Buscar

exercícios clinica de grandes animais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APS 1 
1- Como as feridas podem ser classificadas? Explique cada umas das 
classificações. 
As feridas podem ser classificadas de acordo com o grau de contaminação. 
Existem as feridas classificadas como “feridas limpas”, estas são observadas 
em ambientes cirúrgicos controlados, não são feridas infectadas e não 
envolvem o trato respiratório, alimentar ou urogenital. São feridas limpas 
aquelas que envolvem pele ou musculatura. Existem também as "feridas 
limpas contaminadas” que são vistas em ambientes cirúrgicos controlados e 
envolvem a luz do trato respiratório, alimentar ou urogenital. As “feridas 
contaminadas” são as feridas de natureza traumática e tem contaminação de 
tecidos necróticos. E, por fim existem as “feridas sujas ou infectados” são muito 
comuns em feridas que se localizam próximo ao solo, envolvem um grande 
número de bactérias, inflamação, edema, e supuração. 
2- Qual o tempo “ideal” para suturar uma ferida? Este tempo pode variar 
com o que? 
O tempo “ideal" para suturar uma ferida é em até 6 horas depois do acidente, 
após isso, a ferida é considerada contaminada. Porém, muitas vezes, após a 
limpeza e o desbridamento da lesão é possível realizar a sutura de uma ferida 
com mais de 6 horas de ocorrência. 
3- Quais são as fases da cicatrização? 
As fases da cicatrização são coagulação, inflamação, proliferação, contração 
da ferida e remodelação. 
A cicatrização e intensidade do estágio inflamatório, dependem da extensão da 
lesão, quanto maior a ferida, maior será a inflamação. O estágio inflamatório 
também pode ser prolongado na presença de tecidos necróticos, material 
estranho e/ ou infecção. 
No estágio de proliferação ocorre o desenvolvimento de tecido de granulação, 
que é necessário, mas deve-se tomar cuidado, pois em membros esse tecido 
pode se tornar exuberante. O tecido de granulação diminui sua proliferação 
conforme a ferida é preenchida. Quando se inicia a contração a proliferação 
pode-se manter por período indeterminado, resultando em um tecido de 
granulação exuberante. 
O desbridamento é uma maneira eficaz de reduzir a carga bacteriana dentro de 
uma ferida e minimizar a quantidade de tecido necrótico. O tecido necrótico e a 
infecção bacteriana são os principais obstáculos para a cicatrização eficaz das 
feridas. 
Existem 3 tipo de desbridamento: O desbridamento cortante, que é realizado 
preferencialmente com o animal sedado para maior segurança. O 
desbridamento mecânico, que é realizado com gaze e soro fisiológico 
esfregando na ferida removendo bactérias e necrose. O desbridamento 
químico é realizado com soluções anti-sépticas como liquido de dakin (água 
sanitária),solução iodada 5%, ou água oxigenada. É realizado apenas no 
processo inicial da ferida, pois estas são citotóxicas e podem desencadear uma 
reação inflamatória atrapalhando a cicatrização. 
4- Explique o que é cicatrização por primeira intenção e por segunda 
intenção. 
A cicatrização por primeira intenção utiliza-se da técnica antisséptica. É feita 
em feridas com perda mínima de tecido e contaminação bacteriana mínima. É 
indicada após excisões cirúrgicas. Já a cicatrização por segunda intensão é 
realizada em feridas cujas bordas estão distantes ou contaminadas por 
agentes infecciosos, que contenham corpos estranhos, ou que não podem ser 
suturadas. 
5- Descreva a receita de uma pomada para o tratamento de feridas por 
segunda intenção, escrevendo a função de cada um dos componentes. 
A receita da pomada para o tratamento de feridas é: 20 g de triclorfon (que é 
um organofosforado com ação antiparasitária) + 500g de furanil (antibacteriano 
a base de clorexidina) + 10 ml de dexametasona (anti-inflamatório esteroidal 
que inibe o crescimento de tecido de granulação) + 20 ml de DMSO (anti-
inflamatório não esteroidal que auxilia na penetração dos outros fármacos na 
lesão). 
6- Explique o passo a passo para o tratamento de uma laceração no 
pescoço de uma égua que aconteceu a mais de 1 dia. 
