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Maria Ed. Sborz – 3ª fase : constituí a metade anterior de cada hemisfério, estende-se do polo frontal até o sulco central (acima do sulco lateral). E é formado pelos giros pré-central (córtex motor), frontal superior, frontal médio e frontal inferior. Elaboração do pensamento, planejamento e organização emoção, organização, decisão e percepção do tempo. Lesão: apatia, indiferença ausência de iniciativa e esponta- neidade. : posterior ao sulco central, anterior ao lobo occi- pital e superior ao lobo temporal. Constituído pelos giros: pós-central, lóbulo parietal superior, lóbulo parietal inferior, pré-cutâneo e porção posterior do lóbulo paracentral. Recepção, correlação, interpretação e elaboração dos im- pulsos sensoriais primários recebidos do tálamo. Lesão: associado aos sistemas visual e auditivo => afasia, Agnosia e apraxia. : pequena parte da face dorsolateral do hemisfé- rio, mas ocupa grande campo triangular na face medial do encéfalo (entre lobo parietal e occipital). Córtex visual (áreas 17, 18 e 19) Lesão: cegueira cortical. : projeção anterior linguiforme, forma o corno temporal do ventrículo lateral. Se estende do polo temporal até os limites dos lobos parietal e occipital. Giros: superior, médio e inferior. Área de wernicke: compreensão da linguagem. Formação hipocampal => aprendizado e memória. Lesão: perversões e alucinações visuais. Sensitivos =. I, II, VIII Motores => III, IV, VI, XI, XII Mistos => V, VII, IX, X. ó (I): Nervo sensitivo que se origina no teto da cavidade nasal (OAE) => atravessa lâmina cribiforme => bulbo olfatório (OAC). As fibras são células receptoras olfatórias e formam a mu- cosa olfatória. Exame clínico: Com os olhos do paciente fechados e uma das narinas ocluída, aproxime a substância de teste da narina aberta. Peça ao paciente que aspire e indique se sente algum cheiro e, em caso afir- mativo, que o identifique (café, canela, creme dental, sabonete). Re- pita o teste com a outra narina e compare os resultados. Deve-se examinar primeiro o lado com suspeita de anor- malidade. Testar com duas substâncias diferentes, evitando sub- tâncias agressivas. Lesão: Transtorno condutivo (dificuldade da substância em entrar em contato com o ep olfatório) x neurossensorial (disfun- ção dos receptores ou conexões centrais). (II): sensitivo, suas fibras conduzem impulsos visuais. OAE: quiasma óptico. OAC: canal do nervo óptico Função: permite a visão das imagens a partir da retina. Maria Ed. Sborz – 3ª fase Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto => quiasma óptico => onde há cruzamento parcial de suas fibras => trato óptico até o corpo geniculado lateral. Ex Exame clínico: Avaliação do campo visual = limite da visão periférica, a área na qual se consegue ver um objeto mantendo o olho em posição fixa. Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está “percebendo” o objeto nas várias posições. Avaliação dos campos centrais inclui instruir o paciente a olhar para o rosto do examinador e relatar eventuais de- feitos, como a ausência ou o borramento do nariz. Snelllen. Lesão: Pré-quiasmática: afeta nervo óptico. Quiasmática: tumor hipofisário, craniofaringiomas, meningi- omas, gliomas e aneurismas carotídeos. Pós-quiasmáticas: produzem defeitos contralaterais do campo visual. *Amaurose: perda total de visão; Escotoma: perda total ou parcial de uma região localizada do campo visual; Hemianopsia: visão pascial- mente perdida em um ou ambos os olhos. (III): Motor. Tem fibras eferentes somá- ticas gerais (ESG) que inervam muitos dos músculos extrínsecos do olho (LP, RS, EI, RM e OI) e as fibras eferentes viscerais gerais (EVG) são parte da divisão parassimpática da parte autônoma do SNP (M esfíncter da pupila e M ciliares). OAE: sulco medial do pedúnculo cerebral. OAC: fissura orbital superior. Exame clínico: reflexo pupilar. Pedir para o pct focar em algo reto dentro do seu campo visual => luz => fazer direta e consensual. Observar