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Saúde do adulto I - Prova prática com os casos clínicos

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Saúde do adulto 
Prova prática 
 
2 
 
Sumário 
Semiologia Respiratória ............................................................................................................................. 2 
Semiologia Cardiovascular ....................................................................................................................... 8 
Semiologia do Abdome .......................................................................................................................... 20 
CASOS CLÍNICOS ...................................................................................................................................... 27 
Extra ........................................................................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia Respiratória 
ANAMNESE 
3 
 
 Tosse seca/produtiva 
 Uso de tabaco 
 Hemoptise 
 Epistaxe 
 Uso de iECA 
INSPEÇÃO 
 Ver se o paciente tem algum abaulamento 
 Um abaulamento localizado o paciente pode ter derrame pleural ou pneumotórax 
 Ver se tem retração torácica 
 Tipo de tórax do paciente 
 Em barril/tonel: enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica 
 Tórax sem sino: ascítico 
 Escavado/peito de pombo: alteração genética 
 Ritmo respiratório do paciente: normalmente o ritmo respiratório regular é difícil de definir se o 
paciente está em inspiração ou expiração. O normal são de 16 a 20irpm. Acima de 20 tem taquipneia 
e abaixo de 16 tem bradipneia. 
 4 ritmos respiratórios irregulares: mostram que tem alguma patologia por trás. 
 Cheyne-Stokes: amplos movimentos inspiratórios e 
expiratórios com uma pausa apneica longa. Exemplos: 
insuficiência cardíaca congestiva, intoxicação barbitúrica 
TCE, tumor cerebral, edema cerebral. 
 Biot: padrão respiratório totalmente irregular. Exemplo: 
meningite, encefalite. 
 Kussmaul: amplos movimentos com curtas pausas 
apneicas. Exemplo: cetoacidose diabética. 
 PickWick: apneia com sonolência. Exemplo: grande 
obesidade 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO 
4 
 
 Importante ter como referência o ângulo de Louis que é na junção do manúbrio com o corpo 
esternal, que é o segundo espaço intercostal – foco aórtico e pulmonar, importante na hora de fazer 
a ausculta cardíaca. 
 Ver se tem alguma crepitação 
 Exemplo: paciente vítima de acidente automobilístico na palpação está com crepitação, ele 
provavelmente teve alguma perfuração. 
 Ver a expansibilidade 
 Ver frêmito toraco-vocal: 
 Pode ter diminuído bilateralmente: enfisema, obesidade 
 Tanto obesidade quanto hipertrofia muscular podem dificultar ver o frêmito 
PERCURSSÃO 
 O som pulmonar é um som claro e atimpânico 
 Timpanismo: pneumotórax 
 Macicez: derrame pleural, pneumonia ou atelectasia. 
 Atelectasia desvia o mediastino para o mesmo lado dela. Derrame pleural e pneumotórax 
desviam o mediastino para o lado oposto/contralateral. 
 Tem algumas áreas do tórax que vai ter macicez ou submacicez sem predispor doença. A partir do 
5° espaço intercostal direito tem a borda superior do fígado, até 2cm do rebordo costal, quando faz 
a percussão tem som maciço. A mesma coisa no precórdio, que predomina o som maciço 
 Ex.: Paciente com dor abdominal e torácica, quando foi feito a palpação no hemitórax direito teve 
som timpânico. Diagnóstico: pneumotórax ou perfuração de víscera oca. Sinal de Jobert – perda da 
macicez hepática. 
 Ex.: Paciente vítima de acidente automobilístico que durante palpação verificou-se que ele apresenta 
crepitação. Diagnóstico: perfuração de víscera oca, com ar abaixo do tecido celular subcutâneo. 
Som 
maciço 
É obtido percutindo-se a cabeceira da cama, o tampo de uma mesa, uma parede ou um bloco de 
madeira. É o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do fígado, do 
coração e do baço) 
Som 
pulmonar 
É obtido ao se percutir um colchão de mola, uma caixa contendo pedaços de isopor ou mesmo um 
livro grosso colocado sobre a mesa. É o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende 
da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. 
Som 
timpânico 
É o que se consegue percutindo uma caixa vazia ou um pequeno tambor. É o que se consegue 
percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que 
contenha ar, recoberta por uma membrana flexível 
Som 
submaciço 
Constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe concede 
características peculiares. 
 
AUSCULTA 
5 
 
 Pesquisa por murmúrio vesicular, que é mais audível nas bases, vai estar diminuído ou aumentado. 
 Diminuído: derrame pleural, pneumonia, atelectasia e pneumotórax 
 Aumentado: situações de compensação, murmúrio vesicular vicariante. 
 Exemplo: Paciente deu entrada ao pronto atendimento com derrame pleural a direita, quando fez a 
ausculta tem ausência de murmúrio vesicular a direita. Mas quando faz ausculta do hemitórax 
esquerdo tem uma impressão de que o murmúrio vesicular está aumentado. Ele está compensando 
porque o outro lado está abolido. 
RUÍDOS INSPIRATÓRIOS 
Estertor crepitante, Estertor bolhoso e Estridor laríngeo 
RUÍDOS EXPIRATÓRIOS 
Ronco (mais grave) e Sibilo (mais agudo) = hiper-reatividade brônquica 
 Ruídos adventícios: 
 Roncos e sibilos 
 Roncos e sibilos mostram uma estenose/compressão nas vias respiratórias. Tem uma 
dificuldade de expelir ar. Demonstra presença de edema, dificuldade de expiração de gás. 
Sibilo é um som mais fino e ronco mais rude. Independente de qual, mostra que tem 
estreitamento da via respiratória, broncoespasmo e edema. 
 Ronco e sibilo localizado pode ser aspiração de corpo estranho ou estenose causada por 
secreção ou carcinoma brônquico. Já quando tiver generalizado pode ser doença pulmonar 
obstrutiva crônica, asma, bronquite. 
 Está auscultando o paciente e encontrou presença de ruído ou ronco, pensa em uma 
patologia segmentar, essa estenose pode ser devido a inspiração de corpo estranho, devido 
a edema ou a carcinoma brônquico. 
 Roncos e sibilos mostram hiper-reatividade brônquica, estenose – dificuldade de expirar. 
 Ronco e sibilo localizado – aspiração de corpo estranho, edema, carcinoma brônquico; 
secreção. 
 Sibilo generalizado – DPOC, Asma, bronquite 
 Estertores crepitantes: tem recrutamento alveolar; fase de resolução de um processo 
infeccioso pulmonar. Geralmente no final da inspiração e início da expiração. Como se estivesse 
crepitando cabelo. 
 Estertores bolhosos: tem grande quantidade de secreção na via respiratória. Como se estivesse 
soprando canudo no copo de água. Mostra que tem liquido na via respiratória. Edema agudo de 
pulmão. 
 Atrito pleural – comum da pleurite, ou seja, um processo inflamatório que cursa com o 
acometimento da pleura é possível auscultar esse som rude que pode estar presente tanto na 
inspiração quanto na expiração e não modifica com a tosse. 
 Estridor – semi obstrução da laringe ou traqueia 
6 
 