Para o tratamento inicial de uma laceração no pescoço de uma égua, 
inicialmente é necessário ser realizado a contenção adequada do animal 
(podendo ser física ou química). Após a contenção do animal, realizar a 
limpeza da ferida com água e sabão, remoção dos pelos da região da ferida 
para facilitar a visualização das bordas. Quando toda região estiver limpa, é 
avaliado a complexidade do ferimento, e em seguida é realizado 
desbridamento. O desbridamento é uma maneira eficaz de reduzir a carga 
bacteriana dentro de uma ferida e minimizar a quantidade de tecido necrótico. 
O desbridamento de minha escolha seria o mecânico: feito com gaze e soro 
fisiológico. Como o tem mais de 1 dia que o ferimento aconteceu, eu optaria 
por realizar uma sutura primaria tardia, ou deixaria acontecer a cicatrização por 
segunda intenção. Utilizando a higienização diária da ferida e aplicação de 
pomadas até a completa cicatrização. O uso de bandagens também pode ser 
recomendado para que haja a proteção contra sujidades. Não podemos nos 
esquecer de realizar a administração de penicilina para que seja evitado o 
tétano e a proliferação de bactérias. A antibioticoterapia sistêmica também é 
utilizada através de enrofloxacina 2,5mg/kg IM. 
7- Descreva as indicações das seguintes técnicas cirúrgicas para sutura 
de feridas na pele: 
- Incisão elíptica sob a pele para reparo de um defeito alongado 
Pode ser realizada em feridas alongadas em que as bordas estão distantes, 
permitindo que a sutura não tenha excessiva tensão. Com divulsão elíptica sob 
a pele com uma tesoura romba com a finalidade de aproximação de bordas. 
Para finalização, uma fileira de sutura simples e separada. 
- Técnica da expansão da malha 
São feitas pequenas incisões cutâneas que aliviam a tensão adjacente à ferida 
para facilitar seu fechamento e diminuir o tempo de cicatrização do defeito 
primário. O sangramento das incisões pode facilitar o sucesso da técnica ao 
ajudar na revascularização. Para a sutura pode ser feita a técnica Donatti e no 
pós operatório, atadura e gesso. 
- Retalho deslizante em forma de H 
É uma técnica para reparo de defeitos retangulares ou quadrados. São feitas 
suturas perto-longe-longe-perto ou Donatti, são feitas também pontos simples 
separados. 
- Zetaplastia 
É uma técnica para relaxamento de defeitos elípticos. 
- Remoção de excesso de tecido cicatricial 
É indicada a colocação de um dreno subcutâneo. Os drenos devem ser 
retirados entre 10 a 15 dias após a cirurgia. 
- Enxerto cutâneo 
É indicada em feridas que não sejam possíveis de ser suturadas e, não 
venham a cicatrizar por segunda intenção. Por motivos estéticos, geralmente, 
os enxertos são obtidos da porção ventral do abdome equino. A ferida é 
preparada fazendo -se uma série de pequenas bolsas com laminas de bisturi. 
Os pequenos pedaços de pele são encaixados nas bolsas. Os cuidados pré - 
operatórios são: curativo não aderente, confinamento em baia, trocar ataduras 
1X por semana, se necessário fazer antibioticoterapia sistêmica. 
8- Descreva o que é a fixação dorsal da patela, os possíveis fatores que 
predispõe a ocorrência dessa doença, os sinais clínicos e quais são as 
técnicas de tratamento 
A fixação dorsal da patela é uma desordem funcional da articulação fêmuro-
tibio-patelar encontrada em grandes animais. O problema ocorre quando o 
ligamento patelar prende-se sob o côndilo medial do fêmur, impedindo a 
movimentação temporária, normal ou permanente da articulação. Ocorre um 
relaxamento ou afrouxamento do ligamento patelar medial. Quando o animal 
está com o membro hiperextendido a patela está mais proximal, quando o 
membro flexiona e a patela desliza pela tróclea (forma saudável). Quando o 
animal possui a afecção, no momento em que vai flexionar o membro, este 
ligamento patelar medial frouxo, se agarra no epicôndilo medial do fêmur e fica 
preso. A medida que o animal força para soltar o ligamento a movimentação 
volta ao normal. 
Os possíveis fatores que predispõe a doençasão: alterações anatômicas 
(hereditariedade), traumatismos, desequilíbrios nutricionais (o cálcio é 
importante para rigidez dos ligamentos e tendões), topografia acidentada, 
trabalho intenso. 
