Buscar

#TCC (1) (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ESCOLA TÉCNICA DE GUAIANAZES – GUAIANASES 
ETEC DE GUAIANAZES 
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
BIANCA CAROLINA DOS SANTOS 
GABRIELE SILVA PORTELA 
JAKELINE SANTANA DA ROCHA 
LORENA DA SILVA PEREIRA 
LUCAS DANIEL DOS SANTOS SILVA 
PEDRO HENRIQUE MARQUES 
RAQUEL APARECIDA DA SILVA MATIAS 
TALITA SANTOS DE OLIVEIRA 
VITÓRIA BEATRIZ SALUSTIANA SOUZA 
 
 
 
ELABORAÇÃO DE CARTILHA ILUSTRATIVA COM BASE EM 
FUNDAMENTOS DE DIETOTERAPIA, PARA O AUXILIO NO 
TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL. 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018
BIANCA CAROLINA DOS SANTOS 
GABRIELE SILVA PORTELA 
JAKELINE SANTANA DA ROCHA 
LORENA DA SILVA PEREIRA 
LUCAS DANIEL DOS SANTOS SILVA 
PEDRO HENRIQUE MARQUES 
RAQUEL APARECIDA DA SILVA MATIAS 
TALITA SANTOS DE OLIVEIRA 
VITÓRIA BEATRIZ SALUSTIANA SOUZA 
 
 
ELABORAÇÃO DE CARTILHA ILUSTRATIVA COM BASE EM 
FUNDAMENTOS DE DIETOTERAPIA, PARA O AUXILIO NO 
TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL. 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como exigência parcial para 
a obtenção do grau de Técnico em 
Nutrição e Dietética, à Escola Técnica de 
Guaianazes. 
Orientador: Profª Eliane Cristina dos 
Santos. 
Coorientador: Profª Mayra Amâncio 
Coorientador: Profª Marcia Xavier 
 
 
SÃO PAULO 
2018
DEDICATORIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Às nossas famílias, pela capacidade de acreditar e 
incentivar a conclusão do trabalho. Pelo cuidado e 
segurança transmitidos, o que nos deu a certeza de não 
estarmos sozinhos nessa caminhada. 
 À todos os professores que nos acompanharam 
durante а formação, em especial às Profa. Eliane Cristina, 
Profa. Mayra Amâncio e Profa. Márcia Xavier, 
responsáveis pеlа realização deste trabalho. Sem 
esquecer-se da estrutura e metodologia do Centro Paula 
Souza, e funcionários e docentes do curso de Nutrição e 
Dietética da Etec de Guaianazes. 
AGRADECIMENTOS 
 Agradecemos primeiramente à Deus, por nos proporcionar força de vontade 
e paciência para este feito. 
Agradecemos também aos nossos familiares, pelo total incentivo e apoio, que 
se fez fundamental durante esta trajetória. 
Aos componentes que constituíram a pré-banca, onde nos foi passado às 
criticas e felicitações sobre nosso trabalho e a aprovação para a continuidade do 
mesmo. 
E por fim, porem não menos importante, as nossas professoras orientadoras 
Márcia Xavier, Eliane Cristina e Mayra Amâncio, pelo suporte nos dado, incentivo, 
correções e conhecimento necessário para começar e finalizar este trabalho. 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Não importa o que aconteça, continue a nadar." 
 (WALTERS, GRAHAM; Procurando Nemo, 2003.) 
RESUMO 
A presente pesquisa refere-se a um trabalho de conclusão de curso, que 
trata-se da elaboração de uma cartilha educativa com base em fundamentos de 
dietoterapia, para o auxílio no tratamento da obesidade infantil. A obesidade infantil, 
definida como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal em crianças, no 
Brasil, tem tomado proporções enormes. A dietoterapia é uma ferramenta eficaz 
quando seguida corretamente, sendo utilizada por nutricionistas, e possui um papel 
fundamental no retardamento ou prevenção de diversas doenças, assim como a 
obesidade. A partir da verificação por meio de pesquisas, dos hábitos atuais das 
crianças, levantou-se índices de obesidade infantil nos últimos dez anos, sugerindo 
uma boa alimentação através da produção de uma cartilha com orientações por 
meio da dietoterapia às crianças na fase escolar. O livro contém história em 
quadrinhos, com personagens e animações que chamam a atenção do público alvo, 
orientações alimentares referenciadas na revisão, além da produção de atividades 
educativas, como o caça palavras. A obesidade é uma doença séria, que pode 
acarretar diversos problemas de saúde. As escolas e os responsáveis devem 
orientar as crianças a terem hábitos saudáveis desde cedo, pois quando adultos, as 
mudanças ocorrem de uma forma mais lenta. É perceptível a importância de 
intervenções nutricionais por meio da dietoterapia durante a fase escolar. A cartilha 
infantil, por se tratar de um instrumento interativo e didático, foi escolhido como um 
método eficaz para o desenvolver do assunto, tendo uma participação direta e um 
maior envolvimento do público alvo. 
 
Palavras-chave: ditetoterapia; obesidade infantil; nutricionista; cartilha. 
ABSTRACT 
The present research refers to a work of conclusion of course, which is the 
elaboration of an educational booklet based on dietary foundations, to aid in the 
treatment of childhood obesity. Childhood obesity, defined as the abnormal or 
excessive accumulation of body fat in children in Brazil, has taken on enormous 
proportions. Diet therapy is an effective tool when properly followed, being used by 
nutritionists, and plays a key role in delaying or preventing various diseases, as well 
as obesity. Based on the research check of children's current habits, childhood 
obesity rates have been rising in the last ten years, suggesting a good diet through 
the production of a booklet with guidelines through dietary therapy to children in the 
school phase. The book contains comics, with characters and animations that draw 
the attention of the target audience, food guidelines referenced in the review, in 
addition to producing educational activities such as word hunting. Obesity is a 
serious disease, which can lead to various health problems. Schools and caregivers 
should guide children to have healthy habits early on, because as adults, changes 
occur more slowly. The importance of nutritional interventions through diet therapy 
during the school phase is noticeable. The children's primer, because it is an 
interactive and didactic instrument, was chosen as an effective method to develop 
the subject, having a direct participation and a greater involvement of the target 
public. 
Palavras-chave: ditetoterapia; Child obesity; nutritionist; primer. 
SUMÁRIO 
1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 
2.0 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 
2.1 Objetivo geral .................................................................................................. 15 
2.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 15 
3.0 METODOLOGIA ................................................................................................. 16 
4.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 20 
4.1 Conceito de Dietoterapia ................................................................................. 20 
4.2 Área de aplicação ........................................................................................... 20 
4.2.1. Dietoterapia hospitalar ................................................................................ 20 
4.2.2. Dietoterapia no tratamento de diversas doenças ........................................ 20 
4.2.2.1. Diabetes ................................................................................................... 20 
4.2.2.2. Hipertensão .............................................................................................. 21 
4.2.2.3 Anorexia .................................................................................................... 21 
4.2.2.4 Obesidade ................................................................................................. 22 
4.3 Fase escolar ....................................................................................................... 22 
4.3.1 Características ............................................................................................. 22 
4.3.2 Orientações alimentares ..............................................................................
23 
4.4 Obesidade Infantil ............................................................................................. 23 
4.5 Influências da mídia e familiares na obesidade infantil. ................................ 24 
4.6 Formações de hábitos alimentares das crianças ........................................... 25 
4.6.1 Seletividade alimentar .................................................................................. 25 
4.6.2 A percepção dos pais em relação a alimentação das crianças .................... 26 
4.6.3 A importância da escola e do governo na alimentação de crianças ............. 27 
4.7 Desafios na mudança do hábito alimentar ...................................................... 28 
4.8 Consequências da má alimentação ................................................................. 29 
4.8.1 Consumo de fast foods ................................................................................ 29 
4.8.2 Alto consumo de açúcares, sódio e gordura ................................................ 30 
4.9 Estresse psicológico......................................................................................... 31 
4.10 Obesidade como motivo de bullying ............................................................. 32 
4.10.1 Conceito de bullying ................................................................................... 32 
4.10.2 Motivo do bullying com portadores de obesidade ...................................... 32 
4.10.3 Solução do bullying .................................................................................... 32 
4.11 Consequências da obesidade na vida adulta ............................................... 33 
4.12 Índices de obesidade ...................................................................................... 34 
4.13 Promoção de boa alimentação ....................................................................... 36 
4.14 Obesidade na participação em aulas de educação física ............................ 37 
4.15 Benefícios da atividade física e os riscos do sedentarismo ....................... 38 
4.15.1 Atividade física na infância: benefícios e recomendações ......................... 38 
4.16 A Importância do profissional nutricionista ................................................. 39 
4.17 Cartilha ............................................................................................................. 40 
4.17.1 Conceito ..................................................................................................... 40 
4.17.2 Utilização da cartilha .................................................................................. 40 
4.18 Atividades educativas no auxilio do tratamento da obesidade .................. 41 
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 43 
6.0 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 44 
7.0 APÊNDICE .......................................................................................................... 55 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 01 – Personagem Manuela..........................................................................17 
FIGURA 02 – Personagem Dudu...............................................................................18 
FIGURA 03 – Personagem mãe de Manuela.............................................................18 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 01 – Taxas de obesidade............................................................................35 
TABELA 02 – Obesidade em meninos.......................................................................35 
TABELA 03 – Obesidade em meninas.......................................................................35 
12 
 1.0 INTRODUÇÃO 
A Dietoterapia compreende uma série de cuidados nutricionais que devem ser 
observados durante o tratamento de doenças específicas, o tratamento médico 
nutricional tem seu papel de relevância no condicionamento físico, crescimento, 
desenvolvimento e saúde, uma manutenção na nutrição bem executada e 
apropriada durante o decorrer da vida pode retardar ou até mesmo prevenir o inicio 
de algumas doenças relacionadas a nutrição como por exemplo, a obesidade 
(KRAUSE, 2010). 
