que pode decidir o que quer comer ou não comer (SILVEIRA, 2015). 23 4.3.2 Orientações alimentares É recomendado que as crianças realizem seis refeições diárias, lembrando que o lanche da escola está entre essas refeições. As escolas deverão atender as recomendações de acordo com o período de permanência da criança na mesma. A criança que fica por um período de 04 horas na escola deve receber 15% das recomendações nutricionais determinadas, onde deverão ser administradas através do lanche. Para a criança que fica por um período de 08 horas deve receber 66% das recomendações nutricionais determinadas que deverão ser administradas através das refeições distribuídas. As crianças na fase escolar devem fazer atividades físicas para evitar o sedentarismo, e possivelmente obesidade. A bebida alcoólica também não é recomendada para as crianças nessa fase. Deve-se fazer restrição de alimentos caloricamente densos e pobres em micronutrientes além de redução na exposição das crianças às pesadas práticas de marketing desses produtos. Promover escolhas saudáveis para o consumo alimentar como vegetais, legumes e frutas. E deverão ser encorajados a comer cereais como pão, arroz e massas, de preferência os integrais. Ingerir carnes vermelhas magras, peixes, aves e/ou alternativas. Dar preferência à ingestão de água. (MAN; TRUSWELL e STEWART, 2009). 4.4 Obesidade Infantil A obesidade infantil acarreta consigo diversos malefícios que podem se estender a vida adulta, sendo mais da metade da porcentagem de crianças obesas de 10 a 13 anos que se tornam adultos obesos, tendo como consequências o aumento no nível do colesterol, aumento do risco de intolerância a glicose e hipertensão. As causas da obesidade normalmente se relacionam a dois fatores, sendo um deles o estilo de vida, visto que esta geração se torna mais ligada à mídia e fatores tecnológicos, sendo pouco praticadas as brincadeiras ao ar livre (mudança ocorrida devido o aumento da violência). Outro fator são os hábitos alimentares, pois o consumo de fast foods e alimentos mais calóricos aumentam continuamente, crescendo também o tamanho da porção dos alimentos consumidos. Ou seja, o gasto energético das crianças torna-se menor, e o consumo de alimentos calóricos maior, gerando acúmulos de calorias e consequentemente o ganho de peso. (AGOSTINI e SEBELE, 2008). 24 Com base nisso, nota-se que o tratamento precoce na obesidade infantil e adolescente é de extrema importância, visando sempre à melhoria nos bons hábitos alimentares, prática de atividades físicas, terapia comportamental, entre outros. Um dos principais métodos para a prevenção da obesidade infantil são os esforços por parte dos pais ou responsáveis, familiares, amigos e escola, além também de possuir informações corretas sobre a alimentação. O papel dos responsáveis pela criança se torna fundamental, já que eles podem e devem estimular bons hábitos alimentares e físicos (AGOSTINI e SEBELE, 2013). As intervenções bem executadas necessitam juntamente do envolvimento dos pais, pois uma vez que eles se mostram exemplos de conduta física e alimentar, são os mesmos que determinaram os alimentos de acesso às crianças, tanto em quantidade como em qualidade, os responsáveis são os maiores autoridades por estabelecer um ambiente positivamente emocional em que a obesidade possa vir a ser ou não desencorajado. Porém, e justamente pela falta de envolvimento dos pais no auxílio e tratamento, que e a maior barreira citada pelos profissionais que atuam na área da saúde. (SILVA e COBAYASHI, 2011). 4.5 Influências da mídia e familiares na obesidade infantil. Após a queda da desnutrição infantil nos últimos 30 anos, tem se observado um grande aumento da obesidade em crianças (AMUNA e ZOTOR, 2008). Existem diversos fatores preocupantes que influenciam no crescimento da obesidade infantil, como biológicos, psicológicos, socioeconômicos e ambientais. Porém o que mais tem influenciado é mídia, ou seja, a exposição excessiva da criança à televisão ou redes sociais. Especialistas afirmam que a mídia televisiva é uma influência negativa as crianças, pois o marketing exposto nos comerciais contribui para a dificuldade de adoção de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2010 e WHO, 2009). Já que a maior parte desse marketing propõe alimentos com alto teor de açúcar, sal e gorduras, tendo uma repercussão negativa no estado nutricional das crianças que os consomem. Levando em consideração o fato de que as crianças são o alvo principal da publicidade desses alimentos. (COSTA, et al, 2012). 25 Por conta disso alguns países adotaram medidas que limitam a exposição de certos alimentos em comerciais, limitando o horário em que eles serão exibidos e o local de sua veiculação ou até mesmo proibindo totalmente a publicação desses alimentos. (MONTEIRO e CASTRO, 2009). No dia 13 de março de 2014, o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), órgão vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos e da Presidência da República, aprovou a Resolução n°163, que define como deve ser utilizado o marketing para produtos alimentícios que tem como público alvo crianças, definindo o tipo de linguagem que deve ser utilizado, personagens ou apresentadores infantis etc. (BRASIL, 2014) Também não pode esquecer-se de um importante fator, os familiares passam seus hábitos alimentares para as crianças sendo bom ou ruim, fazendo com que vire um habito pessoal da criança, e isso é ruim pois se o responsável tiver uma má alimentação acarretara o mesmo para a criança, influenciando diretamente a obesidade. Um bom exemplo que pode se verificar atualmente, é a oferta de alimentos às