Os sinais clínicos são evidentes: hiperextensão do membro pélvico afetado 
com relaxamento brusco. Pode haver um estalo da patela ao voltar para sua 
posição de origem. 
As técnicas de tratamento são: desmotomia (incisar) do ligamento patelar 
medial (indicado para bovinos). Em equinos é indicado a aplicação de 
substâncias irritantes via subcutâneo na região entre os ligamentos patelar 
medial e patelar intermédio, utilizando o iodo, ou workalin. O tratamento 
splitting ligamentar também é utilizado. 
9- Descreva o que é o harpejeamento, possíveis fatores predisponentes, o 
tratamento, pós-operatório e possíveis complicações. 
Caracteriza- se por marcha anormal e hiperflexão involuntária do membro 
pélvico. Existem vários graus, podendo afetar os membros pélvicos. Esta 
doença esta diretamente relacionada com a placa motora, pois ocorre dana as 
fibras nervosas dos fusos musculares. Há um excesso de estímulo de 
contração dos grupos musculares da região. Geralmente ocorre 
secundariamente a lesões na região da solda, jarrete, ou por traumas na região 
dorsal do metatarso, FDP, enfermidades na medula espinhal ou nas partes 
distais dos membros, além da ingestão de algumas toxinas vegetais presentes 
em plantas da Australia. O tratamento é feito em duas fases: primeiro é feito a 
tenotomia do tendão do músculo extensor lateral do dedo, depois é feita a 
miectomia parcial do ventre muscular do músculo extensor lateral do dedo. O 
animal pode ser submetido a essa cirurgia apenas sedado, em posição 
quadrupedal com anestesia local no campo de acesso cirúrgico. 
Distalmente ao tarso é palpado o tendão do músculo extensor lateral do dedo. 
Quando localizado, é feita uma incisão de pele sobre ele e isola-se o ventre 
muscular com uma pinça. Para confirmar que o ventre muscular escolhido é o 
correto, basta tracionar o tendão embaixo e verificar. É realizado então a 
tenotomia e em seguida, com a pinça que foi posicionada embaixo do ventre 
muscular é realizada uma rotação, ao fazer isso, o tendão que estava la 
embaixo é puxado para cima e, em seguida é feita a miectomia do ventre 
muscular. 
Para o pós operatório é utilizado ataduras por 2 a 3 semanas. As suturas são 
removidas em
10- Qual a etiopatogenia das deformidades flexurais? Quais os 
tratamentos possíveis? Quando cada tratamento cirúrgico é indicado? 
É também conhecida como contratura dos tendões flexores digitais: tem origem 
congênita (mal posicionamento uterino, fatores genéticos, infecções ou 
intoxicações materna durante a gestação) ou adquirida ( uni ou bilateral, 
articulações metacarpofalangianas ou interfalangeana distal). Pode ser 
secundária a dor devida a outras afecções, manejo nutricional inadequado. Os 
potros recém nascidos não devem ficar presos em baias, pois estes nascem 
com suas estruturas tendíneas e ligamentares mais moles e precisam se 
movimentar para fortalecer sua estutura e, quando ficam presos podem 
desenvolver deformidades flexurais. 
11- Nas lacerações de tendões, o que acontece com os membros quando 
se rompem tendões extensores? E tendões flexores? Qual a técnica 
indicada para suturar tendões? 
Quando há o rompimento de tendões extensores há uma hiperflexão da 
articulação do boleto, a coroa do casco fica bem próxima ao solo. Já quando 
há rompimento dos tendões flexores há uma hiperextensão do boleto, o animal 
pisa com a pinça voltada para cima. A técnica indicada para suturar tendões é 
chamada de locking loop. 
12- O que é a Síndrome do navicular? Quais os possíveis tratamentos? 
É uma doença degenerativa ou fratura do osso sesamóide distal ou osso 
navicular. Geralmente ocorre devido ao esforço excessivo. Os tratamentos são 
destinadas a reduzir ou interromper a degeneração progressiva do osso 
navicular ou então fornecer alívio paliativo da dor. Podem ser utilizados o 
casqueamento terapêutico (cortar parte da pinça do animal), uso de anti 
inflamatórios, podendo colocar o casco do animal submerso em gelo para 
evitar inflamação. O repouso é indicado e se o tratamento conservador não der 
certo é indicado a cirurgia. A cirurgia, no caso, seria a neurectomia do nervo 
digital palmar, as técnicas utilizadas são: técnica da guilhotina ou técnica do 
recapeamento epineural. 
