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Introdução à Criatividade no Ambiente Organizacional - Unidade 2

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PROCESSO CRIATIVO
Professora:
Esp. Aline Cruz
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Gráfico Thayla Guimarães 
Qualidade Textual Érica Fernanda Ortega
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; CRUZ, Aline; 
 
 Introdução à Criatividade no Ambiente Organizacional . 
Aline Cruz; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 28 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Introdução à Criatividade. 2. Ambiente Organizacional. 3. 
EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 658
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| PROCESSO CRIATIVO: PREPARAÇÃO
10| PROCESSO CRIATIVO: INCUBAÇÃO
15| PROCESSO CRIATIVO: ILUMINAÇÃO
18| PROCESSO CRIATIVO: VERIFICAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Compreender as condições e os passos que orientam a preparação.
 • Observar os critérios para análise e ideação culminam na eficiência da fase 
de incubação.
 • Identificar sob quais circunstâncias a iluminação acontece.
 • Comprovar de que maneira os resultados são validados mediante a verificação.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Processo Criativo: Etapa Preparação
 • Processo Criativo: Etapa Incubação
 • Processo Criativo: Etapa Iluminação
 • Processo Criativo: Etapa Verificação
PROCESSO CRIATIVO
INTRODUÇÃO
introdução
Neste estudo, veremos como ocorrem as etapas do processo criativo clássico e 
faremos um traçado explicativo sobre o que, especificamente, os períodos de 
preparação, incubação, iluminação e verificação oferecem para que consiga-
mos chegar a uma ideia criativa.
No primeiro tópico, abordaremos a fase da preparação, cuja premissa é diag-
nosticar o contexto, as alternativas e os diferentes pontos de vista. Assim, para 
que o ponta pé inicial do processo criativo encontre condições para começar 
as investigações, fica a cargo do indivíduo combinar as pesquisas de materiais 
existentes com o exercício de imaginação e fantasia para reunir de maneira 
consistente, o repertório necessário para conduzir as análises e as práticas nas 
direções propostas.
Contudo, no segundo tópico vamos destacar a importância do período de 
incubação como forma de processar, selecionar e categorizar os dados a partir 
de períodos de meditação sobre o problema. No terceiro tópico, ao buscar 
assimilar o uso de tais métodos e técnicas, veremos como uma mente bem 
nutrida de informações vai preenchendo as lacunas com os componentes fun-
damentais para que a iluminação venha a surgir, e, por fim, discutiremos sobre 
os requisitos pertinentes à etapa final, em que ocorrerá a verificação da ideia e 
a análise dos resultados.
Pós-Universo 6
Processo Criativo: 
Preparação
O problema bem posto já está em parte resolvido.
John Dewey
Pós-Universo 7
Neste momento da nossa discussão, vamos tratar do processo criativo dividido em está-
gios, o que demonstra que a impressão de que as ideias poderiam brotar repentinamente, 
sem algum esforço prévio, não passa de uma dedução simplista e bastante superficial. 
Seguindo essa premissa para chegarmos ao tão almejado Eureka, é preciso combinar 
um conjunto de fatores responsáveis pelo surgimento das ideias criativas. Sobre essas 
etapas, vamos abordar o processo criativo clássico - desenvolvido por Graham Wallas em 
1926, cujo framework inclui as fases: Preparação; Incubação; Iluminação e Verificação.
Etapas do Processo de Preparação:
 • Coleta de Informação.
 • Análise Inicial.
 • Trabalho Consciente.
Framework: é uma abstração que une códigos comuns entre vários proje-
tos, provendo uma funcionalidade genérica.
Fonte: Wikipédia (2017, on-line)1.
saiba mais 
A preparação é o ponto de partida seja para geração de uma ideia, da iniciação de um 
projeto criador ou para a solução de um problema. É neste período que começam 
as buscas preliminares por informações e são feitas as relações e associações sobre 
os conteúdos existentes, entre outros aspectos que trataremos no decorrer do per-
curso. É, no entanto, o momento de abrir a mente e explorar as inúmeras alternativas 
que surgem à nossa frente. “O criador lê, anota, discute, indaga, coleciona, explora, 
propõe possíveis soluções e pondera suas forças e fraquezas” (KNELLER, 1976, p. 63).
