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Resumo Práticas Médicas II

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Prática Médica II - Medicina 
Thayná Borba 
 
 
 
	
	
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 2	
células 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Anamnese e Exame físico geral.............................................................................3 
Exame físico geral e medidas antropométricas.....................................................4 
Humildade no contexto da Medicina......................................................................5 
Relação interprofissional no contexto do atendimento em saúde..........................5 
Lei do ato médico..........................................................................................5 
Lei que regulamenta os conselhos de medicina...........................................5 
Punções venosas periféricas, injeções intramusculares e subcutâneas................6 
Vias de administração de medicamentos...............................................................6 
Segurança medicamentosa na comunicação interprofissional...............................7 
Semiologia do aparelho cardiovascular :................................................................8 
Anamnese.....................................................................................................8 
Exame físico integrado com anatomia e fisiologia........................................8 
Exame físico ganglionar, fácies, pulsos........................................................8 
Semiologia do aparelho cardiovascular..................................................................9 
Exame físico adulto.......................................................................................9 
Exame físico pediátrico.................................................................................9 
Arritmias – Fisiopatologia, semiologia e avaliação de ECG.................................10 
Semiologia e fisiopatologia da dor torácica e da síndrome de insuficiência 
coronariana..........................................................................................................11 
 
	
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 3	
 
 
Vias de administração de medicamentos 
 
• Forma de atuação : 
- Local; 
- Sistêmica; 
 
• Tipos de vias 
• Via oral : 
- características : 
Mais econômica; 
Mais segura; 
Mais usado; 
Mais conveniente; 
Comprimidos, cápsulas, pós, líquidos 
- limitações : 
Êmese (irritação da mucosa gástrica); 
Destruição de fármaco por enzimas ou acidez gástrica; 
Irregularidade de absorção pela presença de 
medicamentos ou alimentos no TGI; 
Necessidade de cooperarão do paciente. 
- absorção do fármaco : 
Área de superfície de absorção; 
Fluxo Sanguíneo no local de absorção; 
Estado físico do fármaco : sólido x líquido; 
Solubilidade da água; 
Concentração no local de absorção. 
- efeitos -> sistêmico e local 
- contra-indicações: 
Náuseas e vômitos; 
Pacientes inconscientes; 
Disfagia (dificuldade para deglutir) 
• Via Sublingual: 
- características : 
Não deve ser engolido; 
Pequena área de absorção; 
Não sofre metabolismo hepático. 
• Via retal 
- características : 
Impossibilidade da via oral; 
Náuseas e vômitos; 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 4	
Necessidade de ação retal; 
Somente 50% passa pela circulação hepática; 
Absorção irregular; 
Irritação da mucosa; 
Má aceitação por parte dos pacientes 
• Vias parenterais (não está relacionada com o tubo digestivo) 
• Parenteral 
- características : 
Biodisponibilidade rápida, ampla e previsível; 
Urgências e emergências; 
Pacientes inconscientes; 
Técnica asséptica; 
Maior custo; 
Dor; 
Erro de administração; 
Automedicação. 
• Via intramuscular 
- características 
Difusão simples; 
Solubilidade do fármaco no líquido intersticial 
Absorção das membranas capilares; 
Não fazer massagem, calor local, exercícios 
Medicamentos em dose única ou poucas doses; 
Pequeno volume; 
Efeito prolongado; 
 
 
- contra-indicações: 
Massa muscular reduzida; 
Volume superior a 5ml; 
Lesões cutâneas no local de aplicação: queimaduras, 
queloide, infecções 
Coagulopatias 
Emergências, membros patéticos. 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 5	
 
- posicionamento conforme os locais de administração 
Deltóidea: paciente sentado ; 
Vasto lateral: deitado em DDH ou em pé; 
Glútea: deitado em DDH, DVH ou DL, ou em pé. 
- complicações : 
Dor local; 
Hematomas intramusculares; 
Infecções locais 
 
