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Prof. Msc. Antonio Henrique França Costa Disciplina: Educação e Diversidade Cultural UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO-UEMAnet UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB São Luís-MA 2021 SUBTÓPICOS: Universalidade e Diversidade Educação Inclusiva e Multicultural: Contextualização Histórica Desigualdades e Diferenças no Espaço Escolar OBJETIVO DA UNIDADE: Refletir sobre a Universalidade e Diversidade na educação brasileira, e a contribuição do estudo referente a Educação Inclusiva e Multicultural: Contextualização Histórico, destacando-se os principais aspectos das Desigualdades e Diferenças no Espaço Escolar. UNIDADE I: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE “... EM NOSSA VIDA DE EDUCADORES (AS) A FORMAÇÃO É UM PROCESSO CONSTANTE E PERMANENTE, O QUAL ESTÁ RELACIONADO COM O MEIO AO QUAL ESTAMOS INSERIDOS, E COM NOSSAS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES. (SAVIANNE, 2003)”. Artigo 205 da Constituição Federal 1988: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1999). Ao conter em seu texto a expressão: “pleno desenvolvimento da pessoa” significa dizer o desenvolvimento em todas as suas dimensões, não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas o ser humano integral com suas dimensões motoras, afetivas e sociais. (Saviane, 2003). ... LDB Nº 9.394/1996 : EDUCAÇÃO Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 2º Estabelece que “a educação (...) tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996). LDB nº 9.394/1996 Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008) § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm Que concepções de diversidade permeiam as nossas práticas, os nossos currículos, a nossa relação com os alunos e suas famílias e as nossas relações profissionais? O respeito às diversidades brasileiras está ligado diretamenteà postura de reconhecimento e valorização da cultura de cada grupo social formador deste povo PEDAGOGIA DA DIVERSIDADE - EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS Levando a Entender o conceito de democratização escolar Buscar a universalização do ensino Desenvolvimento de atitudes, valores e respeito aos DH Educação Inclusiva – Educação Para Todos Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994). As escolas devem “acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas, culturais ou outras”. Não é mais o aluno que precisa se adaptar à escola, mas, sim, cabe à escola a responsabilidade de se transformar para garantir acesso, permanência e aprendizagem, de todos alunos, atendendo às suas necessidades educacionais especiais. “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades (SANTOS, 1999, pg. 56 )”. SUBTÓPICOS: Gênero e Diversidade Diferenças Étnicas e Políticas Educacionais Identidade Cultura Camponesa Educação Indígena e Diversidade Cultural OBJETIVO DA UNIDADE: Discutir sobre as questões relacionadas A: Gênero e Diversidade; e sobre as Diferenças Étnicas e Políticas Educacionais, compreendendo os conceitos sobre Identidade Cultura Camponesa, bem como os aspectos pedagógicos referentes a Educação Indígena e Diversidade Cultural. UNIDADE II: GÊNERO, ETNIA E IDENTIDADE CULTURAL NO COTIDIANO ESCOLAR “Época triste a nossa em que é mais fácil dividir o átomo que quebrar preconceitos. (Albert Einstein)”. Para Grossi (2005), Gênero – é um conjunto de representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexos; construção social do masculino e feminino. Ainda segundo a autora, Gênero é uma construção cultural, processado na educação formal e informal de homens e mulheres, contrariamente do senso comum, a qual compreende que biologicamente o sexo, por si só, determina os comportamentos masculinos e femininos (GROSSI,2005). Louro (1997) afirma que não é nenhuma novidade que currículos, metodologias de ensino, linguagens e processos de avaliação sejam campos das diferenças de gênero, de sexualidade, de etnias, de classe e que, portanto, precisam ser questionados. Deve-se observar que nos arranjos escolares estão presentes as