 “
Fatos, teorias, conceitos, normas, informações, sentimentos e impressões são a 
matéria prima das novas ideias. E é disso que você precisa (OECH, 1987, p. 33).
A fase dedicada ao garimpo tem como requisito transitar por diferentes territórios, 
e os olhos curiosos vão deparando com um campo inesgotável para investigar – o 
que, ao mesmo tempo, fascina e aterroriza quem está a procura de achados raros 
para compor suas ideias. Como é possível encontrar referências em todos os lugares, 
Pós-Universo 8
é preciso ajustar a visão do “modo paisagem” para o “modo perceptivo”. Nessa tarefa, 
recomenda-se diversificar as fontes, analisar criteriosamente os dados e praticar a ob-
servação, mas, também, é hora de arregaçar as mangas e explorar.
Para Oech (1987), um explorador de ideias deve:
1. Estar aberto a novas experiências.
2. Percorrer caminhos diferentes.
3. Estar atento a diferentes pontos de informação.
4. Não subestimar o óbvio.
5. Registrar as ideias.
Contudo, a aventura da etapa de preparação referente ao processo não criativo não 
para por aí. Por isso que ao se expor a um novo desafio é preciso apreciar novos 
pontos de vista e ir tomando nota das informações. Para tanto, é preciso se entregar 
a uma atitude desprovida de julgamento precipitado, sem rigidez para abrir possibi-
lidades de combinações e propiciar espaço para que a imaginação e conhecimento 
intelectual e material se entrosem o suficiente e para contarmos com um banco de 
dados rico em volume, variedade e raridade.
 “
Entretanto, para que um produto criativo seja gerado conhecimento e técnica 
não são suficientes. É necessário que o indivíduo desenvolva, também, ha-
bilidades associadas à criatividade, tais como flexibilidade, originalidade, 
sensibilidade a problemas e imaginação (ALENCAR, 2003, p. 48).
Veja que essas práticas sem restrições não querem dizer que estaríamos cedendo ao 
improviso ou dando brecha para atitudes superficiais ou amadoras, pelo contrário, 
demonstra que estamos desenvolvendo uma habilidade que permite desembaçar 
um olhar acostumado a enxergar apenas, mais do mesmo. Logo, quem convive em 
uma atmosfera sem mudanças de ângulos, recebe os mesmos estímulos e gera re-
sultados semelhantes, pois não há milagres em se tratando de criatividade.
 “
Muita gente não parte para explorar – por vários motivos. Um deles é que 
é fácil se deixar atolar nas rotinas do cotidiano. Na verdade, quebrar a rotina 
exige esforço. Mas, se você não se empenhar, ficará trancafiado num mesmo 
lugar, incapaz de descobrir algo novo (OECH, 1987, p. 60).
Pós-Universo 9
Todo resultado final, precede um esboço que carece que sejam coletadas referên-
cias para que as comparações com as invenções existentes sejam realizadas, ou que 
as inspirações na natureza sejam vistas. Há que se admitir: são momentos muitas 
vezes angustiantes, mas compensadores quando se percebe a evolução rumo ao 
encontro de novas ideias. É comum que na etapa de preparaçãoo fato de investigar 
o problema em detalhes, o fenômeno de Baader Meinhof se faça presente, fazendo 
com que nossa atenção se torne seletiva para o foco pesquisado e assim passamos a 
ver o assunto a cada esquina, artigo, conversa – como uma espécie de coincidência.
 “
O pensamento criador melhora se relacionarmos o novo fato, com o antigo e 
todos os fatos entre si. É por isso que, além de procurar novos fatos, precisa-
mos da análise para descobrir relações. Por exemplo, procurando semelhanças, 
podemos descobrir um fator comum que sirva de princípio, a fim de nos 
guiar no pensamento criador (OSBORN, 1987, p. 126).
