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Medicina AIS IV – Thayná Borba 1 Atenção integral á saúde IV Epidemiologia A. Definição e uso no campo da saúde § O que é a epidemiologia ? Epi= sobre, demos= população, logos = estudo; campo que estuda a população, estudo dos fenômenos que ocorrem em uma população. Usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações e para definir estratégias de prevenção e controle. § Outra definição: ciência que estuda o processo de saúde-doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes e dos agravos à saúde coletiva, para que seja possível propor medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação. § Os conceitos e estudos epidemiológicos auxiliam respostas a perguntas como: o Como e porque a população adoece ? o Como e porque a população se cura? o Como e porque a população é atendida? o Quanto custa a atenção à saúde ? § Ciência fundamental para a saúde pública § Tem dado grande contribuição a melhoria da saúde das populações § Essencial no processo de identificação e mapeamento de doenças emergentes. § Premissas fundamentais da epidemiologia: conhecimento de que as doenças não aparecem ao acaso na população § Cada um de nós possui certas características que predispõem ou protegem contra uma variedade de diferentes doenças. o Características genéticas o Hábitos e comportamentos o Exposição a determinados perigos ambientais. B. Objetivos: 1. Identificar a etiologia ou causa da doença e os fatores de risco relevantes, ou seja fatores que aumentam o risco da doença para a pessoa. § Saber como a doença era transmitidas § Reduzir a mortalidade e morbidade relacionado a doença. 2. Determinar a extensão da doença encontrada na comunidade § Qual grau de importância da doença na comunidade? § Planejamento de serviços e instalações de saúde § Treinamento de futuros agentes de saúde. 3. Estudar história natural da doença e os prognósticos. Medicina AIS IV – Thayná Borba 2 § Existem doenças mais graves que outras, mais letais, enquanto outras apresentam maior tempo de sobrevivência § Desenvolver modelos de intervenção através de tratamentos ou de abordagens preventivas 4. Avaliar medidas preventivas e terapêuticas e modelos de assistência à saúde. § Ex: rastreamento do câncer de próstata utilizando antígeno prostático específico (PSA) 5. Proporcionar bases para o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas a problemas ambientais e genéticos. § A radiação eletromagnética emitida por aparelhos domésticos oferecem perfil a saúde? § Os níveis elevados de ozônio na atmosfera constituem-se em causas adversa a saúde das populações humanas? § Que profissões estão associadas ao aumento do risco em trabalhadores e que tipos de leis de proteção são necessárias? C. Contexto histórico e contribuições em saúde PrincÍpios e avaliações em tecnologia em saúde • Definição: tecnologia em saúde razão de saber prevenir, tratar, diagnosticar, reabilitar. o Tecno: saber fazer logia: razão o Saúde: prevenir, diagnosticar, tratar, reabilitar o Está presente na APS, o Todo nosso conhecimento para prevenir, diagnosticar, tratar • Ela não está limitada a grandes hospitais; • Tipos de tecnologia em saúde: o Leve – toda tecnologia que envolve o acolhimento do paciente. Autonomização, vínculo o Leve-duras – tecnologia saberes (clínica médica, pediatria, psicanálise, epidemiologia o Duras – máquinas, ferramentas (ex: exame para diagnóstico) • Tecnologia e equipamentos são diferentes. Equipamento é um tipo de tecnologia • Onde é aplicada ? Equipamentos, aplicativos • Meninas de 14 anos gestantes. 