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Beatriz N. Ferreira Apendicite · É um divertículo verdadeiro normal do ceco, que está sujeito a inflamação aguda ou crônica. · É uma estrutura tubular de fundo cego. · Mede em torno de 9-10 cm de comprimento e 0,5-1 cm de diâmetro. · Vascularização: Art. Apendicular → Ramos da artéria ileocólica. · Localização: QID → Exceto quando há uma má rotação intestinal e gravidez. · Posicionamento: Anterior, medial, lateral ou posterior ao ceco. · QID → Quadrante inferior direito → Contém a maior parte do íleo, o ceco e o apêndice cecal (vermiforme) a parte proximal do cólon ascendente. · Os homens são mais afetados que as mulheres. · A apendicite aguda é mais comum em adultos jovens e adolescentes. · Pode ser que seja iniciada pelo aumento da pressão intraluminal e o fluxo venoso comprometido. · A dor abdominal pode ser vaga, moderada, epigástrica ou periumbilical. · Durando de 1 à 12 horas → Quando migra para o QID essa se torna severa, aguda e contínua. Apêndice Retrocecal: · Hipersensibilidade maior no flanco → Se realiza o sinal de Psoas. Apêndice Pélvico: · Ausência de sinais → exceto no exame retal → Se realiza o sinal obturador. Etiologia da Apendicite Aguda · Obstrução da luz · Fecalitos → massa rígida de material fecal. · Hiperplasia do tecido linfóide. · Tumores. · Parasitos. · Cálculos biliares. · Corpos estranhos. · Proliferação Bacteriana: · Essa pode ser privilegiada pela lesão epitelial que surge devido a compressão venosa e a hipóxia ocasionada pela estase do conteúdo luminal → leva à uma INFLAMAÇÃO LOCAL. Processo patológico básico · Inflamação. Processo patológico específico · Inflamação aguda purulenta. · As vezes pode existir uma necrose gangrenosa localizada na parede do apêndice. Patogenia · Obstrução do epitélio mucoso intestinal (OBSTRUÇÃO INTRALUMINAL) → secreção de muco → acúmulo de muco → distensão das paredes → elevação da pressão intraluminal → diminuição da drenagem venosa → isquemia da mucosa → ulcerações → quebra da barreira mucosa → invasão da parede apendicular pela microbiota bacteriana → edema → infiltração neutrofílica na luz da parede muscular e em tecidos moles perpendiculares. · A obstrução pode ser ocasionada pelos: · Fecalitos → fezes endurecidas → mais comum. · Parasitos. · Cálculos biliares. · Tumores. · Tecido linfático. · Oxiuríase vermicular. · Quando ocorre a elevação da pressão intraluminal, ocorrem estímulos das fibras viscerais aferentes de T8-T10, levando à dor na região epigástrica ou periumbilical → náuseas e vômitos. · Celular → pode causar necrose → coagulativa e liquefativa → piora o quadro de inflamação e edema → QUADRO DE DOR LOCALIZADA. Macroscopia · Vasos congestos: · Aumento de volume de sangue, percebida pela aparência avermelhada. · Edema: · Alteração da permeabilidade vascular causada pela resposta inflamatória. · Aumento do volume: · Dilatação dos vasos do apêndice cecal, em todas as camadas, tanto artérias como veias. · Serosa opaca e recoberta de exsudato fibrinopurulento. · A membrana serosa do apêndice é a membrana da região mais externa do órgão, que recobre por completo. · Lúmen diminuído e com presença de material purulento, pode haver também fecalito evidente. Microscopia · Reação inflamatória aguda → Dilatação dos vasos em todas as suas camadas. · Camadas edemaciada → diminuição da luz do apêndice e dificuldade da visualização dessas camadas. · Dentro na microscopia é possível ver o rompimento de mucosa e proliferação bacteriana. PATOLÓGICO NORMAL · Hiperemia ativa · Decorre da dilatação de arteríolas pelos mediadores químicos da inflamação aguda. · Exsudato → tudo que sai dos vasos no decorrer de uma inflamação aguda (fluidos, proteínas, células - principalmente neutrófilos). · Dilatação venosa é secundária. · Infiltração neutrofílica · Importante para o diagnóstico de apendicite aguda. · Esses neutrófilos aparecem em meios às células musculares lisas. Tipos de necrose que pode se desenvolver no apêndice inflamado · Necrose isquêmica → devido à redução do fluxo sanguíneo e linfático. · Necrose Gangrenosa → Evolução da isquemia → devido à presença de lesões que podem levar a infecções decorrentes de bactérias presentes no lúmen que se infiltram na mucosa intestinal. · Pode ocorrer Necrose Liquefativa → devido à invasão por neutrófilos. Sinais e Sintomas mais comuns · Enjoo. · Dor epigástrica ou periumbilical. · Calafrios/Febre. · Distensão e rigidez abdominal. · Gases/Constipação/Diarréia. · Perda de apetite/Apatia. Sinal de Rovsing · Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda. Sinal de Psoas · Indicação de irritação do músculo psoas, sendo um dos sinais de apendicite aguda. · Consiste em dor provocada quando é realizada uma extensão passiva do quadril direito ou a abdução contra resistência, com paciente em posição decúbito lateral esquerdo. · Diagnóstico → apêndice retrocecal - quando não ocorre rigidez na parede abdominal. Sinal de Blumberg · Quando há presença de processo inflamatório próximo à parede abdominal anterior, há dor à descompensação súbita no ponto de McBurney. · Quando descomprime a região a pessoa sente uma dor súbita. · Pode ocorrer também uma contração voluntária da parede abdominal → DEFESA. Sinal de Lenander · Está presente quando a mensuração da temperatura retal supera a axilar em mais que 1C. · É elevada devido a proximidade com o apêndice. Sinal de Obturador · Indicador de irritação do músculo obturador interno. Paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. O paciente pode relatar dor hipogástrica ao ser submetida à tal manobra. Escore de Alvarado Escore da Apendicitis Inflammatory Response (AIR): · Enfatiza os resultados laboratoriais da resposta inflamatória e parece ter um desempenho melhor em comparação com o escore de Alvarado.
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