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CC VI OBJETIVOS DA AULA 1. Definir os traumatismos superficiais. 2. Tratamento dos traumatismos superficiais 3. Técnicas de fechamento das feridas traumáticas 4. Profilaxia do tétano. (V) A complicação mais comum dos traumas superficiais é a infecção do mesmo. (F) O agente causador do trauma superficial é somente físico (V) Feridas superficiais se estendem ate músculos (V) Feridas há mais de 8h se beneficiam de antibioticoprofilaxia (F) Um paciente teve uma queda de moto e escorregou pelo mato, com uma lesão corto contusa em perna. Nesse caso não há necessidade de explorar a ferida a procura de corpos estranhos. INTRODUÇÃO ■ Complicação mais comum: infecção (3,5 – 6,3% das lacerações); ■ Os corpos estranhos mais envolvidos neste tipo de situação são: vidros, terras. DEFINIÇÃO ■ É uma lesão tecidual causada por um agente vulnerante que, atuando sobre qualquer superficial corporal, de localização interna ou externa, promove uma alteração na fisiologia tissular, com ou sem solução de continuidade do plano afetado. ■ Os agentes podem ser: Físicos (mecânico, elétrico, irradiante e térmico). Químicos (ácidos ou álcalis) ANTIBIOTICOPRO FILAXIA INDICAÇÃO ■ “idade da ferida”: mãos/ pés >8horas; face >24horas, demais >12 horas; ■ Tecido desvitalizado ( esmagamento) ■ Contaminação extensa de difícil limpeza; ■ Mordeduras por mamíferos (incluindo homem); ■ Sítios anatômicos vulneráveis: cartilagem (orelha, nariz), tendão, osso, articulação; ■ Comorbidades: imunodepressão, DM, quimioterapia, corticoide ■ Presença de doença valvar ou implantes ortopédicos se feridas contaminadas; ■ Amputação ■ Lesões mutilantes ou complexas, especialmente em mãos e pés. 24 A 48 HORAS ■ Útil dse administrado até 4 horas após a lesão e desde que o ferimento tenha sido adequadamente limpo e desbridado. ■ Em ferimentos infectados a antibioticoterapia deve ser no mínimo por 7 dias. ■ Antibioticos: 1ª dose EV -> VO ■ Penicilinas (penicilina benzatina 1.200.000 UI IM) / Crianças: (50.000 UI/KG) ou cefalosporinas de 1ª geração (1g EV) ■ Manutenção: cefalexina ( 500mg VO 6/6h no adulto e dose correspondente na criança por 7 dias). CC VI Pouco beneficio após 4 horas, pq a contaminação é mt grande. Mas se o paciente chegou rápido ou foi ferimentos com faca, não tem necessidade. CORPO ESTRANHO Tem que saber o mecanismo do trauma, sempre pensar em corpo estranho. Ver se tem fratura associada ou não, se tem lesão tendínea ou de vasos ou não. Explorar depois da anestesia. Rx, US não consegue ver a maioria dos corpos estranhos, por isso tem que tirar antes de fechar. Só tira o corpo estranho (bala) se comprometer alguma articulação. ■ Explorar com pinça (kelly, dente de rato) ■ Cuidado com objetos cortantes ■ Queixa do paciente: sensação de corpo estranho, dor. ■ Exame físico: massa palpável, sinais flogísticos. 1- Joao, 23 anos, chega ao PS com lesão corto contusa em perna direita. Com relação ao caso clinico, responda: 1. O que deve ser questionado para esse paciente na anamnese? R: Qual foi o agente da lesão e como aconteceu e há quanto tempo, além de doenças crônicas prévias. PRECISAMOS SABER ■ Mecanismo da lesão ■ Tempo de ferimento (decorrido desde o sinistro ao atendimento na emergência) e idade do paciente. -> é o que vai definir se vai suturar ou não. ■ Status vacinal para o tétano. ■ Sintomas associados: sistêmicos, perda da função, corpo estranho. ■ Alergias medicamentosas ■ Comorbidades: relevante descartar: imunodepressão, DM, doença vascular periféricas, anemia, desnutrição, doenças do colágeno, tabagismo, etilismo; ■ Medicamentos de uso regular relevantes: corticoides, imunossupressores, quimioterápicos, anticoagulantes. 