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Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução Consiste no conjunto de sinais e sintomas secundários à diminuição do aporte sanguíneo para os músculos dos MMII, estes incidindo de forma lenta e insidiosa. O primeiro sinal que chama atenção é o desconforto muscular no MMII → claudicação→ reprodutível, precipitada pelo exercício físico e aliviada com repouso ● Grau avançado ● Piora com o tempo se não for tratada!!!!! Etiologias ● Aterosclerose⭐ ● Arterite ● Coarctação de aorta ● Endofibrose arterial da ilíaca externa ● Displasia fibromuscular ● Embolia periférica ● Aneurismas poplíteos ● Trombose artéria ciática persistente ● Cisto adventicial artéria poplítea ● Tumores vasculares primários ● Pseudoxantoma elástico ● Trauma remoto/irradiação ● Doença de Takayasu ● Doença de Buerger (Tao) 🤔 Ou seja, qualquer doença que cause diminuição do aporte sanguíneo! Epidemiologia ● 60 anos→ 3-6% ● 70 anos→ 20% ● Índice de amputação primária de 10-40% Diagnósticos diferenciais ● Síndrome compartimental ● Claudicação venosa → diferencio da arterial pq o pulso das artérias estão presentes e não há alterações nas unhas ● Artrites nas articulações do MMII, quadril ou coluna→ têm períodos de pico e remissão (na arterial é SEMPRE→ reprodutibilidade) ● Compressão de raiz espinhal (hérnia de disco) → dificuldade para dormir… ● Cisto de Baker ● OA ● Estenose espinhal Fatores de risco ● HAS ● Hipercolesterolemia ● Tabagismo ● Obesidade ● DM ● Hipertrigliceridemia ● Estresse ● Sedentarismo ● Idade > 70 anos ● Idade de 50-69 anos, com história de tabagismo ou diabetes ● Idade de 40-49 anos, com diabetes e pelo menos um outro fator de risco para aterosclerose ● Aterosclerose conhecida em outros locais (ex.: coronária, carótida, doença da artéria renal) ● Outros fatores → sexo masculino, de etnia negra, história familiar de doença aterosclerótica, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, hipercolesterolemia, hiper-homocisteinemia, doença renal crônica Fisiopatologia ● A doença arterial periférica, em geral, refere-se a uma doença que obstrui o suprimento sanguíneo para as extremidades inferiores ou superiores ● Mais comumente causada por aterosclerose, que provoca uma quebra do equilíbrio entre o suprimento e a demanda de oxigênio nos músculos, mas pode resultar de outras condições como trombose, embolia, vasculite e displasia fibromuscular. 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● A doença arterial periférica (DAP) correlaciona-se fortemente com o risco de eventos cardiovasculares maiores, já que em muitos casos associa-se a DAC e AVC. ● Comumente é subdiagnosticada e subtratada ● Pacientes com hipofluxo em membros estão mais suscetíveis a desenvolver sarcopenia e substituição gordurosa do músculo, que costuma ser reversível caso haja intervenção ● Pacientes com DAP desenvolvem alterações em seus músculos com redução da área muscular esquelética da panturrilha e aumento da infiltração e fibrose da gordura muscular da panturrilha. A presença também reduz a perfusão muscular da panturrilha e prejudica a atividade mitocondrial, e um maior comprometimento da marcha está associado a miofibras menores. Quadro Clínico ● Claudicação intermitente ● Dor tipo câimbra ou aperto ● Desencadeada pelo exercício ● Melhora com repouso ● Distância varia com extensão e gravidade da obstrução arterial ● Dor na panturrilha após alguns minutos de caminhada que alivia após 2-5 min de repouso ● Onicose→ deformidade das unhas ● A distância varia com extensão e gravidade da obstrução art. ● Localização guarda relação com território acometido! ○ Glúteos→ aorto-ilíaco ○ Coxas→ fêmoro-poplíteo ○ Panturrilha→ infra-patelar ● Lesão que não cicatriza em 2 semanas → atenção → doença venosa + avançada ● Tabagismo → localização + proximal → para de caminhar e depois aparece lesão ● DM → localização + distal → primeiro aparece as lesões e depois para de caminhar 💌 Com sintomas e exame físico característico já posso começar fazer o tratamento em nível de AP (tratar dislipidemia e fatores de risco, motivar exercício físico→ lembrar que AAS e estatina é profilaxia secundária) e encaminhar para o vascular ⚠ A doença que se manifesta de forma assintomática ou com sintomas leves, como dor ao exercício (claudicação intermitente), tem evolução mais benigna que as formas que se apresentam inicialmente com dor em