Figura 1 - Rascunhos da Máquina Voadora de Leonardo da Vinci
Da Vinci, por exemplo, como vemos na Figura 1, foi um dos inventores que criaram 
soluções baseadas na dinâmica dos animais – neste caso, o inventor se inspirou no 
voo dos pássaros para conceber o que mais tarde viria a ser um paraquedas e o he-
licóptero. Pode-se dizer, então, que a etapa de preparação no processo criativo tem 
a função de ir reunir pistas para ir tornando o estranho em algo possível e familiar.
Pós-Universo 10
Processo Criativo: 
Incubação
Quando nos afastamos as sementes continuam a germinar.
Oech
Pós-Universo 11
Durante a fase de preparação, nós nos abarrotamos de informações, como forma de 
reunir conteúdo vasto o suficiente para ajudar a mente a desabrochar ideias. Para isso, 
definimos o problema, fazemos as pesquisas preliminares, realizamos inúmeras com-
parações e combinações e, por fim, formulamos diversas perguntas – afinal, para dar 
sequência ao trabalho, é preciso razoavelmente ir respondendo o “por que” e o “como” 
fazer. Por isso, na fase inicial, não se deve economizar na exploração do problema. 
Uma vez especificado o problema de forma clara, o direcionamento tende a seguir 
progredindo. Ao ter noção do por que fazer, o como fazer vai se delineando à medida 
que são inseridas novas combinações que surgem a partir de perguntas-chave: como 
dar melhor aparência? Como oferecer por um preço menor? Como tornar mais fácil 
de usar? Como cobrar mais caro? Como tornar mais leve? Como fazê-lo mais seguro?
 “
A boa prospecção exige espírito aberto e exposição ampla, e deve aprofun-
dar-se mais do que simples tateando. Teremos de mergulhar no “como” e no 
“porquê”. A simples contemplação de novo tipo de caneta tinteiro traz muito 
pouco material para nossa meditação. Entretanto, descobrindo como funcio-
na a caneta e qual o motivo de estarem comprando, podemos deparar com 
uma diretiva a imaginação transformará em ouro. A prospecção deve com-
preender também as tentativas inúteis porque se descobrem muitas vezes 
boas ideias pesquisando causas do fracasso (OSBORN, 1987, p. 122).
Assim, pouco a pouco vai sendo montado um esquema que vai guiando o caminho 
rumo ao encontro das respostas – lembrando que a primeira resposta quase nunca 
é a mais apropriada. Então, testar não é só válido como também obrigatório.
 “
O pensamento criador melhora se relacionarmos o novo fato, com o antigo e 
todos os fatos entre si. É por isso que, além de procurar novos fatos, precisa-
mos da análise para descobrir relações. Por exemplo, procurando semelhanças, 
podemos descobrir um fator comum que sirva de princípio, a fim de nos 
guiar no pensamento criador (OSBORN, 1987, p. 126).
É o momento de abarcar outros recursos e perspectivas da lei da contiguidade. É aí 
que podemos avaliar as sequências de informação, fazemos as devidas associações 
e consideramos os contrastes que as soluções atuais possuem em relação ao que 
pretendemos oferecer de novidade. É a oportunidade de elaborar muitas perguntas 
considerando as probabilidades mais atípicas, exóticas e até, aparentemente, inviáveis.
Pós-Universo 12
Esquema da Lei da Contiguidade:
 • Sequência
 • Associação
 • Contraste
Assim, a preparação é o momento de concentrar tempo e análise para detectar os 
indícios e perceber as chances de conexão para só depois relaxar e permitir que a 
incubação faça sua parte no processo criativo - deixar o problema descansar. Sim, 
neste período, é preciso reduzir o ritmo e confiar que todas as informações acumu-
ladas serão processadas de maneira que os dados úteis serão preservados e, o que 
não for, poderão ser excluídos. O cérebro vai percebendo os pontos fracos, fortes, as 
ameaças e oportunidades, vai realizando uma espécie de análise Swot.