crianças em excesso ou sem necessidade, não respeitando suas fases. Podendo-se concluir então que as inadequações alimentares ocorridas na infância estão ligadas também aos hábitos alimentares de seus familiares (AGOSTINI e SEBELE, 2017) 4.6 Formações de hábitos alimentares das crianças 4.6.1 Seletividade alimentar A obesidade infantil possui influências de fatores genéticos, sendo iniciado antes mesmo do nascimento. A alimentação materna contribui para a situação nutricional do recém-nascido, da criança e do adolescente, posteriormente (CARVALHO, et al, 2013). O volume, composição e qualidade de um alimento ingerido, se relacionam diretamente com a obesidade. Até mesmo os padrões alimentares que mudam frequentemente, acabam fazendo com que as crianças construam um hábito relacionado a este padrão, o que explicaria o fato do consumo de doces, alimentos industrializados, e com alto teor de gordura saturada serem maiores, enquanto frutas, hortaliças e legumes são deixados de lado (VITOLO, 2008). 26 Existem diversos fatores que podem contribuir com a seletividade dos alimentos, podendo consequentemente acarretar a obesidade, incluindo não só a genética, como também o baixo nível econômico, a baixa escolaridade e o desmame precoce. (AZEVEDO e BRITO, 2012). Além disso, há a redução da prática de atividades físicas, o ambiente social e a acessibilidade (CARVALHO, et al, 2013). Parte da responsabilidade das escolhas alimentares infantis se dá por conta de propagandas de alimentos. O governo promove algumas iniciativas, a fim de disciplinar as propagandas alimentícias, visando o não aumento do consumo de fast foods, alimentos ricos em gorduras, açúcar, sal, e pobres alimentos como leguminosas, hortaliças e frutas (REIS; VASCONCELOS e BARROS, 2011). 4.6.2 A percepção dos pais em relação a alimentação das crianças A vivência familiar padronizada em relação ao estilo de vida dos filhos, incluindo a seletividade alimentar, apontam papel relevante em relação a obesidade infantil. A participação dos pais foi observada em pesquisas como a que produz mais efeito intervencionista (SIECHIRI, 2008). Uma forma de reverter as causas da obesidade é a prevenção. É de suma necessidade que os estudos de intervenção da obesidade infantil em longo prazo para políticas públicas existam, ainda que sejam exíguos. A colaboração dos pais em mudanças alimentares possui resultados eficazes, uma vez que são eles quem determinam quais alimentos são oferecidos para a criança, em quantidade e qualidade, além de serem os maiores responsáveis pelo ambiente emocional estabelecido em relação a obesidade (TENORIO e COBAYASHI, 2011). É visto em diversos estudos que os pais muitas vezes subestimam o peso corporal de seus filhos. Um estudo realizado na Finlândia onde era avaliado a habilidade dos pais para perceber o estado nutricional de seus filhos de 5 à 11 anos, mostrou que os pais avaliam corretamente as crianças quando o peso é eutrófico, diferente do sobrepeso que foi subestimado, onde mostrou de 73% dos meninos e 94% das meninas de 5 anos e 46% dos meninos e 56% das meninas de 11 anos de idade foram classificados de forma incorreta, como tendo peso eutrófico (VUORELA; SAHA e SALO, 2010). 27 É descrito frequentemente pelos pais, os tipos de pesos corporais em sobrepeso e obesidade como "musculoso", "ossos grandes" e "forte". Há comunidades e etnias minoritárias, que denominam estar acima da eutrofia como algo normal. No nordeste brasileiro, através de uma pesquisa, foi indicado que as crianças com maior excesso de peso são associadas como possuidoras de saúde e bom cuidado familiar. Já para outros, nada é possível fazer para alterar um peso já pré-determinado geneticamente, acreditando-se que o crescimento fará com que o peso se torne adequado, portanto, não se faz necessário a preocupação no momento atual (TENORIO e COBAYASHI, 2011) O conceito de fatalismo é bastante utilizado em comunidades negras e de cultura latina, se baseando na aceitação de uma patologia, pois a mesma foi estabelecida por Deus. Sendo assim, tratamentos da obesidade em crianças são recusados perante esses grupos sociais, devido à crença de determinação divina. Também há o fato de que nessas comunidades a opinião de outros membros familiares são levados em consideração por possuírem maior credibilidade do que apenas os pais (FITZGIBBON e BEECH, 2009) O sucesso das intervenções depende diretamente do envolvimento ativo dos pais, desde a identificação até a consciência em relação ao sobrepeso e obesidade. No entanto, de acordo com (SANTOS e RABIOVISCH, 2011), quando a ausência dos pais é encontrada independente do motivo, há um desafio muito maior e a dificuldade de impor limites e consequentemente os filhos consomem sem moderação. O exemplo deve começar desde casa. É de extrema relevância o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para a realização de uma medida a ser tomada, incluindo estratégias, vídeos e relatos, a fim de promover a conscientização sobre causas e consequências do peso em excesso, promovendo qualidade de vida e saúde consequentemente (IZIDORO e PEREIRA, 2010). 4.6.3 A importância da escola e do governo na alimentação de crianças Medidas de prevenção e promoção de saúde devem ser tomadas desde a infância devido à grande prevalência da obesidade e suas graves consequências. Exemplos de tais medidas são: a implementação de políticas públicas associadas à educação nutricional, desenvolvimento econômico, infraestrutura apropriada para práticas recreativas e de exercícios físicos, legislação específica para rotulagem e publicidade de alimentos (CARVALHO, et al, 2013). 