O homem primitivo tinha um maior acesso aos alimentos de fonte natural, era 
comum não saberem quando iriam se alimentar novamente ou quando veriam 
determinado alimento. Desta maneira, o homem evoluiu reservando alimentos 
quando os tinha e criando mecanismos adaptativos que ajudavam a sobreviver 
quando não havia oferta de alimento. Atualmente, esta capacidade de armazenar 
energia proveniente dos alimentos não se apresenta mais como uma vantagem, pois 
o desenvolvimento tecnológico proporcionou uma maior disponibilidade de alimentos 
que juntamente com um novo estilo de vida sedentário, se mostra como fator de 
risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como a 
obesidade (RINALDI, et al, 2008) 
A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um 
acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode atingir graus capazes 
de afetar a saúde e está se tornando um grande problema para as crianças dos 
países ocidentais. O Brasil é considerado um país em transição nutricional, pela 
substituição da desnutrição pela obesidade, este excesso de peso tem sido 
encontrado com frequência a partir dos cinco anos de idade, em todos os grupos de 
renda e regiões brasileiras (MORAES e DIAS, 2013). 
A obesidade infantil pode ser explicada por fatores genéticos, ambientais e de 
hábitos de alimentação, estes fatores geram consequência para crianças pois além 
de causar sérios riscos à saúde podem prejudicar o convívio em sociedade e o 
estado emocional. A busca sobre os efeitos do excesso de peso na infância tem 
13 
aumentado por conta de ser determinante para os padrões da composição do corpo 
de um indivíduo adulto (NEVES, et al, 2010). 
O panorama mundial e brasileiro da obesidade tem se revelado como um 
novo desafio para a saúde pública, uma vez que sua incidência e prevalência têm 
crescido de forma alarmante nos últimos 30 anos. A mudança do perfil nutricional 
que se desenha no Brasil revela a importância de um modelo de atenção à saúde. É 
importante ressaltar que o excesso de peso na infância predispõe a várias 
complicações de saúde e segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 
realizada em 2008-2009, a prevalência de excesso de peso (índice de massa 
corporal – IMC/idade≥1 escore Z) e obesidade (IMC/idade≥2 escores Z) em crianças 
de cinco a nove anos foi de 33,5% e 14,3%, respectivamente. A obesidade 
correspondeu a cerca de um terço do total de casos de excesso de peso no sexo 
feminino e quase metade no masculino. A prevalência do excesso de peso oscilou 
de 25 a 30% nas regiões norte e nordeste e de 32 a 40% nas regiões sudeste, sul e 
centro-oeste. (REIS; VASCONCELOS e BARROS, 2011). 
A obesidade nas últimas décadas assumiu proporções alarmantes no mundo 
inteiro, por conta do sedentarismo e do fácil acesso aos alimentos hipercalóricos. No 
Brasil, segundo os dados da pesquisa de orçamento familiar -POF 2008-2009 
(IBGE, 2010), a tendência secular dos indicadores antropométricos na faixa etária de 
cinco a nove anos indica que a prevalência de excesso de peso em meninos era 
moderada em 1974-1975 (10,9%), aumentando para 15,0% em 1989 e alcançando 
34,8% em 2008-2009. Padrão semelhante, de aumento do excesso do peso é 
observado em meninas: 8,6%, 11,9% e 32,0% respectivamente. Os dados 
demostram aumento da prevalência, o que indica que cada vez se tem mais 
crianças obesas, fator que pode desencadear outras doenças (SANTOS, et al 2015). 
A obesidade na infância cria um fator de risco para morbidades e mortalidade 
do adulto com doenças cardiovasculares, hiperlipidêmicas, câncer colorretal, 
diabetes tipo 2, gota e artrite.
Já as crianças que apresentam obesidade estão 
sujeitas a sérios estresses psicológicos devido ao estigma social. Também são 
frequentes as complicações respiratórias (regulação respiratória anormal e baixa 
oxigenação arterial), ortopédicos, dermatológicos, imunológicas e os distúrbio 
hormonais. As consequências destas alterações no metabolismo que ocorrem nesta 
14 
patologia podem ser de longa duração e intensas, atingindo a maioria dos sistemas 
orgânicos. (FREITAS; COELHO e RIBEIRO, 2009). 
O tratamento da obesidade infantil é realizado através da base de mudanças 
alimentares e o aumento da pratica de exercícios físicos. As dietas devem atender 
as necessidades nutricionais da criança e as atividades físicas devem ser praticadas 
diariamente, com duração de até uma hora. A combinação destas duas áreas do 
conhecimento é a forma mais eficaz no combate da obesidade infantil. (OLIVEIRA e 
COSTA, 2016). 
Entretanto, estes quadros podem ser revertidos antes mesmo de acontecer, 
servindo como uma alternativa para a reversão do aumento da obesidade como por 
exemplo mudanças de comportamento, porém, estudos que mostrem e incentivem o 
desenvolvimento de políticas públicas que funcionam ainda são escassos, mas são 
de suma importância (TENORIO e COBAYASHI, 2011). 
Para isso, é de extrema relevância que sejam elaborados programas 
educacionais planejados com a intenção de ampliar o conhecimento da criança 
sobre nutrição e saúde para influenciarem em boa alimentação, a atividade física e a 
redução do sedentarismo, garantindo assim boa nutrição durante toda a vida 
(FREITAS; COELHO e RIBEIRO, 2009) 
As cartilhas, sendo elas em quadrinhos ou não são produtos produzidos para 
promoção de educação em saúde, geralmente utilizada por órgãos públicos. Uma 
das principais propostas das campanhas de educação em saúde é provocar a 
mudança ou reforço de atitudes dos leitores (MENDONÇA, 2008). 
15 
2.0 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 Elaborar uma cartilha com orientações sobre alimentação saudável às 
crianças brasileiras com idade de 6 a 12 anos, a fim de combater a obesidade 
infantil. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Verificar os hábitos alimentares das crianças. 
 Levantar índices de obesidade infantil no Brasil. 
Apresentar uma boa alimentação para as crianças a partir dos hábitos 
analisados. 
16 
3.0 METODOLOGIA 
3.1 Materiais 
 A pesquisa utilizada para o desenvolvimento da revisão bibliográfica, bem 
como a cartilha elaborada, foi realizada através de artigos científicos buscados no 
google acadêmico. Os critérios de inclusão estabelecidos para a seleção dos artigos 
foi um período de publicação máxima de 10 anos (2008-2018). 
3.2 Métodos 
3.2.1 História da cartilha 
O método utilizado para o desenvolvimento do trabalho foi a elaboração de 
uma cartilha educativa, tendo as crianças de 6 a 12 anos como principal público 
alvo. O conteúdo do livro envolve uma história em quadrinhos e atividades 
educacionais juntamente com orientações para uma boa alimentação, visando 
enaltecer o consumo de alimentos saudáveis, a importância da atividade física e o 
consumo esporádico de fast foods e alimentos hipercalóricos. 
3.2.2 Características da história 
Com o objetivo de sair da formalidade por conta do público alvo, o título da 
história é "E.B.A. - Esquadrão da Boa Alimentação", relacionando-se com os 
personagens da cartilha, que estão contidos na capa de uma maneira animada. 
3.2.3 Estrutura 
A história foi elaborada por meio de história em quadrinhos, onde há falas das 
personagens, contando com uma narração. 
Atualmente, tem sido comum a publicação de livros didáticos, em diversas 
áreas para que surja também um maior interesse das crianças, já que esta opção 
contém desenhos animados que causam uma atração do público alvo por esse tipo 
de leitura, a combinação de palavras e imagens-forma mais eficiente de ensino, a 
qualidade da informação, o enriquecimento da comunicação pelas HQs, o auxílio no 
desenvolvimento do hábito de leitura e a ampliação do vocabulário, sendo assim um 
importante meio para transmissão de seu conteúdo. (NEVES, 2012). 
17 
Houve o uso de figura de linguagem denominado personificação, onde os 
alimentos (inanimados) passaram a ganhar "vida", tendo a capacidade de 
comunicar-se com as pessoas. 
3.2.4 Personagens 
Manuela é a personagem principal e suas características físicas foram criadas 
a partir do esboço que segue: 
 
FIGURA 01 – Personagem Manuela 
 
Fonte: ASSUNÇÃO, 2018. 
 Realizada através das ideias dos participantes do grupo, e com 
características semelhantes a uma das componentes do presente trabalho. 
 
Dudu é o colega de sala e amigo próximo de Manuela e suas características 
físicas foram criadas a partir do esboço que segue: 
 
 
18 
FIGURA 02 – Personagem Dudu 
 
Fonte: ASSUNÇÃO, 2018 
 Realizado através das ideias dos participantes do grupo, e com 
características semelhantes a um de nossos amigos, em homenagem. 
As características da personagem foram criadas a partir do esboço que 
segue: 
 
FIGURA 03 – Personagem mãe de Manuela 
 
Fonte: ASSUNÇÃO, 2018 
Realizadas através das ideias do ilustrador. 
19 
Além desses, houveram outros personagens, como a profissional nutricionista 
e os personagens do E.B.A. 
 3.4.5 Cronologia 
1° Etapa 
Manuela, em sua fase escolar, dispõe de uma alimentação fragilizada, com 
maus hábitos alimentares e desregrada, consumindo exacerbadamente alimentos 
hipercalóricos e se dispondo do sedentarismo, o que ocasionará futuros problemas 
sociais e de saúde, como a obesidade, ainda não diagnosticada nessa etapa. 