Teoria da Contiguidade: indica que todo aprendizado é consequência de 
associação entre um determinado estímulo e a resposta. O autor defende 
que estímulos e respostas afetam padrões sensoriais-motores específicos. 
A teoria da Contiguidade destaca que a motivação tem o papel de criar 
um estado de excitamento que gera ação dos indivíduos. A teoria entende 
que recompensas ou punições não têm um papel significativo no aprendi-
zado, já que ocorrem depois que a associação entre estímulo e a resposta 
gerada. Segundo Guthrie o que é aprendido são movimentos e não com-
portamentos e sugere também, que o esquecimento ocorre em função de 
interferências e não do envelhecimento em si.
(Edwin Ray Guthrie)
reflita
SWOT: a análise é um método de planejamento estratégico e gestão que 
tem o intuito de determinar fatores específicos que contribuam para um 
diagnóstico claro e eficaz sobre determinado negócio. Por ser extrema-
mente útil, é conhecida e utilizada pela maioria dos empreendedores 
e administradores de empresas, dos mais jovens aos mais experientes. 
Fonte: http://www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-con-
ceito-e-aplicacao.html
saiba mais 
Pós-Universo 13
Etapas do Processo de Incubação:
 • Descanso.
 • Jogo Associativo Inconsciente.
 • Esquecimento de detalhes.
Esse é um momento decisivo em que as associações continuarão a acontecer, 
agora de forma inconsciente e os pontos vão se identificado e se conectando 
mais facilmente. E, como em um processo de catalogação, cada pasta vai ocu-
pando seu lugar para depois, ser acessada de maneira mais rápida, organizada 
e coerente.
 “
Depois de examinar minuciosamente todas as peças relevantes e forçar a 
mente ao máximo, você poderá deixar o problema “cozinhar em fogo brando”. 
Essa é a etapa da incubação, quando você digere aquilo que reuniu. Se a pre-
paração exige trabalho ativo, a incubação é mais passiva: boa parte do que 
acontece, fora da sua consciência atenta, no inconsciente. Como se diz, você 
“dorme sobre o problema” (GOLEMAN, 2003, p.15).
Veja que o mundo moderno envolto na sua concepção lógica, pelo excesso de 
ansiedade, distúrbios como a síndrome do pensamento acelerado, envolto em 
um ritmo frenético e automático não costuma dar crédito para dois fatores fun-
damentais para a incubação: o exercício do devaneio e da intuição, porém, para 
e pense! Tratando especificamente da intuição, quando enfrentamos um dilema 
qualquer, ao confiar na intuição, estamos permitindo que as conexões neurais re-
corram ao conhecimento armazenado no nosso inconsciente, para nos conduzir 
a uma resposta válida. Não é tão misterioso quanto parece. É como quando con-
seguimos navegar em um site mesmo que nós nunca tenhamos visto antes. O 
site intuitivo, na verdade, agrupou uma estrutura de distribuição de elementos 
que nos é familiar e portanto, facilita o reconhecimento dos caminhos a percorrer.
Pós-Universo 14
Síndrome do pensamento Acelerado: um mal que hoje provavelmen-
te atinge mais de 80% dos indivíduos de todas as idades. Especialmente 
quem tem atividade intelectual intensa. Ser gestor da psique é saber 
filtrar estímulos estressantes, fazer a higiene psíquica, reciclar pensa-
mentos, reeditar o filme do inconsciente e construir janelas paralelas 
para superar nossos conflitos. O Eu representa nossa autoconsciência, 
a consciência da essência humana (o que somos), da nossa identidade 
(quem somos), do nosso papel social (o que fazemos), da nossa locali-
zação no tempo e espaço (onde estamos). Para evitar este mal: evite o 
excesso de informações;critique os estímulos visuais e sonoros; não se 
torne escravo da tecnologia; diminua o ritmo e cuidado com a compe-
tição predatória.
