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16/08 Apendicit� Apendicite Aguda O apêndice é um divertículo verdadeiro normal do ceco, que está sujeito a inflamação aguda ou crônica. A apendicite aguda é mais comum em adolescentes e adultos jovens, com um risco de morte de 7%; homens são afetados levemente com maior frequência do que mulheres. A despeito da prevalência da apendicite aguda, o diagnóstico pode ser difícil de confirmar pré-operatoriamente, e ela pode ser confundida. OBS: Apêndice branco - se na macroscopia está normal, remove na cirurgia e manda para o patologista. Patogenia Sabe-se que a apendicite aguda se inicia pelo aumento progressivo na pressão intraluminal, que compromete o fluxo venoso de saída. Em 50% a 80% dos casos, a apendicite aguda está associada a obstrução luminal aberta, geralmente causada por uma pequena massa de fezes semelhante a pedra, ou coprólito, ou, menos comumente, um cálculo biliar, tumor ou massa de vermes (oxiuríase vermicular). A estase do conteúdo luminal, que favorece a proliferação bacteriana, desencadeia isquemia e respostas inflamatórias, resultando em edema tecidual e infiltração neutrofílica da luz, da parede muscular e dos tecidos moles periapendiculares. Patogenia para prova Começa por uma obstrução → aumento de muco → distensão → hiperproliferação bacteriana → paciente sente dor → distensão do órgão gera a sensibilidade → dor difusa, pq o órgão empurra estruturas diferentes → fibras nervosas - da t8, t9 e t10, região periumbilical. Parede começa a isquemiar → células estressadas → mediadores químicos → atrai inflamação → não sai só células, exsudato inflamatório → mais líquido piora a condição = edema → quadro de necrose isquêmica → dor localizada pelos mediadores químicos Mucosa pode romper → neutrófilos + bactérias → pus → necrose liquefativa → mais dor → pode levar a uma gangrena úmida → supuração → peritonite → sepse → morte do paciente. Morfologia Os vasos subserosos, na apendicite aguda precoce, estão congestos e há um modesto infiltrado neutrofílico perivascular em todas as camadas da parede. A reação inflamatória transforma a serosa brilhante normal em uma superfície fosca, granular e eritematosa. Embora os neutrófilos na mucosa e a ulceração superficial focal estejam frequentemente presentes, estes não são marcadores específicos da apendicite aguda. O diagnóstico de apendicite aguda requer infiltração neutrofílica da muscular própria. Em casos mais graves, um exsudato neutrofílico proeminente gera uma reação fibrinopurulenta na serosa. Enquanto o processo continua, abscessos focais podem se formar na parede (apendicite supurativa aguda). O maior comprometimento dos vasos apendiculares leva a grandes áreas de ulceração e necrose hemorrágica gangrenosa, que se estendem para a serosa, criando apendicite gangrenosa aguda, que pode ser seguida de ruptura e peritonite purulenta. Aspectos Clínicos Tipicamente, a apendicite aguda precoce produz dor periumbilical que, por fim, se localiza no quadrante inferior direito, seguida de náusea, vômito, febre de baixo grau e uma contagem levemente elevada de leucócitos periféricos. A descoberta física clássica é o sinal de McBurney, uma profunda sensibilidade localizada a dois terços da distância entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero superior direita (ponto de McBurney). Sinal de Rovsing - Dor no quadrante inferior direito ao realizar a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdome. Pode indicar apendicite aguda. Sinal de Psoas ou sinal do Obturador Lamentavelmente, os sinais e sintomas clássicos de apendicite aguda estão muitas vezes ausentes. Em alguns casos, um apêndice retrocecal pode gerar dor pélvica ou no flanco direito, enquanto um cólon mal rotacionado pode dar origem a uma apendicite no quadrante superior esquerdo. Assim como acontece com outras causas de inflamação aguda, há também a presença de leucocitose neutrofílica. Em alguns casos, a leucocitose periférica pode ser mínima ou, alternativamente, tão grande que outras causas são consideradas. O diagnóstico de apendicite aguda em crianças pequenas e idosos é particularmente problemático, uma vez que outras causas de emergências abdominais são prevalentes nessas populações, e as crianças pequenas e idosos também são mais propensos a mostrarem apresentações clínicas atípicas. Outras