PCC PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DIDÁTICA

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
ANGELICA FLORENTINO SOBRINHO SALES
PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DIDÁTICA 
NITERÓI – RJ 2021
INTRODUÇÃO
A Didática é um elemento pedagógico imprescindível para a docência, seja ela em qualquer nível (​ensino básico ​ou​ superior​) ou modalidade (​presencial​ ou ​a distancia​).
Didática também pode ser entendida tanto como ciência quanto como arte do ensino (HAIDT, 2011). 
Muitos são os questionamentos e debates a respeito do papel da escola/ professor na educação, porém, é preciso vê-la além de somente transmitir conhecimentos aos alunos. Sendo a escola conhecida como “instituição do saber”, a mesma exerce uma enorme importância por toda a sociedade. Por tamanha importância que a mesma se faz jus, necessita-se olhar além do que os olhos podem ver e ensinar os alunos a pensarem sobre o mundo, a sociedade na qual estão inseridos e o mundo das diferenças/descriminações para dar subsídios aos alunos ao enfrentem essas adversidades da vida.
A escola necessita ser pensada como “preparação” para a vida, na função de preparar cidadãos do mundo. De acordo com Pérez Gómez (2000), a escola é um ambiente de aprendizagem, onde há grande pluralidade cultural, mas que direciona a construção de significados compartilhados entre o aluno e o professor.
As relações entre professor/aluno/conteúdo não são estáticas, mas dinâmicas, pois se trata da atividade de ensino como um processo coordenado de ações docentes. Freire (1987) em seu livro Pedagogia do Oprimido deixa-nos entender que a relação professor (opressor) e aluno (oprimido) ou vice-versa têm a finalidade de que a relação professor-aluno nesse processo de ensino-aprendizagem gira em torno da concepção da educação, tendo uma perspectiva de que quando todos se unirem na essência da educação como prática de liberdade, ambos abrirão novos horizontes culturais de acordo com a realidade e imaginação de todos os indivíduos, seguido das diferentes culturas de cada um.
O processo de construção do conhecimento, que considere tanto as experiências dos alunos como as dos professores inseridos, se faz necessária uma abordagem dos conteúdos, e para Anastasiou (2003) isso se dá através de um método dialético, a partir da reflexão e discussão conjunta, uma nova concepção ou forma de ação. Situações como processos de ensino que constituem mais um desafio para uma ação docente inovadora e comprometida, precisam buscar uma prática social complexa, que seja efetivada entre os sujeitos, professores e alunos, buscando o engloba mento tanto da ação de ensinar como de aprender. 
É importante considerar a relação entre professor/aluno junto ao clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir, discutir o nível de compreensão dos mesmos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles.
 Sendo assim, a participação dos alunos nas aulas é de suma importância, pois estará expressando seus conhecimentos, preocupações, interesses, desejos e vivências de movimento podendo assim, participar de forma ativa e crítica na construção e reconstrução de sua cultura de movimento e do grupo em que vive. (GÓMEZ, 2000).
    Abreu & Masseto (1990, p.115), afirmam que:
 É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.
Logo, o professor deixará de ser o “dono do saber” e passará a ser um orientador, alguém que acompanha e participa do processo de construção e das novas aprendizagens do aluno em seu processo de formação. 
 
