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ACROMEGALIA D E F I N I Ç Ã O : F I S I O L O G I A : O hipotálamo vai secretar o GHRH, que vai estimular a secreção do GH. Outro secretagogo do GH é a grelina, hormônio de origem gástrica produzido no jejum. A secreção do GH é em pulsos, principalmente a noite, se intervalam com secreção basal mínima, que varia conforme a idade, sexo, exercício físico e estresse. Os efeitos do GH podem ser obtidos tanto por ação própria, quanto por ação do IGF-1, seu derivado produzido no fígado. O próprio GH promoverá o surgimento de resistência à insulina, conduzindo ao aumentoda produção hepática de glicose e menor captação de glicose pelos tecidos, como consequência, emerge do quadro hiperinsulinismo secundário, intolerância à glicose e DM. O crescimento linear fica por conta do IGF-1 que promove este processo por meio de estímulo a diferenciação celular. Excesso de GH antes do fechamento das epífises ósseas culmina em gigantismo, após o fechamento, tem-se apenas o crescimento das extremidades. É uma doença sistêmica crônica ocasionada pela produção excessiva do hormônio do crescimento (GH) e do seu derivado, fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1). e t i o l o g i a : HIPOFISÁRIA/PRIMÁRIA: a causa mais comum SECREÇÃO DE GH EXTRA-HIPOFISÁRIO: EXCESSO DE GHRH: condição rara, dada por ADENOMAS HIPOFISÁRIOS PRODUTORES DE GH: são somatotropinomas, ou seja, tumores da hipófise que secretam GH. Podem produzir apenas GH ou podem ser mistos, que produzem também prolactina (pela origem embriológica, do mamasomatotrófo que deu origem ao somatotrófo e lactotrófo). Síndrome endócrina múltipla → é uma condição de tumor familiar (autossômico dominante, toda a família apresenta o tumor) - tumor de hipófise, tumor de pâncreas e tumor de paratireoide. Síndrome de McCune-Albright: perde a regulação da produção de alguns hormônios, dentre eles, GH. Condição rara, que pode se dar por: adenoma hipofisário ectópico, iatrogenia (tomar GH para ficar forte), tumores periféricos secretores de GH. tumores do hipotálamo (gliomas, hamartomas). d i a g n ó s t i c o l a b o r a t o r i a l : DOSAGEM DE GH BASAL: IGF-1 basal TTOG com dosagem de GH (padrão-ouro): NÃO É FEITO Como apresenta secreção pulsátil, pode dosar e apresentar valores normais mesmo em pacientes acromegálicos. Em 24 horas, há cerca de 6-10 picos de GH, que podem alcançar valores tão altos quanto 30 μg/ℓ (ng/mℓ), estes que são similares aos valores encontrados nos casos de acromegalia. É bom para excluir diagnóstico de acromegalia. Dá glicose 75g para o paciente, e após 2h, dosa o GH. Se o GH estiver suprimido (<1g/l) indica normalidade. RNM: depois de confirmado o diagnóstico laboratorial, pode-se realizar uma RNM de hipófise para saber qual o tamanho do tumor e se está comprimindo o quiasma óptico. q u a d r o c l í n i c o : Perda da visão: o adenoma hipofisário pode crescer até comprimir o quiasma óptico, causando hemianopsia temporal, que é a perda da visão lateral. Estrabismo Cefaléia: compressão das meninges Parestesia de mãos: por neuropatias compressiva (tunel do carpo) Hipertensão: o GH retém sódio Hipertrofia ventricular Cardiomegalia: os pacientes morrem por insuficiência cardíaca Hiperglicemia Hipertrigliceridemia Hipercalciuria Hiperhidrose: IGF-1 estimula as glândulas da pele Pele grossa: crescimento das partes moles Artralgia (joelho volumoso) Osteoartrite Pólipos → acromegálicos tem maior risco de desenvolver câncer de cólon (porque o IGF-1 estimula o crescimento celular) Apnéia do sono → espessamento das vias aéreas superiores Aumento das extremidades: mãos, pés, macroglossia Prognatismo da mandíbula Aumento dos seios da face (frontal) Flebomegalia: veias grossas e calibrosas. c o m p r e s s ã o d a h a s t e h i p o f i s á r i a : Quando o tumor é grande o suficiente para comprimir a haste entre o hipotálamo e a hipófise, pode causar um pan-hipopituitarismo. Isso ocorre porque os fatores hipotalâmicos (CRH, TRH, GnRH e DA) serão impedidos de chegar até a hipófise, tendo um déficit de ACTH, TSH, FSH e LH, e um aumento de prolactina. Se a prolactina estiver alta, portanto, deve-se investigar se é por uma compressão da haste ou então é um tumor produtor não só de GH, como também de prolactina. e f e i t o s l o c a i s d o t u m o r : Lesão da adenohipófise: tumor que cresce dentro da sela túrcica, cercada por ossos. Causa um aumento da pressão dentro do compartimento e vai causando lesão das células vizinhas, causando um hipopituitarismo. Compressão da haste hipofisária: causa pan- hipopituitarismo Erosão do assoalho selar Elevação do diafragma selar Compressão do quiasma óptico t r a t a m e n t o : CIRURGIA ADENECTOMIA TRANSESFENOIDAL: primeira opção de tratamento CIRURGIA CRANIOTOMIA: CLÍNICO: RADIOTERAPIA: reduz o tamanho. Mas como também está irradiando a hipófise normal, pode causar um pan-hipopituitarismo. Objetivos: controle dos níveis de GH e IGF-1, redução do volume tumoral, melhora do quadro clínico. É indicação absoluta quando há compressão do nervo óptico. Entra pelo nariz, destrói o septo nasal, entra no seio esfenoidal, passa pela via transesfenoidal e retira o tumor. Quando o tumor é grande pode realizar uma craniotomia, mas os riscos são bem maiores, pois passa por todos os tecidos neurais. É utilizado em pacientes não curados com a cirurgia, adenomas irressecáveis sem comprometimento neurológico ou visual, risco cirúrgico elevado ou recusa do paciente pela cirurgia. OCTREODITE: é um análogo de somatostatina que inibe a produção de GH. Pode até reduzir o tamanho do tumor. PREGVISOMAN: agonista do GH. Gruda no receptor no receptor de GH, e não deixa o GH se ligue. Portanto, reduz apenas a secreção de IGF-1, mas continua circulando GH e o tumor não reduz o tamanho.
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