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FACULDADE DE MEDICINA SANTA MARCELINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOÉTICA E DEONTOLOGIA II 
PROFESSOR: JOÃO ROBERTO OBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LARISSA IRIGOYEN TEIXEIRA BARBOSA 
RGM: 11022010199 
TURMA 16 A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTUBRO 2021 
 
Filme “Para sempre Alice” 
 
O filme conta a história de Alice Howland, uma renomada professora de 
linguística, pesquisadora, mãe de três filhos adultos: Anne (advogada), 
Tommy (estudante de medicina) e Lídia (atriz). No ano em que a 
protagonista completou 50 anos começaram a acontecer acontecimentos 
estranhos, como por exemplo: durante uma apresentação em um congresso 
ela esqueceu como se falava uma palavra, outra situação foi quando estava 
correndo pelo campus onde trabalhava, ela se perdeu, esqueceu onde estava 
e o caminho que deveria fazer, esses eventos a levaram a procurar um 
neurologista em busca de entender o que estava acontecendo de errado. 
 
Alice descobriu que estava com Alzheimer precoce, uma condição genética 
que provavelmente herdou de seu pai, alcoólatra que morreu de insuficiência 
hepática e com quem ela não tinha muito contato. No início, a doença 
começa a afetar suas relações profissionais, principalmente em suas aulas, 
pois os alunos reclamam que a professora parece perdida, desinteressada e 
não ter conhecimento do que está lecionando, mas logo depois afeta o 
relacionamento com sua família (seu marido e três filhos). 
 
Bases principialísticas da Bioética: 
 
1. Princípio da Autonomia; 
2. Princípio da Beneficência: Ação; 
3. Princípio da Não-maleficência: Abstenção; 
4. Princípio da Privacidade; 
 
O princípio da autonomia parte como base, que o médico só pode tratar o 
paciente, desde que este esteja ciente e apto a aceitar tal tratamento, 
desenvolvendo de maneira eficaz e confiável, diálogos e entendimentos 
capazes de dar à relação profissional uma forma respeitosa e aceitável do 
ponto de vista médico, social e ético. No caso do filme, o médico passa por 
algumas situações desconfortáveis, por exemplo: 
• Tem seu diagnóstico médico questionado pelo marido da paciente, que 
se recusando a aceitar a situação, exige por exames complementares 
em busca de diagnósticos diferenciais e melhores prognósticos 
• Durante a realização do primeiro exame físico, o médico faz perguntas 
muito rápidas e ríspidas, não dando tempo para a paciente pensar antes 
de responder. Além disso, ele passou o possível diagnóstico antes da 
realização de exames para confirmar a suspeita. 
 
Outro princípio bioético é o da beneficência que tem como funções, não 
causar o mal e maximizar os benefícios possíveis, minimizando os danos. O 
médico tem o dever de agir no interesse do paciente, para dar-lhe o maior 
conforto possível ou o menor sofrimento ao seu mal. No caso do filme, o 
médico não deu nenhum medicamento, só lamentou pelo diagnóstico. Não 
indicou nenhum tratamento, não indicou uma terapia, grupos de apoio ou 
algo do gênero, também não ofereceu a família uma rede de apoio. Apenas 
quando ela foi convidada para dar uma palestra na sociedade de portadores 
de Alzheimer, ele incentivou afirmando que seria uma boa opção para ela 
voltar a fazer aquilo que ela tanto amava: comunicação. 
 
O princípio da não—maleficência implica em não causar um dano 
intencional ao paciente, o tratando como gostaria de ser tratado. Um bom 
exemplo no filme, é a forma como a filha Lídia tratava a mãe ao descobrir o 
diagnóstico, enquanto a filha mais velha (Anne) queria que tratassem a mãe 
como alguém debilitado, incapaz ou que demandava muitos cuidados, Lídia 
ajudava a mãe a lembrar das coisas, repetia quantas vezes fosse necessário e 
tinha muita paciência com Alice. Além disso, no início da doença, Alice 
grava um vídeo dando um roteiro para a “Alice do futuro” do que ela deveria 
fazer quando já não se lembrasse das respostas as perguntas que estavam no 
seu bloco de notas do celular, no caso era um vídeo com roteiro para tirar a 
própria vida, em que ela quase obteve sucesso mesmo sem saber o que estava 
fazendo. 
 
Por último, estudamos o princípio da privacidade que envolve as questões 
de anonimato, sigilo, afastamento ou solidão. Prioritariamente, o princípio 
da privacidade tem relação com o sigilo médico, tendo como base a relação 
de confiança, credibilidade e de intimidade que não permite a exposição da 
situação médica do paciente para pessoas não envolvidas ao tratamento ou 
até mesmo aos seus familiares, sem o seu consentimento, desde que não 
infrinja as exceções legais. Nesse caso, o médico insistiu para Alice levar um 
parente na próxima consulta quando afirmou que realmente suas suspeitas 
estavam certas, ela tinha Alzheimer precoce e nessas condições quem tinha 
que decidir se queria contar para a família ou não, era a própria Alice e não 
o médico. Outro exemplo, é no trabalho de Alice, em que ao ser questionada 
pelo reitor o que estava acontecendo para as suas aulas estarem recebendo 
tantos feedbacks negativos, ela conta que estava com Alzheimer precoce, 
mas que tentaria resolver a questão das suas alunas e que gostaria de 
continuar trabalhando até quando fosse possível. Contrariamente ao pedido 
dela, o chefe disse que infelizmente teria que contar para o conselho 
universitário sobre a situação e afastá-la das suas atividades, violando assim 
a privacidade da discente.

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