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Tecnologia em saúde

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Tecnologia em saúde
Conceitos 
Segundo a OMS, tecnologia em saúde é: “A aplicação de conhecimentos e habilidade organizados na forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida”
Segundo esse conceito, a tecnologia aplicada à saúde engloba todos os dispositivos, produtos, técnicas e mecanismos de gestão que viabilizam a prevenção de doenças e reabilitação das pessoas, melhorando sua qualidade de vida.
Sistema de triagem de Manchester é uma tecnologia aplicada à saúde. Esse sistema é uma ferramenta para classificação de risco que separa os pacientes em cinco diferentes níveis, auxiliando a equipe de saúde na escolha daqueles que devem ser atendidos com prioridade
O mesmo raciocínio vale para um novo medicamento para o tratamento do câncer, para vacinas ou dispositivos capazes de monitorar o funcionamento de um órgão.
As tecnologias se materializam em:
· Medicamentos – aplicação, formas de uso, disponibilidade
· Equipamentos e suprimentos: ventiladores mecânicos, marcapassos cardíacos, kits de diagnóstico 
· Procedimentos médicos e cirúrgicos 
· Práticas integrativas 
· Sistemas de suporte à vida: bancos de sangue, bancos de leite, armazenamento de óvulos 
· Sistemas gerenciais e organizacionais: intervalos para descanso; sistema de bandeiras para manejo das lombalgias
Quando os componentes organizacionais de apoio são externos ao setor saúde, a exemplo de saneamento básico, direitos trabalhistas e educação, a combinação de todos esses componentes constituem as tecnologias em saúde
Tecnologias e os respectivos propósitos
Prevenção: visa proteger os indivíduos contra adoecimentos, incapacidade ou sequelas (ex: imunização, controle de risco, controle de infecção hospitalar)
Triagem: detecção de doenças em pessoas assintomáticas (RT-PCR, dosagem de antígeno, mamografias, exame de Papanicolau)
Diagnóstico: eletrocardiograma, raio X, radiografia 
Tratamento: visa melhorar ou manter o estado de saúde
Reabilitação: visa recuperar, estabilizar ou melhorar a função de uma pessoa com uma incapacidade física ou mental
Avaliação de tecnologias em saúde ats
Verificação sistemática das propriedades, efeitos e/ou impactos da tecnologia em saúde
Objetivo principal: gerar informação para a tomada de decisão, para incentivar a adoção de tecnologias custo-efetivas e desaconselhar a adoção de tecnologias de valor questionável ao sistema de saúde 
Profissionais envolvidos: Área de atuação multidisciplinar 
Atenção: o atendimento integral não quer necessariamente dizer “todas as tecnologias oferecidas no mercado para todas as pessoas”, isso tornaria inviável a sustentabilidade do sistema de saúde
Marcos na implantação
Importante saber
Tipos de estudos usados em ats
· Revisão sistemáticas e metanálise
· Ensaios clínicos 
· Estudos econômicos 
· Estudos observacionais 
O que se deve avaliar?
· Eficácia – probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham um benefício de uma tecnologia em condições ideais de uso
· Efetividade – probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham um benefício de uma tecnologia em condições normais de uso.
· Risco – medida da probabilidade de um efeito adverso ou indesejado e a gravidade desse efeito à segurança.
· Custos – valor da melhor alternativa não concretizada em consequência de se utilizarem recursos escassos na produção de um dado bem e ou serviço
· Impacto social, ético e legal – são todos os impactos não relacionados à efetividade, à segurança, e aos custos, incluindo as consequências econômicas secundárias para indivíduos e comunidades.
Como se deve avaliar?
· Estudos de eficácia: ex – ensaios clínicos sobre a eficácia de um fármaco ou vacina ou técnica
· Estudos de efetividade
· Estudos sobre custos 
· Estudos sobre custo-efetividade
A avaliação de uma tecnologia em saúde deveria considerar, fundamentalmente, os impactos éticos, legais e sociais associados à tecnologia, entretanto, outros atributos (eficácia, efetividade, custo-efetividade, segurança) podem prevalecer em relação aos primeiros.
Etapas da avaliação 
1. Identificar as tecnologias prioritárias 
2. Buscar as evidências disponíveis 
3. Formular os achados e as recomendações 
4. Disseminar a conclusão obtida
5. Monitorar o impacto das recomendações
EVIPNET 
Objetivo: estabelecer uma rede colaborativa para fomentar e apoiar o desenvolvimento de políticas embasadas em evidências científicas.
CONITEC 
 Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde
Criada pela lei nº 12.401 de 28 de abril de 2011, a qual dispõe sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Objetivo: assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS bem como na constituição ou alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas – PCDT
· Há boa evidencia para recomendar a ação preventiva 
· Há razoável evidencia para recomendar a ação preventiva 
· Há razoável evidencia para não recomendar a ação preventiva 
· Há boa evidencia para não recomendar a ação preventiva
Os efeitos da tecnologia em saúde não se limitam a cura ou ao conforto dos pacientes; eles vão além, atingindo aspectos da vida humana e suas relações com a família, o trabalho e a sociedade.
Participantes do processo de avaliação
· Centros de pesquisa; universidades
· Indústria 
· Órgãos governamentais 
· Instituições de saúde 
· Operadoras de planos de saúde, sociedades profissionais e grupos de representantes de pacientes
Desafios em ATS
· Recursos limitados
· Diversidade no padrão de morbidade
· Diversidade culturas
· Sistema político 
· Estrutura do sistema de saúde 
· Informação e dados disponíveis 
· Capacidade tecnológica 
· Tecnologias sociais
Considerações finais
A avaliação de tecnologias constitui-se em um instrumento fundamental para a elaboração e o acompanhamento de políticas em saúde 
Necessidade de sensibilização dos gestores dos três níveis hierárquicos do SUS quanto a visão sobre as consequências de um processo de incorporação de tecnologia mal ou bem conduzido.

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