2. O que deve ser avaliado no exame físico? R: Aparência da lesão, prévia de infecção ou possível, bordas, e tem sangramento e se possível profundidade da lesão. EXAME FÍSICO ■ Profundidade da Lesão necessidade de sutura, lesão de vaso, tendão, musculatura. ■ Presença de corpos estranhos ■ Movimentos Lesão de tendão ■ Sinais de fratura ■ Sinais vitais (td depende do trauma) – se for politraumatizado é ABCDE ■ Tipo de ferimento (inciso, cortocontuso, contuso, puntiforme). ■ Contaminação; ■ Tamanho, formato, margens, profundidade, ■ Funcionalidade, principalmente se em extremidade. ■ Perfusão e sensibilidade, motricidade distais à lesão. ■ Após anestesia/limpeza: Observar a integridade de estruturas vasculares, nervosas, tendineas, articulares ou ósseas. Realizar palpação de planos profundos na busca de sinais de fraturas (espiculas ósseas, deformidades) e corpos estranhos. 3. Necessita de exames complementares? R: Não. Perda sanguínea importante Hb, Ht Sinais de fratura Rx No PS n faz mt exames complementares. 4. Qual antisséptico usaria? R: Aquoso Entre alcoolico, degermantes, aquoso, tópico: Se for clorexidina – aquoso Pvpi (iodopovidona)– tópico 5. Qual anestésico e qual a dose máxima usaria? R: 6. Qual fio escolheria? R: Categute simples. FIOS CC VI ■ FIO 6-0: face e áreas com importância estética ■ Fio 5-0: mao e dedos ■ Fio 4-0: extremidades proximais e tronco. ■ Fio 3-0: planta do pé e escalpo ■ Fio 2-0: couro cabeludo (áreas de tensão) 7. Qual ponto daria? R: Simples Porque vai dar certo, é mais fácil de tratar a infecção. Não pode dar intradermico por risco de infecção (perna), se der infecção e ter que tirar os pontos tem que tirar todos os pontos. Quanto mais perto um ponto do outro, mais feio vai ficar. Tem que olhar a lesão, se pode dar de 1 em 1 cm Nesse caso seria até bom fazer o desbridamento, porque tem uma parte com hipóxia. 8. Quais orientações daria para esse paciente? R: Limpeza adequada na região da sutura e retorno para avaliação da lesão. Não molhar ate 24. Molhar depois de pelo menos 24 horas. Lavar no banho com agua e sabão, secar. Pode orientar o paciente tirar o curativo e levar. Em 7 dias vai no hospital tirar os pontos. Se tiver febre, sair secreção voltar para o hospital. RETIRADA DOS PONTOS ■ Face: 4 dias ■ Demais: 7 dias ■ Áreas sob tensão: 10-15 dias ■ Infecção: retirada imediata. Paciente 45 anos, masculino, chega ao PS com história de ter cortado o dedo com uma faca enquanto cortava um doce de buriti. Refere que já tomou a vacina antitetânica, as 3 doses, mas não se recorda a data. Relata que a faca estava enferrujada. O evento foi há 30 minutos. Ao exame: ferida como demonstrada abaixo, com sangramento. Com relação ao caso clinico responda 1. O que deve ser procurado especificamente no exame físico desse paciente? Pedir pro paciente mexer os dedos para ver se não teve lesão de nervos, mandar pro ortopedista. Profundidade da lesão -> necessidade de sutura, lesão de vasos, tendão e musculatura. Movimento -> lesão de tendão. 2. Qual anestésico não poderia ser usado nessa sutura? Justifique. Com vasoconstrictor. Lesão de periferia 3. Qual a conduta em relação a profilaxia antitetânica? Paciente Masculino, 25 anos chega no OS para sutura de mordedura por cachorro. Refere que o cachorro é dele e que está vacinado, e que a mordedura ocorreu há 40 minutos, quando procurou o atendimento na UPA e a médica encaminhou para sutura. Ao exame: ferimento em face medial da coxa dirieta de 10 cm, profundo, atingido TCSC. Qual a conduta em relação ao caso? a) Suturar com intradérmico pois a chance de infecção é pequena b) Suturar com pontos simples pois tem chance de infecção c) Realizar pontos de aproximação (1-2 pontos), distantes de si e deixar cicatrizar por segunda intenção d) Limpar a ferida e explicar que não tem indicação de antibiótico. MORDEDURAS ■ Selesão grande pode aproximar para auxiliar na cicatrização, porem não pode ser totalmente fechado. ■ Mordida de cachorro sempre fazer antibiótico. 1. Limpar o ferimento com agua corrente abundante, sabão ou outro detergente. 2. Depois utilizar antissépticos que inativem o vírus da raiva, como polivinilpirrolidona-iodo (ex: povidine, digluconato de clorexidina, álcool-iodado). Esses produtos devem ser aplicados uma única vez. 3. O ferimento deve ser lavado com solução fisiológica. 