 
 
• Via Subcutânea 
- características: 
Formulação inadequada: dor, descamação e necrose 
tecidual; 
Absorção lenta; 
Atenção em pacientes obesos e edemaciados; 
- contra-indicações: 
Emergências; 
Coagulopatias; 
Desidratação grave; 
Dor	
Calor	
Rubor	
Edema		
Coleções		
Equimoses	(manchas	roxas)	
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 6	
Local de aplicação com cicatrizes, manchas; 
Membro superior homolateral e esvaziamento axilar; 
Membros paréticos; 
Membros com fístula arteriovenosa. 
Os rodízios são importantes 
Lipodistrofia (acúmulo ou perda de gordura em 
determinadas partes do corpo) 
Paniculites (inflamação da camada gordurosa abaixo da 
pele) 
- locais de aplicações 
Dorso-lateral 
Flanco 
Área superior do glúteo 
Abdômen ( há restrições - manter uma distância do 
umbigo devido a vascularização de alto calibre ) 
 
• Via intravenosa 
- características: 
Biodisponibilidade rápida e completa 
Maior risco de efeitos adversos 
Maior risco de toxicidade 
Tromboflebite (inflamação de veia(s) causada por coágulo 
sanguíneo) 
Rápida 
Completa 
- formas de terapia infusional : 
Bolus (dose inteira) 
Infusão rápida 
Infusão lenta (1ml/min) 
Infusão contínua (>60min) 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 7	
Administração intermitente (checar cateter) 
- contra-indicações : 
Lesões cutâneas 
Membro com fistula arteriovenosa 
Coagulopatia grave 
Uso de anticoagulante (calibre menor) 
- punções mal sucedidas : 
Pedir ajuda 
- utilização de um acesso venoso : 
Checar permeabilidade de cada uso; 
Se hematomas sinais flogísticos ou infiltração a infusão, 
retirar acesso; 
Trocar curativo a cada 72h 
Lavar o lúmen do cateter a cada uso com SF 0,9%. 
• Via inalatória 
- características: 
Fármacos gasosos e voláteis; 
Fabricação de 
Rápida absorção 
Evita perda de primeira passagem 
Ação direta no pulmão 
• Mucosas 
- características: 
Conjuntiva, nado/orofaringe, vagina, uretra, bexiga 
Efeito local 
Raramente efeito sistêmico 
Ótima absorção 
Risco de toxicidade 
Corticoide nasal para rinite 
Redução de efeitos sistêmicos 
Colírios em geral para conjuntiva 
Absorção sistêmica : ducto nasolacrimal 
Lesão corneana 
1 gota por olho 
1 camada de gel 
- Vaginal 
Cremes de estrogênio 
Antibióticos 
Antifúngicos 
- Auricular 
Gotas ontológica 
 
 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 8	
• Pele 
- características: 
Barreira lipídica 
Pele queimada ou irritada : derme exposta 
Inflamação 
Pele hidratada 
Massagem e horário de aplicação 
 
• Arterial 
- ação em órgão isolado ou território isolado 
- exemplo : 
Quimioembolização hepática para hepatocarcinoma 
Infusão arterial seletiva ou superseletiva de 
quimioterápicos (mitomicina C, cisplatina, 
doxorrubicina) e materiais embólicos (lipiodol). 
Artéria hepática própria, direita ou esquerda. 
de Redução de marcadores tumorais e tamanho do 
tumor, aumento de sobrevida. 
 