100 mortes/ 100.000 habitantes; principal causa de morte é a HA na gestação. o Distribuição, apresentação de método contraceptivo, prevenção com edução sexual, investir em educação Avaliação em saude Medicina AIS IV – Thayná Borba 3 • Coleta sistemática de dados • Processo que implica e,Igor um juízo de valor, ou seja, julgar. • Avaliação normativa: quando se busca a estudar cada um dos componentes da intervenção • Pesquisa avaliativa: avaliação mais voltada para qualidade do que foi realizado Avaliação de tecnologias em saúde (ats) § Sintetizar cometimento produzidos de consequências que a sociedade sofre da utilização das tecnologias de atenção à saúde. § CONITEC – comissão nacional de incorporação de tecnologias no SUS o Estabeleceu novas regras para incorporação de tecnologias em saúde no SUS o Assessorar o ministério da saúde para incorporar, alterar, excluir novas tecnologias em saúde, bem como na constipação ou alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. Avaliação de sistemas de saúde – proadess e ans § Ferramentas que fazem avaliação de sistemas de saúde : PROADESS e ANS § Sistema de saúde o SUS o Definições: § Roemer: combinação de recursos, organização, financiamento e gerenciamento que cumina na prestação de serviço de saúde para a população § OMS: conjunto de atividades cujo principal propósito é promover, restaurar e manter a saúde de uma população o Dimensões para comparação entre os sistemas de saúde: § Cobertura – quais serviços/ produtos/ seguimentos (ex: SUS possui cobertura nacional) § Financiamento – impostos, contribuição social, privado § Organização do sistema – gestão centralizada ou descentralizada (no SUS a gestão é descentralizada – cada estado possui sua autonomia) § Forma de remuneração e regulação dos profissionais – contratação direta (salários); contratações indiretas; por atendimentos/procedimentos o Nosso sistema de saúde: SUS ou privado (desembolso direto ou saúde suplementar) o Avaliação de desempenho de um sistema de saúde: § PROADESS • Projeto de avaliação e desempenho de sistema de saúde Medicina AIS IV – Thayná Borba 4 • Ferramenta/ sistema de avaliação do SUS (Brasil); monitoramento. • Primeira matriz elaborada em 2003 e atualizada em 2008 – MS e FIOCRUZ • Produz fontes (indicadores) para planejar as políticas, programas e ações de saúde. • Matriz de dimensões da avaliação do desempenho do Sistema de Saúde reflete o funcionamento do nosso sistema de saúde. O governante é quem determina o que vai ser avaliado. § ANS • Agência Nacional de Saúde Suplementar – criada em 2000 • Regulamenta o setor de planos de saúde no Brasil – vinculada ao MS • Objetivos: o Assegurar os beneficiários cobertura assistencial integral o Definir e controlar as condições de acesso de empresas o Garantir a continuidade da prestação dos serviços contratados pelos consumidores o Transparência e integração da saúde suplementar ao SUS – Ressarcimento ao SUS o Controle de preços o Regulamentação, normatização, fiscalização da saúde suplementar. • Modalidades da saúde suplementar: o Autogestão – participantes de determinada classe (sindicatos, aposentados, servidores) -> grupo de trabalho formando grupo de saúde local com parcerias com hospitais. (Hospital servidor público, municipal e estadual) o Cooperativa médica – sociedade sem fins lucrativos (UNIMED) o Cooperativa odontológica – sociedade sem fins lucrativos o Filantropia – opera planos privados de assistência à saúde – sem fins lucrativos (Sta. Casas); a parte privada - o dinheiro vai para investimentos, não gera lucro para ninguém. o Administradoras – empresas que representam os planos de saúde o Seguradoras especializadas em saúde o Medicina de grupo – empresas ou entidades que operam planos de saúde o Odontologia de grupo – empresas ou entidades que prestam serviços odontológicos. • Programa de qualificação das operadoras o Realizado para avaliar o Índice de Desempenho da Saude Suplementar (IDSS) o Dimensões: § Qualidade em atenção à saúde § Garantia de acesso § Sustentabilidade do acesso § Gestão de processo e regulação • Acreditação das operadoras de saúde Medicina AIS IV – Thayná