13- Quais são os tipos de desvios angulares carpais? Qual a 
etiopatogenia dessa doença? E quais são os tratamentos? 
Os tipos de desvios angulares carpais são: carpo voltado medialmente,e carpo 
voltado lateralmente. A doença pode ser de origem congênita devido ao mal 
posicionamento uterino, supernutrição da égua na segunda metade da 
prenhez, ossificação endoconwdral defeituosa, mal desenvolvimento do 
segundo e quarto ossos metacárpicos. Essa anomalia pode ser também 
adquirida devido a lesão à cartilagem metafisária, apoio excessivo de peso no 
membro oposto, supernutrição, exercício excessivo, crescimento assimétrico 
da metáfise distal do rádio ou da epífise distal do rádio. Os tratamentos são 
cirúrgicos como ponte transfisária com parafusos e arames ou grampos; 
ressecção do periósteo. 
14- Quais são os fatores predisponentes para ocorrer uma fratura? Quais 
os tipos de fratura e qual delas é a mais grave? 
Os fatores predisponentes para ocorrer uma fratura podem ser o trabalho que o 
animal exerce, a idade, neurectomia, paresia do membros posteriores, as 
fraturas mandibulares e odontomaxilares podem ocorrer devido a traumas 
faciais devido a atividades atléticas, condições de manejo e temperamento. Os 
tipos de fratura são: fratura cominutiva, na qual a recuperação é mais 
complicada. As fraturas expostas, mesmo que sejam simples tem um fator 
agravante a mais. As fraturas podem ser caracterizadas pelo local de fratura da 
epífise. 
15- Que sinais clínicos eu posso observar em um animal fraturado? 
Um animal fraturado costuma apresentar claudicação de início agudo, 
impotência funcional do membro, produção de ruído alto, membro visivelmente 
desalinhado ou instável, presença de edema, crepitação e dor à palpação. 
Muitas fraturas podem ser diagnosticadas apenas com observação e palpação 
ou com exame físico completo, frequência cardíaca e respiratória indicam 
níveis de dor, temperatura elevada indica presença de infecção. 
16- Quais os princípios básicos para a imobilização de um membro 
fraturado? E o que uma bandagem ideal deve fazer? 
Os principios básicos de imobilização de fratura são: a articulação proximal e 
distal ao foco de fratura devem ser imobilizadas; a imobilização deve-se 
estender sob a linha de fratura; a bandagem jamais deve terminar próximo a 
linha de fratura, nem sobre a diáfise de um osso, quando possível ainda devem 
incluir o casco. 
A bandagem ideal deve permitir o transporte seguro do paciente, previnir 
lesões adicionais aos ossos e tecidos moles adjacentes, ser feita com materiais 
de fácil aplicação a um equino em estação, exercer pressão adequada sobre o 
membro, a fim de controlar o edema e evitar pontos de maior compressão, ser 
de fácil remoção, deve possibilitar o apoio do membro, aliviando a ansiedade 
do paciente. 
17- Explique quais estruturas anatômicas estão envolvidas em cada uma 
das regiões de fratura e que tipo de bandagem eu devo fazer em cada 
uma das regiões. 
Região 1: membro torácico: fraturas localizadas entre a porção distal do 
metacarpo e a falange distal. Membro pélvico: fraturas localizadas entre a 
porção distal do metatarso e a falange distal. Nessa região deve ser feita uma 
bandagem que abranja desde o casco até a região do carpo. Em combinação 
com a colocação de uma tala sobre a face dorsal do membro, estendendo-se 
desde a região proximal do metacarpo até o solo. 
Região 2: membro torácico: se estende da porção distal do rádio ao metacarpo 
distal. Membro pélvico: porções média e proximal do metatarso. Nessa região 
as fraturassão estabilizadas por meio da realização de uma bandagem de 
Robert Jones, desde o casco até a articulação úmero-rádio-ulnar. Através de 
duas talas posicionadas 90 graus uma da outra, estendendo-se desde o solo 
até a articulação numero- radio-ulnar, devem então ser posicionadas nas faces 
caudal e lateral do membro. 