múltiplas e complicadas combinações de gênero, sexualidade, classe, raça, etnia, e que nós mesmos/as estamos envolvidas/os nessas relações de poder, as quais teremos que questionar. EDUCAÇÃO PARA OS POVOS INDÍGENAS A Lei 11.645/08 obrigou a inclusão do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e indígena na LDB. Antes da lei, apenas as escolas indígenas abordam a história e a cultura desse povo. Por que a História e a cultura dos Povos Indígenas são pouco trabalhadas nas nossas escolas? Na história do ensino do Brasil, a visão eurocêntrica predomina, colocando como exemplo de “civilização” os padrões da sociedade europeia e considerando qualquer outro modo de vida como estando aquém de uma sociedade dita civilizada. HISTÓRIA, CULTURAS INDÍGENAS E A ESCOLA Que patrimônio de interculturalidade para dialogar com os povos indígenas a sociedade não indígena construiu a partir de suas escolas? (Bergamaschi, 2010) Quais ancestralidade(s) a sociedade não indígena reconhece como própria(s)? “Ancestralidade e saberes escolares enquanto a Grécia Antiga figura como „berço da civilização‟ nos livros didáticos, os saberes, os conhecimentos e os valores que dizem respeito à ancestralidade africana e à indígena ficaram relegados, apagados, entulhados, pois contradizem a ideia de civilidade que a escola ensina”. A despeito desses avanços visualizados no âmbito da legislação e da produção historiográfica, permanecem desafios no sentido de subsidiar de modo aprofundado e consistente as práticas socioculturais e educacionais em curso na sociedade brasileira. (...) cabem aos profissionais da História a produção e disseminação de conhecimentos históricos que possibilitem tratar a História e cultura dos povos indígenas e dos afrodescendentes resguardando as devidas características e especificidades. PNDL 2012 – História – Ensino Médio (p.21) EDUCAÇÃO E DIVERSIDADES Não bastarão leis, se não houver a transformação de mentalidades e práticas. Escola educação de qualidade educação cidadã educação que valorize a diversidade “É no ambiente escolar que os/as estudantes podem construir suas identidades individuais e de grupo, podem exercitar o direito e o respeito à diferença.” MARIA DAGUIA (2014). “A diversidade está presente em cada entrelinha, em cada imagem, em cada dado, nas diferentes áreas do conhecimento, valorizando-a ou negando-a. É no ambiente escolar que as diversidades podem ser respeitadas ou negadas.” MARIA DAGUIA (2014). “A diversidade, devidamente reconhecida, é um recurso social dotado de alta potencialidade pedagógica e libertadora. A sua valorização é indispensável para o desenvolvimento e a inclusão de todos os indivíduos. Políticas socioeducacionais e práticas pedagógicas inclusivas, voltadas a garantir a permanência, a formação de qualidade, a igualdade de oportunidades e o reconhecimento das diversas orientações sexuais e identidades de gênero e étnico-raciais, contribuem para a melhoria do contexto educacional e apresentam um potencial transformador que ultrapassa os limites da escola, em favor da consolidação da democracia” (Texto-base da Conferência Nacional de LGBT – Direitos Humanos e Políticas Públicas: o caminho para garantir a cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, p. 19, 2008) EDUCAÇÃO INCLUSIVA Em atenção ao movimento mundial de inclusão, que enfatiza a necessidade de alcançarmos uma educação para todos (as), centrada no respeito e valorização das diferenças e que atualmente possibilita que segmentos historicamente excluídos tenham pela educação a oportunidade de conquistar uma vida digna. “A educação inclusiva pressupõe a formação docente e a organização das escolas para garantia do direito de todos (as) à educação”. A promoção de uma educação inclusiva, voltada para os direitos humanos e o reconhecimento da diversidade, é indispensável para garantir um desenvolvimento com justiça social e o pleno exercício da cidadania. Para a construção desse modelo democrático de educação e de sociedade, é fundamental assegurar a todas as pessoas uma educação de qualidade, pluralista e emancipatória. No universo escolar