Borba 5 o Objetivos:Certificar a qualidade assistencial das operadoras de saúde • Programa de boas práticas em atenção à saúde o Objetivo: incentivar as operadoras a um cuidado qualificado aos beneficiários. § Desafios dos sistemas de saúde o Atenção primeira a saude – porta de entrada dos serviços de saúde o Promoção e prevenção em saúde – redução das DCNT (diabetes, HAS, o Altos custos o Inequidades de acesso o Envelhecimento populacional Saúde do trabalhador e portadores de deficiência na aps § Conhecer a ocupação e profissão do indivíduo § Atenção à saúde do trabalhador envolve ações de promoção, prevenção, tratamento e vigilância o Assistir ao trabalhador (elaborar prontuário clínico, o plano terapêutico, fazer encaminhamentos pertinentes para a RAS) o Fornecer atestados e pareceres para o afastamento do trabalho sempre que necessário § Força de trabalho no Brasil o Complexa o Relaciona-se a diferentes tipos de vínculos, estabilidade, acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários. o Além da diversidade de vínculos, estabilidade e acesso aos direitos, em todos os setores econômicos, as atividades produtivas estão organizadas de múltiplas formas: § Incorporação tecnológica – trabalho manual a produção por robôs § Gestão o Efeitos negativos na saúde determinados pelo trabalho expressos nos acidentes e nas doenças (agudas ou crônicas) o Garantia de direitos – contribuinte de previdência social o Afastamento médico/ atestado médico – parte do tratamento § De até 15 dias (sob responsabilidade do empregador) § Superior a 15 dias (previdência social, se contribuinte) – perícia do INSS o Compreender situação do trabalhador junto a previdência: § É segurado pela previdência é coberto pelo seguro acidente de trabalho § É segurado pelo pela previdência mas não é segurado pelo acidente de trabalho § Não é segurado por ninguém o CAT – emissão da comunicação de acidente de trabalho Medicina AIS IV – Thayná Borba 6 § Principal ferramenta para caracterização do nexo entre o acidente/ doença apresentado pelo trabalhador e o trabalho, quando o segurado se apresentar a perícia médica do INSS § Garante ao trabalhador o acesso aos benefícios de natureza acidentária § Direito a estabilidade no emprego por um ano, ao retornar ao rebanho após um § É de responsabilidade da empresa contratante, mas pode ser feita pelos profissionais da atenção básica § Médico é responsável por preencher a segunda parte do documento; deve registar sua opinião, quanto a necessidade ou não de afastamento o Para avaliação da existência ou não de um trabalhador de incapacidade produtiva/laborativa: § Diagnóstico da doença § Grau de deficiência ou disfunção § Necessidade de proteção do agente relacionado com a etiologia da doença. § Idade, escolaridade, potencial para readaptação profissional, etc. § Fatores de risco a saúde existente no trabalho o Insumos e matérias-primas o Objetos, maquinários, ferramentas o Temperaturas extremas o Poeiras o Organização do trabalho, expressa na duração, intensidade, exigências de produtividade, jornada de trabalho em turnos noturnos, relações conflituosas com a chefia e os colegas. § Diagnóstico de agravo ou doença ocupacional o Pode ser facilitado pela consulta a lista de doenças relacionadas ao trabalho o Anamnese ocupacional, exame clínico e exames complementares, análise epidemiológica § Relacionar história clínica e ocupacional • Informações sobre o local de trabalho: atividade, processo, condições de trabalho e organização do trabalho, presença de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, psicossociais, de acidentes. § Os dados epidemiológicos e da literatura atualizada § O depoimento e a experiência dos trabalhadores do território. § Manejo de agravos à saúde do trabalhador pelas eAB/ eSF o Envolve ações nos níveis: § Individual – acolhimento, condutos clínica, acionar RAS (NASF, CEREST, RT em ST), manter vínculo e acompanhamento na AB, notificação ao SINAN – caso suspeito ou confirmado; VD (visita domiciliar); afastamento das atividade laborais § Coletivo – identificação de outros trabalhadores com o mesmo problema no território, fortalecimento de grupo de trabalhadores, visita ao território e mapeamento da área. § Agravos e doenças ocupacionais frequentes na AB o Acidentes de trabalho Medicina AIS IV – Thayná Borba 7 o Transtornos mentais o Silicose pela inalação da poeira sílica o Intoxicação por agrotóxicos o Doenças osteomusculares relacionadas com o trabalho § Acidente de trabalho o Evento súbito ocorrido no exercício de atividade laboral (no ambiente de trabalho ou no trajeto residência-trabalho) o Acidente de trabalho grave – aqueles que resultam em morte, multilacão ou que acontecem com menores de 18 anos. o Manejo: § Notificar SINAN § Emitir CAT § Investigar acidente § LER/Dort o Agravos relacionados ao trabalho decorrente da utilização excessiva imposta ao sistema musculoesquelético, sem que haja tempo para recuperação fisiológica. o Sintomas: dor, sensação de peso e fadiga, limitação funcional, parestesia, sofrimento psíquico, dificuldade nas atividades da vida diária o Ocupações de risco § Corte e processamento de carne § Costureiras § Trabalhadores de lavanderias § Operadores de caixa de supermercados e bancos § Cortadores de cana § Digitadores § Teleatendentes o Plano terapêutico – abordagens combinadas : § Afastamento do trabalhador das suas atividades § Uso de anti-inflamatórios, não hormonais § Colocação de gelo no local § Fisioterapia, acupuntura § Formação de grupos terapêuticos § Encaminhamento para RAS o Manejo § Notificar SINAN § Emitir CAT § Tratar/encaminhar § Investigar casos similares § Orientar prevenção § Reavaliação periódica § Encaminhar ao INSS § Dermatoses ocupacionais o São doenças da pele, mucosas ou seus anexos (cabelo, pelos, unhas) direta ou indiretamente causadas pelas condições de trabalhão e/ou por agentes presentes nas atividades ou no ambiente de trabalho. Medicina AIS IV – Thayná Borba 8 o Causas : químicas, físicas ou biológicas. o Manifestações clínicas : § Prurido § Ferimentos, traumas § Alterações estéticas e funcionais que interferem na vida social e no trabalho o Conduta § Avaliar necessidade de afastamento (temporário ou permanente) § Medicamento: tópico e/ou sistêmico § Uso de EPI o Manejo: § Notificar SINAN § Emitir CAT § Tratamento/ encaminhar § Investigar casos similares § Orientar prevenção/ EPI § Reavaliação periódica § Transtornos mentais relacionados ao trabalho o Danos provocados pelo trabalho sobre s saúde mental dos trabalhadores. Podem decorrer de múltiplos fatores, entre eles, exposição aguda ou permanente a agentes químicos e substâncias neurotóxicas, fatores agressores presentes na organização e no gerenciamento do processo produtivo. o Manifestações: nervosismo, inquietação, distúrbio de memória, queixa de exaustão emocional, quadro psicopatológicos (síndrome de estresse pós-traumático; síndrome de Burnout) o Disfunções causadas pelo transtorno mentais § Limitações das atividades de vida diária § Exercício de funções sociais § Concentração, persistência e ritmo § Deterloração ou descompensação no trabalho. o Manejo: § Ver se consegue relacionar ou não o transtorno mental com o trabalho. Se não for relacionado tratar os sintomas. Se tem conexão com o trabalho precisa-se fazer notificação com o SINAN § Emitir o CAT § Tratar/encaminhar § Investigar casos orientar prevenção § Reavaliação periódica § Encaminhar os INSS § Silicose o Doença respiratória causada pela inalação, ais frequentemente, da poeira sílica, substância presente em pedras (mármore, ardósia, granito) o Pode ser desenvolvida após poucos meses (silicose aguda) ou vários anos após a exposição (silicose crônica e subaguda) o Trabalhadores envolvidosna