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Farmacologia do TGI - parte 1

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Farmacologia 
1 
 
Farmacologia do TGI 
Cinética x Farmacodinâmica 
As interações medicamentosas 
correspondem a cinética – distribuição, 
biotransformação, excreção 
Também existem interações 
medicamentosas da farmacodinâmica, no 
qual há potencialização ou bloqueio do efeito 
– atua sobre o efeito 
o Os antiácidos alcalinizam o pH do 
estomago e dificultam a absorção de 
fármacos de caráter ácido, incluindo 
antibióticos e anti-inflamatórios 
o Os fármacos pro-cinéticos aceleram a 
motilidade intestinal com o objetivo de 
diminuir as chances de 
vômitos/absorção, o fármaco mais 
conhecido é o Metaclopramida (plasil) 
Os fármacos que atuam no trato 
gastrointestinal são fármacos com a 
finalidade de tratar as patologias as quais se 
referem sobre esse local e que envolvem 
interações medicamentosas 
 
São divididos em 3 classes: 
o Secreção ácida – diminuem o pH 
estomacal 
o Êmese – são antinauseante 
o Motilidade intestinal – no qual, os 
formadores de massa, os osmóticos, 
emolientes e os irritativos promovem 
efeitos laxantes 
Os fármacos de secreção ácida são 
responsáveis por alcalizar o pH do estomago, 
como exemplo: antiácidos, antagonistas H2, 
inibidores da bomba de prótons e os 
protetores da mucosa gástrica 
o Os antiácidos são fármacos de ação 
local; teoricamente são fármacos de 
dor aguda, com a sensação de 
queimação no estomago – são 
fármacos de ação rápida; neutralizam 
o pH estomacal mas não são 
absorvidos para terem efeitos 
farmacológicos (3 – 4h) 
o Os Antagonistas H2 e os Inibidores da 
Bomba de Prótons impedem a síntese 
de ácido clorídrico – enquanto o 
antiácido neutraliza o ácido clorídrico, 
os antagonistas H2 e os IBP inibem a 
síntese de ácido clorídrico, se eles 
inibem, são fármacos mais potente 
que os antiácidos – são destinados ao 
tratamento de gastrite, devido ao seu 
longo período de tempo, tratamento de 
úlcera e acompanhados de terapia 
medicamentosa relacionados a 
fármacos ácidos 
Como que os Antagonistas 
H2 e os IBP impedem a 
síntese de ácido clorídrico? 
Os antagonistas H2 são fármacos que 
bloqueiam receptores H2 (de histamina). 
Fisiologicamente, a histamina atua sobre os 
receptores H2, lá nas células parietais do 
estomago, essa ligação de histamina + 
receptores H2 estimulam a ativação da 
bomba de prótons. Essa estimulação 
promove a troca iônica entre íons que 
cominam na síntese de ácido clorídrico. 
Logo, receptores H2 e IBP estão envolvidos 
na síntese de ácido clorídrico 
Os antagonistas H2 tendem a serem menos 
eficientes que os inibidores da bomba de 
prótons (IBP) 
Quem são os representantes 
dos antagonistas H2? 
Cimetidina, Farmotidina, Nisetidina 
Farmacologia 
2 
 
Quem são os representantes 
dos Inibidores da Bomba de 
Prótons? 
Prazóis – omeprazol, pantoprazol, 
lansoprazol 
 Qual a diferença entre 
Gastrite e Úlcera? 
A úlcera é um quadro mais grave de lesão 
estomacal e está relacionado a infecção pela 
bactéria H. pylori que pode vir de fonte 
alimentar ou não – dor crônica significativa –
como é um processo infeccioso têm-se a 
necessidade de tratamento com antibióticos 
A gastrite pode se desenvolver e agravar-se 
para úlcera em caso de não tratamento ou 
presença da bactéria 
o Os protetores da mucosa gástrica são 
compostos que associados ao ácido 
clorídrico formam uma camada 
gelatinosa, mucilaginosa, que 
impedem a ação direta do ácido 
clorídrico – uso agudo 
 
Antiácidos: bicarbonato de sódio, hidróxido 
de alumínio, hidróxido de magnésio, 
carbonato de cálcio, alginatos (TODOS 
ESSES FÁRMACOS SÃO UTILIZADOS 
PARA DOR AGUDA – ATUAM 
DIRETAMENTE NEUTRALIZANDO O PH 
DO ESTOMAGO) 
o Hidróxido de magnésio apresenta 
propriedade laxante 
o Hidróxido de alumínio + hidróxido de 
magnésio: neutralizam a ação laxante 
do leite de magnésio e potencializam o 
efeito antiácido dessa combinação 
 
Antagonistas de receptores H2: cimetidina, 
ranitidina, famotidina, nizatidina - esses 
fármacos precisam ser feitos em jejum 
o A cimetidina é pouco utilizada na 
clínica porque ela é um inibidor 
enzimático 
o Ranitidina, famotidina e nizatidina são 
mais potentes que a cimetidina e mais 
utilizadas 
 