miose Fazer o H para testar. Lesões: Paralisia completa: ptose palpebral, estrabismo externo e presença de diplopia horizontal. Pupila midriática, irreflexiva à luz, acomodação e convergência. Paralisia incompleta: reto medial = estrabismo divergente e diplopia horizontal; reto sup = limitação À elevação do olho e diplopia vertical; reto inf = olho desviado para baixo e diplopia vertical; oblíquo inferior = globo ocular desviado para fora e para dentro + diplopia vertical. (IV): motor. É o único nervo craniano a sair pela superfície posterior do tronco encefálico. OAE: véu medular superior. OAC: fissura orbital superior. Função: inerva o M oblíquo superior => ajuda o olho a girar ínfero- lateralmente. Exame clínico: a partir de mobilidade extra-ocular em H e olhar para a ponta do nariz. Lesão: dificuldade de mover o olho para baixo quando em adção = diplopia vertical. *pct mantém a cabeça virada para o outro lado e um pouco abaixada, para compensar. (V): sensitivo e motor = misto. OAE: entre a ponte e pedún- culo cerebelar médio. OAC: fissura orbital superior (ramo oftálmico), forame oval (ramo mandibular) e forame re- dondo (ramo maxilar). Ele leva fibras aferentes somáticas gerais (ASG) e fibras eferentes branquiais (EB): As fibras aferentes somáticas gerais fornecem estímulos sensitivos da face, da metade anterior do couro cabeludo, das membranas mucosas das cavidades oral e nasal e dos seios paranasais, da parte nasal da faringe, da parte da orelha e do meato acústico externo, de parte da mem- brana timpânica, do conteúdo orbital e da conjuntiva e da dura-máter nas fossas anterior e média do crânio Maria Ed. Sborz – 3ª fase As fibras eferentes branquiais inervam os músculos da mastigação, o tensor do tímpano, o tensor do véu palatino, o milo-hióideo e o ventre anterior do digástrico. Exame clínico: Teste da força do masseter: palpar os músculos da masti- gação enquanto o pct cerra os dentes. Avaliar a sensibilidade tátil, dolorosa e térmica da face (per- guntar se o estímulo é parecido nos dois lados. Lesão: a fraqueza motora no NV unilateral causa desvio da mandíbula em direção ao lado da fraqueza durante a abertura. (VI): Motor => para o m reto lateral. OAE: sulco bulpo-pontino. OAC: fissura orbital superior. Exame clínico: mobilidade lateral dos olhos. O examinador solicita a ele que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que é feita aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente. *Reflexo corneano. Lesão: estrabismo convergente => pct desvia a cabeça para o lado paralisado. (VII): sensitivo + motor = misto. OAE: sulco bulbo-pontino OAC: forame estilomastóideo. Leva as fibras aferentes somáticas gerais (ASG), aferentes especi- ais (AE), eferentes viscerais gerais (EVG) e eferentes branquiais (EB): As fibras ASG levam estímulos sensitivos de parte do me- ato acústico externo e das partes mais profundas da ore- lha. As fibras AE são para o paladar dos dois terços anteriores da língua. As fibras EVG fazem parte da divisão parassimpática da parte autônoma do sistema nervoso periférico (SNP) e es- timulam a atividade secretomotora na glândula lacrimal, nas glândulas salivares submandibular e sublingual e de glândulas nas membranas mucosas da cavidade nasal e do palato duro e do mole. As fibras EB inervam os músculos da face e do couro ca- beludo. Exame clínico: avaliar as ações dos músculos de expressões faciais e realizar exame da sensibilidade gustativa. Lesão periférica: fraqueza flácida em todos os músculos do lado aco- metido. Ex. paralisia de Bell. Lesão central: fraqueza da parte inferior da face, compreservação da parte superior. (VIII): sensitivo. Leva as fibras AE para a audição e o equilíbrio e consiste em duas divisões: Um componente vestibular para o equilíbrio Um componente coclear para a audição OAE: sulco bulpo-pontino. OAC: MAI (mas não sai no crânio). Exame clínico: Teste de Rinnie: compara a condução aérea e óssea, pode-se testar colocando um diapasão ativado primeiro sobre o