IMPORTANTE: pedir para o paciente tossir, para ter mobilização de secreção. Se encontrei ronco e sibilo 
localizado, estou com dúvida em edema, secreção ou corpo estranho ou carcinoma brônquico. Pede para o 
paciente tossir. Se a ausculta melhorar é secreção acumulada na via respiratória. 
Algumas situações podem gerar taquipneia ou bradipneia com ausculta pulmonar normal. 
Por exemplo: paciente com taquipneia e tem ausculta normal tem hipótese diagnostica de anemia, 
cetoacidose e dispneia psicogênica. 
DIAGNÓSTICOS 
Síndrome Brônquica: 
 Sintomas: Dispneia e tosse. Podem estar ausentes. 
 Inspeção: Taquipneia, redução da expansibilidade e tiragem. 
 Palpação: Frêmito toracovocal normal ou diminuído 
 Percussão: Som claro pulmonar ou hipersonoridade 
 Ausculta: Diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos predominantemente 
expiratóriosem ambos os campos pulmonares. Pode haver roncos e estertores grossos. 
Consolidação pulmonar 
 Sintomas: Tosse produtiva, dispneia e dor torácica 
 Inspeção: Taquipneia e expansibilidade do lado acometido 
 Palpação: Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado 
 Percussão: Submacicez ou macicez 
 Ausculta: Presença de estertores finos. Pode haver som brônquico ou broncovesicular, substituindo 
o murmúrio vesicular. 
Atelectasia: 
 Sintomas. Dispneia, tosse seca. 
 Inspeção. Retração do hemitórax e tiragem. 
 Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido. 
 Percussão. Submacicez ou macicez. 
 Ausculta. Redução do murmúrio vesicular, ressonância vocal diminuída. Pode haver som brônquico 
ou broncovesicular substituindo o murmúrio vesicular 
Derrame pleural: 
 Sintomas. Dispneia, tosse seca e dor torácica. 
 Inspeção. Expansibilidade diminuída, sinal de Lemos-Torres nos derrames de grande volume. 
 Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal reduzido ou abolido na área do derrame. 
 Percussão. Macicez ou submacicez. 
 Ausculta. Murmúrio vesicular reduzido ou abolido na área do derrame 
Pneumotórax: 
7 
 
 Sintomas. Dispneia aguda, dor torácica. 
 Inspeção. Sem alterações ou abaulamento dos espaços intercostais quando de grande volume. 
 Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido. 
 Percussão. Hipersonoridade ou som timpânico (hidropneumotórax). 
 Ausculta. Murmúrio vesicular diminuído ou abolido. Ressonância vocal diminuída 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Em casos de suspeita de Asma, realizar espirometria; 
 Rx de tórax 
 TC de tórax 
 Gasometria arterial – SatO2 
 Teste para deficiência de alfa – 1 – antitripsina 
 Otoscopia 
 Hemograma 
 USG de abdome quando houver suspeita de presença de hipertensão portal e/ou cirrose hepática 
 Cateterismo cardíaco direito é fundamental para confirmação diagnóstica de hipertensão pulmonar 
 Dímero – D para descartar a hipótese de embolia pulmonar; pode estar aumentado cronicamente 
nos casos de neoplasias, DPOC e ICC. 
8 
 
Semiologia Cardiovascular 
INSPEÇÃO 
1. Batimentos 
Observar se há propulsões visíveis. 
Descreva: 
 Batimento cardíaco visível 
 Batimento cardíaco não visível 
2. Região torácica anterior 
Visualizar na posição frontal e tangencial 
Descreva: 
 Forma típica/atípica 
 Simétrico/assimétrico 
 Presença/ausência de abaulamentos 
 Presença/ausência de cicatrizes 
3. Estase Jugular Posicionar paciente a 45º 
Descreva: 
 Jugular túrgida/não túrgida – intensidade em cruzes (+/+4) 
PALPAÇÃO 
1. Bulhas palpáveis 
Descreva: 
 Bulha palpável em região do foco tal. 
2. Frêmito 
SEMIOTÉCNICA: 
Palpação com palpa da mão no tórax anterior, buscando sensação tatil de vibrações sugestivas pelo 
sopro. 
Descreva: 
 Frêmito palpável/não papável. Em região “x”. De intensidade (+/+4). Irradiação 
3. Ictus Cordis 
Choque da ponta do coração contra a parede torácica. Localizado no foco mitral. Ictus propulsivo 
aparece quando há predomínio da hipertrofia sobre a dilatação. 5º espaço intercostal esquerdo linha 
hemiclavicular, identificar a localização, delimitar em polpas digitais e pousar palma da mão para 
sentir intensidade. 
Descreva: 
 Ictus cordis localizado em: 
o Intensidade (normal, intensa ou discreta) 
9 
 
