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Sinais Vitais Sinais Vitais são indicadores do estado de saúde que demonstram a eficácia das funções circulatória, respiratória e neural do corpo. A aferição dos SV promove dados para determinar o estado normal da saúde do paciente. PULSO É o indicador do estado circulatório O pulso é o limite palpável do fluxo de sangue na artéria periférica FISIOLOGIA - Fatores mecânicos, neurais e químicos regulam a força de contrações cardíacas e do volume ejetado - A contração cardíaca é causada pelo impulso elétrico iniciado pelas células especializadas no nódulo sinoatrial (AS) - A corrente elétrica desloca-se em uma sequência ordenada - A frequência da pulsação é o número de pulsações por minutos - A cada batimento cardíaco, o coração bombeia uma quantidade de sangue que é chamado volume de pulsação ou de ejeção para a aorta. Esse volume é cerca de 70ml no adulto DÉBITO CARDÍACO o Volume de sangue bombeado pelo coração em 1 minuto (adulto 5000 ml) o Volume de sangue ejetado (70 ml) x Frequência cardíaca 70 x 70 = 4900 ml Característica do pulso ▪ Frequência Bradicardia: frequência LENTA <60bpm Taquicardia: frequência rápida >100bpm ▪ Ritmo [sequência de pulsações com intervalos regulares entre elas] Disritmia – intervalo irregular ▪ Força Delimitadora 4+ Completa ou forte 3+ Normal ou esperada 2+ Diminuída ou pouco palpável 1+ Ausente 0 ▪ Elasticidade (artéria pulsar suave ou rígida) LOCALIZAÇÕES DO PULSO 1. Temporal 2. Carotídeo 3. Braquial - Fácil acesso e usado para verificar o pulso em crianças Acima do osso temporal, abaixo e lateral ao olho - Mais forte - Verificar apenas de um lado Borda medial do m. esternocleidomastói deo - Verificar o estado circulatório do antebraço e ausculta da PA. Sulco entre os m.m. bíceps e tríceps 4. Radial 5. Femoral 6. Poplíteo, tibial posterior e pedioso IDADE FREQUÊNCIA CARDÍACA Bebê 120-160 Criança começando a andar 90 – 140 Pré-escolar 80-110 Criança em idade escolar 75-100 Adolescente 60-90 Adulto 60-100 • ALGUNS FATORES FISIOLÓGICOS ALTERAM A PULSAÇÃO: - Mudança postural (deitado para em pé) - Exercícios físicos - Emoção - Gravidez - Temperatura ambiente - Medicação • ALGUNS FATORES NÃO FISIOLÓGICOS ALTERAM A PULSAÇÃO: - Insuficiência cardíaca - Febre - Hipertireoidismo - Miocardite... TERMOS UTILIZADOS PARA DESCREVER O PULSO: REGULAR Intervalos iguais/normal IRREGULAR Intervalos desiguais TAQUICARDÍCO Acima do valor normal BRADICARDÍCO Abaixo do valor normal FRACO, DÉBIL, FILIFORME Redução da força/volume. O pulso desaparece com a compressão PARADOXAL Força e volume reduzido quando o paciente inspira CAÓTICO Sem nenhum padrão de regularidade INTERMITENTE Ritmo normal que se misturam com ritmo irregular FORTE Aumento de força/volume periférico DÉFICIT DE PULSO Diferença de pulsações do pulso periférico e apical Pulso Apical o Verificado com estetoscópio na linha hemiclavicular (linha entre o pescoço) no quinto espaço intercostal esquerdo -> Esse local é chamado de Ponto de Impulso Máximo (PIM). Na ausculta cardíaca, essa é a Área Mitral. o Não é considerado pulso periférico, e sim um pulso central. o Em um pronto atendimento, o profissional de saúde verifica logo o pulso apical. - Usado rotineiramente Lado radial - Entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterior Observação: verificação de PULSO APICAL-RADIAL é a aplicação do pulso apical e radial simultaneamente, por dois profissionais. Uma contração cardíaca ineficiente que falha em transmitir uma onda de pulso periférico, cria um déficit de pulso. Exemplo: pulso apical de 100bpm, e pulso radial de 85 bpm. Isso mostra um déficit de pulso (normalmente associado a arritmias) O Processo de Enfermagem inclui intervenções baseadas nos diagnósticos de enfermagem identificados durante o exame físico. PRESSÃO ARTERIAL é a força exercida pelo sangue na parede da artéria no momento da contração do ventrículo Pressão sistólica ocorre quando o coração ejeta sangue para a aorta. Pressão diastólica ocorre quando o ventrículo relaxa (entrada de sangue no