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Piodermites em cães

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Tegumento 
• Maior órgão dos mamíferos 
• Barreira natural com o meio externo 
• Termorregulação 
• Proteção contra perdas hídricas 
• Produção de imunoglobulinas 
 
Defesa natural cutânea 
Barreira física – camada córnea + pelame 
 
Microbiológica – microbiota residente 
 
 
Def inições: 
Infecções bacterianas que ocorrem na pele gerando 
figose (processo inflamatório) 
 
 
 
Etiologia 
 
 
 
 
 
Aderência da bactéria a camada superficiais da pele e 
posteriormente colonizar eventualmente gerar um 
quadro de infecção 
Agente etiológico 
Sthapylococcus psedintermedius – principal agente 
Gram + 
 
Resistência bacteriana 
MRSA – staphylococcus aureus resistente a penicilina 
MRSP – Staphylococcus pseudointermedius resistente a 
meticilina 
Resistência a oxaciclina – toda vez que tiver oxaxilina 
resisente pode ter resistência a outros atb 
Prediz ser resistente a meticilina – marcador que 
demostra resistência a vários antibióticos 
Multi resistete – quando a bactéria é resistente a mais 
de 3 tipos de antibióticos 
Prediz ser resistente a B – lactâmicos (incluindo as 
cefalosporina de qualquer geração, penicilinas, 
carbapenemiicos e ampicilina com subactran) 
Manifestação clínicas 
Rarefação pilosa – crostas 
Pústulas se secar vira uma crosta meriserica – fistulas 
Colaretes epidérmicos – prurido 
Ulceração – pápulas 
Exulceração – secreções 
 
Classificação por profundidade 
Piodermites 
Superficial – atinge a epiderme 
Dermatite piodraumatica – ex: lambedura 
Impetigo 
Piodermite mucocotanea 
Foliculite bacteriana 
 
Profunda 
• Camadas mais profundas como derme e 
epiderme 
• Foliculite – é mais profunda gera mais 
inflamação – celulite 
• Piodermite nasal 
• Piodermite mentoniana 
• Piodermite interdigital 
 
Classificação por ocorrência 
De ocorrência natural – idiopática/ fatores imunológicos 
envolvidos 
Secundaria – parasitarias/ alérgica/ fúngica/ 
endocrinopatias/ medicamentos/ quimoterapicos/ 
manejo/ pscicogenico 
 
Piodermites superficiais 
Dermatite úmida aguda (DUA) ou piotraumatica 
Naturexa aguda e aturoinduida 
Topografia lesional está relacionado ao fator 
desencadeante 
Mais comum em raças de pelame denso 
Resultantes de lemaeduras, merdodura e rolçadra 
(relacionada a alergia ou prurido) 
Muitas vezes associado a DAPE 
Ausência de ventilação no pelame pode predispor o seu 
aparecimento 
 
 
 
Intertrigo 
Inflamação e irritação causadas por trauma de atrito 
Localizado em áreas de atrito ou dobras cutâneas 
 
 
Impetigo 
• Dermatose bacteriana pústula 
• Sem acometimento folicular 
• Animais jovens/ áreas glabras 
• Parasitismo intestinal/ doenças virais/ 
desnutrição 
• Contato com fezes e urina 
• Pode estar associado a quadros de cinomose 
• Formações postulares com couteudo 
branquecento ou amarelado 
Pápulas, crostas melicericas e colaretes epidérmicos 
Não pruginoso 
Regiões axilar, inguinal e abdominal 
 
 
Piodermite mucocutanea 
Regiões de transição mucocutanea 
Comum em pastor alemão e Cocker 
Diferencial com dermatoses imunomediadas (pericular, 
nasal, valvular, prepucial e anal) 
Lesões erodoerimetatosa em regiões perilabial 
Questionar o material de comedouros e bebedouros 
 
 
Fo liculite bacteriana 
Infecções bacteriana sediada na porção superficial do 
folículo piloso 
Representa a maioria dos quadros de piodermite em 
cães 
Stapylococcus pseudointermedios é o casual mais 
comum 
Pruido, imunocopretimento 
e Manejo Higiênico estão envolvidos 
.-Podem haver rarefação pilosa, pápulas, eritema, 
hiperpigmentação, colaretes epidérmicos, escamas, 
crostas Melicéricas e menos frequentemente pústulas. 
Eritema e edema subjacente de intensidade variada 
.-Máculas alopécicas(lesões com aspecto de “roedura de 
traça”)-Terapia tópica e sistêmica 3 a 4 semanas 
 
 
Piodermites profundas 
Pode se originar de um quadro superficial 
-Acomete área distal do folículo piloso, derme e as 
vezes a hipoderme 
-Envolvimento de tecido subcutâneo –Celulite e Paniculite 
-Staphylococcu spseud intermedius 
-Cicatrizes são frequentes-Localizadas: Traumas por 
Corpos Estranhos, Mordedura, objeto penetrante) 
-Generalizadas: imunidade incompetente, mordedura 
repetitiva, terapia antimicrobiana insuficiente, uso 
prolongado de anti-inflamatórios esteroidais. 
Fo liculite, Furunculosee Celulite 
-Infecção bacteriana inicialmente folicular, que dissemina 
para camadas mais profundas, ocacionando 
furunculose e ocasionalmente celulite 
.-Frequente em Bull Terrier, Pit Bull Terrier, Pastor 
Alemão 
.-Dentre alguns fetores desencadeantes: 
 ◦Demodiciose, Dermatofitose, farmacodermia, 
corticoide terapia e enfermidades de imunossupressão 
.-Pápulas, alopecia, edema, lesões vesiculobolhosasde 
coloração eritematovioláceoou enegrecido. Nódulo, 
fistulas, exsudação serossanguinolenta, purulenta, 
piosanguinolenta, crostas hemáticas ou purulentas, 
úlceras 
-Associada presença de processo inflamatório do tipo 
“corpo estranho” 
–Processo piogranulomatoso. -Pode estar associada a 
áreas de piodermite superficial 
.-Podem evoluir para processos cicatriciais. 
Antibioticoterapia 4 a 6 semanas –manter por mais 3 
semanas se necessário. 
-Caso não tratado corretamente pode evoluir para um 
quadro séptico. 
 