o Extensão (em polpas digitais) 
4. Palpação de pulsos 
Nem toda sístole é acompanhada de pulso radial, podendo mostrar um déficit de pulso/contração. 
Maneira de avaliar se o paciente está em arritmia ou com uma insuficiência ventricular. 
 Palpar ambos os lados, uma vez que as patologias que cursam com ausência unilateral 
do pulso são a Doença de Takayasu, Arterite ou “Doença das mulheres sem pulso”. 
 Pressão arterial nos membros inferiores é sempre maior que a do membro superior. 
Sendo a diferença de 10 mmHg na diástole e 20 mmHg na sístole 
 Situações onde pressão em MMSS > MMII 
o Coaptação de aorta 
o Aneurisma de aorta 
 Ausculta de pulso abdominal: Pode haver sopro de artéria renal. Uma das causas de 
aneurisma de artéria renal é Hipertensão Renovascular em paciente jovem 
5. Pesquisa de Turgência Venosa Jugular 
Presente em patologias cardíacas de lado direito, no caso de uma estenose tricúspide ou pulmonar 
ou insuficiência das mesmas valvas citadas. 
6. Refluxo Hepatojugular 
Refluxo hepatojugular positivo – suspeita de insuficiência cardíaca, particularmente disfunção 
sistólica ventricular esquerda (recomendado ecocardiografia) 
 
AUSCULTA 
1. Focos de ausculta 
 Aórtico: 2º EIC direito para esternal 
 Pulmonar: 2º EIC esquerdo para esternal 
 Tricúspide: 5º EIC esquerdo para esternal 
 Mitral: 5º EIC esquerdo linha hemiclavicular 
 Aórtico acessório: 3º EIC esquerdo para esternal 
2. Frequência Cardíaca (60 – 100 bpm) 
Aumento da frequência 
 Estados fisiológicos 
Emoção, esforço físico 
 Estados patológicos 
Anemia, Tireotoxicose, insuficiência hepática, béri-béri 
Diminuição da frequência 
 Estado fisiológico 
Paciente atleta 
10 
 
 Estado patológico 
Doença do nó sinusal, Bloqueio Atrioventricular, Intoxicação digitálica, Mixedema do 
hipotireoidismo. 
B1 – Mitral e Tricúspide se fecham, no início da contração isométrica ventricular 
B2 – Fechamento da aórtica e pulmonar, a valva aórtica é responsável pela propagação de B2 para 
o pescoço, ponta do coração, ponta do coração, precórdio. 
B3 – Ocorre no fim do enchimento rápido na diástole ventricular. Sobrecarga volumétrica. 
o Fisiológica na criança, > 20 anos é patológico 
o Insuficiência ventricular; Insuficiência Mitral; Estado Hipercinético (aumento do débito 
cardíaco em repouso) 
B4 – Reforço da contração atrial, quando há diástole ventricular que tem o enchimento do ventrículo 
e o aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo, dessa forma há uma dificuldade no 
enchimento do ventrículo. Sobrecarga pressórica. 
o Cardiopatia hipertrófica; Estenose aórtica; Insuficiência cardíaca; Área de isquemia 
uma vez que o coração perdeu a capacidade de contrair. 
Ritmo de galope 
 B3 – Galope ventricular 
 B4 – Galope atrial 
 Inspiração profunda 
o Aumento do retorno venoso de VD, retardo no fechamento da P2 
o É possível analisar desdobramento de A2 - P2 
DESCREVA 
Bulhas cardíacas: 
 Regulares/irregulares 
 Em 2 Tempos ou 3 Tempos 
 Intensidade (normo, hipo ou hiperfonéticas) 
 Presença ou ausência de sopros 
SOPROS 
Mecanismo: resultado do turbilhonamento do sangue, uma manifestação audível 
I. Cavidade estreita  Cavidade maior (Aneurisma) 
II. Dificuldade de abertura de valva (Estenoses) 
III. Dificuldade de enchimento (Insuficiências) 
IV. Outros (Fístulas; Persistência de canal arterial) 
11 
 
V. Sopros sem lesão valvar: Anemia; Tireotoxicose 
Sístole 
 Abertura das sigmoideas e fechamento das atrioventriculares, jogando o sangue para a periferia 
1) SOPRO SISTÓLICO DE EJEÇÃO 
 Estenose Aórtica 
 Sopro de intensidade variável – Crescente e decrescente 
 Sintomas clássicos: dispneia, angina e síncope 
 
 
 
 
 Estenose Pulmonar 
 Sopro de intensidade variável – Crescente e decrescente 
2) SOPRO SISTÓLICO DE REGURGITAÇÃO 
 Insuficiência Mitral 
 Fluxo regurgitante – Sopro Holossistólico 
 Febre reumática aguda, se manifesta com uma insuficiência mitral 
12 
 
 Cardiopatia dilatada 
 Comprometimento ventricular esquerdo importante 
 
 Insuficiência tricúspide 
 Sopro Holossistólico 
 
 
13 
 
DIÁSTOLE 
1) SOPRO DIASTÓLICO DE REGURGITAÇÃO 
 Insuficiência Aórtica 
 
 
 