4. O soro, se estiver indicado, dever ser infiltrado no ferimento uma hora antes da sutura. CC VI Nunca usar agua oxigenada dentro de ferida. ANTIBIOTICO ■ Mordedura: Amoxicilina + clavulanto 1g EV em dose de ataque, seguida de 500 mg VO 8/8 h OU Cefuroxim 500 mg VO 12/12horas + clindamicina 450 mg VO 8/8h Paciente 70 anos, com queda da própria altura, com ferimento corto contuso em região occipital. Com relação a condução do caso clínico assinale a alternativa correta: a) Não há necessidade de questionamento de vacinação anti tetânica pois a paciente é idosa b) Deve ser avaliada com ABCDE do trauma, principalmente para sinais de TCE c) Deve ser feito um RXx de crânio para avaliar lesão intraparenquimatosa d) A sutura está contra indicada se houver menos de 6h do tempo decorrido Rx não vê parênquima. Queda da própria altura -> TCE Perda de consciência + Vômitos. SUTURAR OU DEIXAR CICATRIZAR POR 2ª INTENÇÃO? ■ Tempo da lesão: 6-8 horas para a maioria das regiões do corpo 10 -12 horas para regiões de maior vascularização como face ou couro cabeludo ■ Tipo de lesão = puntiforme ■ Agente agressor = mordeduras, queimaduras. ■ Impossibilidade de aproximação das bordas ■ Ferimentos infectados ■ Lesões por pregos não devem ser suturados Qual a sequência correta na técnica de sutura em PS? a) Antissepsia, lavagem da ferida, anestesia e sutura b) Antissepsia, anestesia, lavagem da ferida e sutura c) Anestesia, antissepsia, lavagem da ferida e sutura d) Anestesia, lavagem da ferida, antissepsia e sutura TECNICA DE FECHAMENTO 1. Limpeza grosseira (com soro) 2. Antissepsia (clorexidina) 3. Anestesia (local) 4. Limpeza profunda (colocar pinça,dedo) 5. Sutura 6. Curativo LIMPEZA GROSSEIRA ■ Agua corrente ou soro fisiológico ■ Remoção de contaminantes e sangue coagulado ■ Agua oxigenada: somente para retirada de sangue encrostado. ANTISSEPSIA ■ Idealmente realizada da área da ferida para a periferia em movimentos circulates ■ Clorexidina aquosa ou polvidine tópico ANESTESIA LOCAL ■ Deve-se evitar o uso de anestésicos com vasoconstrictor, pois a isquemia local favorece a infecção. LIMPEZA PROFUNDA ■ Irrigação com soro fisiológico ■ Promove a diluição da carga bacteriana e sua remoção mecânica, assim como a hidratação dos tecidos lesados. ■ Técnica: seringa de 20 mL conectada a um cateter de 10 G, com instilação pulsátil de solução fisiológica 0,9% sobre a ferida; ■ Volume de irrigação: em media 50-100mL/cm de lesão (na pratica o suficiente para garantir a extração de todos os contaminantes e sujidades). ■ Explorar com pinça a procura de cacos de vidro, corpo estranho e terra. Estando de plantão na Unidade de Emergência você atende um paciente com ferimento cortocontuso no polegar direito com sangramento ativo. Diante da necessidade de sutura, qual a sequência CORRETA dos procedimentos a serem realizados? a) Antissepsia, anestesia sem vasoconstritor, sutura e curativo b) Anestesia sem vasoconstritor, antissepsia, sutura e curativo c) Anestesia com vasoconstritor, antissepsia, sutura e curativo d) Antissepsia, anestesia com vasoconstritor, sutura e curativo Um agricultor refere corte em perna esquerda com facão há 12 horas na fazenda. Refere que demorou devido a impossibilidade de transporte. Qual a conduta frente ao caso clinico? a) Sutura simples e curativo b) Sutura intradermica e curativo c) Não suturar pelo tempo decorrido e risco de infecção d) Não suturar pelo tempo decorrido e risco de deiscência. CC VI Um paciente chega ao PS com uma ferida linear, bordas regulares e pouco traumatizado. Qual o provável agente causador? a) Facão b) Gilete c) Prego d) Pedra FERIMENTO INCISO OU CORTANTE ■ Linear, com bordos regulares e pouco traumatizados, produzidos por instrumento cortante com fio muito aguçado (ex: giletes e bisturi). 2- Um paciente 25 anos, com lesão corto contusa em língua, necessita de sutura. Qual o fio e o ponto mais aconselháveis? Nenhum dos outros é absorvível a) Seda e sutura contínua b) Cate gute e sutura simples (lábio, língua, genitais) c) Prolene e sutura simples d) Nylon e sutura simples TRAUMATISMOS FECHADOS ■ Equimose e hematomas. – compressas geladas nos primeiros dias, pra vasoconstricção e diminuir sangramentos. ■ 3/ 4 dias depois compressas mornas para diminuir hematomas FERIMENTO PÉRFURA-CORTANTE ■ Lesão mista (ex: punhal, faca, canivete, espada, estilete, peixeira).
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