 
 
 
 
 
 
• Intratecal 
- canais por onde circulam liquor 
- raquianestesia 
- infecções agudas do SNC 
- tumores cerebrais 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 9	
 
 
 
• Agulhas 
 
 
 
• Erros em medicação 
 
Qualquer evento evitável que possa causar ou levar ao uso 
inadequado de medicamentos ou danos ao paciente enquanto 
o medicamento está sob o controle do profissional de saúde, do 
paciente ou do consumidor. 
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	 10	
 
 
- como ver o erro ? / medidas corretivas 
Pessoal ( suspensões, demissões, repreensões orais ou 
escritas ) 
Sistêmica ( melhora a segurança do sistema, conhecer e 
estudar a causa do erro; nem todo erro ésistêmico 
- reação adversa : resposta nociva a uma droga utilizada em 
doses habituais. Inevitável; 
- evento adverso : dano ao paciente causa pela intervenção 
médica relacionada aos medicamentos. 
- erro de medicação : uso inadequado de medicamento por 
profissional ou paciente com potencial dano. Prevenível. 
- erro de prescrição : médico. 
- erro de dispensação : farmácia 
- erro de administração : enfermagem. Preparo e administração. 
Não observância de guias do hospital ou orientações do 
fabricante. 
 
Causas de erros em medicações : 
1. Falta de conhecimento sobre o medicamento 
2. Falta de informações sobre o paciente 
3. Violação de regras, deslizes ou lapsos de memória 
4. Erro de transcrição 
5. Falha na interação com outros serviços 
6. Falha na conferência de doses 
7. Problemas relacionados às bombas ou outros dispositivos de 
infusão 
8. Inadequado monitoramento do paciente 
9. Erro no preparo e falta de padronização medicamentosa 
 
Nove certezas : 
1. Paciente certo 
2. Medicamento certo 
3. Dose certa 
4. Horário certo 
5. Via certa 
6. Anotação certa 
7. Orientação correta ao paciente 
8. Compatibilidade medicamentosa certa 
9. Direito de recusa por parte do paciente 
 
 
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	 11	
Três leituras : 
1. Ler o rótulo ao retirar o medicamento do local armazenado 
2. Antes de aspirar para preparo 
3. Antes de descartar ou devolver ao carrinho o frasco de 
medicamento 
 
Semiologia do aparelho cardiovascular 
 
• Exame Físico 
I. Anamnese 
II. Sinais e sintomas 
III. Exame físico propriamente dito 
IV. Exames complementares 
I. Anamnese 
Identificação 
Idade - jovens com doenças congênitas e idosos com doenças 
degenerativas 
Cor - anemia falciforme e hipertensão mais comum em negros 
Profissão - pacientes que exercem intensa atividade física são 
mais propensos a desenvolverem insuficiência cardíaca 
Naturalidade e local de residência - epidemiologia para Chagas 
 
Antecedentes pessoais e familiares 
Antecedentes pessoais - lesão renal e hipertensão arterial, 
doenças emocionais e manifestações cardiovasculares da 
ansiedade/depressão, dieta hiperlipídica e aterosclerose. 
Antecedentes familiares - caráter familiar da hipertensão e 
cardiopatia isquêmica 
 
Hábitos de vida 
Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo 
 
Condições sócio econômicas 
Doença reumática mais comum em baixa renda, doença de 
Chagas. 
II. Sinais e sintomas 
Dor cardíaca 
- Pode originar no coração ou outros órgãos ( pleura, esôfago, 
aorta, estômago, parede torácica ), portanto não é sinônimo de 
dor precordial. 
- Dor relacionada ao coração pode ser de origem isquêmica, 
pericárdica e aórtica. 
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	 12	
- em criança predomina no exame físico as patologias 
congênitas classificadas em : cardiopatias congênitas cianóticas 
e acianoticas 
Cardiopatia congênita acianotica mais comum : 
CIA - comunicação inter atrial 
CIV - comunicação inter ventricular 
PCA - persistência do canal arterial 
Cardiopatia congênita cianótica mais comum : 
Tetralogia de Fallot constituída por estenose ou atresia da 
artéria pulmonar, CIV, hipertrofia ventricular direita. 
Pressão da artéria pulmonar quase sempre é baixa. 
Palpitações 
Dispneia 
Tosse e expectoração 
Chieira ou chiado 
Hemoptise 
Desmaio 
Alteração do sono 
Cianose 
Edema 
Astenia 
 