A má alimentação deve-se as influências trazidas por essa idade, influências 
sociais, apresentadas pelos pais e amigos da personagem e midiáticas 
proporcionadas pela TV, revistas, comerciais e etc. 
2° Etapa 
As pessoas ao redor de Manuela perceberão as limitações e exagero de peso 
da personagem, além de outras características típicas da obesidade, que a 
personagem começa a apresentar de forma mais intensa. 
Após sofrer diversas dificuldades em seu ciclo de amigos e seu desempenho 
físico defasado em relação ao das outras crianças, Manuela resolve conversar com 
sua mãe sobre o assunto. 
A mãe preocupada, logo decide procurar ajuda profissional, já que sozinha 
não conseguiria diagnosticar e tratar a dificuldade de sua filha. 
Após consultas com a nutricionista, a obesidade é diagnosticada e Manu 
começa o tratamento, com mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos 
A nutricionista apresenta o (E.B.A.) Esquadrão da Boa Alimentação, uma 
equipe formada por alimentos saudáveis e saborosos que ajudam Manu nesse 
processo de recuperação, ensinando novas preparações, substituições e mudando 
os hábitos da personagem, para garantir crescimento saudável e livre de patologias. 
20 
4.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
4.1 Conceito de Dietoterapia 
Hipócrates, da Grécia antiga, considerado pai da medicina, afirmou: "Que seu 
remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio". A Dietoterapia é 
uma ferramenta do nutricionista, que utiliza alimentos para o tratamento e prevenção 
de enfermidades, e contribui para que o organismo possa adquirir os nutrientes para 
manter a saúde (ESQUIVEL, 2013). 
Segundo MORAIS, 2010, a dietoterapia e um tratamento que tem como base 
a modificação de alimentos, pela adição de alimentos com propriedades de cura, ao 
tempo de suprimir outras, cujo organismo doente se encontra debilitado e 
incapacidade de metabolizar, o que por si induz ou agrava doença. 
A dietoterapia tem como seu objetivo ajudar a dieta a capacidade do 
organismo em digerir, absorver e aceitar determinados alimentos, bem como a 
capacidade em metabolizar nutrientes; contribuir para compensar estados de 
deficiência nutricional; educar pacientes e familiares para aquisição de hábitos 
alimentares compatíveis e saudáveis com a saúde e com seu estilo
de vida. 
(ALENCAR e CASTELO, 2014). 
4.2 Área de aplicação 
4.2.1. Dietoterapia hospitalar 
A dietoterapia hospitalar surge como uma alternativa eficaz e relevante, cujo 
objetivo é a recuperação e manutenção da saúde. A alimentação adequada e 
balanceada representa o instrumento capaz de reverter quadros de desnutrição e, 
consequentemente, reduzir o tempo de internação de pacientes, bem como o custo 
de hospitalização (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2010). 
4.2.2. Dietoterapia no tratamento de diversas doenças 
4.2.2.1. Diabetes 
O Diabetes Mellitus é uma doença crônico-degenerativa, caracterizada pela 
hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina e/ou na ação desta. As 
complicações agudas e crônicas geradas pelo diabetes estão associadas a fatores 
21 
ligados ao estilo de vida do portador, ou seja, como ele controla os níveis glicêmicos 
por meio do seu tratamento. Esta preocupação com o controle dos níveis glicêmicos 
é de suma importância, visto que a hiperglicemia resulta em patológicas intensas, 
então, um tratamento com multiprofissionais para o acompanhamento desses 
pacientes é indispensável, voltada principalmente para continuidade do tratamento 
em longo prazo e educação dos mesmos. (MORAIS et al, 2009). 
O tratamento do diabetes mellitus consiste no ajuste do controle metabólico e 
consiste em mudanças de comportamento associadas à alimentação saudável e à 
atividade física. (BOAS, et al, 2011). 
 4.2.2.2. Hipertensão 
Hipertensão, conhecida como pressão alta, é ter a pressão arterial, 
sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão pode se eleva por vários 
motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se 
contraem. Se os vasos são estreitados a pressão sobe. (SBH, 2011). 
A hipertensão arterial (HA) é uma síndrome que se origina de multifatores, 
sendo um problema na área de saúde pública e tem sido reconhecida como grave 
fator de risco para as doenças cardiovasculares (doenças do coração). É uma 
doença sistêmica que envolve alterações nas estruturas das artérias e do miocárdio 
associada à disfunção endotelial e constrição e remodelamento da musculatura lisa 
vascular. A HA atualmente é definida de acordo com valores pressóricos, nas quais 
níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg, identificados em duas ou mais 
verificações da pressão arterial, diagnosticam a doença. (OLIVEIRA, 2011). 
A dietoterapia entrará como uma dieta para auxiliar ao tratamento da 
hipertensão, com a função de diminuir/amenizar os riscos e a elevação da pressão 
arterial. (SOUZA, 2011). 
4.2.2.3 Anorexia 
A anorexia se apresenta como um transtorno alimentar menos comum, 
entretanto, o mais grave. Para diagnosticar a anorexia nervosa é preciso notar o 
pese corporal abaixo do esperado para idade e altura, medo de engordar, mudanças 
no corpo e ausência da menstruação por pelo menos três ciclos. Os programas de 
22 
tratamento dos transtornos alimentares que contam com atuação de profissionais de 
diferentes áreas, buscam primeiramente ajustar o peso do paciente que na anorexia 
está associado a amenizar os sintomas, com melhoras psicoterapêuticos e 
psicotrópicos. (MOREIRA e OLIVEIRA, 2008) 
4.2.2.4 Obesidade 
A obesidade pode ser entendida como acúmulo excessivo de gordura, que 
oferece riscos para a saúde devido à sua relação com o desencadeamento de 
complicações metabólicas, como aumento da pressão arterial, dos níveis de 
colesterol e resistência à insulina. Suas causas estão relacionadas com fatores 
biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos. 
(MINISTERIO DA SAUDE, 2014). 
 O indivíduo com obesidade tem alta probabilidade de desenvolver diversos 
distúrbios psicossociais, tais como: depressão, transtornos de ansiedade e alteração 
de imagem corporal. Estes efeitos, atribuídos à obesidade, fazem com que o 
excesso de gordura corporal, seja um grave problema de saúde pública. (BARBIERE 
e MELLO, 2012). 
A terapia nutricional para a obesidade requer longo período de seguimento e 
visa, melhorar o padrão alimentar. Os exercícios físicos atuam positivamente na 
perda de peso saudável ou aumentar a massa magra, logo, a terapia nutricional 
combinada à pratica regular de atividade física constituem estratégia indispensável e 
fundamental no tratamento da obesidade. (PONTES; SOUSA e NAVARRO, 2009). 
4.3 Fase escolar 
4.3.1 Características 
A faixa etária escolar é um período da vida infantil que se estende dos 7 aos 
10 anos de idade. Essa fase caracteriza-se por um ritmo de crescimento constante. 
O ganho de peso é sempre maior que o crescimento da estatura, tanto para meninos 
quanto meninas. Nessa fase acontece o aumento do apetite, manifestação de 
preferência ou aversão por certos alimentos, crescimento da independência, a partir 
da percepção da percepção de que pode decidir o que quer comer ou não comer 
(SILVEIRA, 2015). 
23 
4.3.2 Orientações alimentares 
É recomendado que as crianças realizem seis refeições diárias, lembrando 
que o lanche da escola está entre essas refeições. As escolas deverão atender as 
recomendações de acordo com o período de permanência da criança na mesma. A 
criança que fica por um período de 04 horas na escola deve receber 15% das 
recomendações nutricionais determinadas, onde deverão ser administradas através 
do lanche. Para a criança que fica por um período de 08 horas deve receber 66% 
das recomendações nutricionais determinadas que deverão ser administradas 
através das refeições distribuídas. As crianças na fase escolar devem fazer 
atividades físicas para evitar o sedentarismo, e possivelmente obesidade. A bebida 
alcoólica também não é recomendada para as crianças nessa fase. Deve-se fazer 
restrição de alimentos caloricamente densos e pobres em micronutrientes além de 
redução na exposição das crianças às pesadas práticas de marketing desses 
produtos. Promover escolhas saudáveis para o consumo alimentar como vegetais, 
legumes e frutas. E deverão ser encorajados a comer cereais como pão, arroz e 
massas, de preferência os integrais. Ingerir carnes vermelhas magras, peixes, aves 
e/ou alternativas. Dar preferência à ingestão de água. (MAN; TRUSWELL e 
STEWART, 2009). 
4.4 Obesidade Infantil 
A obesidade infantil acarreta consigo diversos malefícios que podem se 
estender a vida adulta, sendo mais da metade da porcentagem de crianças obesas 
de 10 a 13 anos que se tornam adultos obesos, tendo como consequências o 
aumento no nível do colesterol, aumento do risco de intolerância a glicose e 
hipertensão. As causas da obesidade normalmente se relacionam a dois fatores, 
sendo um deles o estilo de vida, visto que esta geração se torna mais ligada à mídia 
e fatores tecnológicos, sendo pouco praticadas as brincadeiras ao ar livre (mudança 
ocorrida devido o aumento da violência). Outro fator são os hábitos alimentares, pois 
o consumo de fast foods e alimentos mais calóricos aumentam continuamente, 
crescendo também o tamanho da porção dos alimentos consumidos. Ou seja, o 
gasto energético das crianças torna-se menor, e o consumo de alimentos calóricos 
maior, gerando acúmulos de calorias e consequentemente o ganho de peso. 
(AGOSTINI e SEBELE, 2008). 
24 
Com base nisso, nota-se que o tratamento precoce na obesidade infantil e 
adolescente é de extrema importância, visando sempre à melhoria nos bons hábitos 
alimentares, prática de atividades físicas, terapia comportamental, entre outros. Um 
dos principais métodos para a prevenção da obesidade infantil são os esforços por 
parte dos pais ou responsáveis, familiares, amigos e escola, além também de 
possuir informações corretas sobre a alimentação. O papel dos responsáveis pela 
criança se torna fundamental, já que eles podem e devem estimular bons hábitos 
alimentares e físicos (AGOSTINI e SEBELE, 2013). 