 Insuficiência Pulmonar 
2) SOPRO DE ENCHIMENTO RÁPIDO 
 Estenose Mitral 
 Apresenta B1 hiperfonética, podendo apresentar também B2 hiperfonética 
devido a Hipertensão Arterial Pulmonar associada. 
 Aumento de átrio esquerdo 
 Febre reumática crônica 
 Sintomas: Dispneia, ortopneia, Dispneiaparoxística noturna, hemoptise, 
rouquidão, edema e ascite 
14 
 
 
 Estenose Tricúspide 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
15 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
Sintomas retrógados são aqueles relacionados a congestão, sobrecarga hídrica, por exemplo na 
sobrecarga cardíaca esquerda onde irão aparecer sinais e sintomas pulmonares, como a dispneia, cansaço 
aos esforços, presença de estertores pulmonares, ortopneia, dispneia paroxística noturna. 
No lado direito, terá sinais e sintomas relacionados a circulação cerebral, veia jugular, fígado, estômago, 
região sacral e membros inferiores, logo irão aparecer sinais e sintomas cardíacos direitos (retrógrados) 
tais como a estase jugular, refluxo hepatojugular, hepatomegalia congestiva e dolorosa, ascite, edema de 
membros inferiores, edema sacral, plenitude pós-prandial com edema de parede estomacal. 
Sinais e sintomas anterógrados estão relacionados ao baixo débito cardíaco, como as extremidades frias, 
pulso filiforme, perfusão periférica lentificada, oliguria (redução do débito urinário), sonolência e/ou 
confusão mental e/ou agitação psicomotora (diminuição da pressão de perfusão cerebral) 
Nas Insuficiências Cardíacas Direitas, há a presença de sintomas de regurgitamento, dessa forma o 
paciente irá apresentar os seguintes sintomas: 
 Hepatomegalia 
 Edema de Membros Inferiores 
 Ascite 
 Pode ser ocasionada por doenças pulmonares 
 Esplenomegalia, hepatomegalia 
 Derrames cavitários, cianose 
 Fadiga astenia 
16 
 
 Confusão mental, dificuldade de concentração, cefaleia, insônia e ansiedade 
 Sopro de insuficiência tricúspide 
Já no átrio esquerdo chega as veias pulmonares, logo em uma estenose mitral há uma repercussão no 
pulmão, sendo assim o paciente 
 Dispneia – principal sintoma 
 Ortopneia 
o Pode estar presente em 
 Obesidade 
 Sedentarismo 
 DPOC 
 Anemia 
 Hemoptise 
 Tosse 
 Asma cardíaca 
 Dor precordial – Uma vez que do ventrículo esquerdo sai a aorta, que irá dar um ramo que forma a 
coronária 
 Claudicação intermitente – Devido a diminuição do fluxo/ejeção 
 Edema agudo de pulmão 
 Oligúria, Nictúria 
 Confusão mental, dificuldade de concentração, cefaleia, insônia e ansiedade 
 Respiração de Cheyne-Stokes 
 Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritmias, baixa reserva 
 Hiperfonese de P2, Sopro de regurgitação mitral e estertor creptante 
* Doença Arteroesclerótica na síndrome isquêmica (Isquemia ou Infarto do miocárdio) 
Ocorre quando existe um desbalanço entre o oxigênio ofertado para aquilo que é demandado, quando esse equilíbrio 
entre demanda e oferta é perdido, ocorre a isquemia. A doença aterosclerótica é a etiologia mais comum, são 
conhecidas como “placas de gordura” que obstruem o lúmen da artéria e isso diminui o fluxo de sangue em direção 
ao músculo cardíaco. 
IMPORTANTE! 
 Nas estenoses sempre irão desencadear sobrecarga retrógrada 
 Nas patologias de átrio direito irá ter sintomatologia de regurgitação no território da veia cava 
superior e da veia cava inferior. No território da veia cava superior há o tronco braquiocefálico 
onde ele irriga pescoço e membro superior. Já no caso do território da veia cava inferior, 
membros inferiores e abdômen são irrigados. Ex.: Estenose tricúspide, terá uma falta de 
oxigenação do sangue pois há uma dificuldade de ejetar o sangue para o pulmão, porém a 
17 
 
pressão retrógrada estará aumentada, tanto na cava superior quanto na cava inferior, levando 
assim uma hepatomegalia congestiva, porque leva um aumento da pressão retrógrada na veia 
cava que é tributária da veia cava inferior, como também irá deflagrar uma esplenomegalia pelo 
mesmo mecanismo. 
 Os sintomas apresentados anteriormente são presentes em uma fase mais avançada, paciente 
com algum problema de insuficiência cardíaca é praticamente assintomático. 
Manifestação clássica da isquemia (angina) 
 Sensação de peso ou aperto, queimação ou dificuldade de respirar 
 Irradiada para ombro pescoço ou braço (face medial dos MMSS), região 
 Aumenta de intensidade em poucos minutos, dor insidiosa ** 
** Diferentemente da dissecção de aorta onde a dor já se apresenta como 10 EVA 
 Pode ser desencadeada por esforços ou estresse, mas na maioria, ocorre sem fatores 
desencadeantes óbvios 
Equivalentes isquêmicos (sintomas sugestivos que podem aparecer mesmo na ausência de dor) 
o Dispneia 
o Síncope 
o Sudorese 
o Palidez 
o Arritmias 
Às vezes o paciente pode referir apenas uma sudorese profusa, somente diaforético. 
Paciente com a mão colocada sobre o tórax, sobre a região precordial, com tórax encurvado, com 
fáscie de dor – sinal de Levine. É clássico em meia idade, desencadeado pelo frio ou por alimentação 
vigorosa, estressado, pessoa que trabalha muito, que sente dor na região precordial com irradiação 
para a face medial do membro superior esquerdo. 
* Dissecção de aorta: diferença de pulso ou pressão; presença de sopro novo de IAo na presença de dor na 
linha anterior do tórax 
* Pericardite: atrito pericárdico na ausculta. Dor precordial do tipo pleurítica, ou seja, ela piora com a 
respiração e tosse, melhora com a flexão do tórax para frente. 
* Embolia de pulmão: taquicardia, taquipneia, hiperfonese de P2 
18 
 