extração de pedras: construção civil; perfuração de rochas na construção de túneis, barragem Medicina AIS IV – Thayná Borba 9 o Diagnóstico: história ocupacional de exposição a poeira de sílica; histórica clínica: presença de sintomas respiratórios – tosse, dispneia, ou assintomáticos. Exames complementares – radiografia simples de tórax padrão OIT, espirometria. o Manejo: § Ver se existe associação ou não entre o trabalho § Se tiver relação com o trabalho: • Notificar o caso no SINAN • Emitir a CAT • Encaminhamento para assistência especializada em casos graves • Casos que não são graves – faz-se acompanhamento oferencendo tratamento; encaminhar para o serviço de referência caso precise de assistência mais especializada • Investigar comorbidades – TB, DPOC • Afastar exposição a poeira da sílica (sintomáticos e assintomáticos) • Verificar a vacinação (anti-influenza e antipneumocócica) § Intoxicação por agrotóxicos o Agrotóxicos são produtos destinados ao uso nos setores de produção e beneficiamento de produtos agrícolas, cuja finalidade é evitar a ação danosa de seres vivos considerados nocivos. o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico no mundo o Trabalhador agrícola ou empresas que fabricam os agrotóxicos são pessoas de maior risco de desenvolvimento dessa condição. Moradores do entorno e população em geral que consomem os produtos contaminados, podem desenvolver tal condição. o No trabalho a absorção do agrotóxico se da por via respiratória e dérmica. o Diagnóstico: § Intoxicações agudas ou crônicas § Classificação dos agrotóxicos : • Toxicidade (pouco, médio ou altamente tóxico) • Tipo de praga sobre o qual agem (inseticidas, fungicidas, raticidas, etc) o Manifestações clínicas: § Leve | moderada | grave § Classificadas em aguda ou crônica Medicina AIS IV – Thayná Borba 10 § Aguda: manifestações clínicas que começam em minutos ou horas após exposição ao agrotóxico, costuma ser única § Crônica: exposição ocorre por período prolongado e de maneira repetida. Manifestação mais crônica. o Manejo: § Suspeitar se tem ou não relação com o trabalho. § Se tem relação faz-se -> notificar no SINAN, entender se precisa de encaminhamento, verificar se há no local protocolo para ser seguido. § Investigar casos similares § Orientar prevenção § Orientar Reavaliação periódica. § ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NA APS o Portadores de deficiência § São aqueles que tem impedimento de médio ou longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir o Assistência ao portador com deficiência na APS o Redes de atenção ao portador de deficiência : § Centros especializados em reabilitação § Oficinas ortopédicas § Centros de especialidades odontológicas § Centros-dia § Atenção domiciliar § Atenção hospitalar Medicina AIS IV – Thayná Borba 11 § Discussão de caso o Sim trata-se de um acidente de trabalho pois o indivíduo veio a se machucar exercendo atividade laboral. o Deve-se notificar a SINAN, emitir CAT e investigar o caso. o Notificar a SINAN, emitir CAT, tratamento/ encaminhamento, encaminhar ao INSS se necessário, investigar casos similares, fazer orientação e reavaliação periódica. Medicina AIS IV – Thayná Borba 12 o Adoção do EPI, notificar SINAN, emitir CAT, orientação, reavaliação periódica. Medicina AIS IV – Thayná Borba 13 o Sim foi pertinente. Pois o médico fez o diagnóstico, pediu encaminhamento, fez orientações, tratamentos o Solicitar o levantamento de casos suspeitos de pessoas com intoxicação por agrotóxicos Dor aguda e crônica em aps e tratamento § Junto com a dor existem outros sintomas associados o Dor crônica acomete capacidade de concentração, dificuldade para dormir, falta de energia, compromete o apetite, ansiedade, depressão § Dor crônica maligna ou não maligna § Dor no câncer o Dor intensa não resolvida associou-se ao desejo de morte em paciente