As intervenções bem executadas necessitam juntamente do envolvimento dos 
pais,
pois uma vez que eles se mostram exemplos de conduta física e alimentar, são 
os mesmos que determinaram os alimentos de acesso às crianças, tanto em 
quantidade como em qualidade, os responsáveis são os maiores autoridades por 
estabelecer um ambiente positivamente emocional em que a obesidade possa vir a 
ser ou não desencorajado. Porém, e justamente pela falta de envolvimento dos pais 
no auxílio e tratamento, que e a maior barreira citada pelos profissionais que atuam 
na área da saúde. (SILVA e COBAYASHI, 2011). 
4.5 Influências da mídia e familiares na obesidade infantil. 
Após a queda da desnutrição infantil nos últimos 30 anos, tem se observado 
um grande aumento da obesidade em crianças (AMUNA e ZOTOR, 2008). 
Existem diversos fatores preocupantes que influenciam no crescimento da 
obesidade infantil, como biológicos, psicológicos, socioeconômicos e ambientais. 
Porém o que mais tem influenciado é mídia, ou seja, a exposição excessiva da 
criança à televisão ou redes sociais. Especialistas afirmam que a mídia televisiva é 
uma influência negativa as crianças, pois o marketing exposto nos comerciais 
contribui para a dificuldade de adoção de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 
2010 e WHO, 2009). 
Já que a maior parte desse marketing propõe alimentos com alto teor de 
açúcar, sal e gorduras, tendo uma repercussão negativa no estado nutricional das 
crianças que os consomem. Levando em consideração o fato de que as crianças 
são o alvo principal da publicidade desses alimentos. (COSTA, et al, 2012).
25 
Por conta disso alguns países adotaram medidas que limitam a exposição de 
certos alimentos em comerciais, limitando o horário em que eles serão exibidos e o 
local de sua veiculação ou até mesmo proibindo totalmente a publicação desses 
alimentos. (MONTEIRO e CASTRO, 2009). 
No dia 13 de março de 2014, o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos 
da Criança e do Adolescente), órgão vinculado à Secretaria Especial de Direitos 
Humanos e da Presidência da República, aprovou a Resolução n°163, que define 
como deve ser utilizado o marketing para produtos alimentícios que tem como 
público alvo crianças, definindo o tipo de linguagem que deve ser utilizado, 
personagens ou apresentadores infantis etc. (BRASIL, 2014) 
Também não pode esquecer-se de um importante fator, os familiares passam 
seus hábitos alimentares para as crianças sendo bom ou ruim, fazendo com que vire 
um habito pessoal da criança, e isso é ruim pois se o responsável tiver uma má 
alimentação acarretara o mesmo para a criança, influenciando diretamente a 
obesidade. Um bom exemplo que pode se verificar atualmente, é a oferta de 
alimentos às crianças em excesso ou sem necessidade, não respeitando suas fases. 
Podendo-se concluir então que as inadequações alimentares ocorridas na infância 
estão ligadas também aos hábitos alimentares de seus familiares (AGOSTINI e 
SEBELE, 2017) 
4.6 Formações de hábitos alimentares das crianças 
4.6.1 Seletividade alimentar 
A obesidade infantil possui influências de fatores genéticos, sendo iniciado 
antes mesmo do nascimento. A alimentação materna contribui para a situação 
nutricional do recém-nascido, da criança e do adolescente, posteriormente 
(CARVALHO, et al, 2013). 
O volume, composição e qualidade de um alimento ingerido, se relacionam 
diretamente com a obesidade. Até mesmo os padrões alimentares que mudam 
frequentemente, acabam fazendo com que as crianças construam um hábito 
relacionado a este padrão, o que explicaria o fato do consumo de doces, alimentos 
industrializados, e com alto teor de gordura saturada serem maiores, enquanto 
frutas, hortaliças e legumes são deixados de lado (VITOLO, 2008). 
26 
Existem diversos fatores que podem contribuir com a seletividade dos 
alimentos, podendo consequentemente acarretar a obesidade, incluindo não só a 
genética, como também o baixo nível econômico, a baixa escolaridade e o desmame 
precoce. (AZEVEDO e BRITO, 2012). 
Além disso, há a redução da prática de atividades físicas, o ambiente social e 
a acessibilidade (CARVALHO, et al, 2013). 
Parte da responsabilidade das escolhas alimentares infantis se dá por conta 
de propagandas de alimentos. O governo promove algumas iniciativas, a fim de 
disciplinar as propagandas alimentícias, visando o não aumento do consumo de fast 
foods, alimentos ricos em gorduras, açúcar, sal, e pobres alimentos como 
leguminosas, hortaliças e frutas (REIS; VASCONCELOS e BARROS, 2011). 
 4.6.2 A percepção dos pais em relação a alimentação das crianças 
A vivência familiar padronizada em relação ao estilo de vida dos filhos, 
incluindo a seletividade alimentar, apontam papel relevante em relação a obesidade 
infantil. A participação dos pais foi observada em pesquisas como a que produz mais 
efeito intervencionista (SIECHIRI, 2008). 
Uma forma de reverter as causas da obesidade é a prevenção. É de suma 
necessidade que os estudos de intervenção da obesidade infantil em longo prazo 
para políticas públicas existam, ainda que sejam exíguos. A colaboração dos pais 
em mudanças alimentares possui resultados eficazes, uma vez que são eles quem 
determinam quais alimentos são oferecidos para a criança, em quantidade e 
qualidade, além de serem os maiores responsáveis pelo ambiente emocional 
estabelecido em relação a obesidade (TENORIO e COBAYASHI, 2011). 
É visto em diversos estudos que os pais muitas vezes subestimam o peso 
corporal de seus filhos. Um estudo realizado na Finlândia onde era avaliado a 
habilidade dos pais para perceber o estado nutricional de seus filhos de 5 à 11 anos, 
mostrou que os pais avaliam corretamente as crianças quando o peso é eutrófico, 
diferente do sobrepeso que foi subestimado, onde mostrou de 73% dos meninos e 
94% das meninas de 5 anos e 46% dos meninos e 56% das meninas de 11 anos de 
idade foram classificados de forma incorreta, como tendo peso eutrófico (VUORELA; 
SAHA e SALO, 2010). 
27 
É descrito frequentemente pelos pais, os tipos de pesos corporais em 
sobrepeso e obesidade como "musculoso", "ossos grandes" e "forte". Há 
comunidades e etnias minoritárias, que denominam estar acima da eutrofia como 
algo normal. No nordeste brasileiro, através de uma pesquisa, foi indicado que as 
crianças com maior excesso de peso são associadas como possuidoras de saúde e 
bom cuidado familiar. Já para outros, nada é possível fazer para alterar um peso já 
pré-determinado geneticamente, acreditando-se que o crescimento fará com que o 
peso se torne adequado, portanto, não se faz necessário a preocupação no 
momento atual (TENORIO e COBAYASHI, 2011) 
O conceito de fatalismo é bastante utilizado em comunidades negras e de 
cultura latina, se baseando na aceitação de uma patologia, pois a mesma foi 
estabelecida por Deus. Sendo assim, tratamentos da obesidade em crianças são 
recusados perante esses grupos sociais, devido à crença de determinação divina. 
Também há o fato de que nessas comunidades a opinião de outros membros 
familiares são levados em consideração por possuírem maior credibilidade do que 
apenas os pais (FITZGIBBON e BEECH, 2009) 
O sucesso das intervenções depende diretamente do envolvimento ativo dos 
pais, desde a identificação até a consciência em relação ao sobrepeso e obesidade. 
No entanto, de acordo com (SANTOS e RABIOVISCH, 2011), quando a ausência 
dos pais é encontrada independente do motivo, há um desafio muito maior e a 
dificuldade de impor limites e consequentemente os filhos consomem sem 
moderação. O exemplo deve começar desde casa. É de extrema relevância o 
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para a realização de uma medida a 
ser tomada, incluindo estratégias, vídeos e relatos, a fim de promover a 
conscientização sobre causas e consequências do peso em excesso, promovendo 
qualidade de vida e saúde consequentemente (IZIDORO e PEREIRA, 2010). 
 4.6.3 A importância da escola e do governo na alimentação de crianças
Medidas de prevenção e promoção de saúde devem ser tomadas desde a 
infância devido à grande prevalência da obesidade e suas graves consequências. 
Exemplos de tais medidas são: a implementação de políticas públicas associadas à 
educação nutricional, desenvolvimento econômico, infraestrutura apropriada para 
práticas recreativas e de exercícios físicos, legislação específica para rotulagem e 
publicidade de alimentos (CARVALHO, et al, 2013). 
28 
A conscientização é o primeiro passo da prevenção à obesidade infantil, 
sendo necessário que novas descobertas científicas estejam atualizadas nos 
conhecimentos dos profissionais da saúde, para que assim novas estratégias sejam 
desenvolvidas evitando a perda da qualidade de vida (ROSENELI, et al, 2012) 
Um dos fatores importantes que influenciam no hábito da criança é o 
ambiente escolar, tanto pelo período de permanecia que é longo, quanto pelo local 
de convívio e troca de informações (AZEVEDO e BRITO, 2012). 
Medidas governamentais sofrem grande influência juntamente com a escola 
na ajuda da diminuição da prevalência de obesidade entre crianças brasileiras. 
Alguns quesitos já foram adotados como a disponibilidade e a oferta de alimentos 
frescos (frutas, hortaliças, grãos e peixes), fortalecimento do programa de 
alimentação escolar, que possuem o objetivo de oferecer cardápios mais saudáveis 
e nutritivos (GOLKE, 2016). 