28 A conscientização é o primeiro passo da prevenção à obesidade infantil, sendo necessário que novas descobertas científicas estejam atualizadas nos conhecimentos dos profissionais da saúde, para que assim novas estratégias sejam desenvolvidas evitando a perda da qualidade de vida (ROSENELI, et al, 2012) Um dos fatores importantes que influenciam no hábito da criança é o ambiente escolar, tanto pelo período de permanecia que é longo, quanto pelo local de convívio e troca de informações (AZEVEDO e BRITO, 2012). Medidas governamentais sofrem grande influência juntamente com a escola na ajuda da diminuição da prevalência de obesidade entre crianças brasileiras. Alguns quesitos já foram adotados como a disponibilidade e a oferta de alimentos frescos (frutas, hortaliças, grãos e peixes), fortalecimento do programa de alimentação escolar, que possuem o objetivo de oferecer cardápios mais saudáveis e nutritivos (GOLKE, 2016). A prevenção mediante as políticas devem auxiliar as crianças a compreender como evitar doenças presentes e futuras relacionadas com a nutrição, por meio do desenvolvimento individual e de sua capacidade para decidir corretamente (VITOLO, 2008 e PAIVA, 2010). É necessário que a escola proporcione consumo adequado de alimentos com seus valores nutricionais adequados (ROSANELI, et al, 2012). A escola pode conter um grande papel na hora da promoção da saúde tendo em vista que as atividades mais eficazes para prevenção e saúde de acordo com pesquisas realizadas, é a inclusão de atividades regulares na escola, introdução de educação nutricional no currículo de forma regular e o próprio fornecimento de alimentos através de programas governamentais. A alimentação escolar e a formação de hábitos alimentares não são discutidas frequentemente, implicando que a execução de políticas promotoras de saúde só será eficaz com um amplo debate entre escolas e alunos (MANUSCO, et al, 2013). 4.7 Desafios na mudança do hábito alimentar Os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas e verduras, têm custo elevado para as famílias de baixa renda. Ao mesmo tempo, a indústria alimentícia coloca à disposição, vários alimentos com densidade energética aumentada, que promovem saciedade e são mais palatáveis e de baixo custo, o que 29 os tornam acessíveis às classes de baixa renda (SILVA, 2011). Estudos indicam que a prevenção da obesidade se inicia primeiramente através da conscientização, descarte, é crucial estabelecer bons hábitos alimentares desde o inicio da infância, reduzindo o risco de complicações futuras. Também, é necessário que os profissionais da saúde estejam atualizados quanto as descobertas científicas para que se desenvolvam novas estratégias de prevenções precoce, pois o aumento acelerado dessa morbidade na infância acarretara forte impacto econômico e perda de qualidade de vida (ROSANELI, et al, 2012 e AZEVEDO e BRITO, 2012). As políticas de prevenção devem ajudar as crianças a entender como evitar doenças presentes e futuras relacionadas com a nutrição, por meio do desenvolvimento de sua própria independência e de sua capacidade para tomar decisões acertadas e de fazer escolhas corretas (VITTOLO, 2008 e PAIVA, 2010). Sendo assim, é importante ressaltar que o ambiente, onde a criança esta inserida deve lhe proporcionar consumo adequado de alimentos em qualidade e quantidade necessárias para garantir o aporte nutricional (ROSANELI, et al., 2012). Portanto no que se refere à saúde, informação nutricional e hábitos alimentares, existem obstáculos como á falta de tempo e disciplina, assim com ausência de percepção adequada da urgência da aplicação de medidas preventivas cujo beneficio só serão evidentes décadas mais tarde (PAIVA, 2010). 4.8 Consequências da má alimentação 4.8.1 Consumo de fast foods Fast foods são alimentos que são comercializados, onde o consumo pode ocorrer de maneira rápida, podendo ser hambúrguer, pizza, batata frita, além de outros alimentos que possuem um alto índice de calorias. Os brasileiros enxergam esse formato de comércio como algo que traz felicidade e facilidade, levando em conta a segurança, conforto, além de comodidade ao encontrar uma série de alimentos no mesmo espaço. Por esses motivos, os fast foods se tornaram a principal opção de entretenimento nos grandes centros urbanos brasileiros, sendo responsável, em 2011, por 18,3% do varejo nacional e 2% do PIB (GARCIA, 2013). 30 Uma das principais causas de doenças tem sido a alimentação rica em açúcares, gorduras e sódio, tipo fast foods. Juntamente a esse quadro está o sedentarismo das atuais gerações acarretando danos à saúde cada vez mais cedo. Na infância, principalmente, a obesidade é um problema grave por trazer sérios comprometimentos relacionados a autoestima da criança. Uma alimentação inadequada possui a capacidade de mudar o nosso destino bioquímico-biológico, pois ao comer errado por muitos anos, desenvolvemos determinado metabolismo peculiar àquele alimento. A boa alimentação deve ser diversificada e incluir todos tipos de alimentos: os energéticos, os construtores e os reguladores (CASCAPERA, 2012). Um dos principais problemas de saúde pública é a obesidade infantil, sendo uma patologia definida pelo excesso de gordura corporal em crianças, de prevalência crescente a nível mundial e de caráter epidemiológico, acometendo países desenvolvidos e em desenvolvimento (BOMFIM, 2016). A contribuição da escola é de suma importância na viabilização do desenvolvimento da consciência de uma boa alimentação juntamente com a contribuição de educadores e grupos de interesse na busca de uma alimentação apropriada e preventiva (DALMOLIN, 2012). 