IBP: pantoprazol, lansoprazol, omeprazol, 
raberprazol 
o Omeprazol deve ser administrado em 
jejum devido a absorção dos 
antagonistas H2 – a alimentação 
interfere na sua absorção 
o Os demais fármacos podem ser feitos 
na presença de alimentos e em 
relação ao tempo de duração, eles 
possuem maior tempo de duração 
durante 24h 
Protetores da mucosa gástrica: quelatos de 
bismuto, sucralfato 
o Formam a tal camada de muco, então 
são fármacos para uso crônico 
o O Alzheimer e o Parkinson estão 
relacionados a ausência de deficiência 
Farmacologia 
3 
 
B12 e o uso de IBP e de protetores da 
mucosa gástrica podem estar 
relacionados com essa ausência 
Tratamento da infecção por H. pylori 
Na maioria das pessoas, o tratamento é 
mantido por quatro a oito semanas, 
associado a redução de possíveis hábitos 
causadores 
Fármacos: 
o Inibidores da bomba de prótons 
o Protetores da mucosa gástrica 
o Antibióticos 
Lansoprazol + Levofloxacino + amoxicilina 
Omeprazol + claritromicina + amoxicilina 
Salicilato de bismuto + tetraciclina + 
metronidazol 
o Retirar da dieta do paciente 
substâncias ácidas 
o A tetraciclina tem amplo espectro de 
ação, logo ela não vai matar as 
bactérias, então o próprio organismo 
que vai ter que matar 
Fármacos que atuam na êmese 
Êmese: ação de vomitar 
o Os quimioterápicos são os principais 
fármacos indutores de vômitos 
o São 6 classes: antagonistas D2, 
antagonistas H1, antagonistas 5-HT3, 
antagonistas de neurocinina (NK-1), 
corticoide, benzodiazepínicos 
Antagonista D2, antagonista H1 e 
antagonistas 5-HT3: ao bloquear mediadores 
têm-se efeitos antieméticos 
Os mediadores fisiológicos (dopamina, 
histamina e serotonina) ao atuar sobre 
receptores específicos causam êmese 
Os antagonistas 5-HT3 estão muitos 
associados a êmese de quimioterápicos, 
enquanto o antagonista D2 e o antagonista 
H1 estão associados a êmese do dia a dia 
o Os antagonistas D2 também são 
conhecimentos como fármacos pró 
cinéticos por acelerarem a motilidade 
intestinal; são fármacos que impedem 
a ação da dopamina sobre a zona de 
gatilho da zona receptora: 
metoclopramida, domperidona, 
bromoprida, clorpromazina – são 
fármacos que previnem o refluxo e 
aceleram a motilidade intestinal em 
pessoas com vômitos já instalados 
o Os antagonistas H1 bloqueiam os 
receptores H1 ligados as zonas de 
gatilho, impedindo, portanto, a êmese: 
dimenidrinato, prometazina, 
difenidramina, meclizina – são 
fármacos para prevenir o vômito 
o Os antagonistas 5-HT3 estão mais 
associados a êmese de quimioterapia: 
ondansetrona, palonosetrona, 
granisetrona, tropisetrona, dolasetrona 
 
o Os antagonistas de neurocinina 
bloqueiam o receptor NK-1, um 
mediador endógeno: aprepitanto 
o Os corticoides são utilizados nas 
pessoas que não respondem aos 
antagonistas D2, H1, 5-HT3. Então, os 
corticoides vão ativar a síntese da 
proteína lipocortina-1, que é 
responsável pelo bloqueio da 
fosfolipaseA2, e a fosfolipaseA2 
bloqueador não irá mais produzir a 
cascata da inflamação, logo não 
haverá mais participação da 
prostaglandina, nem náusea e nem 
Farmacologia 
4 
 
vômitos: dexametasona e 
Metilprednisolona 
o Os benzodiazepínicos causam a 
sedação, sendo utilizados por via IV e 
são fármacos de longa duração que 
aliviam a indução da náusea e dos 
vômitos uma vez que o paciente vai 
dormir 
Metoclopramida: Cuidados de 
enfermagem 
É um fármaco de via oral, intramuscular ou 
intravenosa – dependendo da ocasião 
o Antiemético, estimulante 
gastrintestinal 
o Evita a náusea, vômitos e refluxos 
gastroesofágico 
Não deve ser usado em crianças menores de1 ano de idade e nem em pacientes com 
epilepsia, feocromacitoma, doença de 
Parkinson e metemoglobinemia 
Durante a terapia, deve-se avaliar as reações 
extrapiramidais e, diante dessas reações, 
comunicar imediatamente o médico: 
o Acatisia (inquietude de movimentos) 
o Discinesia (movimentos involuntários) 
o Distonia aguda (tonicidade anormal 
em qualquer tecido – contração 
muscular aguda) 
Administração via intravenosa: infundir 
lentamente além de 2 a 3 min, diluir em soros 
glicosado a 5% ou fisiológico a 0,9% e 
infundir em 15 minutos 
o Como efeitos colaterais: sonolência e 
distúrbios extrapiramidais 
Êmese na gravidez 
Cerca de 85% das mulheres podem 
apresentar náuseas e vômitos durante a 
gestação e este quadro pode se apresentar 
em diversos graus de êmese associado a 
náusea 
o Em 90% dos casos, ela incide nas 
primeiras semanas da gestação com 
melhora progressiva, sendo apenas 
ocasional depois da vigésima semana 
O tratamento deve ser feito com: 
o Dimenidrinato (antagonista H1) que 
inibe a acetilcolina nos sistemas 
vestibular e reticular, responsáveis por 
náuseas e vômitos na doença do 
movimento – bloqueia o papel da 
histamina e da acetilcolina 
o Piridoxina (vitamina B6) participa da 
síntese de alguns neurotransmissores, 
como o GABA, que contribuem com a 
redução das náuseas e vômitos 
A piridoxina no fígado opõe-se a formação de 
substâncias tóxicas provenientes 
especialmente do metabolismo das proteínas 
tais substâncias funcionam como fatores 
predisponentes aos vômitos – inibem a 
formação de substâncias toxicas 
 
