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Tics semana 7 - III

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SEMANA 7
TIC’S
TIC’S
Pergunta: Quais as diferenças, do ponto de vista clínico, das úlceras de membro inferior de origem ARTERIAL e VENOSA?
Aluno (a): Maria Luiza da Silva Bertoldo
Turma: T9
Resposta: 
Lesões ulceradas em membros inferiores podem apresentar diversas etiologias, podendo ocorrer em pacientes com diabetes, insuficiência venosa, insuficiência arterial ou por contato prolongado com superfície rígida.
As lesões venosas ulceradas acometem mais frequentemente os indivíduos entre 60 e 80 anos, além de terem maior predomínio entre as mulheres, atingindo a proporção de 1,5:1 até 10:1. 
Com relação aos achados clínicos as ulceras venosas de forma clássica são encontradas na “gaiter área”, região compreendida entre o tornozelo e a metade da panturrilha, e a porção medial da pena, acima do maléolo medial. As úlceras venosas podem ser únicas ou múltiplas, com diversas variações de tamanho, tendendo a serem irregulares e rasas, raramente atingindo músculos, fáscia e ossos. 
Entre os vários achados clínicos, edema em membros inferiores frequentemente está presente, apresentando piora no final do dia e melhora com a elevação do membro. Outro achado importante nos pacientes com ulceras venosas é a hiperpigmentação nos membros inferiores, já que há o extravasamento de eritrócitos para a pele, resultando um depósito de hemosiderina nos macrófagos, estimulando a produção de melanina e pigmentação marrom na pele. Além disso, outra alteração presente nesses pacientes e que normalmente precede a ulcera venosa é a lipodermatoesclerose. Esta, trata-se de uma fibrose crônica da derme e do subcutâneo, ocasionando uma pele firme e endurecida. Em estágios mais tardios, a perna apresenta edema na porção proximal e constrição na distal, devido a fibrose e a perda da gordura subcutâneo.
Convém citar que este tipo de úlcera tem um desenvolvimento rápido no início e que resulta de uma lesão que pode ser necrótica dando lugar a um tecido amarelado e fibroso dentro do qual podem ser observadas áreas de tecido de granulação de coloração avermelhada; bordas elevadas, mas raramente separadas; fundo plano e cianótico e em casos de úlcera de longa duração, costumam ser sem sinais de epidermização, a quantidade de exsudação é variável e depende da extensão do edema, o odor é nauseante sendo a infecção local uma ocorrência frequente, a dor manifestada é moderada, geralmente são únicas e circunscritas por um halo de celulite indurata.
A maiorias das úlceras venosas podem ser diagnosticadas clinicamente já que o paciente apresenta história prévia de problemas venosos tais como veias varicosas, tromboses, coagulopatia, história familiar, dor ou edema.
As úlceras arteriais ocorrem devido uma interrupção do fluxo arterial parcial e ou total, tendo como região mais frequente os dedos e os pés, pois neste local as artérias são únicas e distais, logo com menores chances do desenvolvimento de plena e satisfatória formação de vasos com finalidade colateral para atender a demanda celular local. Nas pernas as lesões aparecem geralmente relacionadas a traumatismos e pacientes diabéticos.
As úlceras arteriais exibem características tais como: profundidade variável, circundada por pele de coloração avermelhada ou cianótica, pouco exsudativa, quando presente geralmente a secreção é seropurulenta, o edema local é pequeno, com coloração de fundo pálida ou negra devido a necrose, pouco profunda, fétida, de difícil tratamento, estacionárias ou progressivas, de dimensões pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente dolorosas sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes, no qual o paciente tem uma percepção dolorosa prejudicada devido a neuropatia instalada. A área adjacente à pele geralmente é pálida quando não há indícios de inflamação onde se torna avermelhada e seca favorecendo assim a formação de fissuras que muitas vezes dão origem as lesões teciduais da pele.
A identificação das caracteristicas das ulceras com integralidade da pele prejudicada relacionadas à interrupção do fluxo venoso sanguíneo arterial e venoso, além de outras especificidades, é de extrema importancia. Diante disso, fica claro que o médico deve conhecer os criterios clínicos que diferenciam e especificam as ulcerasões a fim de realizar o dignóstico e tratemento adequado.
Referências 
ALDUNATE, Johnny Leandro Conduta Borda et al. Úlceras venosas em membros inferiores. Revista de Medicina, v. 89, n. 3-4, p. 158-163, 2010.
BERSUSA, Ana Aparecida Sanches; LAGES, Joyce Santos. Integridade da pele prejudicada: identificando e diferenciando uma úlcera arterial e uma venosa. Ciência, cuidado e saúde, v. 3, n. 1, p. 081-092, 2004.
GOMES, Filipe JP. Prevenção da recidiva da úlcera de perna de origem venosa: O significado atribuído pela pessoa portadora às medidas preventivas. 2020.

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