 
Piodermite Nasal 
-Lesões na região nasal -Comumente acomete Pit Bull, 
Bull Terrier e Dog Argentino 
-Anteriormente muito observado em Collie Pastor 
Alemão 
-Pode estar relacionado a traumatismo local / Exposição 
solar contínua 
-Hipotricose, Alopecia, Pápulas, Eritema, Formações 
vesiculobolhosas eritematosas ou violáceas, crostas 
hemáticas e erosões. 
-Refletir na indicação de cultivo micológico, RPC, biópsia 
e histopatológico. 
 
Piodermite Mentoniana 
-Animais jovens de pelagem curta-Raças: Pit Bull, Bulldog 
inglês e Francês, Doberman, Pug, Rottweiller, 
Weimaraner 
-Pode ser desencadeado por trauma ou roçadura em 
superfícies ásperas (carpetes / tapetes) 
-Eritema, pápulas ou nódulos, drenam exsudato 
piossanguinolento, crostas hemáticas ou melicéricas, 
edema, formação vesiculobolhosacom colorido 
eritemato-violáceo. 
-Realizar RPC ou teste de fita de acetato.-Descartar 
dermatite por contato com plástico presente em 
comedouros 
 
Pododermatite/ Piodermite Interdigital 
-Edema, drenagem de material serosanguinolento 
.-Auto traumatismo, lambedura e mordeuradas regiões 
interdigitais 
.-Pode haver claudicação. 
-Alopecia, edema difuso, formações vesiculobolhosas, 
eritema, crostas hemorragicasou melicéricas 
.-Muito associada a dermatopatias alérgicas, 
parasitárias, neoplasias, malasseziose, esporotricose, 
criptococose, Pio granulomas 
.-Pode ser desencadeado por tosa. 
 
 
 
Diagnóstico-Histórico / Anamnese 
• Início do quadro 
• Presença de Prurido 
• Lesões em Contactantes 
• Tratamentos anteriores 
• RPC / Teste de Fita de Acetato 
• Citologia com swab escarificação 
• Presença de bactérias sugere 
• Fagocitose em pústula integra confirma 
• Ausência da fagocitose não exclui 
• Neutrófilos degenerados sugerem 
• Verificar também a celularidade 
• Histopatológico 
• Pústula integra 
• Cultura e antibiograma –em que situação? 
• Diferença de tópicos e sistêmicos 
 
Manejo Terapêutico 
Tratamento Tópico ou Sistêmico? 
• Identificar a causa de base 
• Primária ou secundária? 
 
Terapia Tópica 
-Diminuem Bactérias de Superfície 
-Evitam recolonização 
-Diminuem infecções recorrentes 
-Indicada como terapia única nos quadros superficiais e 
adjuvante nos quadros profundos 
-FORMULAÇÕES: GEL / SHAMPOO / CREME / LOÇÃO 
/ SPRAY / POMADA 
 
SHAMPOOS 
-Utilização em todas as piodermites 
◦Aplique o produto na forma de banho e deixe a 
espuma agir por cerca de 10 (dez) minutos, promover o 
enxague em água corrente, secar bem. 
◦Repetir o processo a cada 7 (sete) dias? 
◦Cuidado com região de face (olhos emucosas). 
◦Reduz ou elimina a população de bactérias na área de 
infecção, remove exsudado e debriscelulares. 
◦CLOREXIDINE 2 a 4% 
◦PERÓXIDO DE BENZOÍLA 2,5 a 3,5%◦TRICLOSAN 0,5 
a 1% 
 
OUTRAS SOLUÇÕES 
CLINDAMICINA 2 a 3% Gel, creme, pomada, loção, 
Spray 
PERÓXIDO DE BENZOÍLA 2,5 a 5 % Gel, loção 
CLOREXIDINE 1 a 2% Gel, lenços umedecidos ou creme 
RIFAMICINA 1% Spray 
CIPROFLOXACINA 0,35% Gel, creme, pomada, loção, 
Spray 
ACIDO FUSIDICO 1% creme 
MUPIROCINA 2% pomada 
 
So luções Adstringentes 
Para lesões exsudativas: 
-Acetato de alumínio (Solução de Burrow) 
-Nitrato de Prata 0,25% 
-Permanganato de Potássio 0,1mg 
◦Dissolver 1 comprimido em 4 litros de água 
◦Pedilúvio ou compressas. 
 
Outros Pontos 
Sempre tratar causas subjacentes 
Tosar ou realizar tricotomia do local se necessário. 
Raspado sempre e reconstituir a barreira cutânea. 
 
Terapia Sistêmica 
Cefalexina Amoxicilina com Clavulanato 
Quinolonas (Enrofloxacina/ Marbofloxacina) Doxiciclina 
Cefovecina 
Duração de tratamento –3 a 6 semanas 
Tempo correto 
Dose Correta Nunca usar subdose! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resumo 
Agente mais comum das piomiodermites – 
staphylococcus pseudo intermedius 
Cefalecina, amoxicilina e quinolonas 
Tratamento: 21 dias, profunda 31 dias 
Shampoo: Clorexidine

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