III. Exame físico 
• Topografia do exame cardíaco considera regiões denominadas 
“focos”; determinação de espaços intercostais para 
determinação dos focos; 
• Toma-se como referência o ângulo de Louis (ângulo 
manubrioesternal - protuberância entre o manúbrio e o corpo 
do esterno), encontra-se na altura da 2ª costela e abaixo dela 
está o 2° espaço intercostal 
• Focos : 
- Foco Aórtico : 2° EI, na borda esternal direita 
- Foco Pulmonar : 2° EI, na borda esternal esquerda 
- Foco Aórtico acessório : 3° EI, na borda esternal esquerda 
- Foco tricúspide : 4°, 5° EI, na borda esternal esquerda 
- Foco mitral : 5° EI, na linha hemiclavicular esquerda (linha que 
passa no meio da clavícula). Corresponde ao ápice cardíaco. 
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	 13	
 
• É importante reconhecer tais regiões para poder inferir a 
estrutra específica que apresentaria anormalidade a partir do 
local que se teve o exame físico alterado. 
• O coração funciona como uma bomba do sistema 
cardiovascular sendo o principal responsável pelo fluxo 
• O coração funciona como uma bomba do sistema 
cardiovascular sendo o principal responsável pelo fluxo 
sanguíneo; porção direita recebe sangue do território venoso e 
destina aos pulmões, havendo trocas gasosas. Quando 
oxigenado, o sangue retorna ao coração para a porção 
esquerda impulsionando-o para a circulação sistêmica. 
• Sequência do sangue: 
AD -> VD -> a. pulmonar -> capilares pulmonares -> vênulas 
pulmonares -> veias pulmonares -> AE -> VE -> a. aorta -> 
arteríolas -> capilares -> vênulas -> veias -> cava superior e 
inferior -> AD. 
• Sístole ventricular : elevação da pressão no ventrículo, aumento 
do gradiente de pressão em artérias ( aorta e pulmonar ) , 
abertura de valvas semilunares -> circulação sistêmica; evita o 
regurgitamento de sangue para o átrio ( fechamento de valvas 
AV ) 
• Diástole : relaxamento dos ventrículos -> fechamento de valvas 
semilunares, bombeamento de sangue do átrio para os 
ventrículos -> enchimento ventricular 
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	 14	
• Problemas cardíacos irão resultar na alteração de algum ponto 
do sistema cardíaco gerando sopros, frêmitos ou alterações de 
frequência e posicionamento. 
• Inspeção 
- a analise do paciente como um todo percebe-se diversos sinais 
indicativos de alterações hemodinâmicas, vascular, da função 
cardíaca e valvar 
- inspeção pode revelar : febre, icterícia, cianose, palidez, busca 
por uma posição que amenize a dor torácica, dispneia a 
esforços habituais, em decúbito; distensão de veias jugulares ou 
pulso carotídeo visível, edema de membros inferiores, etc. 
- um dos sinais mais importantes de disfunção cardíaca é a 
turgência de veia jugular interna. ( estase jugular ); avalia-se 
posicionando a cabeceira do leito em 45° e avaliar a altura da 
coluna formada pela veia túrgida em relação ao ângulo de 
Louis. ( medida normal 4cm, valores superiores descrevem 
estase jugular ) 
• Palpação 
- determinação do Íctus cordis ( Ápice do coração ) e a presença 
dos pulsos 
- Íctus cordis corresponde a propulsão do VE nas contrações; 
utiliza-se as pontas dos dedos para palpação; encontra-se 
geralmente no 5° EI, sobre a linha hemiclavicular; se palpado 
mais para baixo ou mais para a esquerda pode ser sugestivo de 
uma cardiomegalia; observa-se também o diâmetro, amplitude 
e duração do Íctus. 
- Pulsos : pulso carotídeo, radial, femoral, poplíteo, tibial. 
- olhar sempre se a simetria dos pulsos, intensidade e ritmo 
(ausculta segurando o pulso radial). Alterações de ritmo ou 
intensidade aso indicativos de arritmias e outras complicações 
cardiológicas graves. 
• Ausculta 
- com aceleração e desaceleração da coluna de asngue e das 
estruturas cardiovasculares, surgem os ruídos cardíacos 
denominados bulhas. 
A primeira bulha - B1 - corresponde ao momento da 
sístole (fechamento das valvas tricúspide e mitral). 
Seguida de um silêncio ( ejeção ) menor que o período 
diastólica marcado pela segunda bulha - B2 ( fechamento 
das valvas semilunares )-> seguida de um grande silêncio 
( enchimento ventricular ). 
Resumindo : as bulhas são produzidas pelo fechamento 
das valvas; B1 - SÍSTOLE, B2 - DIÁSTOLE 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 15	
- Para ajudar a reconhecer a B1, aconselha-se sentir pulso radial, 
que se assemelha a bulha citada. 
- as bulhas são geralmente rítmicas e não acompanhamento 
demais sons; são descritas em “tum-tá” 
- para auscultar o coração deve-se seguir com o estetoscópio 
sobre o 2° EI direita a margem do esterno ( FOCO AÓRTICO ) 
acompanhado da margem esternal esquerdado 2° EI ( FOCO 
PULMONAR ), desce para o 3° EI a esquerda ( FOCO AÓRTICO 
ACESSÓRIO ), depois 5° EI margem esternal esquerda ( FCOO 
TRICÚSPIDE ) e 5° EI linha hemiclavicular ( FOCO MITRAL ). 
- Em cada região, atente-se ao ciclo cardíaco pelos ruídos da 
sístole e diástole ( tum-tá ). 
- barulhos adversos como ruído grosso ( tum-shhhh-tá ) ou um 
“tá” a mais ( tum-tá-tá ) poderá ser indicativo de alterações 
cardíacas com sopros e bulhas extras. 
- objetivos da ausculta : 
Bulhas cardíacas; Frequência cardíaca; Ritmos tríplices; 
alterações das bulhas; cliques ou estalidos; sopros; ruídos de 
pericardite construtiva; atrito pericárdico; rumor venoso 
 
