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Faculdade de Ciências Departamento de Física Curso de Bacharelado/Licenciatura em Física LABORATÓRIO DE FÍSICA I Profª. Draª. Dayse Iara dos Santos RELATÓRIO Nº.: 01 QUEDA LIVRE Turma: 4201 C Autores: Lucas Matheus Augusto Murillo Rodrigues Silva BAURU 2017 1. OBJETIVO O objetivo deste experimento é o estudo do movimento de queda livre por meio da determinação experimental da aceleração da gravidade local (Φ= 22°21’ e h = 624,0 m). 2. INTODUÇÃO TEÓRICA Se lançarmos um objeto para cima, ou para baixo, e de alguma forma eliminarmos a resistência do ar, verificamos que ele sofrerá uma determinada aceleração para baixo, a qual, se denomina aceleração da queda livre g. Queda livre faz parte do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Galileu realizou uma série de experencias de queda livre dos corpos e concluiu os seguintes enunciados. 1. Todos os corpos, independentemente de seu peso ou massa, caem com a mesma aceleração. Próximos da superfície da Terra, a velocidade de queda é proporcional ao tempo, isto é, a aceleração é constante. 2. As distâncias percorridas pelos corpos abandonados em queda livre são proporcionais aos quadrados dos tempos. Os valores de g variam ligeiramente com a altitude e latitude do local. Os menores valor de g, são encontrados próximos da linha do Equador e os maiores são encontrados nos polos, devido a rotação da Terra: no Equador g = 9,78039 m/s², enquanto isso nos polos g = 9,83217 m/s². O valor normal da aceleração da gravidade é tomado ao nível do mar, a uma latitude de 45°: g = 9,80665 m/s². As equações para o movimento retilíneo uniformemente variado são escritas da seguinte forma: 𝑦 = 𝑦𝑜 + 𝑉𝑜. 𝑡 + 1 2 𝑔𝑡² 𝑉 = 𝑉𝑜 + 𝑔. 𝑡 𝑉2 = 𝑉𝑜2 + 2. 𝑔. ∆𝑦 Para a Queda Livre dos corpos, a aceleração g, sempre voltada para baixo, terá o sinal positivo ou negativo dependendo do sentido que tomamos como positivo para o eixo de referência. A aceleração da gravidade será considerada positiva quando usamos um eixo de referência com sentido crescente voltado para baixo, como mostrado na figura 1. Figura 1. Aceleração apontada para o mesmo sentido do eixo. 3. MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados foram: • Eletroímã; • Trena (incerteza de 0,5mm); • Haste; • Sensores (marca Pasco); • Fonte do Eletroímã; • Esfera metálica; • Cronômetro de Pulso (marca Pasco). 4. PROCEDIMENTOS O procedimento se iniciou com verificação da estrutura montada para o experimento e ajuste do cronômetro para o modo pulse e precisão de 0,1ms. Os sensores já estavam ajustados para primeira medida, sendo que o sensor superior é fixo e o inferior foi aquele ajustado conforme a necessidade da coleta dos dados. Ligamos a fonte do eletroímã, para que pudesse ser posta a esfera metálica, fechamos o circuito para a coletado tempo de queda e medimos a distância entre cada sensor. A medida foi realizada do centro de feixe de luz do sensor superior até o centro do feixe de luz do sensor superior. Esse procedimento foi repetido 10 vezes, sendo que a distância de cada sensor foi alterada aleatoriamente até ficasse o mais próximo possível na última medida. Os dados de distância e tempo foram colocados em uma tabela para que pudéssemos determinar os valores médios e os desvios padrão encontrados, como poderá ser visto no QUADRO 1. Figura 2. Montagem experimental para determinação da aceleração da gravidade. 