oncológicos em fase avançada § Conceito de dor: Medicina AIS IV – Thayná Borba 14 o Experiência angustiante associada a uma lesão tecidual atual ou potencial com componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais o Relacionada ao estímulo doloroso provocado por uma reação específica o A dor é sempre subjetiva. § Dor no total § Passo 01 o anamnese completa § Fatores relacionados a idade, ocupação § Tratamentos prévios e atuais § Comorbidades § Antecedentes § Passo 02 o Classificação da dor § Dor aguda • Duração: até 3 meses • Associada a lesão • Sistema neuromatriz – estímulo -> dor o Transdução § Estímulo nocivo -> impulso elétrico (terminações nervosas sensoriais = nociceptores) § Normalmente inibido pela administração de fármacos (anestésicos locais § Estímulos nocivos que vão converter em potenciais de ação o Transmissão § Movimento de atividade elétrica pelo sistema nervoso periférico o Modulação § Modificação da atividade elétrica dos nociceptores § Vias facilitadoras e inibidoras § Dor percebida a partir do tálamo o Percepção • Pode ter vários disparos associados o Psicológico o Respiratório o Cardiovasculares o Hematológicos o Gastrointestinais o Hematológicos o Metabólico o Cronificação o Músculo esquelético • Tratamento farmacológico é o principal foco • Estratégicas não farmacológicas são bem vindas mas secundárias (posicionamento, técnica de relaxamento) • Verificar os sintomas associados a dor Medicina AIS IV – Thayná Borba 15 • Atenção aos efeitos adversos, interação e comorbidades • § Dor crônica • Persiste ou recorre por tempo maior que 3 meses • Não se associa a lesão • Não tem função de alerta • Perda de qualidade de vida • Dificilmente irá disparar mecanismos neurovegetativos (elevação de PA, FC) • A doença em si • Oncológica, musculoesqueléticas • Modelo biopsicosocial – vários fatores associados (orgânicos, psíquicos, externos; experiências corporal, mental e social) • Não possui função biológica • Persiste após a lesão • Verificar sintomas associados § Mensagem de dor ocorre por fibras finas não mielinizada ou pouco mielinizada. § Existem estratégias para modificar a experiência dolorosa § Atitudes antálgicas – atitude de defesa § O TRATAMENTO DA DOR NA APS Queixas Músculo-esqueléticas na APS § Mais frequente em queixa músculo-esquelética é a lombalgia § Segunda causa de consultas por ano no mundo § Principais motivos de atestados médicos § 60-80% dos indivíduos ao longo da vida terão lombalgia § 90% é inespecífica, recuperação no máximo em 2 semanas § Faixa etária mais prevalente -> ocorre em qualquer faixa etária § Fatores relevantes: História laborativa de pegar peso, ter sofrido um trauma, sobrepeso, depressão, ausência de sintomas sistêmicos, idade, abuso de substâncias § Tipos de doenças que podem culminar com lombalgia: o Dor lombar mecânica (97%) dos casos § distensão, entorse lombar – principal diagnóstico o patologias vertebrais não mecânicas § câncer primário ou metastático; artrite inflamatória; infecção o patologias viscerais § nefropatias; aneurisma de aorta; endometriose; § diagnóstico diferencial o doença do trato urinário (renal) Medicina AIS IV – Thayná Borba 16 Manejo de queixas respiratórias na APS • Escala de dispneia no MRC • DPOC o Doença comum, prevenível e tratável, caracterizados por sintomas respiratórios persistentes o Retificação dos arcos costais, aumento do diâmetro antero-posterior o Exame padrão ouro para diagnóstico é a espirometria • % do previsto e • DPOC começa em decorrência de hábitos de vida. • Esternuto -> espirros (crise esternutatória – rinite) • Sinal de Denni-Morgan – prega palpebral • Saudação nasal -> prega no nariz (sinal clínico de rinite) • Asma – GOLD -> protocolo para se basear em condutas o nãotem causa única, ELA É MULTIFATORIAL o Dificuldade na expiração -> broncoespasmo (obstrução da via aérea) -> sibilação o