processo mastoide e, depois, imediatamente ao lado da orelha (ou vice-versa), em se- guida, pergunta-se ao paciente qual é o mais intenso. Normal ou positivo quando a CA é melhor que a CO. O teste é considerado negativo quando a CO é melhor que a CA. Teste de Weber: consiste em colocar um diapasão em vibração na linha mediana sobre o vértice do crânio. Normalmente, o som é ouvido de modo igual nas duas orelhas ou parece ressoar em qualquer local no centro da cabeça. Se lateralizado fazer teste de Rinne Teste de Romberg: o paciente é colocado em pé com os calcanhares juntos e as pontas dos pés separadas a 30°, braços ao longo do corpo ou estendidos anteriormente na altura dos ombros e olhos fechados durante cerca de 1 min. Interpretação do teste: Teste normal: indivíduo permanece na posição inicial, sem oscilações que ocasionam queda ou deslocamento do pé Queda para a frente ou para trás durante o teste relaci- ona-se com o comprometimento do sistema nervoso cen- tral Oscilações ou queda para as laterais sugerem alterações no sistema vestibular. Nistagmo espontâneo observa-se o movimento ocular no paciente sentado, com os olhos na posição primária do olhar (olhar frontal), sem fixação ocular. Nistagmo de posição é feita a manobra de Dix-Hallpike, testa-se o canal semicircular posterior, o mais acometido nos casos de despren- dimento de otólitos. Semiotécnica: com o paciente sentado, vira-se sua cabeça passiva- mente em um ângulo de 45° com o plano sagital para o lado testado. Faz-se movimento rápido e contínuo, deitando o paciente e finali- zando a manobra com a cabeça do paciente ultrapassando a borda da maca e pendurada para trás em torno de 15°. Paciente deve permanecer com a cabeça pendente por cerca de 30 s com os olhos abertos. (IX): sensitivo + motor = misto OAE: sulco lateral posterior do bulbo OAC: forame jugular. Sensitivo: língua, tonsilas, faringe, úvula, seio carotídeo; Motor: faringe, deglutição. Exame clínico: úvula. Se tiver lesão ela se lateraliza para o lado normal. (IX): sensitivo + motor = misto. OAE: sulco lateral OAC: forame jugular Emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste longo trajeto o nervo vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais. Maria Ed. Sborz – 3ª fase Exame clínico: reflexo do vômito provocado por estimulação da fa- ringe ou do palato. (XI): motor. OAE: sulco lateral posterior do bulbo e medula OAC: forame jugular Exame clínico: Para avaliar a força do esternocleidomastoideo, solicite ao paciente que gire totalmente a cabeça para um lado, se- gure-a nessa posição e, depois, instrua-o a tentar girar a cabeça de volta em direção à linha mediana, evitando incli- nar ou curvar o pescoço. A avaliação da força do trapézio é feita instruindo-se o paciente a erguer os ombros contra resistência. Lesão: Paralisia bilateral: rotação diminuída. Atrofia de trapézio: contorno do pescoço muda, pode ha- ver uma depressão ou encurtamento do tronco, o braço pende para o lado afetado. (XII): motor. OAE: sulco lateral anterior do bulbo OAC: canal hipoglosso => distribuísse nos músculos da língua. Exame clínico: Depois de avaliar a posição e a aparência da língua em repouso na boca, o paciente é instruído a protrair a língua, movê-la para dentro e para fora, de um lado para outro e para cima e para baixo, tanto devagar quanto com rapidez. A destreza é testada ins- truindo-se o paciente a repetir sons linguais, como “la-la-la”, ou a usar palavras com o fonema “t” ou “d”. Lesão: fraqueza unilateral, Protusão da língua: língua desvia para o lado comprometido. Retração da língua: desvia para o lado normal. Paresia – diminuição da força; Paralisia – ausência de força; Plegia – força indetectável; Mono, di (dos membros inferiores é paraparesia), tri, tetra. Hemiplegia – acometimento de um lado do corpo (ex: braço e perna esquerda). : Perda de força muscular específica com padrão de tempo e anatomia. Fraqueza focal: segue a distribuição de alguma estrutura do sistema nervoso periférico. Fraqueza