4.8.2 Alto consumo de açúcares, sódio e gorduras Os doces, açúcares, óleos e gorduras se encontram no topo da pirâmide, representando os alimentos que devem ser consumidos com baixa frequência, pois além de calóricos, podem aumentar os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e outras enfermidades. (PHILIPPI, 2013). É estimado que menos de 10% da população atinge as recomendações de consumo de frutas, verduras e legumes; um consumo elevado de açúcar foi referido por 61% da população, a prevalência de consumo excessivo de gordura saturada (maior do que 7% do consumo de energia) foi de 82% na população, as fibras atingiram o percentual de consumo na população abaixo do recomendado sendo de 68%, e mais que 70% da população consomem quantidades superiores ao valor máximo de ingestão tolerável para o sódio, confirmando os grandes percentuais de inadequação da alimentação da população brasileira. Diversos alimentos foram estudados, o biscoito recheado destacou-se como um dos mais importantes 31 marcadores de consumo não saudável, seguido pelos refrigerantes, doces, pizza e salgadinhos industrializados. (POF/IBGE, 2008/2009). 4.9 Estresse psicológico A obesidade infantil é um processo, no qual a idiossincrasia, a cognição e a regulação emocional interagem constantemente, ocorrendo ainda a influência dos comportamentos parentais, exercício físico, padrão nutricional e pressão familiar Assim, o stress é entendido como um compilado de ações orgânicas de ajustamentos às situações novas que se apresentam aos indivíduos em um estudo com pré-adolescentes obesos, foi averiguado o aumento significativo de sintomas de depressão apenas entre o público feminino. Independente do sexo sabe-se que as crianças com maior peso são mais vulneráveis a ter e sofrer rejeição e discriminação dentro da escola, levando a dificuldades de adequação psicológica as ocorrências promotoras de estresse acaba com o equilíbrio interno do organismo e acarretam alterações que podem ser de modo físico ou psicológico. Especificamente no tempo entre o final da infância e começo da adolescência, o estresse traz consequências perigosas à saúde das crianças, pelas mudanças hormonais que ocorrem nesta etapa e que as tornam sensíveis à rejeição, à aceitação e ao modo como as atitudes dos outros em relação a si mesmo (Avaliação do Estresse na Obesidade Infantil- PSICO, 2012). A obesidade infantil trás consigo diversos malefícios, sendo um deles o preconceito contra crianças e adolescentes que possuem excesso de peso. As crianças normalmente associam a obesidade como feiura e diversos defeitos, sendo alguns deles a preguiça, gula, entre outros, causando assim o isolamento das crianças com IMC elevado, e muitas vezes possuindo como consequência o bullying e a baixa autoestima, que afeta a vida psicossocial do ser humano. (LINS; JANUZZI e FREITAS, 2010). A obesidade infanto-juvenil pode comprometer a saúde psicológica e social do indivíduo, afetando a autoestima, causando o sentimento de fracasso e exclusão da sociedade por conta da sensação de inferioridade. Além também da ansiedade, depressão, medo, tristeza, etc. (ROCHA; MARÍLIA e PEREIRA, 2017). 32 4.10 Obesidade como motivo de bullying 4.10.1 Conceito de bullying O bullying também conhecido como intimidação por colegas ou pares pode ser definido como um subtipo de violência, ou seja, uma forma de agressão em que indivíduos ameaçam outro de diferentes maneiras, sendo: física, psicológica ou sexual sem um tempo determina e realizada periodicamente. (ZAINE; REIS e PADOVANI, 2010) O bullying é uma prática intencional por parte dos agressores e não é desejada pela vítima, pode ser considerada como uma forma de abuso, podendo ser subdividido em forma física (socos, chutes e agressão), verbal (com apelidos e de uma forma totalmente contraria como exclusão social e isolamentos), relacional (ignorar uma tentativa de aproximação de algum colega de proposito) e eletrônica ( também conhecido como cyberbullying – ocorre igualmente ao bullying tradicional, porem este pode ocorrer em qualquer hora e as ofensas e constrangimentos podem ser divulgados de uma maneira mais rápida). Outra forma de classificação são as formas direta (a vítima sabe quem é o agressor) e indireta (exclusão intencional de um grupo social e a vitima não sabe muito bem que é o agressor). (BANDEIRA, 2009) 4.10.2 Motivo do bullying com portadores de obesidade No caso específico da obesidade infantil, o padrão estético acaba sendo o indicativo de alvo para discriminação, e não os problemas relativos à saúde, pois além de diversas doenças e dificuldades relacionadas ao indivíduo estar acima de seu peso ideal, estudos também tem entendido o fator psicossocial associado a obesidade. Nesse sentido, estar acima do peso, numa sociedade que valoriza a aparência física e o corpo ideal, pode fazer do indivíduo um alvo para discriminações em diversos contextos, sobretudo no contexto escolar. O indivíduo obeso tende a atrair rejeição e efeitos negativos pelo simples fato de ser obeso e tendem a ser classificados como responsáveis por sua própria condição, sendo taxados de preguiçosos ou relaxados. (COSTA; SOUZA e OLIVEIRA, 2012). 4.10.3 Solução do bullying 33 Para intervenção e prevenção do bullying são apresentados alguns panoramas como programas de intervenção preventiva: intervenções individuais (aprender habilidades sociais semelhante a terapias com uma abordagem que é mais específica, breve e focada no problema atual. Também conhecida como TCC Terapia cognitivo comportamental (ela explica que o que nos afetam não são os acontecimentos e sim a forma que interpretamos.). Desenhada (promoção de anti- bullying por meio de vídeos, grupos de reflexão, aquisição de valores e habilidades sociais, para testemunha não se calar). Além destas ainda existe a multidisciplinar (realizado dentro e fora dos colégios. Desenvolve trabalhos em todos os âmbitos que o bullying se propaga), destas variedades de métodos, o que obteve maior sucesso mostrou que o problema ocorre não somente em relações entre alunos, mas também em processos amplos de interação social. (ALBINO e TERENCIO, 2012). 