Remodelamento brônquico -> perde a capacidade de reagir ao tratamento, consequência tardia de varias crises repetidas de asma; consequência irreversível. o Diagnostico diferencial (doenças que podem ser confundidas com asma) o A base do tratamento de asma é dada por corticoides inalatórios (ICS) – USADO DIARIAMENTE DE FORMA PREVENTIVA § LABA -> broncodilatadores; -> salmeterol e formeterol § LAMA -> anticolinérgico de longa duração o Dispositivos inalatórios • Sintomas no câncer de pulmão surgem de forma tardia. • PET Scan -> exame Ética e Moral • Etimologia das palavras o Ética -> ethos (grego) = costumes o Moral -> mos, moris (latim) = costumes • Conclusão o Ética = moral -> caráter (modo de ser, modo de agir) formado pelos costumes • Ética : estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. • Em ética estudamos conduta humana; • Julgamentos da conduta humana -> qualificando esses comportamentos em bem e mal • Moral : conjunto de regas de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para um grupo ou uma pessoa determinada. • Moral: relativo aos costumes Medicina AIS IV – Thayná Borba 17 • Regras de condutas • Comportamentos impostos pelos costumes • Ética = estudo do carater formado pelos costumes • Moral = relativo aos costumes o Regras de conduta impostas pelos costumes o Comportamentos impostos pelos costumes o Caráter, modo de ser, formado pelos costumes • Ética = estudo da moral • O que é o costume afinal ? o Hábitos, praticas, comportamentos condicionados o Comportamentos arraigados e geralmente observados em um grupo social o Padrões de comportamentos de grupo social o Comportamentos prescritos pelo grupo social o Condicionamentos sociais. • Costumes (sociologia): atitudes relacionadas a valores sociais consagrados pela tradição, que o grupo impõe aos seus membros e as transmite através de gerações. Redes de Atenção à Saúde – Análise de avaliação de redes de saúde e uso racional de exames na APS • Reorganização e melhoria dos indicadores de saúde • Níveis de hierarquização (sistemas fragmentados) -> sistema integrado • Características RAS o Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção o Centro de comunicação na atenção primaria a saúde o Centralidades nas necessidades em saúde de uma população o Responsabilização na atenção contínua e integral; cuidado multiprofissional o Compartilhamento de objetivos e compromissos com os resultados Relatórios e intervenções sobre a rede de cuidado aos grupos e aos pacientes com DCNT Medicina AIS IV – Thayná Borba 18 O QUE SÃO AS DOENÇAS CRÔNICAS ? o Doenças tratadas e acompanhadas ao longo da vida; o Apresentam inicio gradual, com duração longa ou incerta, que em geral, apresentam múltiplas causam e cujo tratamento envolve mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura. o Geralmente são multicausais incluindo hereditariedade, estilo de vida, exposição a fatores ambientais e a fatores fisiológicos. Normalmente, faltam padrões regulares ou previsíveis para as condições crônicas. o Condições crônicas especialmente as doenças crônicas, se iniciam e evoluem de forma lenta. • Porque é importante estudarmos as doenças/ condições crônicas ? o Entendermos cada vez mais as doenças, desenvolver ações preventivas de saúde; impacto na população economicamente ativa. Contexto das DCNT no Brasil o O acelerado envelhecimento populacional tem resultado em um aumento relativo das doenças crônicas. o A situação de saúde do Brasil pode ser caracterizada por uma situação epidemiológica de tripla carga de doenças: § Mortalidade – aumento de mortes causadas por doenças crônicas § Morbidade – condições cronicas representam 75% da carga global das doenças no país § Fatores de risco – determinantes sociais da saúde ligados aos estilos de vida que respondem pelo predomínio das situações crônicas. §
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