Os estudos de reprodução animal não 
demonstravam risco para o feto ou esses 
estudos de reprodução animal apresentaram 
apenas efeitos adversos – por isso são 
teratogênese de classe B 
Não há estudos adequados e controlados em 
mulheres gravidas; ou estudos controlados 
em mulheres gravidas não apresentaram 
efeitos adversos ao feto 
Ou seja, todos esses fármacos antieméticos 
são seguros durante a gravidez 
Azia durante a gravidez 
Antiácidos são fármacos de ação local que 
neutralizam o pH estomacal 
Farmacologia 
5 
 
Bicarbonato de sódio, hidróxido de magnésio, 
hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, 
alginatos, sal de bismuto – protegem a 
mucosa gástrica 
AZIA (pirose) durante a 
gestação 
Antiácidos representam a primeira opção de 
escolha: 
o Antiácidos baseados em cálcio ou 
magnésio podem ser tomados por 
gestantes 
o Antiácidos que contêm bicarbonato de 
sódio, como o sal de 11fruta ENO, não 
são recomendados 
Utilizar antagonistas de receptores H2, caso 
os sintomas persistam (segunda opção) 
IBP para tratamento de sintomas de difícil 
controle ou doença do refluxo 
gastroesofágico complicada 
Hidróxido de alumínio: 
cuidados 
Ação constipante 
o Devem ser administrado por via oral 
o Tratamento da azia ou queimação 
decorrente de hiperacidez gástrica 
o Não deve ser usado em criança 
menores de 6 anos e nem em 
pacientes com insuficiência renal 
severa, hipersensibilidade e obstrução 
intestinal 
Esse medicamento deve ser mastigado ou 
dissolvido na boca cerca de uma hora após 
as refeições e ao deitar-se 
o Evitar a ingestão de hidróxido de 
alumínio em doses superiores 
o Deve ser usado com cautela em casos 
de sangramento intestinal, prisão de 
ventre e presença de hemorroidas 
porque é um fato que pode se agravar 
e dificultar cada vez mais a 
constipação 
Efeitos adversos: constipação, náuseas e 
vômitos 
 
Ranitidina: cuidados de 
enfermagem 
É um fármaco antagonista – H2, sendo mais 
forte que a cimetidina que é um fármaco não 
indicado pelo fato de ser um inibidor 
enzimático 
o Pode ser feito por via oral, intravenosa 
e intramuscular 
o É um protetor da mucosa gástrica 
o Responsável pelo tratamento de 
úlceras gástricas ou duodenais, 
esofagite por refluxo gastresofágico, 
prevenção de úlceras causadas por 
estresse em pacientes graves 
o Não deve ser utilizado durante o 
período de lactação e gravidez 
o Não deve ser utilizado em pessoas 
com disfunção renal 
o Deve ser administrado entre as 
refeições e antes do paciente dormir 
o Promove redução das concentrações 
plasmáticas do Tosamprenavir 
(antiviral) 
Efeitos adversos: reações alérgicas (inchaço 
de pálpebras, face, lábios, boca ou língua, 
erupções ou fissuras, febre, dispneia) – 
sinais e sintomas sugestivos de hepatite 
como náuseas, vômitos, perda de apetite 
icterícia 
Farmacologia 
6 
 
 
Inibidores da bomba de 
prótons: cuidados de 
enfermagem 
É recomendado a ingestão de suplementos 
de vitamina B12, associada a dieta a base de 
produtos lácteos, como leite, queijo, iogurte e 
bons níveis de vitamina D 
o Leite, queijo e iogurte tem cálcio e 
acredita-se que ao alcalizar o ácido 
clorídrico, também se dificulta a 
absorção de vitamina D 
A ranitidina reduz a secreção gástrica, 
diminuindo o efeito do omeprazol e produz 
antagonismo farmacológico 
O omeprazol inibe a CYP2C19 (enzima 
hepática), aumentando os níveis de fenitoina, 
dissulfiram, Diazepam e outros fármacos e 
induz a CYP1A42 aumentando a 
metabolização da teofilina, tacrina e vários 
antipsicóticos

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