Fonte: Escola da Inteligência ([2017], on-line)2.
reflita
Assim, fica mais fácil assimilar a importância desses aspectos subjetivos se considerar-
mos que apenas 1% do que temos depositado no inconsciente chega ao consciente 
– isso comprova que temos um depósito repleto de conteúdo da melhor qualidade 
à nossa disposição, só não está acessível a qualquer hora, é preciso induzí-lo, meditar 
no problema por meio da incubação.
Desse modo, quando nos livramos da pressão exaustiva de pensar no pro-
blema, nossa mente vai estabelecendo as conexões adequadas que destravam o 
acesso às respostas armazenadas nesses arquivos, para isso, como vimos aqui, é 
preciso garantir condições não só para gerá-las como para localizá-las. Então, me 
diga uma coisa: quantas vezes tentou achar algo quando estava com pressa ou 
estressado? Na maioria das vezes, só encontrou quando não esperava mais, não 
é? Já parou para pensar por que isso acontece? Simples! Ao interrompemos a ace-
leração do cérebro, a urgência e a lógica excessiva, as coisas vão se encaixando. E 
isso só reforça que não à toa as ideias ou as lembranças aparecem nas horas mais 
inusitadas, seja durante o banho, enquanto dirigimos, caminhamos ou depois de 
tirarmos um cochilo.
Pós-Universo 15
Processo Criativo: 
Iluminação
Penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar,mergulho 
em profundo silêncio e eis quea verdade se me revela.
Albert Einsten.
Pós-Universo 16
A incubação é um período que ao se afastar do problema permitimos que o in-
consciente processe todas as informações que estão na superfície consciente, mas, 
sobretudo, as que estão alojadas no porão do inconsciente e, assim, podem realizar 
as devidas associações, combinações e eliminações.
Em função da mente trabalhar com mais liberdade, durante a incubação o pro-
cesso criativo acontece de maneira eficiente quanto a guardar, recuperar ou descartar 
os dados de acordo com o que, de fato, nos interessa para chegar a melhor alterna-
tiva de resposta – a esse momento chamamos de iluminação.
Etapas do Processo de Iluminação:
 • Experiência do Eureka
 • Surge a Ideia
A iluminação se configura como o produto final do processo criativo. É a desco-
berta da ideia em si. O insight que tanto se esperava para resolver o problema 
em questão – o Eureka.
 “
Com sorte, a imersão e o devaneio conduzem à iluminação, quando, de 
repente, a resposta surge como que do nada. É a fase que em geral merece 
toda a glória e atenção. É o momento longamente desejado e ardentemen-
te perseguido, a sensação do “É isto!” (GOLEMAN, 2013, p. 18).
Em seguida, o processo criativo passa para sua fase mais próxima do tangível. Até 
aqui muito tempo e esforço foram empregados na definição do problema, na pre-
paração, nas inúmeras dúvidas e possibilidades de abordagens, sem contar nas 
frustrações que fazem parte de cada uma das escolhas para, então, na etapa de 
incubação, ser possível deixar o problema de molho para que, na sequência, a ilu-
minação venha acontecer.
Desse modo, fica ainda mais evidente que não se trata de dom, centelha divina 
ou qualquer coisa parecida. É, talvez, o maior agrupamento de elementos e des-
dobramentos subjetivos e práticos em um processo simultâneo de que se tem 
conhecimento, mas para tanto foram investidos esforço, trabalho árduo e depois, 
com um intervalo, as peças vão se juntando até formar uma imagem, um impulso, 
uma solução. Acompanhe o que Mozart revela de seus instantes de iluminação:
Pós-Universo 17
 “
Quando eu sou completamente eu mesmo e estou inteiramente só e de 
bom humor – digamos, viajando em uma carruagem, dando uma caminha-
da após uma boa refeição, ou durante a noite quando não consigo dormir -, 
é em tais situações que minhas ideias fluem melhor e com mais abundância. 
De onde e como elas vêm, eu não sei; nem posso forçá-las (MOZART apud 
OECH, 1987, p. 55).