A prevenção mediante as políticas devem auxiliar as crianças a compreender 
como evitar doenças presentes e futuras relacionadas com a nutrição, por meio do 
desenvolvimento individual e de sua capacidade para decidir corretamente (VITOLO, 
2008 e PAIVA, 2010). 
É necessário que a escola proporcione consumo adequado de alimentos com 
seus valores nutricionais adequados (ROSANELI, et al, 2012). 
A escola pode conter um grande papel na hora da promoção da saúde tendo 
em vista que as atividades mais eficazes para prevenção e saúde de acordo com 
pesquisas realizadas, é a inclusão de atividades regulares na escola, introdução de 
educação nutricional no currículo de forma regular e o próprio fornecimento de 
alimentos através de programas governamentais. A alimentação escolar e a 
formação de hábitos alimentares não são discutidas frequentemente, implicando que 
a execução de políticas promotoras de saúde só será eficaz com um amplo debate 
entre escolas e alunos (MANUSCO, et al, 2013). 
4.7 Desafios na mudança do hábito alimentar 
Os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas e verduras, têm 
custo elevado para as famílias de baixa renda. Ao mesmo tempo, a indústria 
alimentícia coloca à disposição, vários alimentos com densidade energética 
aumentada, que promovem saciedade e são mais palatáveis e de baixo custo, o que 
29 
os tornam acessíveis às classes de baixa renda (SILVA, 2011). 
Estudos indicam que a prevenção da obesidade se inicia primeiramente 
através da conscientização, descarte, é crucial estabelecer bons hábitos alimentares 
desde o inicio da infância, reduzindo o risco de complicações futuras. Também, é 
necessário que os profissionais da saúde estejam atualizados quanto as 
descobertas científicas para que se desenvolvam novas estratégias de prevenções 
precoce, pois o aumento acelerado dessa morbidade na infância acarretara forte 
impacto econômico e perda de qualidade de vida (ROSANELI, et al, 2012 e 
AZEVEDO e BRITO, 2012). 
As políticas de prevenção devem ajudar as crianças a entender como evitar 
doenças presentes e futuras relacionadas com a nutrição, por meio do 
desenvolvimento de sua própria independência e de sua capacidade para tomar 
decisões acertadas e de fazer escolhas corretas (VITTOLO, 2008 e PAIVA, 2010). 
Sendo assim, é importante ressaltar que o ambiente, onde a criança esta inserida 
deve lhe proporcionar consumo adequado de alimentos em qualidade e quantidade 
necessárias para garantir o aporte nutricional (ROSANELI, et al., 2012). 
Portanto no que se refere à saúde, informação nutricional e hábitos 
alimentares, existem obstáculos como á falta de tempo e disciplina, assim com 
ausência de percepção adequada da urgência da aplicação de medidas preventivas 
cujo beneficio só serão evidentes décadas mais tarde (PAIVA, 2010). 
4.8 Consequências da má alimentação 
4.8.1 Consumo de fast foods 
Fast foods são alimentos que são comercializados, onde o consumo pode 
ocorrer de maneira rápida, podendo ser hambúrguer, pizza, batata frita, além de 
outros alimentos que possuem um alto índice de calorias. Os brasileiros enxergam 
esse formato de comércio como algo que traz felicidade e facilidade, levando em 
conta a segurança, conforto, além de comodidade ao encontrar uma série de 
alimentos no mesmo espaço. Por esses motivos, os fast foods se tornaram a 
principal opção de entretenimento nos grandes centros urbanos brasileiros, sendo 
responsável, em 2011, por 18,3% do varejo nacional e 2% do PIB (GARCIA, 2013).
30 
Uma das principais causas de doenças tem sido a alimentação rica em 
açúcares, gorduras e sódio, tipo fast foods. Juntamente a esse quadro está o 
sedentarismo das atuais gerações acarretando danos à saúde cada vez mais cedo. 
Na infância, principalmente, a obesidade é um problema grave por trazer sérios 
comprometimentos relacionados a autoestima da criança. Uma alimentação 
inadequada possui a capacidade de mudar o nosso destino bioquímico-biológico, 
pois ao comer errado por muitos anos, desenvolvemos determinado metabolismo 
peculiar àquele alimento. A boa alimentação deve ser diversificada e incluir todos 
tipos de alimentos: os energéticos, os construtores e os reguladores (CASCAPERA, 
2012). 
Um dos principais problemas de saúde pública é a obesidade infantil, sendo 
uma patologia definida pelo excesso de gordura corporal em crianças, de 
prevalência crescente a nível mundial e de caráter epidemiológico, acometendo 
países desenvolvidos e em desenvolvimento (BOMFIM, 2016). 
A contribuição da escola é de suma importância na viabilização do 
desenvolvimento da consciência de uma boa alimentação juntamente com a 
contribuição de educadores e grupos de interesse na busca de uma alimentação 
apropriada e preventiva (DALMOLIN, 2012). 
4.8.2 Alto consumo de açúcares, sódio e gorduras 
Os doces, açúcares, óleos e gorduras se encontram no topo da pirâmide, 
representando os alimentos que devem ser consumidos com baixa frequência, pois 
além de calóricos, podem aumentar os riscos de obesidade, doenças 
cardiovasculares, diabetes e outras enfermidades. (PHILIPPI, 2013). 
É estimado que menos de 10% da população atinge as recomendações de 
consumo de frutas, verduras e legumes; um consumo elevado de açúcar foi referido 
por 61% da população, a prevalência de consumo excessivo de gordura saturada 
(maior do que 7% do consumo de energia) foi de 82% na população, as fibras 
atingiram o percentual de consumo na população abaixo do recomendado sendo de 
68%, e mais que 70% da população consomem quantidades superiores ao valor 
máximo de ingestão tolerável para o sódio, confirmando os grandes percentuais de 
inadequação da alimentação da população brasileira. Diversos alimentos foram 
estudados, o biscoito recheado destacou-se como um dos mais importantes 
31 
marcadores de consumo não saudável, seguido pelos refrigerantes, doces, pizza e 
salgadinhos industrializados. (POF/IBGE, 2008/2009). 
4.9 Estresse psicológico 
A obesidade infantil é um processo, no qual a idiossincrasia, a cognição e a 
regulação emocional interagem constantemente, ocorrendo ainda a influência dos 
comportamentos parentais, exercício físico, padrão nutricional e pressão familiar 
Assim, o stress é entendido como um compilado de ações orgânicas de 
ajustamentos às situações novas que se apresentam aos indivíduos em um estudo 
com pré-adolescentes obesos, foi averiguado o aumento significativo de sintomas de 
depressão apenas entre o público feminino. Independente do sexo sabe-se que as
crianças com maior peso são mais vulneráveis a ter e sofrer rejeição e discriminação 
dentro da escola, levando a dificuldades de adequação psicológica as ocorrências 
promotoras de estresse acaba com o equilíbrio interno do organismo e acarretam 
alterações que podem ser de modo físico ou psicológico. Especificamente no tempo 
entre o final da infância e começo da adolescência, o estresse traz consequências 
perigosas à saúde das crianças, pelas mudanças hormonais que ocorrem nesta 
etapa e que as tornam sensíveis à rejeição, à aceitação e ao modo como as atitudes 
dos outros em relação a si mesmo (Avaliação do Estresse na Obesidade Infantil-
PSICO, 2012). 
A obesidade infantil trás consigo diversos malefícios, sendo um deles o 
preconceito contra crianças e adolescentes que possuem excesso de peso. As 
crianças normalmente associam a obesidade como feiura e diversos defeitos, sendo 
alguns deles a preguiça, gula, entre outros, causando assim o isolamento das 
crianças com IMC elevado, e muitas vezes possuindo como consequência o bullying 
e a baixa autoestima, que afeta a vida psicossocial do ser humano. (LINS; JANUZZI 
e FREITAS, 2010). 
A obesidade infanto-juvenil pode comprometer a saúde psicológica e social do 
indivíduo, afetando a autoestima, causando o sentimento de fracasso e exclusão da 
sociedade por conta da sensação de inferioridade. Além também da ansiedade, 
depressão, medo, tristeza, etc. (ROCHA; MARÍLIA e PEREIRA, 2017). 
32 
4.10 Obesidade como motivo de bullying 
4.10.1 Conceito de bullying 
O bullying também conhecido como intimidação por colegas ou pares pode 
ser definido como um subtipo de violência, ou seja, uma forma de agressão em que 
indivíduos ameaçam outro de diferentes maneiras, sendo: física, psicológica ou 
sexual sem um tempo determina e realizada periodicamente. (ZAINE; REIS e 
PADOVANI, 2010) 
O bullying é uma prática intencional por parte dos agressores e não é 
desejada pela vítima, pode ser considerada como uma forma de abuso, podendo ser 
subdividido em forma física (socos, chutes e agressão), verbal (com apelidos e de 
uma forma totalmente contraria como exclusão social e isolamentos), relacional 
(ignorar uma tentativa de aproximação de algum colega de proposito) e eletrônica ( 
também conhecido como cyberbullying – ocorre igualmente ao bullying tradicional, 
porem este pode ocorrer em qualquer hora e as ofensas e constrangimentos podem 
ser divulgados de uma maneira mais rápida). Outra forma de classificação são as 
formas direta (a vítima sabe quem é o agressor) e indireta (exclusão intencional de 
um grupo social e a vitima não sabe muito bem que é o agressor). (BANDEIRA, 
2009) 
4.10.2 Motivo do bullying com portadores de obesidade 
No caso específico da obesidade infantil, o padrão estético acaba sendo o 
indicativo de alvo para discriminação, e não os problemas relativos à saúde, pois 
além de diversas doenças e dificuldades relacionadas ao indivíduo estar acima de 
seu peso ideal, estudos também tem entendido o fator psicossocial associado a 
obesidade. Nesse sentido, estar acima do peso, numa sociedade que valoriza a 
aparência física e o corpo ideal, pode fazer do indivíduo um alvo para discriminações 
em diversos contextos, sobretudo no contexto escolar. O indivíduo obeso tende a 
atrair rejeição e efeitos negativos pelo simples fato de ser obeso e tendem a ser 
classificados como responsáveis por sua própria condição, sendo taxados de 
preguiçosos ou relaxados. (COSTA; SOUZA e OLIVEIRA, 2012). 