é que meninas e meninos, negros(as), indígenas, homossexuais e heterossexuais vão construindo sua auto imagem, interiorizando padrões de conduta discriminatória difíceis de serem modificados posteriormente. Fonte da imagem: https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk03waRwuvh_tKyChfGbUuw- EIVeCQw%3A1614838293032&ei=FXpAYKPKAeCYwbkPrvK8kA4&q=fotos+e+imagens+de+meninos+negros+e+indigenas&oq=fotos+e+imagens+de+meni nos+negros+e+indigenas &gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAM6BwgAEEcQsANQuU5Y1Fpg_2VoAXACeACAAcwDiAGcGZIBBzItOC4yLjGYAQCgAQGqAQdnd3Mtd2l6yAEIwAEB&sclient=gws- wiz&ved=0ahUKEwjjqM22_ZXvAhVgTDABHS45D-IQ4dUDCA0&uact=5 E a escola tem grande responsabilidade no processo de formação de futuros cidadãos e cidadãs ao desnaturalizar e desconstruir as diferenças de gênero, de raça, etnia, religião, orientação sexual, questionando as desigualdades daí decorrentes. Fonte da imagem: https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk03waRwuvh_tKyChfGbUuw- EIVeCQw%3A1614838293032&ei=FXpAYKPKAeCYwbkPrvK8kA4&q=fotos+e+imagens+de+meninos+negros+e+indigenas&oq=fotos+e+imagens+de+meninos+negros+e+indigenas &gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAM6BwgAEEcQsANQuU5Y1Fpg_2VoAXACeACAAcwDiAGcGZIBBzItOC4yLjGYAQCgAQGqAQdnd3Mtd2l6yAEIwAEB&sclient=gws - wiz&ved=0ahUKEwjjqM22_ZXvAhVgTDABHS45D-IQ4dUDCA0&uact=5 Ações para igualdade na educação, visando a construção da autonomia de mulheres e homens na sociedade brasileira devem ter como referência: Formação inicial e continuada de gestores e gestoras, de educadores e educadoras nas temáticas de gênero, relações étnico-raciais, sexualidade e orientação sexual. Formulação e implementação de diretrizes curriculares e conteúdos em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. Desta forma Os desafios educativos para uma política educativa de Gênero de Educação e Diversidade Sexual preveem ações que considerem as relações de gênero e o respeito à diversidade sexual para que alunos/as exerçam sua sexualidade com prazer, responsabilidade, conhecimento e respeito para com seu próprio corpo e do/a outro/a. SUBTÓPICOS: Educação e diversidade cultural: os desafios da contemporaneidade Sucesso escolar e combate aos preconceitos: cultivando atitudes de respeito OBJETIVOS DA UNIDADE: Entender a Educação e diversidade cultural: os desafios da contemporaneidade, bem como o sucesso escolar e combate aos preconceitos: cultivando atitudes de respeito. UNIDADE III: SABERES CULTURAIS E PROCESSOS PEDAGÓGICOS: O ENFOQUE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA SABERES DOCENTES: O saber é um constructo social que se produz na racionalidade, é temporal e se desenvolve ao longo da carreira. O docente sempre está em processo de desenvolvimento profissional e pessoal. Cada sujeito é um e singular, devido aos contextos, às crenças, às concepções e opiniões diferentes. (Charlot, 2005). Para Tardif (2002), o saber “[...] não é uma substância ou um conteúdo fechado em si mesmo; ele se manifesta através de relações complexas entre o professor e seus alunos.” Nesse sentido, o saber é envolto pela relação com o outro, pois se estimula na relação entre os pares. De acordo com Tardif (2002) os saberes docentes não se reduzem à “função de transmissão dos conhecimentos já construídos”, mas sua ação integra os conhecimentos advindos da formação profissional, os disciplinares, curriculares e experienciais. SABERES DA CULTURA GERAL A cultura pode ser compreendida como um sistema de símbolos, assim como a linguagem, as produções artísticas e intelectuais que exercem uma forma de interação e comunicação entre as pessoas de um determinado grupo social. O professor necessita conhecer esta cultura geral e os contextos sociais em que estão inseridos para uma maior interação com os estudantes e seus pares, bem como para compreender o mundo e transformá-lo (GAUTHIER; TARDIF, 2010). Dente os referenciais para a formação de professores, reflexão sobre práticas e trabalho docente, destaca-se a constituição (1988), LDB9394/96, PNE (2014-2024) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC 2017), documentos que nos ajudam a compreender e ampliar alguns dos saberes pedagógicos que precisam ser dominados por qualquer professor, mesmo na educação superior. São consideradas as dimensões: Domínio curricular, Questões de natureza didática, Avaliação, Interação grupal, Relação professor-aluno e Conteúdos de ensino. “Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade” (NOVOA, 2010). “... A formação contínua deve estar finalizada nos “problemas a resolver”, e menos em “conteúdos a transmitir”, o que sugere a adopção de estratégias de formação ação organizacional. NÓVOA (2010)” Para Reflexão: O diálogo entre os saberes populares e o ensino interdisciplinar possibilitando novas alternativas de didáticas no ensino, e a mediação entre teoria e prática, o saber do senso comum e o científico. Transformar os saberes populares em discussões da escola e do currículo é um desafio da educação na contemporaneidade. SUBJETIVIDADE DOCENTE Visão mecanicista Visão sociológica CONCEPÇÕES / PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES 1.Visão cognitivista ou limitada à cognição ou representações mentais 2. Visão relacionada à histórias de vida, representações afetivas e existenciais 3. Visão social, etnometodologia, estudo da comunicação e interações sociais TARDIF (2002). 43 Principais desafios na organização de um currículo e de práticas interdisciplinares Fonte da imagem: https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk03waRwuvh_tKyChfGbUuw- EIVeCQw% 3A1614838293032&ei=FXpAYKPKAeCYwbkPrvK8kA4&q=fotos+e+imagens+de+meninos+negros+e+indigenas&oq=fotos+e+imagens+de+meninos+negros+e+indigenas &gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAM6BwgAEEcQsANQuU5Y1Fpg_2VoAXACeACAAcwDiAGcGZIBBzItOC4yLjGYAQCgAQGqAQdnd3Mtd2l6yAEIwAEB&sclient=gws - wiz&ved=0ahUKEwjjqM22_ZXvAhVgTDABHS45D-IQ4dUDCA0&uact=5 44 • Embora já se tenha falado muito acerca da interdisciplinaridade, ainda não foi possível formalizar um conceito capaz de unir epistemólogos, filósofos e educadores em torno de um consenso. • No momento em que se constata, que a ciência ou algumas teorias científicas renunciaram às pretensões de totalidade e completude, vislumbra-se na abordagem interdisciplinar a possibilidade de um diálogo que aproxime os saberes específicos, oriundos dos diversos campos do conhecimento, em uma fala compreensível, audível aos diversos interlocutores (LUDKE, 2010). 45 • Aprendizado; • Atualização; • Criatividade; • Dedicação; • Disciplina; • Persistência; • Ousadia; • Superação; • Trabalho em equipe. PORTANTO ASSUMIR A INTERDISCIPLINARIDADE EM SALA EXIGE DISPONIBILIDADE PARA: O saber científico fundamenta o conhecimento, sua análise e a contextualização das informações adquiridas. É fundamental no processo de formação, que o profissional professor faça reflexões profundas sobre os saberes pedagógicos, tecnológicos, experienciais, científicas e profissionais, assumindo a responsabilidade de seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional (PIMENTA, 1999). REFERÊNCIAS. Bergamaschi, Maria Aparecida. Povos indígenas e ensino de história: a Lei Nº 11.645/2008 como caminho para a interculturalidade. In: Barroso, Vera Lúcia Maciel... [et al.]. Ensino de História: desafios contemporâneos. Porto Alegre: EST: Exclamação: ANPUH/RS, 2010. p. 151-166 BRASIL. Lei N. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira‖. Diário Oficial da União. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2003. Educação em Direitos Humanos. Diversidade e Discriminação. 2019. Disponível em: https://respeitarepreciso.org.br/wp-content/uploads/2019/10/diversidade-e- discriminacao.pdf Acesso em: 30 jan. 2021. ABRAMOWICZ. Anete. Trabalhando a diferença na educação infantil. São Paulo: Moderna, 2006. MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. 2. ed. rev. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. Guia de livros didáticos : PNLD 2012 : História. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2011. OBRIGADO! APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
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