complicações da apendicite incluem pieloflebite, trombose venosa portal, abscesso hepático e bacteremia. Macroscopia - Retrocecal 65,3% - Pélvico 31,6% - Subcecal 2,3% Como ele esta? Hiperemia - vermelhidão - aspecto granular, vasodilatação Areas enegrecidas - necrose Microscopia Caracteristica microscopicas: Predominio de polimrfonuclear - neutrofilos Hiperemia da camada serosa Neutrofilos na camada muscular Exsudato (liquido fora) - pus → Purulento, Piogenico Caso Clínico Homem, 16 anos, é levado ao pronto-socorro com queixa de dor em fossa ilíaca direita, náuseas e anorexia há 2 dias - inflamação aguda. Refere ter tido um desconforto epigástrico com vômitos, que não tem mais, antes do aparecimento da dor atual. A dor foi aumentando aos poucos. Nega queixas urinárias. Não tem antecedentes médicos relevantes. O pai diz que” este menino nunca ficou doente”. Tem febre (38,5°C). O abdome está bastante doloroso a palpação no quadrante inferior direito, com defesa involuntária e sinais de irritação peritoneal. Tem ainda dor discreta à percussão lombar direita. O exame deve ser feito abrangendo todo o abdome, do apêndice xifóide até a sínfise púbica, e não somente a fossa ilíaca direita, pois a localização do apêndice é bastante variável e complicações a distância podem coexistir. Hipótese Diagnóstica: Apendicite O apêndice é uma pequena bolsa, em forma de tubo e com cerca de 10 cm, que está ligada à primeira parte do intestino grosso (separados apenas pelo óstio do apêndice vermiforme), próximo do local onde o intestino delgado e grosso se ligam. Dessa forma, a sua posição geralmente é sob a região inferior direita da barriga. Apendicite é resultado da obstrução da luz do apêndice e pode ser advinda de: - Hiperplasia linfóide: comum em crianças - Fecalito: massa rígida de matéria fecal (mais comumente) - Corpo estranho - Helmintos - Posicionamento retrocecal Etiologia Fator obstrutivo: fecalitos, cálculos, hiperplasia linfóide reativa. Fator não obstruído: Infecção é a responsável pela gênese da apendicite. Processo Patológico Básico: Inflamação Específico: Inflamação aguda purulenta exsudativa na parede do apêndice, podendo ter como consequência um fenômeno gangrenoso. Apendicite por parasitas: A presença do parasita no apêndice pode levar a sinais e sintomas de cólica apendicular, independentemente do achado de inflamação ao exame histopatológico. A hiperplasia linfóide reacional aos antígenos do parasita, pode ser a resposta orgânica inicial responsável pelo quadro clínico de cólica apendicular e por efeitos obstrutivos que é o fator desencadeante do processo inflamatório no apêndice cecal. A apendicite parasitária se manifesta por sintomas semelhantes aos observados na apendicite aguda clássica e o diagnóstico usualmente é dado pelo exame anatomopatológico. A inflamação aguda flegmonosa na muscularis propria, constitui o atributo padrão-ouro para o diagnóstico histopatológico de apendicite. No Brasil, os parasitas causadores da inflamação apendicular são justamente aqueles que com mais frequência e constância contribuem para a verminose brasileira: Necator, Ascaris e Oxiurus. Enterobius vermicularis é o helminto encontrado com maior freqüência e sua presença pode se correlacionar com alterações patológicas do apêndice cecal, que variaram de inflamação aguda supurativa, hiperplasia linfóide e eosinofilia até complicações, como gangrena e peritonite. A hiperplasia linfóide folicular foi o achado histológico dominante nos casos observados. Artigo: http://repositorio.fevasf.edu.br/bitstream/FEVASF/7 8/1/Apendicite%20aguda%20-%2018%2007%20 Poliana.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337 427821ApendAguda.pdf http://repositorio.fevasf.edu.br/bitstream/FEVASF/78/1/Apendicite%20aguda%20-%2018%2007%20Poliana.pdfhttp://repositorio.fevasf.edu.br/bitstream/FEVASF/78/1/Apendicite%20aguda%20-%2018%2007%20Poliana.pdf http://repositorio.fevasf.edu.br/bitstream/FEVASF/78/1/Apendicite%20aguda%20-%2018%2007%20Poliana.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337427821ApendAguda.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337427821ApendAguda.pdf Mapa mental da patogenia da febre e vomito - Prostaglandina E2 - barreira hematoencefalica - centro termo hipotalamico → febre - Mediadores quimicos pirogenicos - Febre - calafrios
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