4.11 Consequências da obesidade na vida adulta O índice de obesidade na infância e juventude vem crescendo de maneira rápida e continua. A obesidade infantil, por si só já é motivo de preocupação, mas o fato de que essas crianças não se recuperam, corrigindo os sintomas e perigos da doença e se livrando da patologia, o que acaba resultando em adultos obesos, é ainda mais alarmante. (AZEVEDO e BRITO, 2012). Tem se evidenciado a associação entre a obesidade na infância e sua continuidade no período da adolescência e vida adulta, assim como o desenvolvimento de comorbidades. Nos tempos atuais o câncer, a diabetes e as doenças cardiovasculares equivalem a 63% das mortes no mundo. O principal causador de obesidade na vida adulta é o sobrepeso na infância, que dá início também ao desenvolvimento de patologias cardiovasculares e diabetes. Fatores como o ambiente, a atividade física e ainda a atenção e intervenção dos pais quanto às escolhas relacionadas a alimentação de seus filhos, são influenciadores do aumento de peso corporal das crianças. Além do descompromisso de políticas públicas eficazes no processo de prevenção a obesidade infantil, favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas advindas dessa condição. (GOLKE, 2016). Crianças e adolescentes obesos são mais suscetíveis a doenças 34 cardiovasculares, metabólicas ou neoplasias. Aproximadamente 60% das crianças que sofrem com a obesidade continuam obesos após a adolescência, ou seja, se torna um adulto obeso. (CARVALHO, 2009). Adultos com obesidade possuem desde criança dificuldade no contexto social, amoroso e sexual, vida profissional e maiores problemas relacionados à saúde. Nas mulheres nota-se que as adolescentes obesas são mais insatisfeitas amorosamente e têm um número menor de relacionamentos quando comparadas às adolescentes em peso ideal. E que as mulheres americanas que estão acima do peso recebem remuneração salarial menor que mulheres em estado de eutrofia e aparecem em altas taxas de pobreza. Além de que os jovens obesos, de ambos os sexos, sofrem maior discriminação no processo de aprovação em universidades. (MELO, SERRA e CUNHA, 2010). 4.12 Índices de obesidade A obesidade se tornou um grande problema de saúde pública em todo o mundo independente da classe social. Observada nos últimos anos, tem assumido níveis epidêmicos por conta da denominada transição epidemiológica/nutricional, que vai de um cenário de desnutrição para um de obesidade e sobrepeso. (MARCHI-ALVES, et al, 2011) O índice de crianças e adolescentes (entre 5 a 19 anos) em estado de obesidade aumentou em cerca de dez vezes nas ultimas quatro décadas. Se este quadro não se reverter e as tendências pós 2000 continuarem, de acordo com um estudo liderado pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2022 haverá mais casos de obesidade do que de desnutrição modera e grave. Em 2016, o número global de meninas e meninos com desnutrição moderada e grave foi de 75 milhões de meninas e 117 milhões de meninos, respectivamente. Este cenário demonstra o quanto a desnutrição ainda é um grande problema de saúde pública e aos níveis que obesidade pode alcançar. (OPAS/OMS BRASIL, 2017). As taxas de obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo cresceram como conforme mostra a tabela a seguir: TABELA 01 – Taxas de obesidade em crianças e adolescentes. 35 MENINOS MENINAS 2016: Aumento em 14% 50 Milhões–equivale a 6% 74 Milhões–equivale a 8% 1975: Aumento em <1% 05 Milhões 06 Milhões Fonte: OPAS/OMS BRASIL, 2017 O número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. Outros 213 milhões estavam com sobrepeso em 2016, mas o número caiu abaixo do limiar para a obesidade. (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/OMS BRASIL, 2017) De acordo com a (POF) (2008-2009) a obesidade e o sobre peso em crianças e adolescentes, vem aumentando de uma maneira notável, pois segundo os resultados obtidos destacam-se crianças da faixa etária entre 5 a 9 anos de idade de ambos os sexos como o principal avanço desses índices. Conforme o gráfico de indicadores antropométricos na população dessa faixa etária utilizada na pesquisa, os dados revelam a porcentagem de obesidade conforme a tabela a seguir: (PONTES; ROLIM e TAMASIA, 2016) TABELA 02 – Porcentagem de obesidade em meninos. 1974-1975 1989 2008-2009 MENINOS 10,9% 15% 34,8% Fonte: IBGE,2010 TABELA 03 - Porcentagem de obesidade em meninas. 