• Resumo 
- checklist palpação de pulsos e ausculta cardíaca 
1. Lave as mãos 
2. Explique para o paciente o procedimento 
3. Identifique os locais para palpação do pulso 
Artéria radial 
Carótida 
Braquial 
Femoral 
Pediosa 
Temporal 
Poplítea 
4. Realize a inspeção e palpação simultaneamente e observe : 
O estado da parede arterial 
Frequência 
Ritmo 
Amplitude 
Comparação com a artéria contra-lateral 
5. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou 
deitado, porém sempre com o braço apoiado 
6. Contar sempre durante um minuto inteiro 
7. No adulto é considerado normal de 60 a 100 bpm 
8. Realização da inspeção, palpação e ausculta cardíaca 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 16	
Ambiente 
Posição do paciente 
Orientação ao paciente 
Estetoscópio 
Determinar os focos cardíacos 
Foco aórtico 
Foco pulmonar 
Foco tricúspide 
Foco mitral 
Foco aórtico acessório 
• Sopros 
- o sangue flui de forma laminar dentro dos vasos, caso haja 
algum obstáculo, gerar-se-á um turbilhonamento que acabará 
por produzir um ruído diferente ( shhhhh ). 
- as bulhas são produzidas devido ao fechamento das valvas 
mas por diversos motivos, essas valvas não se fecham/abrem 
adequadamente, deixando orifícios permitindo a passagem de 
sangue turbilhonado gerando sopro cardíaco. 
- a classificação do sopro se deve : 
 