generalizada: Bilateral, mais ou menos simétrica; geralmente predomina no mm distais ou proximais. Fraquezas não-orgânicas: Pacientes que estão simulando ou possuem uma condição psiquiátrica; simulam proposital- mente ou sem querer uma condição de fraqueza; : Cansaço ou exaustão, falta de energia. Sem padrão ana- tômico e de tempo. ç Pode ser feito de duas formas: Paciente parado, passivo, e o médico movendo; Paciente fazendo movimentação ativa e o médico parado fazendo a contra-resistência (optar por essa); Deve-se: Avaliar o grau de força proximal, distal, flexor e extensor. Testar simetria, ou seja, sempre a direita e logo após a esquerda antes de qualquer outro exame e testar proximal-distal. Mobilizar as articulações. C5 => abdução do braço C6 => flexão do cotovelo – bíceps C7 => extensão do cotovelo – tríceps C8 => extensão do polegar T1 => abdução dos dedos L2 => flexão da coxa L3 => flexão da perna – quadríceps (“chutar a bola”) L5 => extensão do hálux S1 => flexão do pé - panturrilha Teste de Migazzi MMII: Flexão das pernas (paciente em decúbito dorsal) com os joelhos separados e observar por um minuto. Avalia a presença de deficiência motora Manobra de Barré MMII: pct em decúbito ventral com flexão da perna e observar por um minuto se há boa sustentação ou não; Avaliar a extensão e flexão da coxa com o pct sentado; Exame da marcha: Observar o paciente andando na ponta dos pés. Teste de Mingazzin MMSS: paciente sentado de olhos fechados, ele- vando os braços com a palma da mão para cima e dedos fechados, avaliar por um minuto se ocorre queda ou pouca sustentação do membro. Inspecionar achatamento, associado à hipotonia muscular Palpar a consistência muscular, geralmente em lesões do SNC o tônus está aumentado, como em caso de AVC, dando rigidez. Em lesões periféricas ocorre hipotonia. Realizar movimentos passivos, observando extensibilidade e resistên- cia Maria Ed. Sborz – 3ª fase : Piramidal: espasticidade, tonicidade aumentada contra-late- ralmente, flexão de membro superior e extensão de infe- rior. Chamada hipotonia elástica. Extra-Piramidal: Ocorre rigidez contínua não eletiva. Cha- mada hipertonia plástica (resistência). Sinal da roda dente- ada ao tentar abrir o braço. ç Prova de Bludzinski: flexão do pescoço com o paciente flexionando a perna involuntariamente. Laségue: Com o paciente em decúbito dorsal, levantar a perna esti- cada até onde ele consiga sem sentir dor (normal é mín 30 graus). Teste de Kérnig: Com o paciente em decúbito dorsal e com perna fletida, trazer ela para perto do corpo. Tratos cortico-bulbar e espinal: iniciam os movimentos. Tratos extra-piramidais: modulam os movimentos. Força, tônus e coordenação: vestíbulo-espinal (mm extensores, equilibrio); rubro-espinal (mm flexores); retículo-espinal (postura anti-gravidade); tecto-espinal (pescoço e cabeça). Neurônio motor superior: -Sistema nervoso central: cérebro e medula. ATENÇÃO: Em caso de lesões agudas (avc,trm). Neurônio motor inferior: Localizado na unidade motora: plexos e nervos. Ação similar de junções neuromusculares e músculos. Nível sensitivo => segmento mais caudal da medula espinhal com fun- ção sensitiva normalem ambos os lados do corpo. Nível motor => segmento medular mais inferior, cujo principal músculo apresenta menos grau três de força, enquanto os principais múscu- los representados pelos segmentos superiores apresentem força normal. DERMÁTOMOS MIÓTOMOS Área de pele inervada por axônios sensoriais de cada raiz nervosa, que corresponde a um segmento medular. Conjunto de fibras musculares inervadas por axônios motores de cada raiz nervosa, que cor- responde a um segmento me- dular. : A sensibilidade pode ser tátil, térmica ou dolorosa. Destes, escolher testar a dolorosa. A via dolorosa é menos mielinizada, portanto se regenera mais rápido que as demais. A dor é avaliada estimulando-se com um alfinete ou objeto pontiagudo delicado as áreas de dermatomos. Toca-se levemente a face, o tronco e os 4 membros e pergunta-se