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PÉ DIABÉTICO

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Raiana Zacarias de Macêdo | 1
PÉ DIABÉTICO
Há uma epidemia de diabetes mellitus.
A maior parte dos casos ocorrem em países desenvolvidos, e há um aumento em países em desenvolvimento.
O diabetes mellitus apresenta alta mortalidade e morbidade. Há uma associação com a doença cardiovascular. O paciente com diabetes mellitus apresenta manifestação precoce da aterosclerose.
São lesões nos pés de pacientes diabéticos que ocorrem devido a presença de doença vascular, infecção e neuropatia instalando um quadro clínico específico.
· CLASSIFICAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO 
As lesões ulceradas localizadas nos pés e pernas podem ter a seguinte denominação:
1. Macroangiopáticas
São lesões cutâneas do tipo isquêmico e geralmente são muito dolorosas. A úlcera é pálida, sem tecido de granulação, bordos irregulares e, por vezes, necróticos, localizada nas extremidades ou pododáctilos e com cicatrização lenta (locais de trauma ou nos pododáctilos).
2. Microangiopáticas
As úlceras são bem localizadas e delimitadas, em regiões do pé ou perna sem relação com pontos de pressão, geralmente muito dolorosas, de difícil cicatrização, com bordos atróficos e indefinidos, fundo pálido, ausência de tecido cicatricial e sem sinais de tecido de granulação (estudo arteriográfico normal).
3. Infecciosas
São lesões purulentas onde há a presença de edema e tecido infeccioso ou infectado, com ou sem a formação de abscessos e presença de eritema ou rubor perilesional, dor local, especialmente à compressão, e reação inflamatória à distância, com febre, alterações no hemograma, aumento dos linfonodos regionais, distúrbios sistêmicos e descompensação do diabetes mellitus.
4. Neuropáticas
São lesões cutâneas localizadas em pontos de pressão, geralmente atróficas, com espessamento da camada cutânea, indolores, resistentes ao tratamento clínico e aos curativos, acompanhadas de lesões ósseas ou osteoarticulares, e a presença de uma lesão cutânea denominada de “mal perfurante plantar”, caracterizada pela úlcera isolada, em ponto de maior pressão, geralmente na região plantar, com bordos elevados e com hiperceratose, indolor, fundo bem vascularizado, sem sinais de infecção.
5. Mistas
Os diversos tipos de lesão citados podem estar associados. São de 3 tipos essas associações:
· Angiopáticas e infecciosas.
· Neuropáticas e infecciosas.
· Neuropáticas e angiopáticas.
FISIOPATOLOGIA
Neuropatia sensitiva: isquemia do nervo e a teoria metabólica. Vai haver uma obstrução do vasa vasorum.
Arteriopatia oclusiva crônica: Arteriosclerose – triglicerídeos, fatores de coagulação e insulina exógena em altas doses. Para ocorrer precisa de uma lesão endotelial com consequente acúmulo de gordura por taxas elevadas de colesterol e triglicerídeos pela fagocitação dessas substancias pelos macrófagos.
Predisposição à infecção: local ou sistêmico.
· FATORES MAIS IMPORTANTES NA PATOGÊNESE DAS COMPLICAÇÕES
· Hiperglicemia
· Obesidade
· Hipertensão arterial
· DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO
Exame clínico – História clínica:
· Tempo de doença, terapêutica, como iniciou o quadro.
· Distúrbios sensitivos: - Parestesias e a dor (claudicação intermitente, Dor em repouso e dor remanente).
Exame clínico – Exame físico:
· Inspeção - Distúrbios cutâneos: Alterações tróficas (úlceras), cianose e palidez. 
· Método semiótico não invasivo: Palpação dos pulsos e ausculta, pesquisa de hiperemia (palpa pedioso e não palpa o tibial – insufla manguito até sumir o pedioso, solta o manguito e percebe, se ficar pálido tem obstrução), prova de hiperemia reativa provocada, índice tornozelo/braço (de 0,9 para cima está normal), prova da marcha e dopplerometria (vê o tempo de onda, sendo a trifásica sempre normal e a monofásica sempre doente), teste do monofilamento. 
Exames complementares:
· Duplex scan, arteriografia e tomografia computadorizada.
· DIAGNÓSTICO DO PÉ DIABÉTICO
Lesões isquêmicas:
· Após a realização da arteriografia: Cirurgia convencional (revascularização com pontes, é uma cirurgia aberta), cirurgia endovascular (angioplastia com ou sem colocação de stent, em perna não se coloca muito), desbridamentos, amputação menores, amputações maiores e amputação primária.
Lesões neuropáticas:
· Tratamento clínico: CARBAMAZEPINA 100 a 400 mg/dia ou PREGABALINA 150mg/dia, analgésicos e sedativos (nas fases iniciais da neuropatia), antibióticos (no caso de infecção), utilização de calçados modificados.
· Tratamento cirúrgico: Desbridamento, outras opções incluem a ressecção da cabeça do metatarso e a utilização de enxerto de pele. 
Lesões infecciosas:
· Tratamento clínico: Imediatamente após a coleta de material para cultura e antibiograma é iniciada a antibioticoterapia (geralmente a ciprofloxacina e clindamicina).
· Tratamento cirúrgico: Desbridamentos, fasciotomias, amputações menores, amputações maiores e amputação primária.
Curativos: Ácido linoleico, ácidos graxos essenciais, carvão ativado impregnado com prata, hidrogel, curativo de colágeno com alginato, papaya e outras.
Esses dois ácidos vão estimular a epitelização pela umidificação local.
O carvão ativado já é usado em lesões de muito exsudato e controla infecção.
Hidrogel é mais usado em lesões mais profundas e que não tenha muita infecção. Se tiver um excesso de exsudato, associa a ele o Alginato.
Papaya é usada em lesões com infecção e presença de tecido necrótico (é bactericida e debridante).
· PROFILAXIA E PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO
· Dietas
· Explicar ao paciente diabético os riscos a que está sujeito e os cuidados a tomar
· Ambulatórios com equipe multidisciplinar
· Calçados modificados

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