4.10.3 Solução do bullying
33 
 Para intervenção e prevenção do bullying são apresentados alguns 
panoramas como programas de intervenção preventiva: intervenções individuais 
(aprender habilidades sociais semelhante a terapias com uma abordagem que é 
mais específica, breve e focada no problema atual. Também conhecida como TCC 
Terapia cognitivo comportamental (ela explica que o que nos afetam não são os 
acontecimentos e sim a forma que interpretamos.). Desenhada (promoção de anti-
bullying por meio de vídeos, grupos de reflexão, aquisição de valores e habilidades 
sociais, para testemunha não se calar). Além destas ainda existe a multidisciplinar 
(realizado dentro e fora dos colégios. Desenvolve trabalhos em todos os âmbitos 
que o bullying se propaga), destas variedades de métodos, o que obteve maior 
sucesso mostrou que o problema ocorre não somente em relações entre alunos, 
mas também em processos amplos de interação social. (ALBINO e TERENCIO, 
2012). 
4.11 Consequências da obesidade na vida adulta 
O índice de obesidade na infância e juventude vem crescendo de maneira 
rápida e continua. A obesidade infantil, por si só já é motivo de preocupação, mas o 
fato de que essas crianças não se recuperam, corrigindo os sintomas e perigos da 
doença e se livrando da patologia, o que acaba resultando em adultos obesos, é 
ainda mais alarmante. (AZEVEDO e BRITO, 2012). 
Tem se evidenciado a associação entre a obesidade na infância e sua 
continuidade no período da adolescência e vida adulta, assim como o 
desenvolvimento de comorbidades. Nos tempos atuais o câncer, a diabetes e as 
doenças cardiovasculares equivalem a 63% das mortes no mundo. O principal 
causador de obesidade na vida adulta é o sobrepeso na infância, que dá início 
também ao desenvolvimento de patologias cardiovasculares e diabetes. Fatores 
como o ambiente, a atividade física e ainda a atenção e intervenção dos pais quanto 
às escolhas relacionadas a alimentação de seus filhos, são influenciadores do 
aumento de peso corporal das crianças. Além do descompromisso de políticas 
públicas eficazes no processo de prevenção a obesidade infantil, favorecendo o 
desenvolvimento de doenças crônicas advindas dessa condição. (GOLKE, 2016). 
Crianças e adolescentes obesos são mais suscetíveis a doenças
34 
cardiovasculares, metabólicas ou neoplasias. Aproximadamente 60% das crianças 
que sofrem com a obesidade continuam obesos após a adolescência, ou seja, se 
torna um adulto obeso. (CARVALHO, 2009). 
Adultos com obesidade possuem desde criança dificuldade no contexto 
social, amoroso e sexual, vida profissional e maiores problemas relacionados à 
saúde. Nas mulheres nota-se que as adolescentes obesas são mais insatisfeitas 
amorosamente e têm um número menor de relacionamentos quando comparadas às 
adolescentes em peso ideal. E que as mulheres americanas que estão acima do 
peso recebem remuneração salarial menor que mulheres em estado de eutrofia e 
aparecem em altas taxas de pobreza. Além de que os jovens obesos, de ambos os 
sexos, sofrem maior discriminação no processo de aprovação em universidades. 
(MELO, SERRA e CUNHA, 2010). 
4.12 Índices de obesidade 
A obesidade se tornou um grande problema de saúde pública em todo o 
mundo independente da classe social. Observada nos últimos anos, tem assumido 
níveis epidêmicos por conta da denominada transição epidemiológica/nutricional, 
que vai de um cenário de desnutrição para um de obesidade e sobrepeso. 
(MARCHI-ALVES, et al, 2011) 
O índice de crianças e adolescentes (entre 5 a 19 anos) em estado de 
obesidade aumentou em cerca de dez vezes nas ultimas quatro décadas. Se este 
quadro não se reverter e as tendências pós 2000 continuarem, de acordo com um 
estudo liderado pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS), até 2022 haverá mais casos de obesidade do que de desnutrição modera e 
grave. Em 2016, o número global de meninas e meninos com desnutrição moderada 
e grave foi de 75 milhões de meninas e 117 milhões de meninos, respectivamente. 
Este cenário demonstra o quanto a desnutrição ainda é um grande problema 
de saúde pública e aos níveis que obesidade pode alcançar. (OPAS/OMS BRASIL, 
2017). As taxas de obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo 
cresceram como conforme mostra a tabela a seguir: 
 TABELA 01 – Taxas de obesidade em crianças e adolescentes. 
35 
 MENINOS
MENINAS 
2016: Aumento em 14% 50 Milhões–equivale a 6% 74 Milhões–equivale a 8% 
1975: Aumento em <1% 05 Milhões 06 Milhões 
Fonte: OPAS/OMS BRASIL, 2017 
O número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez 
vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. Outros 213 milhões 
estavam com sobrepeso em 2016, mas o número caiu abaixo do limiar para a 
obesidade. (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/OMS BRASIL, 2017) 
De acordo com a (POF) (2008-2009) a obesidade e o sobre peso em crianças 
e adolescentes, vem aumentando de uma maneira notável, pois segundo os 
resultados obtidos destacam-se crianças da faixa etária entre 5 a 9 anos de idade de 
ambos os sexos como o principal avanço desses índices. Conforme o gráfico de 
indicadores antropométricos na população dessa faixa etária utilizada na pesquisa, 
os dados revelam a porcentagem de obesidade conforme a tabela a seguir: 
(PONTES; ROLIM e TAMASIA, 2016) 
TABELA 02 – Porcentagem de obesidade em meninos. 
 1974-1975 1989 2008-2009 
MENINOS 10,9% 15% 34,8% 
Fonte: IBGE,2010 
TABELA 03 - Porcentagem de obesidade em meninas. 
 1970-1980 1989 2008-2009 
MENINAS 8,6% 11,9% 32% 
Fonte: IBGE,2010. 
Diante desses dados, é notável o aumento dos índices de obesidade infantil, 
logo torna-se necessário o controle e a prevenção por meio de políticas públicas e 
programas de promoção da saúde, que buscam adequar e melhorar os hábitos 
alimentares saudáveis e juntamente com a prática de atividades físicas. (PONTES; 
ROLIM e TAMASIA, 2016) 
36 
4.13 Promoção de boa alimentação 
 O acompanhamento do estado nutricional de crianças constitui um 
procedimento muito importante para medir as condições de saúde e conduzir a 
transição da competência de vida dos indivíduos. Os alimentos com eminente teor 
de gordura e açúcares costumeiramente são servidos em contextos positivos, 
conforme recompensas e celebrações fazendo com que as crianças tenham uma 
coligação positiva na receptividade desses alimentos. Contudo por diferente lado, 
são forçadas a ingerir os alimentos mais saudáveis causando na maioria das vezes 
a rejeição dessa alimentação. As preferências alimentares são determinantes na 
escolha dos alimentos e um termo de grande relevância da obesidade é o hábito 
alimentar infantil e da família e o modelo de alimentação implementada no 1° ano de 
vida. A saúde infantil está pessoalmente ligada à sua condição nutricional, sendo 
impactada pela urgência e pelo oferecimento de nutrientes, que podem intervir de 
modo apropriado no método de desenvolvimento e avanço clínico. Presentemente, 
devido ao costume de prática mais apressurado, efeito principalmente da forte 
participação da mulher no mercado de trabalho, é possível constatar menor atenção 
quanto à saúde da criança. Além disso, houve muitas transformações no seguimento 
cognitivo, em razão de mudanças na alimentação e na insuficiência de prática de 
atividade física, que desencadearam prevalência de sobrepeso e adiposidade na 
infância. (RODRIGUES, et al, 2016) 
Diante ao cenário relatado, é essencial que haja planificação de ação para a 
melhoria e precaução da obesidade, igualmente conforme, ações que promovam 
mudanças nos hábitos alimentares. A obesidade tende a ampliar, justo ao consumo 
de alimentos inadequados e calóricos, bem como a redução de atividade física, 
causando grave agravo à saúde dessa população. Intervenções em crianças, 
particularmente primeiro antes dos 10 anos de vida ou na adolescência, reduzem 
mais a rispidez da enfermidade do que enquanto as mesmas intervenções são 
realizadas na idade adulta. Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, 
conforme os genéticos, fisiológicos e os metabólicos, no entanto, pode-se instruir 
que esse gradativo acréscimo do número de indivíduos obesos parece ser mais 
relacionado às mudanças no costume de vida e hábitos alimentares. Essa 
vinculação tem sido bem descrita na literatura e envolve legado genético, fatores 
relacionados ao incremento de atitudes, tendo os pais como referência e a 
37 
determinação desses ou de familiares sobre os hábitos da criança. Avante desse 
âmbito, a urgência do controle e precaução da obesidade infantil, está vinculada às 
políticas públicas e programas de melhoria da saúde, que buscam adaptar e 
aperfeiçoar os hábitos alimentares saudáveis e simultaneamente junto à prática de 
atividades físicas. A melhoria da saúde deve estar inserida a partir da infância 
permanecendo até o período adulto de maneira gradativa para que a constituição de 
hábitos alimentares saudáveis seja adquirida por comportamentos autônomos e 
cientes por suas escolhas a partir de pequenos (UNIFACEX, 2016) 
4.14 Obesidade na participação em aulas de educação física 
A escola é um local onde as crianças passam grande parte do seu dia, 
brincando, alimentando-se, aprendem, relacionam-se e praticam variadas atividades 
físicas. Portanto, pressupõe que a escola, juntamente com a família, tem uma 
importante missão no trabalho integrado para tratar a obesidade e diminuir esses 
índices que insistem continuarem crescentes. Dentro dessa instituição todas as 
disciplinas devem abordar e trabalhar o tema da obesidade, visto que essa 
responsabilidade não cabe única e exclusivamente ao professor de educação física 
(FREITAS, 2010). 