ao paciente se ele sente a mesma picada nos 2 lados. O paciente deve estar em posição ana- tômica e o examinador não tocar o paciente além da área de teste. Maria Ed. Sborz – 3ª fase Deve-se testar proximal-proximal e depois proximal-distal de cada membro. (no osce MMII => L4, L5 e S1) : A sensibilidade à temperatura é geral- mente testada com um diapasão frio. Testa-se proximal -distal. : é testada através do estímulo de uma área da pele com mecha fina de algodão. O paciente deverá referir a percepção dos estímulos mesmo de olhos fechados. associadas ao tato leve, pressão, posição e vi- bração do corpo e da face são indicadas pela linha tracejada, as fibras de dor e temperatura do corpo e da face são indicadas pela linha cheia. : Sem alteração - junção neuromuscular / lesão muscular não noci- ceptiva; Proximal - trauma local, neuropatia focal; Distal - polineuropatias (dm, medicamentoso, hiv); Mononeuropatia - compressiva (stc, fibular) sinal de tinnel (percussão dolorosa no trajeto do nervo); Plexopatias - multiradicular; Radiculopatia - dor/parestesia em território específico; Padrões medulares: espinhal anterior, brown sequard, centro medu- lar, posterior, completa. Hemi/para (parestesia, hipoestesia, hiperalgesia, anestesia). - Artéria de adamkiewiez, irriga as partes anteriores mas polpa a parte de propriocepção (corno posterior). - Perda de força do mesmo lado da lesão. Perda de sensibilidade dolorosa e térmica é do lado oposto. – Acúmulo de líquor apenas na região central medular. Perda de função sensitiva dos nervos superiores que são os que passam ali. – lesão na região responsável pela propri- ocepção (corno posterior). O cerebelo tem função de coordenar o movimento. Existem várias vias que fazem contato com o cerebelo (vias aferentes e eferentes). Velocidade; Alcance; Força. Para isso, ele: Faz excitação automática dos músculos antagonistas no fi- nal do movimento; Faz inibição simultânea dos músculos agonistas que iniciaram o movimento. O cerebelo está localizado na região dorsal da fossa posterior do neurocrânio. O arquicerebelo faz os movimentos oculares e equilíbrio. É a estrutura mais antiga cerebelar; O paleocerebelo está associado ao tônus-muscular e equi- líbrio; O neocerebelo faz planejamento do movimento e coorde- nação mais fina. O equilíbrio depende de: Base de apoio (pés); Articulações; Força muscular; Visão; Propriocepção; Percepção somatossensorial. Lesão Cerebelar: se manifesta ipsilateralmente, apresentando ata- xia (falta de coordenação). Também apresenta fala escandida (lenta e confusa) e tremor de intenção. Dismetria: dificuldade em atingir o alvo. Disdiadococinesia: problema ao fazer movimentos repetitivos de pro- nação e supinação. Paresia: fraqueza com déficit parcial de força muscular Plegia: déficit total de força muscular Monoparesia: déficit parcial de força em 1 membro Hemiparesia: déficit em 1 hemicorpo Paraparesia: déficit em membros simétricos Tetraplegia: déficit total de força em 4 membros Diplegia: déficit total de força em 2 hemicorpos Maria Ed. Sborz – 3ª fase (ataxia sensitiva marcha atáxica espinal, tabética): A base é alargada, pisada com energia ao solo, com toque inicial do calcanhar e olhar em direção aos pés, sendo impossível com os olhos fechados. Patologias: tabes dorsalis, deficiência de vitamina B12. , , : O paciente mantém o membro superior fletido em 90º o cotovelo e em adução, com a mão fechada em leve pronação. O membro infe- rior do mesmo lado é espástico e o joelho não flexiona. O membro é abduzido em relação ao quadril, produzindo um movimento de circun- dação. Está associado à hemiplegias piramidais. : Os dois membros infe- riores estão enrijecidos e espásticos, permanecem semifletidos. Os pés se arrastam, com as pernas se cruzando na frente durante a marcha, lembrando uma tesoura. : A marcha é instável, com base alargada, sem grandes mudanças com o fechamento dos olhos, traduzindo incoordenação de movimentos. : O paciente apresenta lateropulsão quando