 
 
Diferenças da Dissecção de aorta para o IAM 
- Dor migra com a evolução da dissecção. Pico da intensidade do quadro álgico logo no início. Diferença de 
PA entre os MMSS. Surgimento de sopro de insuficiência aórtica aguda. Surgimento de sopro carotídeo ou 
déficit neurológico focal. 
19 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Exames complementares para dor torácica 
 ECG; 
 Marcadores de necrose miocárdica – mioglobina, CK-MB, troponinas; 
 Radiografia de tórax; 
 Ecocardiograma; 
 Avaliação de isquemia miocárdica – teste ergométrico, cintilografia e ECO-stress; 
 Tomografia computadorizada. 
 Marcadores de necrose miocárdica são popularmente e erradamente conhecidos como “enzimas cardíacas”, e elas 
não são enzimas, e sim proteínas. Todo paciente com dor torácica a gente vai pedir eletro, marcador de necrose 
miocárdica e raio-x de tórax. Depois vai depender do caso clínico do paciente. Se suspeitar de dissecção de aorta 
pede-se angiotomografia; se suspeitar de uma doença coronariana pode pedir um teste ergométrico; suspeita de dor 
torácica por covid-19 pede-se tomografia de tórax. 
Eletrocardiograma 
 Importante na abordagem diagnóstica, prognóstica e terapêutica; 
 Deve ser feito brevemente – menos de 10 minutos da entrada do paciente; 
 Alterações são fundamentais para decisão da terapia nas SCA com supra ST e sem supra de ST; 
 ECG completamente normal não exclui isquemia. 
O ECG é muito importante pois dá o diagnóstico, até de causas extracardíacas. Também é prognóstico e terapêutico – 
dependendo da alteração do eletro o mais grave é a SC, o pior é o infarto. Infartos com eletros normais matam menos 
do que infartos com eletro super alterados, então ele tem valor prognóstico e guia o tratamento. Importante: ele tem 
que ser feito muito rápido. Então ao mesmo tempo em que você está examinando o paciente alguém já está preparando 
o paciente para fazer o ECG. Não tem uma ordem estabelecida e acontece tudo rápido. No máximo 10 minutos desde 
que o paciente entra no PS para fazer e interpretar o eletro. O ECG normal não exclui isquemia, o paciente infarta com 
eletro normal, talvez um infarto não tão grave quanto um infarto com ECG alterado. 
 
20 
 
Semiologia do Abdome 
ANAMNESE 
Dor abdominal 
 Localização 
 Início do quadro 
 Irradiação 
 Intensidade 
 Tipo da dor 
 Relação com a alimentação 
 Náusea e vômitos 
 Fatores agravantes 
 Fatores atenuantes 
 Fluxo menstrual 
 Presença de leucorréia 
 Distúrbio miccional 
 Febre 
 Quando há uma dor que independe da movimentação é sugestivo de um espasmo - espasmo de ureter, 
espasmo de cólon, espasmo de colédoco; ou seja, o indivíduo pode ter umacólica nefrética, cólica biliar, 
cólica intestinal-, em virtude disso que um paciente que cursa com cólica renal não tem uma posição 
que alivie a dor ou também nos casos de cólica intestinal associada a diarreia, gastroenterite. Já nos 
casos onde a dor piora com o movimento é característico de irritação peritoneal. 
 
21 
 
 
 
INSPEÇÃO 
 Forma: plano, escavado, em avental, globoso (ou protuso) (por obesidade, gravidez, tumor, ascite) 
 Lesões cutâneas – feridas 
 Cicatrizes 
 Eliminações 
 Depressões 
 Circulação Colateral 
 Estrias 
 Cicatriz umbilical: normal: centralizado e invertido. anormalidades: plano, evertido, herniação 
 Abaulamentos: súbito/progressivo - tempo; localizado/global (Ex.: herniações) 
Ex.: Abdome totalmente globoso, com macicez, sinal de piparote positivo – Ascite 
Ascite Total; Ascite encistada – Comum em tumor de ovário 
22 
 
Inspeção dinâmica: 
 Herniações: manobra de Smith-Bates e Manobra de Valsava 
 Ondas peristálticas 
 Pulsações 
 Respiração: masculino (toracoabdominal); feminino (torácica); inflamação abdominal (torácica). 
Descrição: forma e cada item, mesmo que ausente. Então descreva ausência de lesões cutâneas, cicatrizes, 
eliminações, abaulamentos, depressões, colateral, estrias, hérnia, ondas peristálticas, pulsações. Cicatriz 
umbilical. 
PALPAÇÃO 
O que se avalia: parede abdominal, visceromegalias (fígado, baço, bexiga, rim), gravidez, massas, fecaloma, 
aorta abdominal. Sempre comparar um lado com o outro para procurar aumento de tensão abdominal, 
debaixo para cima, sempre perguntando ao paciente se ele está sentindo dor. Importante em pacientes 
poliqueixosos sempre conversar para não ter participação de contração voluntária, podendo levar a um 
falso diagnóstico de irritação peritoneal onde na verdade é uma sensibilidade visceral aumentada devido a 
uma ação do sistema nervoso entérico. 
Superficial 
Monomanual (mão dominante): 
o Sensibilidade; Espessura da parede; Tumorações; Solução de continuidade; Tensão; Edema 
 Piparote ou sinal da onda líquida 
Mono ou bidigital 
 Localizar pontos sensíveis, explorar orifícios herniários, determinar sentido da circulação colateral. 
Profunda 
Bimanual (mão dominante embaixo): 
o Aprofundar no tempo expiratório 
o Regiões dolorosas por último e não direcionar para órgãos 
Massa: localização, forma, tamanho, consistência, sensibilidade, pulsações, mobilidade. 
Palpação de órgãos 
FÍGADO 
4 técnicas: simples, bimanual, em garra, em pinça. Descrição: não palpável (normal) ou 2cm da borda costal 
direita. Ultrapassa a linha média em x cm. 
Consistência, bordas, sensibilidade. 
23 
 
