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THAYANNE GUSMÃO PÉ DIABÉTICO INTRODUÇÃO ● A importância da insulina para o paciente diabético. ● Os pés do diabético constituem segmentos vulneráveis colocando em risco a viabilidade do membro e a vida do paciente. EPIDEMIOLOGIA A incidência de diabetes e obesidade aumentou no final da década de 1990 e início dos anos 2000 em todo mundo. Em torno de 60% das amputações não traumáticas ocorrem em pacientes diabéticos. Calcula-se que cerca de 20% dos pacientes amputados morrem em período máximo de 2 anos. As projeções globais sugerem que em 2030 haverão em torno de 366 milhões de diabéticos. O aumento da prevalência associado ao aumento da sobrevida levará a mais complicações FISIOPATOLOGIA - MANIFESTAÇÕES QUE CARACTERIZAM A CLÍNICA DO PÉ DIABÉTICO ● Angiopatia ● Neuropatia ● Infecção Angiopatia – A isquemia do pé diabético : - Macroangiopatia - Microangiopatia - Alterações funcionais da microcirculação Angiopatia - Macroangiopatia Relação entre o diabetes mellitus e a doença arterial obstrutiva periférica. Presença da calcificação da íntima e camada média. A calcificação da média também leva a redução da perfusão tecidual. Prejuízo a formação dos vasos colaterais. As lesões ateroscleróticas são mais distais. A macroangiopatia potencializa a isquemia neural. Angiopatia - Microangiopatia - Aumento da permeabilidade, alteração do tono vascular e da autorregulação. - Afetam a membrana basal, o músculo liso e principalmente o endotélio. - O espessamento da membrana basal impediria a migração dos leucócitos e a resposta hiperêmica após uma lesão. - Presença de agregação plaquetária e aumento da produção de radicais livres causando dano capilar. THAYANNE GUSMÃO Angiopatia - Isquemia funcional - Fluxo capilar reduzido - Resposta hiperêmica máxima diminuída ao calor. - Desnervação simpática leva a desregulação dos shunts arteriovenosos. Mais grave em pacientes com DAOP. Angiopatia - Disfunção endotelial - Alterações na via do óxido nítrico (é um potente vasodilatador) - Aumento na produção de substâncias vasoconstritoras - Atividade diminuída do sódio e potássio ATPase - Aumento dos produtos finais da glicosilação avançada Angiopatia - Pseudo-hipóxia induzida por hiperglicemia - Metabolização da glicose por via do sorbitol. - Prejuízo nas funções neurais, dos músculos lisos e esqueléticos. - Aumento da permeabilidade capilar. NEUROPATIA ● Causa metabólica ● Causa vascular CAUSA METABÓLICA ● Aumento da atividade da aldolase-redutase - Conversão da glicose em sorbitol – Impedimento da captação do mioinositol pela célula. CAUSA VASCULAR: ● Microangiopatia – diminuição da irrigação endoneural, aumento da resistência vascular e diminuição da produção de óxido nítrico – hipóxia neural. ● Macroangiopatia pode agravar a isquemia neural. Infecção – Principais fatores: - Neuropatia. - Vasculopatia - Imunopatia INFECÇÃO-NEUROPATIA: - Perda da sensibilidade protetora - Alterações estruturais do pé – neuropatia motora e disfunção autonômica. INFECÇÃO- ANGIOPATIA: - Angiopatia aumenta em 5,5 vezes o risco de infecção no pé. INFECÇÃO - IMUNOPATIA: Menor resposta inflamatória do diabético maior suscetibilidade a infecção. ASPECTOS CLÍNICOS Neuropatia periférica : ★ A mais comum é a polineuropatia simétrica distal – predominantemente sensitiva e de evolução lenta. ★ Há também comprometimento das fibras motoras e autonômicas. THAYANNE GUSMÃO Neuropatia sensitiva : ★ Quadro inicial é sensitivo com presença de cãibras, parestesias e perda sensorial nos dedos e nos pés. ★ Pode ocorrer dissociação tátil-térmica dolorosa, com anestesia térmico-dolorosa e sensibilidade tátil conservada. ★ Em uma fase posterior surge comprometimento da sensibilidade profunda (vibratória e proprioceptiva). Em pacientes com neuropatia de longa duração ocorre a perda da sensação protetora. NEUROPATIA MOTORA: ★ Determina alterações estruturais nos pés e associada a neuropatia sensitiva leva a presença de calosidades e ulcerações. NEUROPATIA AUTONÔMICA: O paciente apresenta anidrose no pé o que torna a pele ressecada e descamativa, com tendência a formação de rachaduras e fissuras. ANGIOPATIA ● Claudicação intermitente na musculatura posterior da perna ou na região plantar do pé. ● Palidez, cianose, hipotermia e pulsos arteriais ausentes. Podem surgir úlceras isquêmicas ou mesmo gangrena de extensão variável. ● Nas microangiopatias podem surgir úlceras extremamente dolorosas. ASPECTOS CLÍNICOS INFECÇÃO Presença de manifestações infecciosas locais como eritema, calor, edema , drenagem purulenta, bolhas na pele, presença de gás nas partes moles, odor THAYANNE GUSMÃO desagradável, sensibilidade alterada e osteomielite. Presença de manifestações sistêmicas como febre, calafrios, sudorese noturna, náuseas, vômitos, confusão mental, hipotensão arterial, taquicardia e descompensação glicêmica. CLASSIFICAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO (IEDE- RJ) As lesões ulceradas localizadas nos pés e pernas podem ter a seguinte denominação: ● Macroangiopáticas ● Microangiopáticas ● Infecciosas ● Neuropáticas ● Mistas CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ DIABÉTICO – WIFI – FERIDA (WOUND) CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ DIABÉTICO – WIFI – Infecção no pé (foot infection) DIAGNÓSTICO Exame físico: inspeção, sinal de buerger (DAOP), palpação dos pulsos bilateralmente e ausculta no trajeto dos vasos. Uso do Doppler portátil Uso do diapasão e o uso do monofilamento de semmes-weinstein (uma vez por ano). Teste de sondagem óssea, RNM, RX simples de pé e cultura óssea osteomielite. Ultrassom com Doppler Angiotomografia computadorizada Angioressonância magnética Angiografia digital THAYANNE GUSMÃO TRATAMENTO TRATAMENTO - TÓPICO DAS FERIDAS Outros métodos: Oxigenoterapia hiperbárica Curativo a vácuo Curativo biológicos ( Colzen?) TRATAMENTO DA NEUROPATIA: Controle da hiperglicemia e da hiperlipemia Inibidores da aldolase-redutase : Tolrestat e Zopolrestast. Para controle da dor neuropática: Amitriptilina, nortripitilina, duloxetina, gapapentina, pregabalina (dose ideal máxima 150mg 2 x dia) e carbamazepina. TRATAMENTO DA ANGIOPATIA: Abandonar o hábito do tabagismo. Programação de exercícios de caminhada. Controle rigoroso da glicemia. Antiagregantes plaquetários, estatinas, medicamentos para controle da Pa. Uso do cilostazol, naftidrofuril, pentoxifilina (úlceras isquêmicas microangiopáticas) e prostaglandinas. TRATAMENTO DA INFECÇÃO: THAYANNE GUSMÃO
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