coração) A PA é determinada pela relação do débito cardíaco (DC) x Resistência Vascular Periférica = PA = DC x RVP. A PA também está relacionada com a viscosidade e volume sanguíneo e elasticidade da artéria. • Débito cardíaco é o volume de sangue que o coração bombeia por minuto. A cada contração o ventrículo ejeta cerca de 70 ml de sangue e as pulsações por minuto são cerca de 70 bpm, então temos que o débito cardíaco gira em torno de aproximadamente 5000 ml de sangue. • Resistência periférica é a resistência ao fluxo sanguíneo, determinada pela musculatura e diâmetro do vaso sanguíneo. • Volume sanguíneo é o volume de sangue que circula no sistema vascular. - Elevação no volume de sangue = elevação na pressão exercida nas paredes das artérias - Diminuição do volume sanguíneo = a pressão sanguínea cai. • Viscosidade é a espessura do sangue sob a presença de hematócrito. - Maior número de hemácias no sangue > maior a viscosidade > menor a velocidade do fluxo sanguíneo > PA sobe - O coração passa a ter uma força contrátil e distensão maior para poder empurrar o sangue viscoso para o corpo. • Elasticidade é a distensibilidade da artéria para acomodar as diferentes pressões exercida pelo sangue. A diminuição da elasticidade da aorta resulta no aumento da pressão sistólica. - Se a pressão aumenta > o vaso aumenta seu diâmetro. FATORES QUE INFLUENCIAM O VALOR DA PA Idade Estresse Etnia Gênero Variação diária Medicamentos Atividade e peso Tabagismo IDADE PRESSÃO ARTERIAL (mmHg) Recém- nascido 40 (média) 1 mês 85/54 1 ano 95/65 6 anos 105/65 10-13 anos 110/65 14-17 anos 110/70 >18 anos <120/80 Categoria da pressão arterial para adultos CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA Normal <120 <80 Pré-hipertenso 120-139 80-89 Hipertensão estágio I 140-159 90-99 Hipertensão estágio II >160 > 100 Material para verificação da pressão arterial o A campânula é utilizada para auscultar sons cardíacos de BAIXA intensidade e o diafragma para auscultar sons cardíacos de ALTA intensidade o Nunca auscultar sobre a roupa! (Tensiômetro/Esfigmomanômetro) o Manguito ou braçadeira (parte em tecido), uma pêra com válvula de pressão que insufla o manguito. o O manômetro em repouso deve estar com o ponteiro no 0. FASES DE KOROTKOFF 1 Aparecimento dos sons, 1º som é claro [sistólica] 2 Batimento com murmúrio 3 Batimentos mais audíveis 4 Batimentos menos acentuados 5 Desaparecimento dos sons [diastólica] PREPARAR O PACIENTE PARA A PA a. Explicar para o paciente sobre o procedimento b. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo c. Evitar bexiga cheia d. Não praticar exercícios físicos há pelo menos 60 min e. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 min antes f. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado g. Remover roupas do braço h. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto do esterno ou quarto espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada pra cima e o cotovelo fletido i. Solicitar para que não fale durante a verificação VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PASSOS JUSTIFICATIVAS Lavar as mãos Diminui a transmissão de microrganismos Juntar todo o material e verificar se estão em condições de uso Evita falsos valores pressóricos Explicar o procedimento ao paciente Diminui a ansiedade e facilita a criação de vínculo Posicionar o braço na altura do coração Obter valores fidedignosColocar o manguito acima da fossa cubital cerca de 2 a 3 cm sem deixar folgas Obter valores fidedignos Verificar se a seta do manguito indicando a artéria está na posição correta Obter valores fidedignos Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, desinflar; o seu reaparecimento corresponderá à pressão distólica. Evita a insuflação do manguito desnecessária Palpar a artéria braquial da fossa cubital e colocar o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva Melhor recepção do som Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação Assegura valores reais da PA Proceder à deflação lentamente (2 a 4 mmHg/seg) Assegura valores reais da PA