Manobra de matieu – Palpação com a mão em garra a partir da inspiração profunda do paciente 
Consistência normal – Fibroelástica com superfície lisa 
Sinal de Jobert – timpanismo à percussão do limite superior do fígado que corresponde a acúmulo de gás 
abaixo do diafragma que ocorre na perfuração de víscera oca em peritônio livre. 
Estado patológico 
Fígado com consistência rugosa – Nódulo de reverberação, típico da cirrose; Carcinoma hepatocelular 
Fígado aumentado – Trombose de veia porta; Infiltração da veia porta por tumor; Estenose tricúspide; 
Patologias que levam a regurgitação através do ventrículo direito (pericardite constritiva, tamponamento 
pericárdico), Carcinoma hepatocelular. 
Quem forma a veia porta? 
Veia gástrica esquerda, veia esplênica, veia hepática comum, veia mesentérica inferior 
Causas de hepatomegalia infecciosas – Hepatite, Malária, Leishmaniose 
BAÇO 
Apenas palpável em crianças, no adulto todo baço palpável é patológico 
Simples, bimanual (localização, tamanho, consistência, bordas, sensibilidade) 
Palpação = Manobra em garra (Manobra de Matieu) 
Caso houver dúvida, realizar percussão no espaço de Traube, as seguintes situações patológicas são 
quando é encontrado macicez neste espaço: Esplenomegalia, Tumor gástrico, Grande derrame pleural. 
O baço faz parte do sistema reticulo endotelial e realiza fagocitose. Está aumentado nos casos de: Trombose 
da Veia esplênica; Processos Infecciosos (Toxoplasmose, Rubéola e Citomegalovírus); Degeneração 
gordurosa (Doença de Bichet); Histiocitose X; Sarcoidose; Malária; Leishmaniose Visceral; Linfosarcomas; 
Anemia hemolítica. 
Única anemia que leva a diminuição do baço é a anemia falciforme 
VESÍCULA BILIAR 
Em colescistite aguda: na inspiração profunda o examinador toca o fundo da vesícula, há muita contratura 
de defesa levando o paciente a interromper a inspiração ou relatar dor intensa. 
 Sinal de Murphy (compressão do ponto cístico durante a inspiração profunda do paciente) – positivo 
- Colescistite 
Vesícula é palpável apenas em casos como: Tumor de cabeça de pâncreas; Colescistite crônica (vesícula 
hidrópica ou em porcelana). 
24 
 
Vesícula palpável na ausência de dor – Tumor de cabeça de pâncreas (sinal de Courvoisier- terrier) 
Vesícula palpável na presença de dor – Colescistite crônica (vesícula hidrópica) 
RIM 
Palpação bimanual e punho-percussão – Manobra de Giordano 
PAREDE ABDOMINAL 
Sinal de Blumberg – Pesquisa de irritação peritoneal a partir da descompressão brusca dolorosa 
Positivo em: DIP (Doença Inflamatória Pélvica) 
PERCURSSÃO 
 Método digito-digital. 
 Timpânico (normal). 
 Hipertimpânico: meteorismo; obstrução; pneumoperitônio. 
 Submaciço: ascite leve a moderada; liquido gástrico ou intestinal; próximo a órgão maciço. 
 Maciço: fígado, ascite, vísceras sólidas aumentadas. 
 Hepatimetria (linha hemiclavicular, desde clavícula, determinar borda superior e bordas 
superior e inferior do fígado: determine a distância em cm) – DPOC, derrame pleural, gás 
intestinal. 
 Vísceras sólidas aumentadas 
 Espaço de Traube ocupado (6a a 10a costelas) - esplenomegalia 
 Vísceras ocas repletas de líquido 
 Ascite (macicez de declive) 
 Punho-percussão lombar 
AUSCULTA 
Ruídos hidroaéreos: presentes (hipoativos, normoativos ou hiperativos) ou ausentes – 
normalmente: 5 a 34 ruídos hidroaéreos/min. 
Hipoativos: distúrbios eletrolíticos, pós-operatório de cirurgia abdominal, íleo paralítico, peritonite, 
isquemia intestinal, obstrução intestinal avançada. 
Podendo estar inaudíveis. 
Hiperativos: hipermotilidade, diarreia, má absorção, obstrução intestinal aguda. 
BORBORIGMO: peristaltismo prolongado e intenso (ronco audível). 
25 
 
 Peristaltismo de luta: obstrução aguda (inicial). 
 Sopros: doença vascular oclusiva. 
 Massas + sopros: aneurismas (ausculta arterial). 
EXAMES FÍSICOS COMPLEMENTARES 
Toque retal – Para verificação de uma possível neoplasia de reto, uma vez que o tumor de reto faz o 
impedimento do trânsito. Exame pélvico ou retal na ausência de outros sinais abdominais pode ser causada 
por patologias de tratamento cirúrgico, como apendicite perfurada, diverticulite, torção de cisto ovariano... 
Toque vaginal – caso haja dor à palpação em colo de útero é possível que tenha alguma doença 
correlacionada a útero, ovário e trompa ou um caso de doença inflamatória pélvica. 
Relação entre temperatura axilar e retal – diferença maior que 1°, há uma dissociação axilo-retal (sinal de 
Lennander): Pelve peritonite 
Manobra de Lapinsky – levantar a perna realizando compressão da fossa ilíaca esquerda para confirmação 
de diagnóstico de apendicite 
Manobra de Rovsing – deslocamento retrógado do ar com a mão, a partir da distensão - apendicite 
DIAGNÓSTICOS 
Colescistite 
Endometrite 
Infecção de trato urinário 
Doença inflamatória pélvica 
Apendicite – Abdome agudo inflamatório 
Gravidez Ectópica Rota – Abdome agudo hemorrágico 
 Diverticulite 
Cisto de ovário torcido 
Pancreatite aguda 
Colangite 
Abdome agudo obstrutivo sem cirurgia prévia – obstrução por corpo estranho; câncer colorretal; 
volvo de sigmoide ou torção; estenose inflamatória por doença de Crohn 
Perfuração de víscera oca 
26 
 