1970-1980 1989 2008-2009 MENINAS 8,6% 11,9% 32% Fonte: IBGE,2010. Diante desses dados, é notável o aumento dos índices de obesidade infantil, logo torna-se necessário o controle e a prevenção por meio de políticas públicas e programas de promoção da saúde, que buscam adequar e melhorar os hábitos alimentares saudáveis e juntamente com a prática de atividades físicas. (PONTES; ROLIM e TAMASIA, 2016) 36 4.13 Promoção de boa alimentação O acompanhamento do estado nutricional de crianças constitui um procedimento muito importante para medir as condições de saúde e conduzir a transição da competência de vida dos indivíduos. Os alimentos com eminente teor de gordura e açúcares costumeiramente são servidos em contextos positivos, conforme recompensas e celebrações fazendo com que as crianças tenham uma coligação positiva na receptividade desses alimentos. Contudo por diferente lado, são forçadas a ingerir os alimentos mais saudáveis causando na maioria das vezes a rejeição dessa alimentação. As preferências alimentares são determinantes na escolha dos alimentos e um termo de grande relevância da obesidade é o hábito alimentar infantil e da família e o modelo de alimentação implementada no 1° ano de vida. A saúde infantil está pessoalmente ligada à sua condição nutricional, sendo impactada pela urgência e pelo oferecimento de nutrientes, que podem intervir de modo apropriado no método de desenvolvimento e avanço clínico. Presentemente, devido ao costume de prática mais apressurado, efeito principalmente da forte participação da mulher no mercado de trabalho, é possível constatar menor atenção quanto à saúde da criança. Além disso, houve muitas transformações no seguimento cognitivo, em razão de mudanças na alimentação e na insuficiência de prática de atividade física, que desencadearam prevalência de sobrepeso e adiposidade na infância. (RODRIGUES, et al, 2016) Diante ao cenário relatado, é essencial que haja planificação de ação para a melhoria e precaução da obesidade, igualmente conforme, ações que promovam mudanças nos hábitos alimentares. A obesidade tende a ampliar, justo ao consumo de alimentos inadequados e calóricos, bem como a redução de atividade física, causando grave agravo à saúde dessa população. Intervenções em crianças, particularmente primeiro antes dos 10 anos de vida ou na adolescência, reduzem mais a rispidez da enfermidade do que enquanto as mesmas intervenções são realizadas na idade adulta. Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, conforme os genéticos, fisiológicos e os metabólicos, no entanto, pode-se instruir que esse gradativo acréscimo do número de indivíduos obesos parece ser mais relacionado às mudanças no costume de vida e hábitos alimentares. Essa vinculação tem sido bem descrita na literatura e envolve legado genético, fatores relacionados ao incremento de atitudes, tendo os pais como referência e a 37 determinação desses ou de familiares sobre os hábitos da criança. Avante desse âmbito, a urgência do controle e precaução da obesidade infantil, está vinculada às políticas públicas e programas de melhoria da saúde, que buscam adaptar e aperfeiçoar os hábitos alimentares saudáveis e simultaneamente junto à prática de atividades físicas. A melhoria da saúde deve estar inserida a partir da infância permanecendo até o período adulto de maneira gradativa para que a constituição de hábitos alimentares saudáveis seja adquirida por comportamentos autônomos e cientes por suas escolhas a partir de pequenos (UNIFACEX, 2016) 4.14 Obesidade na participação em aulas de educação física A escola é um local onde as crianças passam grande parte do seu dia, brincando, alimentando-se, aprendem, relacionam-se e praticam variadas atividades físicas. Portanto, pressupõe que a escola, juntamente com a família, tem uma importante missão no trabalho integrado para tratar a obesidade e diminuir esses índices que insistem continuarem crescentes. Dentro dessa instituição todas as disciplinas devem abordar e trabalhar o tema da obesidade, visto que essa responsabilidade não cabe única e exclusivamente ao professor de educação física (FREITAS, 2010). No tange à escola, mais especificamente, cabe ao professor de Educação Física, que é o profissional mais próximo da área da saúde, em conjunto com a equipe pedagógica, elaborar projetos que o foco seja corrigir a alimentação inadequada, além de encorajar os alunos a encarar uma postura de vida mais ativa e saudável dentro e fora da escola, fazendo com que eles entendam e percebam os efeitos em sua própria saúde causados pela mudança de alguns comportamentos (FRANKLIN, 2012). Através da interdisciplinaridade os alunos aprendem de maneira mais aprofundada, qual a importância de se praticar exercícios físicos e entendem qual a relação que existe entre essa prática e a ocorrência das doenças, como a obesidade. Uma das melhores opções é procurar incluir todas as crianças nas aulas de Educação Física e envolvê-las em atividades que sejam mais dinâmicas e exijam maior movimentação, como por exemplo, as brincadeiras lúdicas, pois esses tipos de exercícios quando inseridos de maneira mais prazerosa é mais convidativo torna as crianças mais ativas de maneira indireta e gera-se como resultado uma 38 efetivação desses hábitos durante a vida e uma melhora na saúde desses indivíduos (FREITAS, 2010). De uma maneira geral, de acordo com (GASRPAR e KOGUT, 2008) a exclusão ainda tem sido uma consequência relevante quando uma criança ou adolescente está abaixo ou acima do peso considerado adequado. 4.15 Benefícios da atividade física e os riscos do sedentarismo Manter um estilo de vida saudável inclui ações tanto individuais, quanto em grupos. Estes devem adquirir e manter ações que promovam e previnam patologias ao longo da vida. (SILVA e COSTA Jr, 2011). A manutenção de uma vida ativa fisicamente traz além de uma sensação agradável de prazer, benefícios a quem a possui. Benefícios esses que vão desde uma diminuição considerável do percentual de gordura corporal até a auto aceitação, o aumento da autoestima, podendo trazer melhora significativa até no convívio social do praticante. (SILVA e LACORDIA, 2016) A falta da prática de atividades físicas pode acarretar em doenças como: doença aterosclerótica coronariana, hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular encefálico, doença vascular periférica, obesidade, diabetes melitus tipo II, osteoporose e osteoartrose, câncer de cólon, de mama, de próstata e de pulmão, além de ansiedade e depressão. (SILVA e LACORDIA, 2016). O sedentarismo é comumente associado aumento de peso e das taxas de mortalidade por causas como o número de refeições reduzidas e a exclusão do café da manhã da rotina das crianças, o que acontece em maioria das vezes com alunos do horário matutino. (BOMFIM, et al, 2015). 