Destaque o pontoo no manômetro quando o primeiro som claro for ouvido O primeiro som de Korotkoff indica pressão sistólica Continue esvaziando o manguito gradualmente, observando o ponto no manômetro em que o som desaparece Esse último som nítido é considerado o valor da pressão diastólica em adulto Retire o tensiômetro do braço do cliente e anote o valor da PA Deixar o cliente confortável e não esquecer do valor da PA Erros comuns na avaliação da PA • Manguito muito largo = falsa pressão BAIXA • Manguito muito estreito = falsa pressão ALTA • Manguito frouxo = falsa pressão ALTA • Manguito esvaziado muito lentamente = falsa pressão diastólica ALTA • Manguito esvaziado muito rapidamente = falsa pressão ALTA • Braço abaixo do nível do coração = falsa pressão ALTA • Braço acima do nível do coração = falsa pressão BAIXA • Braço não apoiado = falsa pressão ALTA • Estetoscópio aplicado com muita força na fossa antecubital = falsa leitura diastólica BAIXA • Insuflação muito devagar = falsa leitura diastólica ALTA • Verificar repetidas vezes sem esperar o tempo de 1 min = Falsa leitura sistólica ALTA TEMPERATURA É a diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. CALOR PRODUZIDO – CALOR PERDIDO = TEMPERATURA CORPORAL Locais de mensuração da temperatura: o Axilar: 36,5 o Oral: 37 o Retal 37,5 o Timpânica: 37 o Esofágica o A. Pulmonar o Bexiga urinária Regulação térmica - É o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Esta relação é regulada pelos mecanismos neurológicos e cardiovasculares. Hipotálamo - Controla a temperatura corporal. - Hipotálamo anterior: controla a perda de calor. - Hipotálamo posterior: controla a produção de calor. ▪ Mecanismo de perda de calor - Vasodilatação: alargamento dos vasos sanguíneos, levando a um aumento do fluxo sanguíneo com calor. - Suor - Inibição da produção de calor ▪ Mecanismo de conservação de calor - Vasoconstrição: diminuição de calibre dos vasos sanguíneos, evitando que o corpo perca calor para o meio exterior. - Tremor Calafrios - Resposta involuntária do corpo a diferenças de temperatura do corpo. O movimento musculoesquelético do calafrio requer significante quantidade de energia. Fatores que afetam a temperatura corporal ➢ Idade ➢ Exercícios ➢ Nível hormonal ➢ Ritmo cardíaco ➢ Estresse ➢ Ambiente ➢ Doenças Termos relacionados a temperatura corporal AFEBRIL Sem febre; 36,5 – 37 ESTADO FEBRIL Não se medica; 37-37,8 FEBRE OU PIREXIA Estado de febre, 38 – 40 HIPERPIREXIA Temperatura corporal alta, a partir de 40 HIPOTERMIA Temperatura corporal baixa, abaixo de 35 TIPOS DE FEBRE • Sustentada A febre é constante, sem voltar à normalidade ou alterações. Ex: Linfoma • Intermitente Variação da temperatura, a febre vai e volta. Ex: Infecções sistêmicas • Remitente Variação da temperatura, mas a temperatura não cai para a normalidade, sempre permanece alta. Ex: Tuberculose • Recaída A febre vem, passa alguns dias sem vir e volta novamente. Ex: Malária HIPOTERMIA 1. Tremores incontroláveis 2. Perda da memória 3. FC, FR, PA diminuídas 4. Temperatura abaixo de 35ºC 5. Pele azulada 6. Cianose 7. Disritmia 8. Ausência de resposta ao estímulo de dor 9. Sinais clínicos similares ao da morte CHOQUE DE TEMPERATURA Exposição prolongada a altas temperaturas: sol, sauna, etc 1. Pele seca e quente 2. Vertigem 3. Confusão 4. Delírio 5. Incontinência 6. Distúrbios visuais 7. Sede excessiva 8. Náusea 9. Cãibras musculares 10. Paciente não sua 11. Temperatura acima de 45 12. FC aumentada, PA reduzida 13. Dano neurológico EXAUSTÃO PELO CALOR Perda excessiva de água e eletrólitos pela diaforese causada pela exposição ambiental. Conduta do enfermeiro na presença de febre o Obter os sinais vitais o Observar a coloração da pele o Observar tremores e diaforese o Avaliar conforto e bem-estar do paciente o Avaliar fatores que contribuem: infecções, temperatura ambiental, desidratação... Intervenção de enfermagem na presença de febre o Obter todos os sinais vitais o Manter o paciente em repouso o Reduzir as cobertas do paciente sem causar calafrios o Manter o paciente com