Região 3: membro torácico: porções média e proximal do rádio. Membro 
pélvico: tarso e tíbia. A bandagem de Robert Jones deve ser empregada desde 
o casco até o local mais próximo possível. A tala deve se estender do casco até 
a região da escápula, lateralmente. 
Região 4: membro torácico: úmero e escápula. Membro pélvico: fêmur e pelve 
As fraturas localizadas neste nível possuem ampla cobertura muscular que 
geralmente garante estabilidade adequada às extremidades ósseas fraturadas 
e impede a perfuração da pele pelas extremidades ósseas. Não é necessária a 
confecção de bandagens e adição de talas a fraturas do nível 4. 
18- Como o cavalo fraturado deve ser transportado dentro do caminhão? 
Após a imobilização inicial, o animal deverá ser levado ao centro de referencia. 
O veículo deve ser levado o mais próximo possível do paciente. Mesmo 
apropriadamente estabilizadas, muitas fraturas ainda sofrem agravos 
adicionais, especialmente durante o transporte. Pacientes acometidos por 
fraturas nos membros torácicos devem ser embarcados com a porção torácica 
do corpo voltada para trás. Pacientes acometidos por fraturas nos membros 
pélvicos devem ser embarcados com a porção pélvica o corpo voltada para 
trás. 
19- Quais os fatores envolvidos no prognóstico de uma fratura? 
Os fatores envolvidos dependem da localização da fratura, do tipo de fratura 
(Podendo ser simples ou múltipla, exposta ou fechada). Também envolvem o 
dano aos tecidos moles adjacentes e à vascularização, a idade, peso e aptidão 
do paciente, o grau de comunicação, tempo de evolução e grau de infecção. 
20- Descreva o que é um cavalo criptorquida. Quais são os tipos de 
criptorquidismo? Qual a possível causa dessa enfermidade? 
Um cavalo criptorquida é um animal que possui um ou ambos os testículos 
retidos no abdome ou no canal inguinal, sem alcançarem o escroto. Pode ser 
uni ou bilateral. Nos casos inguinais, pode resolver-se naturalmente depois de 
um ano ou mais após o nascimento. Já nos abdominais não tem solução 
natural. Essa enfermidade é de origem congênita. 
21- Como é feito o diagnóstico de criptorquidismo? 
O diagnóstico de criptorquidismo pode ser feito através da inspeção do animal 
(palpação externa), da dosagem hormonal de testosterona, palpação retal e 
ultrassonografia transretal. 
22- Descreva duas técnicas cirúrgicas de tratamento de criptorquidismo 
em cavalos. 
Para o tratamento de criptorquidismo pode ser feito o acesso pelo canal 
inguinal, no qual se faz uma incisão sobre o anel inguinal externo, após isso é 
realizado uma dissecação romba e com os dedos expor o anel inguinal 
externo. A dissecação prossegue pelo canal inguinal. Se for criptorquidismo 
inguinal, localiza-se o testículo nesse momento e realiza-se a castração com a 
técnica tradicional. Já no caso do criptorquidismo abdominal, o testículo pode 
não ser evidente, nesse caso o processo vaginal é localizado introduzindo -se 
pinças com ganchos no anel inguinal e então é feita a castração. Sutura-se o 
anel inguinal com fio absorvível sintético atares de pontos descontínuos. Há 
redução do espaço morto com fio absorvível sintético 2-0, e então sutura de 
pele com fio absorvível. 
A segunda técnica cirúrgica é feita através do acesso parainguinal, no qual a 
incisão é de 10 cm paralela ao canal inguinal e a 4 cm dele. Explora-se o canal 
inguinal para localizar o testículo. Caso não localize o testículo no canal 
inguinal, incisa-se a bainha do músculo reto externo, então é realizada uma 
divulsão romba do músculo reto abdominal e peritônio. 
23- Descreva como deve ser o manejo pós-operatório de um cavalo que 
foi operado de criptorquidismo e quais são as possíveis complicações. 
No pós operatório é feita a profilaxia do tétano, a remoção dos pontos (com 
10-12 dias) e o retorno as atividades com 15 dias. As possíveis complicações 
são hemorragia, edema, evisceração, funiculite e miíase. 
24- A falectomia é indicada em quais casos? 