4.15.1 Atividade física na infância: benefícios e recomendações Já é sabido que independente de quem a pratica, a atividade física é de suma importância para o corpo humano. Na infância, a atividade física entra com o papel de melhorar o desenvolvimento das crianças. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2008), assim como a genética, a nutrição e o ambiente de inserção do indivíduo, a atividade física contribuí para que o mesmo atinja o seu potencial de crescimento, desenvolva interesse e melhor desempenho na pratica de atividades 39 físicas, além de contribuir positivamente para um bom nível de saúde. Além de contribuir diretamente com o crescimento e desenvolvimento, a atividade física também auxilia no tratamento e prevenção da obesidade e diminui a chances de sedentarismo. (SILVA e LACORDIA, 2016) 4.16 A Importância do profissional nutricionista O profissional em nutrição é extremamente importante à população, pois ele tem o papel de reeduca-los através de hábitos alimentares saudáveis. Hoje, como em alguns países desenvolvidos, sofremos com o problema de obesidade infantil, e ainda não conseguimos resolver também problemas frequentes em pais subdesenvolvidos ou emergentes, como a carência nutricional, desnutrição e fome. (GOULART, 2010). Atualmente a população tem se mostrado mais preocupada com esses problemas que vem ocorrendo, visando a qualidade de vida, diferente de alguns anos atrás. Porém de uma forma errada, as pessoas tentam resolver esses problemas sozinhos, com dietas milagrosas e com produtos que dizem ter resultado imediato, sem ao menos se consultar com um nutricionista para receber as devidas orientações de alguém que entende do assunto. Não há mais investimentos na reeducação alimentar para que ocorra uma conscientização fazendo assim consequentemente que ocorra correção dos exageros e contraindicações, e a adoção de hábitos alimentares saudáveis aliando-se também com as práticas de exercícios físicos no dia a dia. (AMANCIO, 2008). O profissional em nutrição pode atuar em diversas áreas tais como: Saúde pública: Atuando na área de prevenção, visando à qualidade de vida da população. Nutrição esportiva: Unindo a nutrição e a educação física através da educação alimentar de pessoas em que praticam esportes, frequentam academias etc. modificando seus hábitos alimentares, contribuindo para o bom desempenho do atleta fazendo com quem ele adquira novos hábitos saudáveis. Já que uma parcela da população vem se conscientizando de que é necessário abandonar o sedentarismo, jogos, redes sociais etc., e praticar esportes e similares (L. KATHLEEN, 2010). Nutrição clínica: Garantir o bem-estar do paciente, através de uma alimentação 40 equilibrada com todos os nutrientes necessários, mantendo seu estado nutricional equilibrado e o mantendo longe de doenças. Caso o paciente esteja com alguma patologia o profissional em nutrição irá trabalhar também para sua evolução clínica e recuperação, visto que é necessário que o profissional saiba qual tipo de patologia o paciente possui, ele descobrirá através de uma avaliação nutricional e exames, para que possa adequar a dieta para recuperação do paciente. Entre outras áreas, é importante que o nutricionista esteja sempre atualizado em relação aos assuntos de sua área para que possa trabalhar com excelência. (GOULART, 2010) 4.17 Cartilha 4.17.1 Conceito A cartilha é uma ferramenta didática de suma importância para melhor entendimento do conteúdo. (SILVA, et al, 2017). As cartilhas são recursos utilizados para comunicar a população e, muitas vezes, ao utilizarem textos didáticos e informativos, são consideradas um instrumento facilitador, atuando como ferramenta mediadora entre o governo e o povo, as quais têm a possibilidade de abordar uma realidade específica. Sendo contundentes no processo de sensibilização da população. (BACELAR, et al, 2009). 4.17.2 Utilização da cartilha Segundo (REBERT, et al., 2009) a utilização de materiais ilustrativos como a cartilha (qualquer compilação elementar que preceitue um padrão de comportamento por meio de ilustrações) é considerável, pois relata em muitos aspectos a realidade; reduz ou amplia o tamanho real dos objetos representados; torna próximo os fatos e lugares distantes no espaço e no tempo e permite a visualização imediata de processos lentos ou rápidos. Instrumento este que irá conduzir a uma troca de conhecimentos, visando à validação do seu papel informativo (REBERTE, et al, 2012 e CAMACHO, et al, 2014). O uso crescente de materiais educativos como recursos na educação em saúde tem assumido um papel importante no processo de ensino-aprendizagem 41 (TORRES, et al, 2009). 