1. Intensidade do sopro : medida em cruzes ( uma a seis ) - 
classificação de Levine 
I. Sopro audível apenas com manobras específicas(1+) 
II. Sopro audível sem irradiação ou frêmitos (2+) 
III. Sopro audível com irradiação para as carótidas 
(sopro aórtico) e para a axila (sopros migrais) (3+) 
IV. Sopro audível acompanhado de frêmito (“tremor”) a 
palpação. (4+) 
V. Sopro que necessita apenas da borda do 
estetoscópio para auscultar (5+) 
VI. Sopro audível sem necessidade de estetoscópio (6+) 
 
2. Localização : em qual Foco se escuta com maior facilidade e 
em que momento do ciclo cardíaco ele acontece. 
3. Irradiação : o som é audível em outros focos e locais ( como 
as carótidas ) 
4. Classificá-los em sistólico ou diastólico: 
Sistólico : sopros entre B1 e B2 
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	 17	
Diastólico : sopros entre B2 e B1 
 
• Bulhas extras 
- conhecidas como B3 e B4 
- são estalidos que acontecem dentro do clico cardíaco que 
podem denotar alterações patológicas do sistema. 
- B4 : durante a diástole ocorre contração dos átrios e 
enchimento dos ventrículos de sangue ( complacência ). 
Algumas pessoas podem apresentar essa complacência 
diminuída causando uma desaceleração da coluna de sangue 
no ventrículo. 
- B3 : por uma incapacidade do ventrículo de ejetar 
completamente o sangue em seu interior, a coluna de sangue 
ejetada pelo átrio encontra esse sangue que sobrou no 
ventrículo gerando uma desaceleração e um terceiro estalido. 
- essas bulhas ocorrem depois de B2 
- diferenciam-se pelo momento em que o som acontece ( mais 
perto de B2 ou mais longe ) 
- B3 ( tum- tá - - tá ) 
- B4 ( trum-tá ) 
 
• Arritmias 
 
 
 
 
 
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	 18	
Semiologia e fisiopatologia da dor torácica e da síndrome 
da insuficiência coronariana 
 
- Principais causas de dor torácica : musculoesqueléticas, 
gastrointestinais, cardíacas, psicogênicas e pulmonares.. 
1. musculoesqueléticas: 
- 36% dos diagnósticos de dor torácica 
- causas : 
primárias -> fibromialgia, costocondrite, artrite 
reumatoide; Síndrome de Tietze; infecções por herpes 
zóster ( neurossensorial ) 
secundárias -> síndrome da parede torácica posterior, 
Lúpus eritematoso, neoplasias, osteoporose policondrite 
recidivante. 
 
- anamnese : paciente refere atividade física repetitiva ou não 
usual. 
- características da dor: bem localizada, e desencadeada por 
pressão em determinado ponto, piora com movimentos 
respiratórios movimentação de braços ou pescoço. 
2. Gastrointestinais: 
 
- causas mais comuns : refluxo esofágico ( REG ), espasmo 
esofágico, esofagite e outras desordens motoras. 
3. Psicogênicas: 
- causas : a dor torácica pode estar presente na síndrome do 
pânico, depressão e hipocondria. 
- a dor torácica de origem psicogênica fazem parte da 
síndrome de astenia neurocirculatória ou “neurose cardíaca.” 
4. Pulmonares: 
- está relacionada com alterações dos vasos ou parênquima 
pulmonar, e do tecido pleural 
- a alteração dos vasos pode se manifestar de forma aguda 
como o tromboembolismo pulmonar(TEP) 
- causas: 
TEP : dor torácica de início agudo, 97% dos casos se 
associa a dispneia e taquipnéia; 
Na hipertensão pulmonar (HP) dor torácica se associa a 
letargia, dispneia e síncope aos esforços. 
Alterações do parênquima pulmonar que cursam com 
dor são decorrentes de infecções, câncer, doenças 
crônicas, sarcoidose. 
- Patologias potencialmente fatais : 
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	 19	
SCA (síndrome coronariana aguda) 
DAA (dissecação aguda da aorta) 
TEP (tromboembolismo pulmonar) 
Pneumotórax hipertensivo 
Tamponamento cardíaco 
Ruptura e perfuração esofagianas. 
 