Normalmente, em um ritmo de trabalho intenso, vamos ficando exaustos até que 
se esgotam as possibilidades de gerar ideias. A essa altura, é comum que as pessoas 
apresentem certa irritabilidade, mas que, mesmo assim, insistam em terminar o que 
começaram. E aí está a falha. Não há tempo hábil para reiniciar o processo, perceber 
as lacunas. A sobrecarga não permite que as ondas neurais responsáveis pela atenção, 
pela pesquisa, pelo relaxamento, pelo sono profundo ou pelo insight se sintonizem. 
Caso a pausa fosse respeitada, o que estava difícil de encontrar, simplesmente emer-
giria com passe de mágica.
 “
O sono acima de tudo tende a facilitar a iluminação, por isso, que promove a 
nossa faculdade de associação, tanto quanto torna a carregar energia mental 
(OSBORN, p. 141, 1987).
De imediato, constatamos que, para artistas, cientistas, gestores ou para qual-
quer outra ocupação que uma pessoa venha a ter, para obter êxito na geração 
de ideias, tão importante quanto pensar e agir com intensidade, é suspender as 
atividades por um tempo e deixar que as ideias fluam. Com isso, deve entender 
que descansar também faz parte do trabalho e interfere diretamente no resul-
tado que se busca alcançar.
Pós-Universo 18
Processo Criativo: 
Verificação
O que foi elaborado em uma fase de arbor deve ser agora criti-
camente examinado, aperfeiçoado, ampliado, condensado.
Tchaikovsky
Pós-Universo 19
Seguindo a metodologia proposta pelo modelo de processo criativo para geração 
de ideias e solução de problemas, depois de passada a etapa de preparação, in-
cubação, iluminação, é o momento de validação e esse momento é decisivo 
– pois é nele que realmente avaliamos se a ideia de fato é útil e se será viável 
aplicá-la. A fase da verificação é uma etapa em que avaliação, redefinição e de-
senvolvimento estão em pauta (LUBART, 2007).
Etapas do Processo de Verificação:
 • Exame Crítico da ideia
 • Conclusão dos detalhes
Os wicked problems estão por toda parte. Por inúmeros fatores os problemas 
complexos, mal estruturados e incompletos produzem uma tensão que gera 
ainda mais desafios e dificuldades a serem contornadas. Nesse caso, deve-se 
conferir se o uso da criatividade se expressa realmente, como ferramenta para 
solução de problemas.
Bom, como vimos até aqui, a criatividade é algo construído e ideias inovadoras 
exigem pensamento não convencional. Por isso, o pensamento criador precisa for-
mular questões que fujam do óbvio e, nessa direção, é válido ouvir o que as pessoas 
dizem sobre o problema, suas expectativas e necessidades. É na observação que 
pensamento germinativo se funde ao pensamento concreto para identificar uma 
solução com a proposta mais completa e viável.
 “
Após o período de produção da ideia, é importante testá-la. O objetivo é 
verificar a validade e a utilidade da solução proposta. Nessa etapa, o in-
divíduo pode, ainda, refinar a ideia gerada. Nesse sentido, é necessário 
que o criador examine a ideia e decida sobre o melhor momento de co-
locá-la em prática (ALENCAR, 2003, p. 55).
Pós-Universo 20
Wicked Problems: são problemas incompletos, contraditórios e com re-
quisitos mutáveis; as soluções para eles são frequentemente difíceis de 
reconhecer por conta de sua interdependência. Foi conceitualmente su-
gerido por Horst Rittel, um pioneiro do design e professor da Universidade 
da Califórnia.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wicked_problem
saiba mais 
Nesse âmbito, a interpretação dos dados gera uma definição de ponto de vista que 
sintetiza o problema central, que dá os encaminhamentos para a ideação, e os pontos 
fortes são destacados e as alternativas menos convencionais são extraídas e avaliadas.
Para Alencar (2003), os aspectos que devem ser avaliados durante a Etapa de 
verificação são:
 • Motivação intrínseca é um fator importante.
 • As etapas do processo não ocorrem na sequência linear e de maneira sis-
temática e organizada do começo ao fim.• No decorrer deste processo, observa-se a conjugação de aspectos cogni-
tivos e afetivos.