4.18 Atividades educativas no auxilio do tratamento da obesidade Conforme as crianças crescem, adquirem conhecimento e compreende conceitos como: O que é pular uma refeição ou não poder consumir algo, logo, estes primeiros anos são os melhores para ensinar preceitos positivos sobre os alimentos. Para isso, é recomendada a inclusão de políticas nutricionais nas escolas, juntamente com a sociedade local, serviços de saúde e programas nutricionais para a melhor compreensão do público infantil e de seus familiares, pois a alimentação para as crianças é uma área conhecida superficialmente por ser um conceito abstrato para os mesmos. Para a solução da citação o ato de brincar em conjunto com as atividades e informações nutricionais que façam relação com o mundo real tendem a resultar positivamente. (KRAUSE, 2010). Estudos indicam que famílias que incentivam e conversam sobre nutrição e valor nutricional prepara as crianças para encarar a diversificada quantidade que alimentos disponíveis. A escola exerce influências na formação do estilo de vida e alimentação da criança pré-escolar, nesse ambiente escolar torna-se fundamental a fixação de bons hábitos alimentares, visto que a criança permanece boa parte do seu dia no local, convivendo assim com outras crianças e educadores, tendo assim uma necessidade de promover atividades lúdicas, que são ferramentas importantes para o auxílio e construção do aprendizado. (SBP, 2008, BOCCALETTO e MENDES, 2009). Em um estudo realizado com pré-escolares, foi possível visualizar em um pré- teste que as crianças não sabiam distinguir de uma forma correta o que seriam alimentos saudáveis e não saudáveis. (LANES, et al, 2012) As atividades lúdicas têm a sua importância para incentivar uma alimentação saudável e a aceitação dos pré-escolares no consumo de alimentos rejeitados pelos mesmos, segundo (COSTA, et al, 2009) Para o sucesso dos objetivos de uma educação nutricional para crianças serem atingidos é necessário que as atividades que serão ofertadas estejam relacionadas com as situações do diga-a- dia, nas quais a s crianças já tenham vivenciado e participado para que possam vir a ter um relacionamento positivo com 42 os profissionais da escola, para que não haja repreensão por parte desses sobre alimentação. Tais ações auxiliam para o desenvolver e o pensamento crítico para as escolhas alimentares no que diz respeito a uma alimentação saudável. (IULIANO, CERVATO-MANCUSO e GAMBARDELLA, 2009) O ato de brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e concentração, estimula a autoestima e ajuda a desenvolver relações de confiança consigo e com os outros. Colabora também para que a criança trabalhe sua relação com o mundo, dividindo espaços e experiências com outras pessoas, pois se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a comandar o seu comportamento também por meio do significado dessa situação a criança começa a agir de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a atuar independentemente daquilo que vê, pois, o desenvolvimento da pessoa está extremamente ligado à sua relação com o ambiente sociocultural e só irá funcionar se tiver o contato e o suporte de outros indivíduos do seu meio. O desenvolvimento fica impedido de ocorrer na falta de situações propícias ao aprendizado. Com isso, é possível entender que atividades auxiliam a criança nesse processo de aprendizagem que irá proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá o desenvolvimento cognitivo o que resultara na fácil interação com pessoas, as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento. (ROLIM; GUERRA e TASSIGNY, 2008). 43 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS A dietoterapia é considerada um mecanismo da saúde essencial para o cuidado e tratamento de inúmeras doenças, dentre elas a obesidade. A doença em questão foi escolhida para o desenvolvimento do trabalho de conclusão do curso, onde foram desenvolvidas inúmeras pesquisas para a realização do trabalho. Através dessas pesquisas foram verificados os hábitos alimentares das crianças, onde foi observado que o alto consumo de fast foods, açúcares, gorduras e sódios vêm tornando-se presente com frequência na alimentação de toda a população, gerando assim o aumento da massa corporal, se consumido em excesso. O consumo exagerado de alimentos hipercalóricos teve como consequência o crescimento nos índices de obesidade infantil, onde foram levantados no presente trabalho através da revisão bibliográfica, e foi concluído que as crianças nos últimos anos no Brasil obtiveram um crescimento exacerbado em questão desta doença proveniente de uma má alimentação e sedentarismo, resultando em 2008/2009 34,8% a porcentagem da obesidade em meninos, e 32% em meninas respectivamente. A partir dos hábitos analisados, foram demonstradas as maneiras de adquirir uma boa alimentação às crianças, a fim de auxiliá-las no combate e prevenção desta doença abordando o consumo de alimentos hipercalóricos na qual deve ocorrer em menores quantidades, visando prevalecer o costume de hábitos alimentares saudáveis desde cedo, visto que estes costumes geram consequentemente uma vida saudável, juntamente com a prática de exercícios físicos que se demonstram extremamente importantes para o tratamento da doença. Portanto, para atingir com amplitude nosso público alvo, foi elaborada uma cartilha nutricional com orientações por meio da dietoterapia às crianças da fase escolar a fim de adotarem hábitos alimentares saudáveis, visto que é um meio didático útil e atrativo, utilizado para conscientizá-las sobre os riscos e malefícios desta doença e ajuda-las a discernir os alimentos saudáveis, demonstrando-se a importância de uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos, visto que esses dois fatores são essenciais para o combate e tratamento desta doença. 44 6.0 REFERÊNCIAS AGOSTINI, Sibele B. Nutrição em pauta/ A revista do profissional de nutrição. Ano 16, número 89, janeiro/fevereiro, 2008. Disponível em: faculdade de saúde pública da universidade de São Paulo. Acesso em: 21/09/2018 ALENCAR CASTELO, Daniele L. Alencar Castelo, nutricionista mestre em ciências. DIETOTERAPIA. DIETOTERAPIA, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS. 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