 
 
 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 20	
 
Ausculta pulmonar 
Semiologia respiratória : anamnese e exame físico 
 
 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 21	
• Descrições anatômicas do tórax : 
Supraclavicular 
Infraclavicular 
Interescapular 
Infraescapular 
Bases pulmonares 
Campos pulmonares superior, médio e inferior 
• Traqueia e brônquios principais 
 
 
• Pleura : 
parietal e visceral 
Cavidade pleural : líquido pleural 
• Anamnese 
Identificação 
Queixa e duração 
História pregressa da doença 
Interrogatório sintomatológico da doença 
Antecedentes pessoais e familiares 
Hábitos de vida 
Condição socioeconômica e culturais 
 
• Sintomas comuns preocupantes : 
 
Dor torácica 
Dispneia 
Sibilos 
Sons respiratórios musicais 
Obstrução parcial das vias respiratórias 
inferiores 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
	 22	
 
 
Tosse 
- resposta reflexa a estímulos que irritam 
receptores de traqueia, laringe, brônquios 
Aguda : < 3 sem. 
Subaguda : 3 a 8 sem. 
Crônica : > 8 sem. 
- Seca ou produtiva (volume expectorado, cor, 
odor, consistência ) 
- Manifestações associadas: febre, sibilos, dor 
torácica, dispneia, ortopneia 
Hemoptise 
Sangue nas vias aéreas inferiores 
Transtorno do sono 
 
• Origem da dor torácica: 
Miocárdio 
Pericárdio 
Aorta 
Pulmão 
Parede torácica 
Esôfago 
Transtorno de ansiedade 
 
• Exame físico 
Inspeção 
Palpação 
Percussão 
Ausculta 
 
1. Inspeção 
Frequência, ritmo, profundidade e esforço 
respiratório 
FR: 14-20 em adultos ; pode chegar a 44 em 
recém-nascidos 
Deformidades/assimetrias na expansão do 
tórax 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
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Retração fora do normal dos espaços 
intercostais 
Inferiores/supraclaviculares na inspiração 
Retardo do movimento respiratório 
2. Palpação 
Identificação de áreas dolorosas 
Verificação de alterações cutâneas 
Avaliação da expansão torácica 
 
 
Frêmito toracovocal : 
vibrações palpáveis, mais acentuado na 
região interescapular a direita 
Palma/superfície ulnar da mão, paciente 
fala “ trinta e três “ ou “ 1 2 3 “ 
Aumento na pneumonia reduzido no 
derrame pleural/pneumotórax 
 
 
 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
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3. Percussão 
- Movimento da parede torácica e tecidos 
subadjacentes- Ajuda a determinar se tecidos subadjacentes 
estão cheios de ar, líquido, ou consolidados 
- som maciço: fígado e coração ( líquido ou 
tecido sólido ) 
- som atimpânico : pulmão hígido 
- hipersonoridade : regiões pulmonares 
hiperinsufladas ( enfisemas, asma ) 
- timpanismo : câmera de ar gástrica 
 
 
4. Ausculta 
Auscultar os sons respiratórios normais 
Identificar se existem ruídos adventícios 
Se suspeita de anormalidade : auscultar sons 
vocais transmitidos. 
 
Prática	Médica	II	–	Thayná	Borba		
	
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Sons respiratórios normais : 
- ruídos adventícios : 
Estertores - sons não musicais, abertura 
inspiratória de pequenas vias respiratórias ( 
insuficiência cardíaca ) 
Sibilos - sons musicais, fluxo de ar em vias 
respiratórias bronquiais estreitadas 
Roncos - variante do sibilo, desaparece com a 
tosse, tom mais grave