 
 
 
27 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
USG pélvica 
USGtransvaginal 
Exame de urina EAS, uréia e creatinina 
PCR – proteína C reativa 
Níveis séricos de amilase podem estar aumentados em consequência de muitas outras doenças 
que não a pancreatite, como, por exemplo, úlcera perfurada, obstrução intestinal com 
estrangulamento e colescistite aguda. 
CASOS CLÍNICOS 
 
1. Paciente, 65 anos, deu entrada com um quadro de dispneia e epigastralgia urente (queimação) 
acompanhada de sudorese, taquicardia e hipertensão arterial. No exame físico apresenta-se corada, 
hidratada e anictérica; aparelho cardiovascular com sopro sistólico de ejeção (mesossistólico), PA 
elevada; aparelho respiratório com sibilo em todas as regiões, com saturação de oxigênio baixa 
(66%); o abdome normal referindo dor à palpação profunda no epigástrio, ruídos hidroaéreos 
normais. 
DIAGNÓSTICO 
Doença Coronariana Isquêmica (IAM) 
 Epigastralgia - dor referida 
28 
 
 Sopro sistólico de ejeção – Diagnóstico provável: Estenose aórtica, devido ao déficit de 
sangue na circulação, uma vez que há baixo fluxo na aorta é provável que haja um baixo 
fluxo nas suas ramificações, como a coronária. 
 Pode ocorrer B4, devido à dificuldade de enchimento do ventrículo esquerdo durante a 
diástole e isso leva a uma contração atrial reforçada para poder auxiliar no enchimento 
HIPÓTESES 
IAM; Edema Agudo; Dissecção de Aorta; Doença péptico ulcerosa 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 ECG: Supra desnível de ST 
 Raio X de tórax 
 Troponinas e CK MB: Marcadores cardíacos positivos 
2. Paciente, sexo feminino, 36 anos, leucodérmica, casada, residente em Barbacena, deu entrada na 
UBS com um quadro de febre, tosse produtiva e passado recente de um quadro de infecção de via 
aérea superior. No exame físico estava corada, hidratada e anictérica; ausência de linfonodomegalia 
cervical, axilar; no aparelho cardiovascular apresentou taquisfigmia, pressão arterial aumentada e 
ritmo de galope em 3T. 
É necessário neste caso a avaliação da mucosa da cavidade oral (verificar se a amígdala está 
hipertrofiada), realização da otoscopia (avaliação da membrana timpânica, caso haja presença de 
membrana timpânica hiperemiada é sugestivo de infecção por Mycoplasma pneumoniae e o 
tratamento seria realizado através da administração de macrolídeo) 
DIAGNÓSTICO 
Pneumonia e prolapso de valva mitral 
EXAMES LABORATORIAIS 
PCR e VHS; 
Hemograma 
EXAMES DE IMAGEM 
Raio x de tórax 
3. Paciente, sexo feminino, 32 anos, leucodérmica, solteira, residente em São Paulo, deu entrada na 
UBS queixando-se de dor abdominal localizada no hipogástrio e fossa ilíaca direita com início há 12 
dias, não tem relação com a alimentação e acompanhada de febre. No exame físico apresenta 
taquicardia (FC elevada – sugestivo de algum processo inflamatório), com ritmo cardíaco regular 
em 2T; sem linfonodomegalia; sem alterações na inspeção, refere dor à palpação superficial e 
profunda no hipogástrio e fossa ilíaca direita, sinal de Blumberg positivo e teste de Lapinsky 
negativo; relata que está com a menstruação normal, porém apresenta leucorréia, dor ao urinar e 
apresenta dor ao toque vaginal. 
DIAGNÓSTICO 
Doença Inflamatória pélvica 
HIPÓTESES 
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Gravidez ectópica, Infecção de trato urinário, Infecção tubária, Doença inflamatória intestinal 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Ultrassonografia de abdômen – apêndice normal com líquido no fundo de saco de Douglas 
Hemograma – Leucocitose com desvio à esquerda; PCR aumentado, logo é sugestivo de um 
processo inflamatório 
4. Paciente, sexo feminino, leucodérmica, natural de Muriaé, deu entrada na UBS com quadro de febre, 
temperatura axilar de 38°C, tosse inicialmente seca que evoluiu para uma tosse produtiva com 
secreção hialina, com histórico há 10 dias atrás de uma virose/ Influenza, dispneia a grandes 
esforços. Ao exame físico apresentou estertor crepitante 
DIAGNÓSTICO 
 