1 – Questionário 
Como você agiria se estivesse no lugar do(a) Professor(a) da Charge e ao lançar esse conteúdo os alunos tivessem reações parecidas? Ou seja, você desconsideraria o conhecimento trazido pelos alunos?
Minha atuação seria diferente da apresentada, a interação e o conhecimento dos alunos é de extrema importância para a condução do aprendizado.
Na charge os alunos começam a se identificar e cada um falando com seu sotaque/ gírias do seu estado e a professora corta mudando de assunto, com isso ela não valoriza a cultura regional deles, e irá apresentar o conteúdo de forma não interativa.
Cabe a nós docentes, darmos o diferencial que a sala de aula deve ter, pois nós professores podemos incentivar a capacidade de criar, podemos auxiliar o aluno a pensar e a ver os fatos de forma a ter posição crítica sobre determinada situação. Existem coisas que os livros não ensinam, e acredito que é justamente nessas coisas que o professor deve atuar.
Cabe falar que hoje o professor não é detentor absoluto do saber, devemos trabalhar com toda criatividade possível para trazer o aluno para a aula, e que devemos promover aulas diferentes das tradicionais, além de tornar o aluno um ser crítico e preocupado com a sociedade em que ele vive. 
Quais atividades sugere para que o conteúdo do tema lançado na aula seja assimilado pelos alunos? Exs: teatro, atividade em grupo, pesquisa, brincadeiras, experiências, aulas musicadas, leitura em voz alta, jogos, observação, etc.
Realizaria um plano de aula voltado para a interação dos alunos.
 Iria organizar os alunos em grupo, para realizarmos um debates sobre as regiões do Brasil. Após o debate cada grupo iria pesquisar sobre uma região - nomes, localização das regiões representadas em cada mapa; identificação  características de cada uma das regiõe os estados que fazem parte de cada região, de acordo com cada mapa; os limites entre as regiões (se coincidem ou não com os limites políticos estaduais) etc.
 
 Como você fará a avaliação dessa aula para saber se os alunos entenderam o que foi apresentado. 
Para concluir a avaliação cada grupo apresentará o que aprendeu com a pesquisa, expondo à turma as informações da sua região.
Quais Conselhos daria para si mesmo para que exerça com ética, dinamismo e didática a docência?
Para exercer ética, dinamismo e didática à docência, o professor deve agir como mediador do conhecimento científico acumulado, sem esquecer-se de trazer o âmbito social do discente permitindo-o reconhecer-se em meio à sociedade e de todas às necessidades que está presente em sua volta. Sabemos que o docente exerce papel fundamental no processo da formação humana, desta forma, a ética torna-se uma ferramenta imprescindível para a realização plena do trabalho docente, pois, ela agregará todos os valores morais, conduta, comprometimento, traz em evidência o senso de justiça, o que implica na reflexão diária que a docência necessita para se renovar e inovar cada dia mais.
Conclusão
A educação atualmente precisa de mudanças urgentes. Acredito que "ensinar a pensar" é essencial e, também, o que mais está em falta. Há uma grande reprodução de modelos antigos como da professora da charge e uma não aceitação da mudança no âmbito da educação. 
É fundamental provocar no aluno a curiosidade, de maneira que esse aluno se sinta motivado a estar em sala de aula, a participar ativamente, a dar sua opinião e ter posicionamentos críticos. É necessário que os professores repensem seus papeis dentro da sociedade, que reflitam e não se inibam ao questionar sobre questões que já estão estabelecidas e sobre suas reais funções, tais como a avaliação, os exercícios, a configuração da aula, entre outros.
Na charge o professor detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos. Hoje é necessário fazer o aluno a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve tambémrefletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo, ele está sendo uma prova viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existe seres humanos que estão sendo moldados por ele.
 Por fim, o que fica para todos é a percepção de que o professor não pode ficar amarrado ao programa, aos conteúdos, mas que perceba a real necessidade dos estudantes, o que é realmente útil, de modo que sua prática seja direcionada para a formação de cidadães críticos, fazendo do processo de aprendizagem significativo.  
   Abreu & Masseto (1990, p.115), afirmam que:
    É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.
    
 
 
Referências bibliográficas
· Abreu, Maria C. & Masetto, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990.
· Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 37ª edição, 1996 (coleção leitura).
https://www.revistaacademicaonline.com/products/a-relacao-professor-aluno-para-uma-perspectiva-educacional-contemporanea/
· WHEATLEY, T.; HAIDT, J. Hypnotic disgust makes moral judgments more severe. Psychological science,
· GÓMEZ, A. I. P. A aprendizagem escolar: da didática operatória à reconstrução da cultura na sala de aula. In: SACRISTÁN, J. G.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
· WERNECK, H. Se você f finge que ensina, eu finjo que aprendo. 16 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
· LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
· Ética na Docência - Portal Educação (portaleducacao.com.br)