 • Bagagem de conhecimentos sobre a área investigada é essencial para o 
desenvolvido e para a implantação de novas ideias.
 • Estratégias metacognitivas, como monitoramento e avaliação, são utiliza-
das em diferentes momentos do processo.
 • Condições favoráveis à criação, como disponibilidade de tempo e de recur-
sos, devem ser levadas em consideração no processo criativo.
E essa é uma etapa que dá ênfase à qualidade das ideias, mas também dos processos. 
Os resultados só são possíveis quando as definições dos objetivos das etapas de pre-
paração, incubação e iluminação são praticáveis efetivamente. Para isso, a criatividade 
deve ser encarada como elemento chave e estratégico. E por falar em verificação, é 
chegada a hora de testar.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horst_Rittel
Pós-Universo 21
O conceito de MVP – mínimo produto viável – é a versão básica para a exposi-
ção da ideia ou do projeto. Por meio de protótipos físicos ou visuais, podemos, então, 
experimentar a aceitação dando espaço para o pensamento concreto julgar se o que 
temos, literalmente, em mãos, tem chances de funcionar.
A partir disso, abre-se espaço para, quando necessário, reestruturar a ideia ou 
parte-se para a implementação propriamente dita. Assim, podemos entender que 
o processo criativo precisa acontecer em uma lógica flexível para que as etapas 
possam ser revisitadas e o trabalho possa ser compatibilizado, aperfeiçoado e posto 
em prática com qualidade merecida e necessária.
MVP: produto viável mínimo. Em empreendedorismo, principalmente no 
contexto de startups, um produto viável mínimo (MVP, de Minimum Viable 
Product) é a versão mais simples de um produto que pode ser lançada com 
uma quantidade mínima de esforço e desenvolvimento.
Fonte: Wikipédia (2016, on-line)3.
saiba mais 
atividades de estudo
1. Para chegar ao tão almejado Eureka, é preciso combinar um conjunto de fatores 
responsáveis pelo surgimento das ideias criativas. Sobre essas etapas, referente ao 
processo criativo clássico. Assinale a alternativa correta em relação ao frame-
work - desenvolvido por Graham Wallas (1926).
a) O Processo Criativo Clássico inclui as fases de Preparação; Incubação; Iluminação 
e Ideação.
b) O Processo Criativo Clássico inclui as fases de Preparação; Incubação; Iluminação 
e Verificação.
c) O Processo Criativo Clássico inclui as fases de Modo Paisagem; Modo Perceptivo; 
Iluminação e Verificação.
d) O Processo Criativo Clássico inclui as fases de Preparação; Brainstorming; Baader 
Meinhof e Verificação.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
2. O período de investigação do problema é a oportunidade de elaborar muitas per-
guntas considerando as probabilidades mais atípicas, exóticas e até, aparentemente, 
inviáveis. Entre outros recursos utilizados, o processo criativo é a lei da conti-
guidade. Sobre as etapas desta lei, assinale a resposta correta.
a) Sequência, Associação e Contraste.
b) Verificação, Associação e Sequência.
c) Incubação, Contraste e Verificação.
d) Sequência, Associação e Verificação.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
atividades de estudo
3. De acordo com Mozart (apud OECH, 1987), “Quando eu sou completamente eu 
mesmo e estou inteiramente só e de bom humor – digamos, viajando em uma car-
ruagem, dando uma caminhada após uma boa refeição, ou durante a noite quando 
não consigo dormir -, é em tais situações que minhas ideias fluem melhor e com 
mais abundância. De onde e como elas vêm, eu não sei; nem posso forçá-las”. Com 
base nessa citação do autor, marque a alternativa correta de qual etapa do 
processo criativo ela melhor representa:
a) Etapa de Preparação.
b) Etapa de Verificação.
c) Etapa de Incubação.
d) Etapa de Iluminação.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
resumo
No desenrolar deste estudo, compreendemos como ocorrem as etapas do processo criati-
vo clássico cunhado por Graham Wallas, da preparação à verificação das ideias. No primeiro 
tópico, observamos as condições e os passos que orientam a preparação a importância 
da pesquisa, mas também da imaginação para, de fato, preparar o terreno para as demais 
etapas que virão.