HIPÓTESES 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
5. Paciente deu entrada no hospital após um acidente automobilístico referindo muita dor abdominal 
irradiando para todo o abdome, caracterizada como uma cólica acentuada que melhora quando a 
paciente fica parada; apresenta no exame físico abdome distendido, desidratação, anictérica, 
acianótica e hipocorada, nega febre, PA 90x60 (hipotensão), taquicardia. Durante a percussão no 
hipocôndrio direito foi encontrado timpanismo na região hepática (Sinal de Jobert positivo) 
DIAGNÓSTICO 
Pneumoperitônio, abdome agudo perfurativo 
HIPÓTESES 
Rompimento de víscera oca e/ou trauma vascular 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Raio X de Tórax 
Raio X de abdome 
6. Paciente deu entrada no hospital com dor na região epigástrica e no hipocôndrio direito urente 
(queimação) associada a náuseas e vômitos, relata que essa dor iniciou há 30 dias e que nas últimas 
horas houve piora do quadro, anteriormente (2-3 dias) após a ingestão de antiácidos e ao se 
alimentar sentia melhora, porém nas últimas 6 horas nega fatores atenuantes. Exame 
cardiovascular normal. 
DIAGNÓSTICO 
Doença péptico ulcerosa – doença perfurativa 
HIPÓTESES 
Infarto diafragmático (descartada pois o exame cardiovascular normal e sem sudorese) 
Gastrite 
EXAMES COMPLEMENTARES 
30 
 
 
7. Paciente estava internada com um quadro de angina e estenose aórtica, subitamente iniciou um 
quadro de dispneia e foi solicitado um médico para fazer a ausculta pulmonar da paciente. 
SOM AUSCULTADO 
Estertor Crepitante 
8. Paciente com histórico de dor torácica, cansaço, dispneia, fadiga. 
 
9. Paciente cardiopata com tosse, dispneia, com relato de que parou de tomar o seu remédio 
(diurético). Pede-se que faça a ausculta do paciente e verifique se é regular ou irregular. 
SOM AUSCULTADO 
Ritmo em 3T, presença de B3. 
 
Sintomas: Febre + tosse + dispneia 
Ausculta pulmonar: Estertor fino em hemitórax Hipótese diagnóstica: pneumonia 
Exames complementares: raio x de tórax com infiltrado + hemograma com leucocitose com desvio 
a esquerda 
 
10. Sintomas: Febre + tosse + dispneia 
Ausculta pulmonar: Ausência de murmúrio vesícular em hemitórax 
Hipótese diagnóstica: atelectasia ou derrame pleural ou pneumotórax 
Exames complementares: raio x de tórax com desvio de mediastino para o mesmo lado do MV 
ausente = atelectasia; desvio de mediastino contralateral = derrame pleural/pneumotórax 
 
11. Sintomas: tosse + dispneia + edema 
Ausculta cardíaca: B3 + regurgitação mitral 
Hipótese diagnóstica: insuficiência ventricular/insuficiência mitral esquerda = deficiência de ejeção 
(menor TFG = oligúria, fadiga, dispneia) (maior predisposição a edema, hemoptise) 
Qual sopro sistólico que predomina? Sopro sistólica de regurgitação (holossistólico) 
*Se fosse do lado direito haveria mais dispneia e mais cianose (mais predisposição a anasarca, 
hepatomegalia) 
 
12. Sintomas: Febre + tosse + dispneia + quadro de pneumonia há 1 semana com suporte de O2 
Ausculta pulmonar: Murmúrio vesicular diminuído em lobo inferior 
Hipótese diagnóstica: atelectasia 
Exames complementares: raio x mostrando desvio do mediastino ipsilateral (confirma atelectasia) 
 
13. Sintomas: Síncope + dispnéia + palpitação + cansaço + dor precordial 
31 
 
Ausculta cardíaca: sopro sistólico de ejeção (maior intensidade em foco aórtico na ponta do coração 
e no pescoço) + pulso pargo no exame físico 
Hipótese diagnóstica: estenose aórtica 
 
14. Sintomas: Dor abdominal difusa que piora com a alimentação gordurosa, 24h de exacerbação com 
melhora ao vomitar, febril 
Exame físico abdominal: dor à palpação superficial e profunda em hipocôndrio direito + sinal de 
Murphy positivo 
Hipótese diagnóstica: colecistite aguda 
Exames complementares: hemograma com leucocitose sem desvio a esquerda + USG abdominal 
(vesícula biliar com parede espessada com cálculos em seu interior) 
 
15. Sintomas: Sudorese fria + hipotensão + taquicardia + Dor abdominal difusa súbita com maior 
intensidade acima da bexiga e em hipocôndrio direito com piora ao andar e melhoraao repousar + 
menstruação atrasada + caso de diabetes e dificuldade de engravidar 
Exame físico abdominal: sinal de Blumberg positivo (dor à descompressão brusca no ponto de 
McBurney) + sinal de Lapinski negativo (SEM dor à compressão do ceco com o membro inferior 
direito elevado) 
Exames complementares: USG abdominal com líquido na cavidade pélvica (sempre proceder ao 
toque vaginal e retal) 
Hipótese diagnóstica: gravidez ectópica rota (extrauterina, tubária) 
 
16. Sintomas: Abdome distendido + dor abdominal 
Exame físico abdominal: sinal de piparote positivo (onda líquida) 
Hipótese diagnóstica: ascite (aí precisa descobrir a causa - hepática, renal, uterina, pancreática.... 
Nesse caso só queria se descobrir se era liquido ou gases) 
 
17. Sintomas: Dispneia de aparecimento súbito + cianose de extremidade + tosse seca + quadro gripal 
há 2 semanas + febre 
Ausculta pulmonar: sibilos em hemitórax 
Exames complementares: raio x de tórax 
*Bombinha beta 2 como primeira conduta 
 
18. Sintomas: Disúria + hematúria + agitação psicomotora + náusea + vômito + sudorese fria + 
taquicardia (120 bpm) + taquipneia (28 irpm) + hipertensão (150x90) 
Hipótese diagnóstica: cálculo renal 
Exames complementares: USG de vias urinárias (rim aumentado) 
32 
 
Extra

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