5. DADOS E RESULTADOS No quadro abaixo estão os dados coletados no experimento: Quadro 1 – Medida das Distâncias e tempos de queda livre Medida y1 (cm) y2 (cm) y3 (cm) y4 (cm) y5 (cm) ym (cm) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) tm(s) 1 18,7 18,9 18,5 18,9 18,8 18,76 0,1533 0,1528 0,1529 0,1530 0,1526 0,15292 2 25,5 25,4 25,5 25,5 25,4 25,46 0,1827 0,1832 0,1829 0,1821 0,1831 0,18280 3 33,8 34,0 34,0 33,9 34,0 33,94 0,2169 0,2175 0,2175 0,2188 0,2175 0,21764 4 49,1 49,1 49,2 49,1 49,1 49,12 0,2693 0,2693 0,2694 0,2692 0,2688 0,26920 5 63,7 64,0 64,0 64,1 64,1 63,98 0,3135 0,3136 0,3127 0,3138 0,3127 0,31326 6 79,1 79,2 79,1 79,2 79,4 79,20 0,3534 0,3535 0,3535 0,3532 0,3534 0,35340 7 93,9 93,7 93,7 93,6 93,8 93,74 0,3891 0,3893 0,3889 0,3896 0,3891 0,38920 8 108,2 108,0 108,1 108,1 108,2 108,12 0,4201 0,4203 0,4203 0,4207 0,4204 0,42036 9 124,4 124,6 124,6 124,7 124,5 124,56 0,4564 0,4562 0,4568 0,4568 0,4567 0,45658 10 153,3 153,0 153,2 153,3 153,0 153,16 0,5183 0,5184 0,5185 0,5185 0,5180 0,51832 No quadro 2, temos os desvios padrão de distância e tempo. QUADRO 2: Valores de distância e de tempo com desvios Medidas y = (ym ± sy) cm t = (tm ± st) s (10^-2) t² = (tm² ± st²) s 10^-3 1 (19 ± 0,15) cm (15 ± 0,02) s (23 ± 0,23) s 2 (26 ± 0,05) cm (18 ± 0,03) s (33 ± 0,39) s 3 (34 ± 0,08) cm (22 ± 0,06) s (47 ± 0,63) s 4 (49 ± 0,04) cm (27 ± 0,02) s (72 ± 0,21) s 5 (64 ± 0,15) cm (31 ± 0,05) s (98 ± 0,47) s 6 (79 ± 0,11) cm (35 ± 0,01) s (125 ± 0,11) s 7 (94 ± 0,10) cm (39 ± 0,02) s (151 ± 0,24) s 8 (108 ± 0,08) cm (42 ± 0,02) s (177 ±0,20) s 9 (125 ± 0,10) cm (46 ± 0,02) s (208 ± 0,24) s 10 (153 ± 0,12) cm (52 ± 0,02) s (269 ± 0,19) s Abaixo podemos observar a curva no gráfico de y x t: 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 D is tâ n ci a, c m Tempo, s Distância x Tempo Agora a linearização do gráfico acima de y x t²: Gráficos feitos no papel milimetrado de y x t: 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 D is tâ n ci a, c m Tempo, s Distância x Tempo² E a linearização do gráfico acima de y x t², onde poderemos obter o valor experimental da aceleração da gravidade: Calculo experimental da aceleração a partir dos dados do gráfico acima: 𝑦 = 𝑉𝑜 + 1 2 𝑔. 𝑡2 1 2 𝑔 = 12,5 . 0,8 0,2 . 10. 10−2 = 500 𝑔 = 1000 𝑐𝑚/𝑠² Após transpor os pontos no papel dilog, obtivemos como coeficiente angular aproximadamente 2,5 e coeficiente linear 458cm. O gráfico abaixo ilustra a explicação anterior. Substituindo os pontos do coeficiente angular na na função horária dos espaços do MRUV, obtivemos: 𝑦 = 1 2 𝑔𝑡2 458 = 1 2 𝑔 ∗ 12 458 ∗ 2 = 𝑔 𝑔 = 916 𝑐𝑚 𝑠2 Calculando as porcentagens relativas ao valor de g teórico, para os valores experimentais encontrados nos gráficos, milimetrado e dilog, obtivemos: 𝐷%1 = |𝑔𝑡 − 𝑔𝑒1| 𝑔𝑡 ∗ 100 = |980,665 − 1000| 980,665 ∗ 100 ≈ 1,97% 𝐷%2 = |𝑔𝑡 − 𝑔𝑒2| 𝑔𝑡 ∗ 100 = |980,665 − 916| 980,665 ∗ 100 ≈ 6,59% 6. CONCLUSÃO Devido à latitude e altitude de Bauru (Φ= 22°21’ e h = 624,0 m), em que foram realizados o experimento e a margem de erro na construção das retas nos gráficos, milimetrado e dilog, ocorreu um pequeno desvio em relação ao valor da gravidade teórica. 7. REFERÊNCIAS DOS SANTOS, Dayse I., Apostila Laboratório de Física I, UNESP Câmpus Bauru, material didático (2014). HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 1, 4ª Edição, LTC, 2009.
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