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Dermatopatias mais frequentes em Pediatria • Flora bacteriana transitória: Estreptococos do grupo A, Staphylococcus aureus Patologia Agente etiológico Características clínicas Tratamento Observações Impetigo não bolhoso • Streptococcus ß hemolítico do grupo A. • Staphylococcus aureus. • Lesões máculas, pápulas, vesículas (até 1cm), pústulas, crostas melicéricas (amarelada e aderida). • Geralmente assintomático e sem sinais sistêmicos. • Frequente em áreas expostas, como membros, ao redor do nariz e da boca. • Cuidados locais. • Remoção das crostas. • Antibiótico tópico por 7 a 10 dias (bacitracina, mupirocina). • ATB sistêmico apenas se necessidade de internação (toxemia, extensão do processo). • Piodermite superficial mais frequente em crianças (70%). • Diagnóstico é clínico. • Muito contagioso. • Mais comum em estações quentes e úmidas. Impetigo bolhoso • Staphylococcus aureus fago grupo II (age na desmogleína I que faz a adesão celular). • Bolhas superficiais com secreção transparente ou purulenta. • RN: períneo e região periumbilical. • Crianças maiores: extremidades. • Cuidados locais (água e sabão anti-séptico). • ATB tópico. • ATB sistêmico • Não ultrapassa a camada granulosa, portanto a bolha se rompe facilmente. • Em lactentes interna; em crianças maiores com pouca lesão pode fazer tratamento tópico. Erisipela • Streptococcus ß hemolítico do grupo A. • Área eritematosa brilhante, aspecto em casca de laranja, margens bem definidas, dolorosa e de rápida progressão. • Pode haver vesículas e bolhas. • Frequente: adenite, linfangite e febre. • 85% em MMII. • Penincilina por 7 a 10 dias. • Elevação do membro. • Envolve a derme e a porção superficial do tecido subcutâneo. • Diagnóstico é clínico. • Em alguns casos pode ser solicitado HMG, HMC e cultura de aspirado da borda da lesão. Celulite • Streptococcus ß hemolítico do grupo A. • Staphylococcus aureus. • Áreas com limites mal definidos, edema, eritema, calor e dor. • Pode haver febre e adenite. • Critério de internação: toxemia, perto de articulação, imunodepressão, celulite em face, áreas extensas. • Oxacilina, cefalosporinas de 1º geração. • Clindamicina/ vancomicina - 10 dias. • Processo inflamatório infeccioso do tecido celular subcutâneo, com adicional envolvimento da derme e epiderme. • Pode surgir pós veno punção, pós mordedura ou de foco dentário. Celulite periorbitária • Com porta de entrada: Streptococcus ß hemolítico do grupo A e Staphylococcus aureus. • Sem porta de entrada: Pneumococo, H. influenza, Moraxella. • Edema, calor e eritema. • Sem dor ou proptose. • Sem alteração da mobilidade ocular e da visão • Oxacilina + Ceftriaxone. • O patógeno pode adentrar após um trauma local ou após quadro de sinusite. Celulite orbitária • Pneumococo, • H. influenza, • S. aureus, • Estreptococo. • Anaeróbios. • Edema, calor e eritema. • Proptose, dor, alteração da visão, comprometimento da mobilidade ocular. • Equimose + congestão conjuntival. • Oxacilina + Ceftriaxone. • O patógeno pode adentrar após um trauma local ou após quadro de sinusite. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Patologia Agente etiológico Características clínicas Tratamento Observações Dermatite atópica • Doença inflamatória crônica e recidivante, de etiologia multifatorial. • Eczema em topografia característica, prurido, xerodermia, história pessoal ou familiar de asma/ rinite/ conjuntivite/ DA. • Caráter recidivante das lesões. • Fase infantil: face, superfície extensora e poupa a região das fraldas. • Fase pré-puberal: superfícies flexoras e liquenificação. • Lesão associadas: dupla prega de Dennie-Morgan, manchas hipocrômicas, ictose. • Hidratação: após o banho, com a pele ainda úmida. • Controle de inflamação: corticóide tópico e imunomoduladores tópicos. • Controle do prurido. • Prevenção de infecções secundárias. • Maior perda de água transepidérmica, menor capacidade de retenção de água, maior suscetibilidade a infecções. • Recomendações: banhos rápidos, sem espoja, sabonete com pH 5 a 6, secar sem fazer fricção. Pediculose • Pediculus humanus capitis (inseto). • Lêndeas- ovais, branco- leitosas, fixadas próximas às raízes dos cabelos. • Regiões occipital e auricular posterior. • Prurido intenso. • Penteação com pente bem fino e catação meticulosa dos piolhos. • Existem xampus especiais. • Deposita ovos (lêndeas) próximo às raízes dos cabelos. • Perfuram a pele do couro cabeludo e sugam o sangue. Escabiose • Ácaro: Sarcoptes scabiei variante hominis. • Primeiro sintoma é o prurido, antes mesmo do início da lesão. • Lesões: pápulas, nódulos, túneis, pústulas e vesículas. • RN e lactentes: reação inflamatória dos túneis - eritema, edema, crostas, pápulas, vesículas e nódulos, as lesões podem ser ovais, serpinginosas ou forma da letra J. • Não compartilhar itens de uso pessoal. • Água quente, ferro quente ou secadora de roupas nos 3 primeiros dias do tratamento. • Permetrina loção a 5%. • Ivermectina oral. • Enxofre 5 a 10% em creme ou loção. • Cavam túneis na pele e depositam suas fezes. • Mais frequente em menores de 2 anos de idade. • Contato direto (mais frequente) ou indireto. • Escabiose crostosa ou norueguesa. Dermatite de área de fralda • Dermatite de contato por irritante primário, como fralda, urina, fezes, fricção, micro- organismos. • Manchas eritematosas brilhantes, confluentes, inicia pela zonas convexas (polpa dobras, pois não tem contato direto com o irritante) e depois expande perifericamente. • Dermatite em W. • Cremes de barreira. • Corticoide tópico de baixa potência. • Exposição ao sol. • Prevenção: trocar fraldas com frequência e higiene adequada. • Complicação principal é a Candidíase (Monilíase). Dermatite seborreica • Predisposição genética, reação imune, colonização pela Malassezia furfur e hormônios maternos com aumento de produção sebácea. • Erupção eritemato – descamativas - escamas oleosas (amarelo- acinzentadas). • Autolimitada: duração de semanas a meses. • Emoliente: Vaselina, óleo mineral, óleo de amêndoa. • Cetoconazol (xampu ou creme). • Creme de hidrocortisona. • Inibidores tópicos da calcineurina. • Diagnóstico é clínico. • Ocorre principalmente em áreas ricas em glândulas sebáceas (couro cabeludo, centro da face). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Ptiríase Alba • Patogenia indeterminada. • Máculas hipocrômicas, mal delimitadas, única ou múltiplas. • 0,5 a 2 cm de diâmetro. • Descamação furfurácea e hiperemia ocasional. • Face, ombro e MMSS. • Orientações de banho. • Emolientes. • Corticosteróides de baixa potência. • Fototerapia. • Hipomelanose. • Mais comum no verão. • Diagnóstico é clínico.
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