No tange à escola, mais especificamente, cabe ao professor de Educação 
Física, que é o profissional mais próximo da área da saúde, em conjunto com a 
equipe pedagógica, elaborar projetos que o foco seja corrigir a alimentação 
inadequada, além de encorajar os alunos a encarar uma postura de vida mais ativa 
e saudável dentro e fora da escola, fazendo com que eles entendam e percebam os 
efeitos em sua própria saúde causados pela mudança de alguns comportamentos 
(FRANKLIN, 2012). 
Através da interdisciplinaridade os alunos aprendem de maneira mais 
aprofundada, qual a importância de se praticar exercícios físicos e entendem qual a 
relação que existe entre essa prática e a ocorrência das doenças, como a 
obesidade. Uma das melhores opções é procurar incluir todas as crianças nas aulas 
de Educação Física e envolvê-las em atividades que sejam mais dinâmicas e exijam 
maior movimentação, como por exemplo, as brincadeiras lúdicas, pois esses tipos 
de exercícios quando inseridos de maneira mais prazerosa é mais convidativo torna 
as crianças mais ativas de maneira indireta e gera-se como resultado uma 
38 
efetivação desses hábitos durante a vida e uma melhora na saúde desses indivíduos 
(FREITAS, 2010). 
De uma maneira geral, de acordo com (GASRPAR e KOGUT, 2008) a 
exclusão ainda tem sido uma consequência relevante quando uma criança ou 
adolescente está abaixo ou acima do peso considerado adequado. 
4.15 Benefícios da atividade física e os riscos do sedentarismo 
Manter um estilo de vida saudável inclui ações tanto individuais, quanto em 
grupos. Estes devem adquirir e manter ações que promovam e previnam patologias 
ao longo da vida. (SILVA e COSTA Jr, 2011). 
A manutenção de uma vida ativa fisicamente traz além de uma sensação 
agradável de prazer, benefícios a quem a possui. Benefícios esses que vão desde 
uma diminuição considerável do percentual de gordura corporal até a auto 
aceitação, o aumento da autoestima, podendo trazer melhora significativa até no 
convívio social do praticante. (SILVA e LACORDIA, 2016) 
A falta da prática de atividades físicas pode acarretar em doenças como: 
doença aterosclerótica coronariana, hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular 
encefálico, doença vascular periférica, obesidade, diabetes melitus tipo II, 
osteoporose e osteoartrose, câncer de cólon, de mama, de próstata e de pulmão, 
além de ansiedade e depressão. (SILVA e LACORDIA, 2016). 
O sedentarismo é comumente associado aumento de peso e das taxas de 
mortalidade por causas como o número de refeições reduzidas e a exclusão do café 
da manhã da rotina das crianças,
o que acontece em maioria das vezes com alunos 
do horário matutino. (BOMFIM, et al, 2015). 
 4.15.1 Atividade física na infância: benefícios e recomendações 
Já é sabido que independente de quem a pratica, a atividade física é de suma 
importância para o corpo humano. Na infância, a atividade física entra com o papel 
de melhorar o desenvolvimento das crianças. De acordo com a Sociedade Brasileira 
de Pediatria (2008), assim como a genética, a nutrição e o ambiente de inserção do 
indivíduo, a atividade física contribuí para que o mesmo atinja o seu potencial de 
crescimento, desenvolva interesse e melhor desempenho na pratica de atividades 
39 
físicas, além de contribuir positivamente para um bom nível de saúde. Além de 
contribuir diretamente com o crescimento e desenvolvimento, a atividade física 
também auxilia no tratamento e prevenção da obesidade e diminui a chances de 
sedentarismo. (SILVA e LACORDIA, 2016) 
4.16 A Importância do profissional nutricionista 
 O profissional em nutrição é extremamente importante à população, pois ele 
tem o papel de reeduca-los através de hábitos alimentares saudáveis. Hoje, como 
em alguns países desenvolvidos, sofremos com o problema de obesidade infantil, e 
ainda não conseguimos resolver também problemas frequentes em pais 
subdesenvolvidos ou emergentes, como a carência nutricional, desnutrição e fome. 
(GOULART, 2010). 
 Atualmente a população tem se mostrado mais preocupada com esses 
problemas que vem ocorrendo, visando a qualidade de vida, diferente de alguns 
anos atrás. Porém de uma forma errada, as pessoas tentam resolver esses 
problemas sozinhos, com dietas milagrosas e com produtos que dizem ter resultado 
imediato, sem ao menos se consultar com um nutricionista para receber as devidas 
orientações de alguém que entende do assunto. Não há mais investimentos na 
reeducação alimentar para que ocorra uma conscientização fazendo assim 
consequentemente que ocorra correção dos exageros e contraindicações, e a 
adoção de hábitos alimentares saudáveis aliando-se também com as práticas de 
exercícios físicos no dia a dia. (AMANCIO, 2008). 
 O profissional em nutrição pode atuar em diversas áreas tais como: 
 Saúde pública: Atuando na área de prevenção, visando à qualidade de vida da 
população. Nutrição esportiva: Unindo a nutrição e a educação física através da 
educação alimentar de pessoas em que praticam esportes, frequentam 
academias etc. modificando seus hábitos alimentares, contribuindo para o bom 
desempenho do atleta fazendo com quem ele adquira novos hábitos saudáveis. 
Já que uma parcela da população vem se conscientizando de que é necessário 
abandonar o sedentarismo, jogos, redes sociais etc., e praticar esportes e 
similares (L. KATHLEEN, 2010). 
 Nutrição clínica: Garantir o bem-estar do paciente, através de uma alimentação
40 
equilibrada com todos os nutrientes necessários, mantendo seu estado 
nutricional equilibrado e o mantendo longe de doenças. Caso o paciente esteja 
com alguma patologia o profissional em nutrição irá trabalhar também para sua 
evolução clínica e recuperação, visto que é necessário que o profissional saiba 
qual tipo de patologia o paciente possui, ele descobrirá através de uma avaliação 
nutricional e exames, para que possa adequar a dieta para recuperação do 
paciente. Entre outras áreas, é importante que o nutricionista esteja sempre 
atualizado em relação aos assuntos de sua área para que possa trabalhar com 
excelência. (GOULART, 2010) 
4.17 Cartilha 
4.17.1 Conceito 
A cartilha é uma ferramenta didática de suma importância para melhor 
entendimento do conteúdo. (SILVA, et al, 2017). 
As cartilhas são recursos utilizados para comunicar a população e, muitas 
vezes, ao utilizarem textos didáticos e informativos, são consideradas um 
instrumento facilitador, atuando como ferramenta mediadora entre o governo e o 
povo, as quais têm a possibilidade de abordar uma realidade específica. Sendo 
contundentes no processo de sensibilização da população. (BACELAR, et al, 2009). 
 4.17.2 Utilização da cartilha 
Segundo (REBERT, et al., 2009) a utilização de materiais ilustrativos como a 
cartilha (qualquer compilação elementar que preceitue um padrão de 
comportamento por meio de ilustrações) é considerável, pois relata em muitos 
aspectos a realidade; reduz ou amplia o tamanho real dos objetos representados; 
torna próximo os fatos e lugares distantes no espaço e no tempo e permite a 
visualização imediata de processos lentos ou rápidos. Instrumento este que irá 
conduzir a uma troca de conhecimentos, visando à validação do seu papel 
informativo (REBERTE, et al, 2012 e CAMACHO, et al, 2014). 
O uso crescente de materiais educativos como recursos na educação em 
saúde tem assumido um papel importante no processo de ensino-aprendizagem
41 
(TORRES, et al, 2009). 
4.18 Atividades educativas no auxilio do tratamento da obesidade 
Conforme as crianças crescem, adquirem conhecimento e compreende 
conceitos como: O que é pular uma refeição ou não poder consumir algo, logo, estes 
primeiros anos são os melhores para ensinar preceitos positivos sobre os alimentos. 
Para isso, é recomendada a inclusão de políticas nutricionais nas escolas, 
juntamente com a sociedade local, serviços de saúde e programas nutricionais para 
a melhor compreensão do público infantil e de seus familiares, pois a alimentação 
para as crianças é uma área conhecida superficialmente por ser um conceito 
abstrato para os mesmos. Para a solução da citação o ato de brincar em conjunto 
com as atividades e informações nutricionais que façam relação com o mundo real 
tendem a resultar positivamente. (KRAUSE, 2010). 
Estudos indicam que famílias que incentivam e conversam sobre nutrição e 
valor nutricional prepara as crianças para encarar a diversificada quantidade que 
alimentos disponíveis. A escola exerce influências na formação do estilo de vida e 
alimentação da criança pré-escolar, nesse ambiente escolar torna-se fundamental a 
fixação de bons hábitos alimentares, visto que a criança permanece boa parte do 
seu dia no local, convivendo assim com outras crianças e educadores, tendo assim 
uma necessidade de promover atividades lúdicas, que são ferramentas importantes 
para o auxílio e construção do aprendizado. (SBP, 2008, BOCCALETTO e 
MENDES, 2009). 