lençóis e roupas leves e secas o Providenciar oxigenoterapia se necessário o Oferecer líquidos para hidratar o Promover a hidratação da mucosa oral o Fornecer uma alimentação balanceada o Controlar a temperatura do ambiente sem causar calafrios o Coletar material para cultura se necessário o Medicar conforme prescrição médica A febre é uma reação benigna do corpo pq os leucócitos vão subir e vai ter um combate aos agentes infecciosos. RESPIRAÇÃO Respiração é o mecanismo do corpo para resgatar os gases da atmosfera e repassar para nossos capilares. Mais precisamente, a respiração é uma troca de gases, CO2 por O2. Ventilação - Entrada e saída do ar pelos pulmões. São verificados da ventilação: frequência, ritmo e profundidade. o Frequência respiratória: Observar o movimento completo de inspiração e expiração por 1 minuto sem que o paciente perceba. FR declina ao longo da vida. IDADE MRM Recém nascido 30-60 Bebê (6 meses) 30-50 Criança (2 anos) 25-32 Adolescentes 16-19 Adultos 12-20 o Profundidade ventilatória: Avaliar a profundidade das respirações observando o movimento da parede torácica. Podendo ser descritos como: profundos, normais ou superficiais. o Ritmo ventilatório: Determinar o padrão da respiração observando o tórax ou abdômen. Na respiração normal, há um intervalo regular após cada ciclo respiratório. Difusão - Troca de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias. Perfusão - Distribuição de O2 para o resto do corpo Obs: Difusão e perfusão são utilizadas para medir a saturação de oxigênio no sangue. - Saturação de O2: 95% a 100% ALTERAÇÕES NO PADRÃO RESPIRATÓRIO Eupnéia Ato de respirar Apnéia Respiração cessa por alguns segundos Dispnéia Dificuldade em respirar Bradipnéia Respiração regular < 12mrm Taquipnéia Respiração regular > 20mrm Hiperpnéia Respiração difícil, FR e profundidade aumentada Hiperventilação FR e profundidade aumentadas Hipoventilação FR lenta, profundidade Cheyne-Stokes FR e profundidade irregulares com alterações com alterações entre aumento e diminuição, períodos de apneia Kussmaul Respiração profunda, regular e FR alta Biot Superficial com períodos irregulares de apneia FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPIRAÇÃO • Exercícios • Dor aguda • Ansiedade • Tabagismo • Medicações • Lesão neurológica • Função da hemoglobina DOR Considerada o quinto sinal vital, pois é um indicador de saúde, visto que sua presença não é considerada normal. A dor é subjetiva e individual, o enfermeiro deve aceitar o relato de dor do paciente e investigar. Característicasda dor - Início e duração - Localização - Intensidade (uso de escalas de dor) - Qualidade (se é esmagadora, compressora, vaga, ardente, latejante, penetrante...) - Padrão da dor (eventos que precipitam ou agravam a dor) - Medidas de alívio - Situações que pioram a dor (depressão, ansiedade, fadiga, anorexia, distúrbio do sono, angústia espiritual, culpa). ▪ ESTÍMULOS TÉRMICOS > Calor/Frio ▪ ESTÍMULOS MECÂNICOS > Toque/Pressão/Estiramento ▪ ESTÍMULOS QUÍMICOS > Dor causadas por hormônios/nociceptores RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS A DOR o Cerrar os dentes o Segurar a parte dolorida o Chorar e gemer o Fazer caretas o Inquietação o Curvar-se o Requisitar mais atenção O que perguntar na anamnese? ➢ Quando começou? ➢ Quanto tempo dura essa dor? É intermitente ou constante? ➢ Localização da dor ➢ Perguntar sobre a intensidade da dor usando a escala ➢ Perguntar como é a dor, se ela é latejante, esmagadora, ardente, penetrante... ➢ Perguntar sobre coisas que aumentam essa dor (alimentação, exercícios, acordar...) ➢ Perguntar se há medidas de alívio para a dor (pressionar o local dolorido, dormir, escutar músicas...) Intervenções de enfermagem na presença de dor 1. Obter os sinais vitais 2. Uso de analgésicos prescritos 3. Exame físico criterioso 4. Questionar sobre a dor 5. Alternativas para alívio (música, estimulação cutânea, visual...) 6. Outras intervenções (retirar o que causa a dor) 7. Tratamento multidisciplinar
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