A falectomia é indicada em lesões neoclássicas invasivas, priapismo ou em 
casos de granulomas associados a habronemose. 
25- Descreva a técnica cirúrgica de falectomia. 
A técnica cirúrgica é feita através da introdução de um cateter na uretra, para 
servir de guia. Faz-se então uma incisão na parte ventral o pênis, com a incisão 
continuando através da fáscia e do corpo esponjoso. É feita então a incisão na 
uretra, as bordas da uretra são suturadas na pele com fio absorvível e então a 
uretra e o pênis são transeccionados. A túnica albugínea é suturada sobre o 
corpo cavernoso e a base da mucosa uretral é suturada. 
26- Como deve ser feito o manejo pós-operatório da cirurgia de falectomia 
e quais são as possíveis complicações? 
No pós operatório é feita a profilaxia do tétano, antibioticoterapia sistêmica. A 
remoção dos pontos é feita com 14 dias. O animal não deve ficar exposto a 
éguas por 4 semanas. 
27 – Descreva detalhadamente a etiologia, patogenia e tratamento da 
pneumovagina em éguas, descrevendo em detalhes a técnica de Caslick. 
A pneumovagina é causada pelo fechamento defeituoso dos lábios vulvares 
devido a má formação ou lesão. É caracterizado pela presença contínua ou 
intermitente de ar no canal vaginal, favorecendo a ocorrência de infecções no 
trato reprodutivo. É uma patogenia congênita ou adquirida, pode ser obtida por 
traumas no trato reprodutivo observados no pós parto como: lacerações, 
fístulas retovaginais, hemorragia, prolapso uterino, baixo escore corporal, 
partos subsequentes, lordose, e defeitos congênitos. 
O tratamento é feito com o intuito de evitar a aspiração involuntária de ar para 
o interior da vagina. É feita uma vulvoplastia para a reconstrução da comissura 
dorsal da vulva anatomicamente alterada (redução do canal vaginal). Na 
técnica de caslick o animal é sedado em posição quadrupedal, com sedação 
com xilazina 0,5 a 1 mg/kg ou detomidina 0,01 a 0,03 mg/kg. A lidocaína sem 
vasoconstritor é utilizada direta na margem labial vulvar. Com tesoura ou 
lamina de bisturi o cirurgião remove uma tira de mucosa de aproximadamente 3 
mm de largura de cada lábio vulvar. As margens cruentas são suturadas com 
pontos contínuos simples, com fio não absorvível. Na borda ventral faz um 
único ponto simples separado. 
28 – Faça um texto detalhando as indicações de realização de cesariana 
em éguas, causas, técnica cirúrgica, conduta pós-operatória e 
complicações. 
A cesariana em éguas acontecem em casos de alterações em miométrio 
desencadeadas por obesidade, senil idade, doença sistêmica ou 
hereditariedade. Acontece também devido a deficiência química: hormônios 
(como estrógeno, progesterona ou ocitocina) ou de cálcio e magnésio. Em 
casos de nascimento prematuro, alterações ambientais, estresse da 
musculatura, ruptura uterina, macrossomia do feto. 
A técnica cirúrgica utilizada é realizada em com a égua em decúbito dorsal, é 
realizada antissepsia e então é feita a incisão pela linha média ventral: pele, 
subcutâneo, músculo reto do abdome e peritônio. É o mesmo acesso de uma 
cirurgia de cólica. O cirurgião localiza o útero, exterioriza-o ao máximo para 
evitar contaminação da cavidade peritoneal, faz uma incisão do útero sobre um 
dos membros do potro. O útero é incisado com bisturi e o potro é retirado. Faz 
então uma sutura contínua com fio absorvível sintético em torno da margem de 
incisão uterina. Fecha-se o útero com padrão de sutura Schimieden com fio 
absorvível sintético. O abdome é fechado com a técnica padrão. 
Para a conduta pós operatória é recomendado profilaxia do tétano (penicilina), 
antibioticoterapia (penicilina e gentamicina em doses máximas) ocitocina, 
pedilúvio em gelo por 48 horas, flunixinmeglumine (inibe choque) + 
fluidoterapia. 
As possíveis complicações são: infecções, torções e lacerações uterinas, 
laminite, deiscência dos pontos, anemia, cólica, septicemia e morte.

Continue navegando