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FICHAMENTO DE PPP I- PEDAGOGIA DA AUTONOMIA


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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
 LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - CAMPUS VIII 
 DISCIPLINA: PPP I
 DISCENTE: GISLAINE SILVA DOS SANTOS
 DOCENTE: KÁRPIO SIQUEIRA
 
FICHAMENTO
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 12-54. 
“[...] É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se com sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. ” (FREIRE, 1996, p. 12).
 O educador deve estar sempre aberto a buscar novos aprendizados, desde o início da sua formação precisa ter a total convicção de que esses saberes não podem ser transferidos a outros indivíduos, pois o processo de ensino só acontece quando ocorre trocas de conhecimentos entre eles, assim diariamente ele será produzido e construído. 
 “[...] Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. ” (FREIRE, 1996, p. 12).
 Diante dessa perspectiva é possível compreender que o professor e o aluno possuem a mesma importância no processo de ensino aprendizagem, os dois trocam conhecimentos entre si e assim cada um vai passando adiante, tornando esse processo continuo, para obter tal sucesso é imprescindível que ocorra diálogo entre ambos, assim buscarão metodologias para aprimorar tal prática.
 “O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. ” (FREIRE, 1996, p. 13).
Para acontecer uma autonomia na educação o educador precisa aguçar a curiosidade dos alunos e reforçar seu senso crítico, dessa maneira não serão alienados e exercerão sua liberdade de expressão.
 “[...] Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro antes que foi novo e se fez velho e se "dispõe" a ser ultrapassado por outro amanhã. ” (FREIRE,1996, p. 14)
 Todo conhecimento é instável, pois está sujeito a modificações. A sociedade passa por diversas mudanças ao longo do tempo, cada conhecimento novo que surgir nesse processo supera o que já foi descoberto e está submetido a ser superado no futuro.
 “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um 
no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque 
busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer e o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. ” (FREIRE,1996, p. 14).
A pesquisa é essencial para a construção do conhecimento, o ensino e a pesquisa estão interligadas justamente por essa razão, para ensinar é necessário conhecer e para conhecer é necessário pesquisar, diante desses pressupostos o docente e o discente precisam estar sempre estudando, pois a cada dia há algo novo para conhecer.
“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia” (FREIRE,1996, p. 17).
Diante de diversas formas de preconceitos que vivenciamos na nossa sociedade o educador tem um papel essencial para combatê-lo, por meio da educação, mostrando aos educandos que devemos banir qualquer forma de discriminação, respeitando cada um em suas particularidades. 
“Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um 
simples gesto do professor. ” (FREIRE,1996, p. 19).
O professor representa muito na vida dos seus alunos, por mais que alguns deles não reconheçam e não valorize tal representatividade, mas quando ela é reconhecida qualquer simples gesto torna-se algo especial e sempre será lembrado com carinho e admiração. 
“É na inconclusão do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente. Mulheres e homens se tornam educáveis na medida em que se reconheceram inacabados. ” (FREIRE,1996, p. 24).
A educabilidade só acontece na medida que as pessoas compreendem a necessidade de estar sempre buscando novos conhecimentos, pois nunca seremos seres completos de saber e a cada momento surgi um novo saber, no qual devemos procurar conhecer, aprender e ensiná-lo a outros indivíduos, tornando esse ciclo permanente. 
“O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, serio, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum desses passa pelos alunos sem deixar sua marca. ” (FREIRE,1996, p. 27).
Há diversos tipos de professores no âmbito educacional, cada um dele exerce um papel fundamental na vida dos alunos e deixam marcas que serão lembradas ao longo dos anos, diante desses fatos apresentados é imprescindível cumprir os deveres enquanto educador e respeitar os direitos dos educandos, deixando marcas positivas ao invés de negativas, já que essas ocasionam retrocessos na educação. 
“[...] Um dos piores males que o poder público vem fazendo a nós, no Brasil, historicamente, desde que a sociedade brasileira foi criada, é o de fazer muitos de nós correr o risco de, a custo de tanto descaso pela educação pública, existencialmente cansados, cair no indiferentismo fatalistamente cínico que leva ao cruzamento dos braços. "Não há o que fazer" é o discurso acomodado que não podemos aceitar. ” (FREIRE,1996, p. 27).
É nítido perceber que a educação no Brasil não está sendo valorizada pelo poder público, diariamente observamos diversos descasos com professores, alunos, funcionários e com o próprio espaço escolar, sendo necessário deixar o conformismo de lado e começar a tomar atitudes para conseguir alguma melhoria, reivindicando que seus direitos sejam assegurados, essa luta deve ser constante apesar dos discursos negativos. 
“[...] A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, fala de nossa educabilidade e um nível distinto do nível do adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas. ” (FREIRE,1996, p. 28).
Ter acesso à educação é ter acesso a liberdade, deixando de lado qualquer forma de opressão. O conhecimento não deve ser buscado apenas para adaptar-se à sociedade, mas para adquirir senso crítico e começar a transformá-la da melhor maneira possível. 
“A segurança com que a autoridade docente se move implica uma outra, a que se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se exerce ausente desta competência. O professor que não leve a sério sua formação, que não estuda, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe”. (FREIRE,1996, p. 36).
O professordeve levar a sua profissão com toda seriedade, buscando sempre se aperfeiçoar e obter conhecimentos que irão agregar a sua atividade docente. Um bom profissional é aquele que busca dar o melhor de si, naquilo que se propôs a fazer.
“Me movo como educador porque, primeiro, me movo como gente”. (FREIRE,1996, p. 37).
Ser educador é ter a consciência de que você irá trabalhar com gente e precisa sobretudo ser gente, conhecendo a identidade de cada um, respeitando as suas particularidades e ensinando a importância de se respeitar e a conviver com as diferenças, não só no espaço escolar, mas em todos os âmbitos sociais.
“[...] Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais”. (FREIRE,1996, p. 40).
Todos as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, direito esse assegurado pela Constituição Brasileira, desse modo é necessário lutar por essa sociedade igualitária e ser contra qualquer coisa que interfira nesse propósito. 
“[...] É por isto que devo lutar sem cansaço. Lutar pelo direito que tenho de ser respeitado e pelo dever que tenho de reagir a que me destratem”. (FREIRE,1996, p. 42).
O respeito é um valor essencial nas relações humanas e a falta dele ocasiona muitos conflitos, tal prática acontece exatamente por alguns não tolerarem que o outro seja diferente de si, portanto aqueles que forem desrespeitados devem lutar e exigir o respeito incansavelmente, pois todos têm o direito de existir e de ser aceito como é. 
“[...] É que lido com gente. Lido, por isso mesmo, independentemente do discurso ideológico negador dos sonhos e das utopias, com os sonhos, as esperanças tímidas, às vezes, mas às vezes, fortes, dos educandos. Se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a quem sonha o direito de sonhar”. (FREIRE,1996, p. 53).
O educador lida com diferenças e lhe dar com diferenças não é uma tarefa fácil, mas não é impossível, sendo necessário entender que a prática docente vai muito além da parte intelectual, a parte emocional também conta nesse processo, quando ambas andam juntas, a forma de compreender e ensinar torna-se mais humana, ganhando autonomia.