repouso ou úlcera. ⚠ A isquemia aguda do membro é um quadro ameaçador, caracterizado por dor isquêmica e perda de tecido. o quadro depende tanto do grau de estreitamento do vaso quanto do tempo de instalação (se crônico, pode haver circulação colateral). as causas mais comuns são ateroembolismo, êmbolo de colesterol ou oclusão de um vaso com obstrução crônica por um trombo. Dor isquêmico de repouso ● Repouso com p pendente ● Estágio mais avançado de isquemia Lesões tróficas ● Espontâneas ● Pós-traumáticas Exame Físico Anamnese ● Tem qualquer dor com a deambulação? Até que ponto o paciente caminha antes de ocorrer a dor? A dor leva o paciente a parar de andar? Se sim, depois de quanto tempo é capaz de retomar a caminhar? A dor recorre após caminhar uma curta distância similar? Tem 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA capacidade de diminuir a caminhada ao longo do tempo ou altera o estilo de vida de alguma forma? ● Já apresentou qualquer dor em extremidades que o acorda durante o sono? Se sim, onde a dor está localizada? Ocorre alívio da dor com o pé pendurado para o lado da cama? Será que a dor leva o paciente a dormir sentado em uma cadeira?; ● Notou quaisquer feridas ou úlceras nos dedos? Se sim, há quanto tempo as feridas ou úlceras estão presentes? Se os ferimentos ocorreram no passado, que medidas foram usadas para promover a cura? ● O Paciente é conhecido por ter DAP? Se sim, já foi submetido a alguma intervenção para tratar a DAP ou outra doença arterial? Inspeção estática ● Rarefação de pelos ● Pele brilhante → fina, frágil, esgaçada, ressecada, unhas frágeis ● Edema de extremidades ● Palidez ● Cianose ● Atrofia muscular ● Lesões atróficas Classificação de Fontaine ● Gravidade depende do grau de estreitamento arterial, do número de artérias afetadas, do nível de atividade física dos pacientes e da rede de artérias colaterais formadas ● 1. assintomático Exames Subsidiários Doppler portátil/Índice tornozelo braquial → preditivo de doenças graves ou ñ graves ● > ou igual a 0,9→ sem isquemia ● 0,5 - 0,9→ claudicação ● < ou igual a 0,5→ isquemia crítica ● Pouco fidedigno em diabéticos!!!! 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA USG Duplex scan ● Pouco invasivo ● Identifica placas de ateroma e seus efeitos hemodinâmico ● Examinador-dependente TC e RM→ superestimam Angiotomografia ● Pouco invasivo ● Necessita de contraste iodado/radiação ionizante ● Difícil definição na presença de calcificações parietais Angiorressonância ● Pouco invasivo/ñ necessita de contraste iodado ● Superestima estenose ● Custo elevado Arteriografia ● Padrão-ouro→ melhor qualidade de imagem ● Muito invasivos ● Apenas para programação cirúrgica!!!!!! Diagnóstico ● Historia + fatores de risco + exame físico ● Índice tornozelo braquial (ITB) ● PAS-tornozelo / Braquial - braço USG Doppler - presença de estenose ● Angio-TC e Angiografia ● Angiografia é o padrão ouro → avaliação pré-operatória Tratamento Clínico 🚨PARA TODOS OS PCTS!!!! → Controle dos fatores de risco ● Abolição do fumo ● Controle de HAS, DM e dislipidemias ● Combate ao estresse ● Proteção ao frio ● Caminhada assistida (15-20 min)→ pode ficar parando e continuando Profilaxia secundária ● Antiagregantes plaquetários ○ Diminuem degeneração aterosclerótica da parede ○ Reduz risco de eventos aterotrombóticos ○ AAS, clopidogrel, ticlopidina ● Estatina de alta potência⭐ ○ Rosuvastatina p/ cima→ atorvastatina 80mg ● Objetivo: ○ Aumentar o desenvolvimento de circulação colateral ○ Melhorar distâncias de claudicação CirúrgicoIndicações ● Presença de lesão trófica ● Dor de repouso ● Claudicação limitante ● Falha do tratamento clínico 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Objetivo ● Restaurar/melhorar circulação para extremidade isquêmica ● Alívio da dor Alternativas técnicas ● Enxertos/pontes de revascularização ● Tromboendarterectomia ● Tratamento endovascular ● Amputação→ ñ é passível de revascularização Intervenção ● Quando sintomas significativos mesmo com medidas conservadoras Isquemia ameaçadoras → isquemia crítica, úlcera que não cicatriza Endovascular ● Angioplastia ( tem que fazer AAS → para evitar a formação de um novo endotélio, porque vê o stent como um corpo estranho) +/- stent Revascularização ● By-pass→ veia safena Amputação ● Terapia de exceção ● Quando não é passível de revascularização 5
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