anda. Quando tenta manter-se andando em linha reta, é como se fosse empurrado para o lado. Se colocado em um espaço amplo e mandado andar de olhos fechados para frente e depois para trás, descreverá a forma de uma estrela. : O paciente caminha como um bloco, enrijecido, sem o movimento natural dos braços. Os passos são pequenos e rápidos, e a cabeça permanece inclinada para a frente, conferindo a impressão de que o eixo de gravidade do paciente foi deslocado. Pode ocorrer festinação, com a aceleração dos passos no início do caminhar. : O paciente anda com os pés juntos ao chão, não conseguindo execu- tar o movimento do passo. Os pés parecem “grudar no chão”, como se controlados por um ímã (por isso a chamada “marcha magnética” ou apráxica). : Há excessivo levantamento do joelho, com excessiva flexão da coxa sobre a bacia. Os pés estão pendentes – a marcha é semelhante à do cavalo. : Há oscilações da bacia, as pernas estão afastadas e há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta, apesar do déficit muscular. Ocorre inclinação do tronco para um lado e para outro. Existem 3 tipos de síndromes cerebelares: : alteração de marcha, equilíbrio, sinergia tronco-membros, de fala e motricidade ocular. No exame, faz se com o paciente de olhos abertos e depois fecha- dos. Paciente apresenta dança dos tendões, marcha ebriosa (tam- bém chamada atáxica, cambaleante), com paços irregulares, de dis- tâncias diferentes. Apresenta dificuldade para se levantar do leito sem ajuda dos membros superiores, tem fala escandida (pausa longa entre as palavras) e variações no tom de voz. : A interação de síndromes axial e apendicular é chamada síndrome cerebelar global : dismetria (incapacidade de limitar os movimentos), decomposição de movimentos, disdiadococinesia (dificuldade de reali- zar movimentos alternados rapidamente) e prova de rechaço de Ste- wart-holmes. *S-H: Com o antebraço parcialmente fletido, forçando em direção ao tórax (nunca direcionado à face) contra resistência interposta pelo examinador que lhe segura o punho, este é bruscamente liberado. Uma pessoa normal freia o movimento rapidamente. Paciente apre- senta erro de pontaria, tremor dos movimentos, principalmente in- dex-nariz, index-nariz-index-dedo, calcanhar joelhos e prova de Ba- rany. ção Index-Nariz: Cerebelo e senso do próprio corpo (propriocepção): pode pedir para o paciente levar o dedo até o nariz com os olhos fechados, se o problema for de propriocepção, vai errar. Se o problema for cerebelar o erro é com os olhos abertos também. Calcanhar Joelho: pede para o paciente trazer o calcanhar até o joelho contralateralmente Diadocosinesia: pede para o paciente fazer movimentos alternados e rápidos. Normal: eudiadocosinesia. Alterado: disdiadocosinesia Ausente: adiadocosinesia : Exteroceptivos ou Superficiais: Cutaneoplantar e cutaneoabdominal Cutaneoplantar: passa a borda do martelo na planta dopé do paci- ente e espera que o paciente flexione os dedos. Em caso de Babinski, ocorre extensão. Cutaneoabdominal: passa a borda do martelo da periferia abdominal ao centro, espera-se contração unilateral. Profundos: Triciptal, biciptal, supinador, patelar e aquileu Bate o martelo em cima da proeminência óssea Bicipital: pressiona o dedão na fossa cubital do paciente e com o martelo em cima espera-se contração do bíceps Nervo músculo cutâneo: C5 e C6 Tricipital: segurando o braço do paciente de forma abdutora e na altura do ombro, percute logo acima do cotovelo. Orienta o paciente a descansar o braço sobre a sua mão. Nervo radial C7 e C8. Patelar: percute abaixo da patela e espera extensão da perna. Nervo demoral (L2 a L4) Maria Ed. Sborz – 3ª fase Aquileu: segura o pé do paciente mais fletido e percute sobre o ten- dão de aquiles, ocorrendo extensão do pé. Nervo tibial: L5 a S2 Arreflexia(0): 0 Hiporreflexia(-): abaixo do normal Normoreflexia(+): normal Vivo(++): aumentado Hiperreflexia (+++): área reflexógena aumentada
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