Em um estudo realizado com pré-escolares, foi possível visualizar em um pré-
teste que as crianças não sabiam distinguir de uma forma correta o que seriam 
alimentos saudáveis e não saudáveis. (LANES, et al, 2012) 
As atividades lúdicas têm a sua importância para incentivar uma alimentação 
saudável e a aceitação dos pré-escolares no consumo de alimentos rejeitados pelos 
mesmos, segundo (COSTA, et al, 2009) 
Para o sucesso dos objetivos de uma educação nutricional para crianças 
serem atingidos é necessário que as atividades que serão ofertadas estejam 
relacionadas com as situações do diga-a- dia, nas quais a s crianças já tenham 
vivenciado e participado para que possam vir a ter um relacionamento positivo com 
42 
os profissionais da escola, para que não haja repreensão por parte desses sobre 
alimentação. Tais ações auxiliam para o desenvolver e o pensamento crítico para as 
escolhas alimentares no que diz respeito a uma alimentação saudável. (IULIANO, 
CERVATO-MANCUSO e GAMBARDELLA, 2009) 
O ato de brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e 
concentração, estimula a autoestima e ajuda a desenvolver relações de confiança 
consigo e com os outros. Colabora também para que a criança trabalhe sua relação 
com o mundo, dividindo espaços e experiências com outras pessoas, pois se torna 
menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, 
passando a comandar o seu comportamento também por meio do significado dessa 
situação a criança começa a agir de maneira diferente em relação àquilo que vê. 
Assim, é alcançada
uma condição em que a criança começa a atuar 
independentemente daquilo que vê, pois, o desenvolvimento da pessoa está 
extremamente ligado à sua relação com o ambiente sociocultural e só irá funcionar 
se tiver o contato e o suporte de outros indivíduos do seu meio. O desenvolvimento 
fica impedido de ocorrer na falta de situações propícias ao aprendizado. Com isso, é 
possível entender que atividades auxiliam a criança nesse processo de 
aprendizagem que irá proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá o 
desenvolvimento cognitivo o que resultara na fácil interação com pessoas, as quais 
contribuirão para um acréscimo de conhecimento. (ROLIM; GUERRA e TASSIGNY, 
2008).
43 
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A dietoterapia é considerada um mecanismo da saúde essencial para o 
cuidado e tratamento de inúmeras doenças, dentre elas a obesidade. A doença em 
questão foi escolhida para o desenvolvimento do trabalho de conclusão do curso, 
onde foram desenvolvidas inúmeras pesquisas para a realização do trabalho. 
Através dessas pesquisas foram verificados os hábitos alimentares das 
crianças, onde foi observado que o alto consumo de fast foods, açúcares, gorduras e 
sódios vêm tornando-se presente com frequência na alimentação de toda a 
população, gerando assim o aumento da massa corporal, se consumido em 
excesso. 
O consumo exagerado de alimentos hipercalóricos teve como consequência o 
crescimento nos índices de obesidade infantil, onde foram levantados no presente 
trabalho através da revisão bibliográfica, e foi concluído que as crianças nos últimos 
anos no Brasil obtiveram um crescimento exacerbado em questão desta doença 
proveniente de uma má alimentação e sedentarismo, resultando em 2008/2009 
34,8% a porcentagem da obesidade em meninos, e 32% em meninas 
respectivamente. 
A partir dos hábitos analisados, foram demonstradas as maneiras de adquirir 
uma boa alimentação às crianças, a fim de auxiliá-las no combate e prevenção desta 
doença abordando o consumo de alimentos hipercalóricos na qual deve ocorrer em 
menores quantidades, visando prevalecer o costume de hábitos alimentares 
saudáveis desde cedo, visto que estes costumes geram consequentemente uma 
vida saudável, juntamente com a prática de exercícios físicos que se demonstram 
extremamente importantes para o tratamento da doença. 
Portanto, para atingir com amplitude nosso público alvo, foi elaborada uma 
cartilha nutricional com orientações por meio da dietoterapia às crianças da fase 
escolar a fim de adotarem hábitos alimentares saudáveis, visto que é um meio 
didático útil e atrativo, utilizado para conscientizá-las sobre os riscos e malefícios 
desta doença e ajuda-las a discernir os alimentos saudáveis, demonstrando-se a 
importância de uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos, visto que 
esses dois fatores são essenciais para o combate e tratamento desta doença. 
44 
6.0 REFERÊNCIAS 
AGOSTINI, Sibele B. Nutrição em pauta/ A revista do profissional de nutrição. 
Ano 16, número 89, janeiro/fevereiro, 2008. Disponível em: faculdade de saúde 
pública da universidade de São Paulo. Acesso em: 21/09/2018 
ALENCAR CASTELO, Daniele L. Alencar Castelo, nutricionista mestre em 
ciências. DIETOTERAPIA. DIETOTERAPIA, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS. Ano 
abril/julho/junho 30 de junho de 2014. disponível em: 
<http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/06_saude.h
tml> Acesso em: 03/08/2018 
ALISON K. Ventura, MS, Jennifer S. Savage, MS, Ashleigh L. May, MS, 
Leann L. Birch, PhD. OBESIDADE INFANTIL. Pennsylvania State University, EUA 
Dezembro, 2005 
AMANCIO, O. M., O relevante papel do nutricionista na sociedade moderna 
Rev. Nutrinews, São Paulo. Edição 229. Agosto, 2008. p.14-15. Acesso em 27, 
Setembro 2018. 
AMO; Rolim, HJP; Tamasia GA ano 2016. Disponivel em: 
<http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2016/032_imp
ortancia_educacao_alimentar_nutricional.pdf.> Acesso 28.09.2018 
AMUNA, P.; ZOTOR, F.B. Epidemiological and nutrition transition in 
developing countries: impact on human health and development. Proceedings of The 
Nutrition Society. United Kingdom: [s.n.], v. 67, n. 01, p.82-90, 30 jan. 2008. Acesso 
em 25, Setembro 2018. 
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA OBESIDADE NA INFÂNCIA E 
ADOLESCÊNCIA. Psicologia, Saúde e Doenças, vol. 18, núm. 3, 2017, pp. 712-723 
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde Lisboa, Portugal. Disponível em: < 
http://www.redalyc.org/pdf/362/36254714007.pdf>. Acesso em 27, Setembro. 2018. 
ASSIS, Thayanne Érica Torres de. A ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL E O 
DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA CEGA. Natal – RN, 2015. 
AZEVEDO, F. R.; BRITO, B. C. Influência das variáveis nutricionais e da 
obesidade sobre a saúde e o metabolismo. Revista da Associação Médica Brasileira.
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/06_saude.html
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/06_saude.html
http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2016/032_importancia_educacao_alimentar_nutricional.pdf
http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2016/032_importancia_educacao_alimentar_nutricional.pdf
45 
v. 58, n. 6, p. 714 – 723, 2012. 
BARBIERE, Aline Fabiane; MELLO, Rosângela Aparecida. As causas de 
obesidade: uma análise sob a perspectiva materialista histórica. Conexões revista 
da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 10, n. 1, p. 121-
141, jan./abr. 2012. Disponível em: 
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637693/5384 
Acesso em: 07/08/2018. 
BOAS, Lilian Cristiane Gomes-Villas; FOSS, Milton César; FREITAS, Maria 
Cristina Foss-; TORRES, Heloísa de Carvalho; MONTEIRO, Luciana Zaranza; 
PACE, Ana Emilia. ADESÃO À DIETA E AO EXERCÍCIO FÍSICO DAS PESSOAS 
COM DIABETES MELLITUS. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, Abr-Jun, 
2011; 20(2): 272-9. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
07072011000200008&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 08/08/2011. 
BOCCALETTO, E.M.; MENDES, R. T. Alimentação, atividade física e 
qualidade de vida dos escolares do município de 
vinhedo/sp.1edicao.campinas:ipes,2009. 
BRASIL, Ministerio do planejamento, orçamento e gestão. Pesquisa de 
orçamentos familiares, 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, 
adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: [s.n.], 2010, 130p. Acesso em 25, 
Setembro 2018. 
BRASIL, Secretaria de Direitos Humanos. Resolução CONANDA n°163/2014. 
[s.l.: s.n.], mar. 2014a. Acesso em 25, Setembro 2018. 
BOMFIM, Natália da Silva; et al. Obesidade infantil: Principais causas e a 
importância da intervenção nutricional. Revista científica da Escola da Saude. Nº 1, 
p. 31-34, 2016 
CARVALHO, Sandrina Gaspar. Obesidade infantil, a epidemia do século XXI 
– revisão da literatura sobre estratégias de prevenção. 19 de junho de 2009. 
CARTILHA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOBRE A ESTAÇÃO DE 
TRATAMENTO DE EFLUENTE DOMÉSTICO SUSTENTÁVEL NO MUNICÍPIO DE 
NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL. Tainã Coelho Quevedo, Erlon Diego de Oliveira, 
Micheline Krüger Neumann, Günther Gehlen, Jairo Lizandro Schmitt.
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637693/5384
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072011000200008&script=sci_abstract&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072011000200008&script=sci_abstract&tlng=pt
46 
CASCAPERA JUNIOR, Rubens. Saúde mais saudável: viva mais e melhor. 1ª 
ed. São Paulo: Intelítera Editora, 2012. 
CERVATO-MANUSCO Ana Maria; WESTPHAL Márcia Faria; AKARI Érica 
Lie; BÓGUS Cláudia Maria. O papel da alimentação escolar na formação de habilitos 
saudáveis. Faculdade de Saúde Pública da USP, 2013. 
COSTA, c.a et al. educação nutricional como ferramenta de incentivo ao 
consumo alimentar de crianças do programa alimentação saudável de são 
paulo.nutrição profissional,

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando