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JULIA FRANCO FERNANDES DE CARVALHO FAGUNDES – 2˚ PERÍODO APG 03 – 13/08 “CABEÇA VOANDO” • Compreender a anatomia das cavidades do Sistema Nervoso Central (Ventrículos e Canal Ependimário); • Descrever a estrutura histológica das meninges (histologia das meninges e plexo coroíde); • Entender a fisiologia e a origem do líquor (formação, circulação e absorção); • Entender a vascularização do Sistema Nervoso Central (Ciclos de Willis, relacionar com lobos, giros e sulcos); ANATOMIA DOS VENTRÍCULOS DO SNC - O sistema ventricular é uma rede de cavidades preenchidas com liquido cefalorraquidiano, conhecido como os ventrículos, dentro do cérebro. Existem quatro deles: Þ Dois ventrículos laterais, que ficam dentro dos lobos do cérebro; Þ Terceiro ventrículo, que se encontra entre os tálamos; Þ Quarto ventrículo, que fica localizado sobre a ponte e a medula, abaixo do cerebelo. - Os ventrículos são conectados por formares, dos quais é onde o liquido cefalorraquidiano passa, sendo eles: Þ Forame interventricular, de Monro, se localizando entre os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo; Þ Aqueduto cerebral, de Sylvius, entre o terceiro e o quarto ventrículos; Þ Duas aberturas laterais, as de Luschka, entre o quarto ventrículo e a cisterna magna; Þ Abertura mediana, de Magendie, entre o quarto ventrículo e o canal central da medula espinhal; ANATOMIA DO CANAL EPENDIMÁRIO - O Canal Ependimário ou Canal Central da Medula Espinhal se localizado no centro da medula, e se comunica com a cavidade do quarto ventrículo; - Nesse canal circula líquido cerebrospinal também conhecido como cefalorraquidiano; - Esse líquido atua, entre outras funções, garantindo que o sistema nervoso central receba nutrientes e que resíduos metabólicos sejam retirados. MENINGES - As meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes: dura-máter, aracnoide e pia-máter: Þ A dura-máter é a meninge mais exterma, ela consiste em tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana, ela que envolve a medula espinhal, e forma o espaço peridual, sendo separada do periósteo das vértebras, e a superfície interna e a dura-máter do canal vertebral são constituídas de epitélio simples pavimentoso; Þ A aracnoide apresenta duas partes, a que tem contato com a dura-máter, e a da pia-máter, e as cavidades entre as traves conjuntivas, formam espaços subaracnóideo, contendo LCR, constitui um colchão hidráulico que protege o SNC contra traumatismos, formada por tecidos conjuntivos , sem vasos, com superfícies revestidas de epitélio simples pavimentoso; Þ Já a pia-máter é a meninge mais vascularizada e mais aderente ao tecido nervoso, tendo sua superfície externa revestida por células achatadas, a pia-máter tem tuneis revestidos (espaços perivasculares), que fazem com que os vasos penetrem no tecido nervoso, mas a mesma desaparece antes que o vasos, se tornem capilares.desaparece antes que o vasos, se tornem capilares. PLEXO COROÍDE - Os plexos coroides são dobras da pia-máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, que provocam saliência para o interior dos ventrículos; - Formam o teto do terceiro e quarto ventrículo, e parte da parede dos ventrículos laterais; - São constituídos de tecidos conjuntivo frouxo da pia-máter, revestido por epitélio simples (cúbico ou colunar); - A principal função dos plexos coroides é secretar o LCR, que contém apenas pequena quantidade de sólidos e ocupa as cavidades dos ventrículos, o canal central da medula, o espaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. Ele é importante para o metabolismo do sistema nervoso central e o protege contra traumatismos. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO - O líquido cefalorraquidiano encontra-se nos ventrículos do encéfalo e no espaço subaracnóideo em volta do encéfalo e da medula espinal. Seu volume é de 150ml. É um líquido claro e incolor e possui, em solução, sais inorgânicos semelhantes aqueles do plasma sanguíneo. O nível de glicose é aproximadamente metade da glicemia e há apenas uma pequena quantidade de proteína. - Apenas algumas células estão presentes, e são linfócitos. A contagem normal de linfócitos é de 0 a 3 células por milímetro cúbico. A pressão do líquido cerebrospinal é mantida notavelmente constante. Þ Funções – o líquido cerebrospinal, que banha as superfícies externa e internas do encéfalo e da medula espinhal, serve como amortecedor entre o sistema nervoso central e os ossos circundantes, desse modo, protegendo-o contra traumatismos mecânicos. Como a densidade do encéfalo é apenas um pouco maior que a do líquido cerebrospinal, ele proporciona flutuabilidade mecânica e sustentação para o encéfalo. - A relação estreita do líquido com o tecido nervoso e sangue lhe permite servir de reservatório e auxiliar na regulação do conteúdo do crânio. Por exemplo, se o volume cerebral ou o volume sanguíneo aumentar, o volume de líquido cerebrospinal diminui. Como é um substrato fisiológico ideal, o líquido cerebrospinal provavelmente exerce um papel ativo na nutrição do tecido nervoso; quase certamente auxilia na remoção dos produtos do metabolismo neuronal.É possível que as secreções da glândula pineal influenciem as atividades da hipófise ao circularem através do líquido cerebrospinal no terceiro ventrículo. Þ Formação – é formado principalmente nos plexos corióideos dos ventrículos laterais e o terceiro e quarto ventrículos; parte que origina-se das células ependimárias que revestem os ventrículos e da substância cerebral, através dos espaços perivasculares. - Os plexos corióideos exibem uma superfície bastante pregueada, e cada prega compõe-se de um cerne de tecido conjuntivo vascular coberto por epitélio cuboíde do epêndima. O exame à microscopia eletrônica das células epiteliais mostra que suas superfícies livres são cobertas com microvilosidades. O sangue dos capilares é separado da luz ventricular por endotélio, membrana basal e o epitélio da superfície.As células epiteliais são fenestra- das e permeáveis a grandes moléculas. - O líquido cerebrospinal é produzido continua- mente à taxa aproximada de 0,5ml por minuto, com um volume total de cerca de 150mL; isso corresponde a um tempo de renovação de cerca de 5 horas. - É importante saber que a produção de líquido cerebrospinal não é regulada por pressão (como no caso da pressão arterial), e a produção continua ainda que os mecanismos de reabsorção estejam obstruídos. Þ Circulação – começa com sua secreção pelos plexos corióideos nos ventrículos (e uma pequena quantidade pela superfície cerebral). O líquido segue dos ventrículos laterais para o terceiro ventrículo, através dos forames interventriculares. Então, passa para o quarto ventrículo, através do estreito aqueduto do mesencéfalo. - A circulação é facilitada pelas pulsações arteriais dos plexos corióideos e pelos cílios das células ependimárias, que revestem os ventrículos. - Do quarto ventrículo, o líquido atravessa lentamente a abertura mediana e as aberturas laterais nos recessos laterais e ganha o espaço subaracnóideo. Então, o líquido move-se através das cisternas cerebelobulbar e pontocerebelar e flui superiormente através da incisura do tentório do cerebelo para alcançar a face inferior do cérebro - Move-se, então, superiormente sobre a face lateral de cada hemisfério cerebral, auxiliado pelas pulsações das artérias cerebrais.Parte do líquido cerebrospinal, desloca-se inferiormente no espaço subaracnóideo em volta da medula espinal e cauda equina. Aqui, o líquido está em um fundo cego, e sua circula adicional depende das pulsações das artérias espinais e dos movimentos da coluna vertebral, respiração, tosse e mudanças de posição do corpo. - O líquido cerebrospinal não apenas banha as superfícies ependimária e pialdo encéfalo e da medula espinal, como também penetra o tecido nervoso ao longo dos vasos sanguíneos. ABSORÇÃO - Os principais locais de absorção do líquido cerebrospinal são as vilosidades aracnóideas, que se projetam dentro dos seios da dura- máter, especialmente no seio sagital superior. As vilosidades aracnóideas tendem a agrupar- se formando elevações chamadas de granulações aracnóideas. Estruturalmente, cada vilosidade aracnóidea é um divertículo do espaço subaracnóideo que perfura a dura- máter. O divertículo aracnóideo é coberto por uma fina camada celular que, por sua vez, é recoberta pelo endotélio do seio venoso. As granulações aracnóideas aumentam em número e tamanho com a idade e tendem a calcificar-se na idade avançada. - A absorção de líquido cerebrospinal no seio da dura-máter ocorre quando a pressão liquórica excede a pressão venosa no seio. Estudos de microscopia eletrônica das vilosidades aracnóideas indicaram que túbulos finos revestidos com endotélio permitem fluxo direto do líquido do espaço subaracnóideo para a luz dos seios venosos.Caso a pressão venosa suba e exceda a pressão do líquido cerebrospinal, a compressão das pontas das vilosidades fecha os túbulos e impede o refluxo de sangue para dentro do espaço subaracnóideo. Assim, as vilosidades aracnóideas servem como válvulas. - Parte do líquido cerebrospinal é provavelmente absorvida diretamente para as veias no espaço subaracnóideo, e parte possivelmente escapa através dos vasos linfáticos perineurais dos nervos cranianos e espinais. - Como a produção de líquido cerebrospinal pelos plexos corióideos é constante, a taxa de absorção de líquido cerebrospinal através das vilosidades aracnóideas controla a pressão do líquido cerebrospinal. CICLO DE WILLIS VASCULARIZAÇÃO DO SNC Þ Somente o encéfalo é responsável pelo consumo de 15% do débito cardíaco (sangue arterial). Além disso, é responsável pelo consumo de 20 % de O2, no adulto, e até 50% do consumo de O2, em crianças. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é alto, da ordem de 800 ml/min ou 50 ml/100g de tecido/min. O FSC da substância cinzenta é maior que o FSC da substância branca, devido à alta atividade e alto consumo energético dos neurônios. Assim, um indivíduo com falha no fluxo sanguíneo para o encéfalo, tem perda da consciência após somente 5 segundos. Þ O encéfalo depende do suprimento sanguíneo de: – 2 artérias carótidas internas (sistema carotídeo ou anterior) – 2 artérias vertebrais (sistema vértebro-basilar ou posterior) - A artéria carótida interna (ACI) se origina da artéria carótida comum (bifurcação na altura da cartilagem tireóidea). - A ACI pode ser dividida e 4 porções: cervical, petrosa, cavernosa e cerebral). Entra no crânio pelo canal carotídeo (porção petrosa do osso temporal). - A porção cavernosa tem um trajeto tortuoso característico, denominado sifão carotídeo. Já as artérias vertebrais originam- se da porção proximal das artérias subclávias, sendo seu primeiro ramo de cada lado. Ascendem no pescoço passando pelos forames transversos das vértebras cervicais e entram no crânio pelo forame magno. Þ Ramos da ACI (após perfurar a dura-máter): - artéria oftálmica - artéria comunicante posterior artéria coroideia anterior - artéria cerebral média artéria cerebral anterior ramos centrais (perfurantes) - ramos terminais - A artéria cerebral anterior cursa na face medial dos hemisférios cerebrais, dirigindo-se rostral e dorsalmente. Curva-se em torno do joelho do corpo caloso e seus ramos estendem-se desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital. Seu território de irrigação compreende ainda uma estreita faixa cortical na face convexa do hemisfério cerebral, junto da linha mediana. A artéria cerebral média volta-se posteriormente e cursa na fissura lateral, distribuindo ramos para toda superfície lateral do cérebro, com exceção do lobo occipital e uma estreita faixa inferior no lobo temporal. As artérias vertebrais D e E, ao entrar no crânio pelo forame magno, dão origem às artérias espinais anterior (1) e posteriores (2). Percorrem a face ventral do bulbo e originam as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção lateral do bulbo e as porções posteriores e inferiores do cerebelo. Ao nível do sulco bulbopontino, as artérias vertebrais se unem para formar a artéria basilar. A artéria basilar, por sua vez, percorre a face ventral da ponte, no sulco basilar, e origina os ramos: artérias cerebelares inferiores anteriores (irrigam a porção anterior da face inferior do cerebelo), as artérias cerebelares superiores (irrigam o mesencéfalo e face superior do cerebelo), artérias do labirinto (irrigam orelha interna), e termina nas duas artérias cerebrais posteriores (D e E). A artéria basilar ainda dá origem a ramos circunferenciais curtos e médios, para nutrição da ponte. cerebral anterior A. estriada distal medial (recorrente de Heubner) - ramo anterior e joelho da cápsula interna; - partes da cabeça do núcleo caudado, putame rostral e globo pálido; A. frontobasal medial - giros orbitais; - área septal; A. polar frontal - polo frontal; A. calosamarginal A. pericalosa - pré-cúneo; A. cerebral média - ramos terminais ou corticais (frontais, temporais e parietais); - maior parte da face súpero- lateral do hemisfério; - ramos centrais ou perfurantes; - partes principais do caudado, putame, globo pálido, cápsula interna e tálamo (aa. centrais ântero-laterais ou lenticuloestriadas); A. comunicante posterior - joelho e parte anterior do ramo posterior da cápsula interna, parte anterior do tálamo e partes do hipotálamo e subtálamo; Territórios de irrigação dos ramos corticais das artérias cerebrais anterior, média e posterior
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