Nesse sentido, ficou mais simples compreender a dinâmica e os critérios para análise e para 
ideação dos eventos psíquicos que culminam na eficiência da fase de incubação. Ficou 
nítido, também, a relevância de destinar tempo para que o problema amadureça para que 
novas respostas venham à tona. Diferente do que o senso comum propõe, não é perda 
de tempo tratar o ócio como parte do processo. Afinal de contas, toda máquina precisa 
de pausas para reiniciar o processo de desempenho de seus componentes – com nosso 
cérebro não poderia ser diferente.
A partir disso, no terceiro tópico identificamos sob quais circunstâncias a iluminação encon-
tra meios para acontecer, em geral nas situações mais inusitadas e inesperadas justamente 
pela incubação ter conseguido conduzir bem o processo. Notamos, por fim, que mediante 
a verificação estabelecida de maneira criteriosa e responsável, podemos ponderar a ideia 
proposta, no sentido de experimentar, testar, ajustar ou comprovar de que maneira os re-
sultados podem ser validados e a solução ser efetivamente aplicada.
material complementar
The Art of Thought
Autor: Graham Wallas
Editora: Solis Press
Sinopse: Sinopse: Graham Wallas (1858-1932) foi um psicólogo social e 
educacional que ajudou a fundar a London School of Economics. Esta 
edição baseia-se na primeira edição de 1926 e foi totalmente reiniciada 
em novo tipo. Wallas é claramente corajoso, tolerante, profundamente 
observador e amplamente experiente em assuntos sociais. Ele apresenta o processo criativo 
clássico composto pelas etapas de preparação, incubação, iluminação e verificação.
Divergente
Ano: 2016
Sinopse: a sociedade do futuro se divide em cinco facções. Beatrice 
cresceu na Abnegação, mas o teste por que passam todos os jovens 
aos 16 anos determina a que grupo querem se unir, revelando que ela é 
uma divergente. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família 
ou ser quem ela realmente é.
Na Web
Austin Kleon é autor do livro Roube como um Artista (da Editora Rocco, 2013) e fala sobre cria-
tividade como poucos, de forma prática, leve e bastante útil. Vale a pena passar pelo seu blog.
Disponível em: http://austinkleon.com/.
referências
ALENCAR, Eunice Soriano de; FLEITH, Denise de Sousa. Criatividade: Múltiplas perspecti-
vas. Brasília: Universidade de Brasília, 2003.
GOLEMAN, Daniel. O Espírito Criativo. São Paulo: Editora Pensamento – Cultrix, 2013.
KNELLER, George. Arte e Ciência da Criatividade São Paulo: IBRASA, 1976.
LUBART, Toddy. Psicologia da Criatividade. Porto Alegre, Artmed, 2007.
OECH, Roger Von. Um chute na Rotina: Os papéis do processo criativo. São Paulo: Cultura 
Editores Associados, 1987.
OSBORN, Alex F. O Poder Criador da Mente: Princípios e processos do pensamento criador 
e do “Brainstorming”. São Paulo, 1987.
Referências on-line
1Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Framework>. Acesso em: 25 ago. 2017.
2Em: <https://escoladainteligencia.com.br/dica-ei-a-sindrome-do-pensamento-acelera-
do/>. Acesso em: 12 set. 2017.
3 Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_vi%C3%A1vel_m%C3%ADnimo>. Acesso em: 
28 ago. 2017.
resolução de exercícios
1. b) O Processo Criativo Clássico inclui as fases de Preparação; Incubação; Iluminação 
e Verificação.
2. a) Sequência, Associação e Contraste.
3. d) Etapa de Iluminação.
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	Processo Criativo: Preparação
	Processo Criativo: Incubação
	Processo Criativo: Iluminação
	Processo Criativo: Verificação

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