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Parte 5 - Sequência Didática

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Universidade Estadual Paulista 
“Júlio de Mesquita Filho’’ 
 
Curso: Licenciatura em Física 
Disciplina: Metodologia e Prática do Ensino de Física II 
Prof. Dra. Beatriz S.C. Cortela 
 
 
 
 
 
Sequência Didática: Modelo Cinético dos Gases 
 
 
 
 
 
Integrantes – Grupo 9: 
Geovana dos Reis Belíssimo 
Heloisa Fonseca Barcellos 
Lucas Matheus Augusto 
Wesley Tiago da Silva Gomes 
 
 
 
 
 
Bauru 
2019 
1 
SUMÁRIO 
 
1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 04 
2 IMPACTOS DA BNCC NOS CONTEÚDOS E ABORDAGENS DO ENSINO 
DE FÍSICA .................................................................................................... 05 
3 ABORDAGEM SOCIOINTERACIONISTA E O ENSINO DE FÍSICA 
...................................................................................................................... 07 
4 ABORDAGENS DE ENSINO: ACE, CTSA, HC E EXPERIMENTAÇÃO 
...................................................................................................................... 09 
4.1 Estratégia ACE ............................................................................................. 09 
4.2 Estratégia CTSA ........................................................................................... 09 
4.3 Estratégia HC ............................................................................................... 10 
4.4 Experimentação ........................................................................................... 10 
5 SEQUÊNCIA DIDÁTICA .............................................................................. 11 
5.1 AULA 1 (Lucas Matheus Augusto) ............................................................... 11 
5.1.1 Resumo ........................................................................................................ 11 
5.1.2 Conteúdos .................................................................................................... 12 
5.1.3 Objetivos específicos .................................................................................... 12 
5.1.4 Competências e habilidades ......................................................................... 12 
5.1.5 Passo a passo .............................................................................................. 12 
5.1.6 Estratégia ..................................................................................................... 14 
5.1.7 Recursos ...................................................................................................... 14 
5.1.8 Desenvolvimento da aula ............................................................................. 14 
5.1.9 Avaliação das atividades .............................................................................. 15 
5.1.10 Referências .................................................................................................. 15 
5.2 AULA 2 (Wesley Tiago da Silva Gomes) ....................................................... 16 
5.2.1 Resumo ........................................................................................................ 16 
5.2.2 Conteúdos .................................................................................................... 17 
5.2.3 Objetivos específicos .................................................................................... 17 
5.2.4 Competências e habilidades ......................................................................... 17 
5.2.5 Passo a passo .............................................................................................. 17 
5.2.6 Estratégia ..................................................................................................... 18 
5.2.7 Recursos ...................................................................................................... 18 
2 
5.2.8 Desenvolvimento da aula ............................................................................. 19 
5.2.9 Avaliação das atividades .............................................................................. 20 
5.2.10 Referências .................................................................................................. 20 
5.3 AULA 3 (Geovana dos Reis Belíssimo) ......................................................... 20 
5.3.1 Resumo ........................................................................................................ 20 
5.3.2 Conteúdos .................................................................................................... 21 
5.3.3 Objetivos específicos .................................................................................... 21 
5.3.4 Competências e habilidades ......................................................................... 22 
5.3.5 Passo a passo .............................................................................................. 24 
5.3.6 Estratégia ..................................................................................................... 25 
5.3.7 Recursos ...................................................................................................... 25 
5.3.8 Desenvolvimento da aula ............................................................................. 26 
5.3.9 Avaliação das atividades .............................................................................. 27 
5.3.10 Referências .................................................................................................. 27 
5.4 AULA 4 (Heloisa Fonseca Barcellos) ............................................................ 28 
5.4.1 Resumo ........................................................................................................ 28 
5.4.2 Conteúdos .................................................................................................... 28 
5.4.3 Objetivos específicos .................................................................................... 29 
5.4.4 Competências e habilidades ......................................................................... 29 
5.4.5 Passo a passo .............................................................................................. 29 
5.4.6 Estratégia ..................................................................................................... 29 
5.4.7 Recursos ...................................................................................................... 30 
5.4.8 Desenvolvimento da aula ............................................................................. 30 
5.4.9 Avaliação das atividades .............................................................................. 33 
5.4.10 Referências .................................................................................................. 33 
5.5 AVALIAÇÃO FINAL ...................................................................................... 33 
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 34 
ANEXOS 
ANEXO A .................................................................................................................. 36 
ANEXO B .................................................................................................................. 37 
ANEXO C .................................................................................................................. 38 
ANEXO D .................................................................................................................. 39 
ANEXO E .................................................................................................................. 40 
ANEXO F ................................................................................................................... 41 
3 
ANEXO G .................................................................................................................. 42 
ANEXO H ..................................................................................................................43 
ANEXO I .................................................................................................................... 43 
ANEXO J ................................................................................................................... 44 
ANEXO K .................................................................................................................. 47 
ANEXO L .................................................................................................................. 48 
ANEXO M .................................................................................................................. 49 
ANEXO N .................................................................................................................. 50 
ANEXO O .................................................................................................................. 50 
ANEXO P .................................................................................................................. 51 
ANEXO Q .................................................................................................................. 51 
ANEXO R .................................................................................................................. 52 
ANEXO S .................................................................................................................. 52 
ANEXO T ................................................................................................................... 53 
 
 
4 
1 JUSTIFICATIVA 
Segundo Marcelo Gleiser - Professor de Física do Dartmouth College em New 
Hampshire (USA), autor dos livros A dança do Universo e Retalhos Cósmicos (Cia. 
das Letras), colunista de divulgação científica da Folha de São Paulo e colaborador 
no Globo Ciência - o ensino de Física, e a sua aprendizagem, não é algo encarado 
com facilidade, porém é de grande importância. O autor relata que aprender física 
seria muito mais fascinante se fosse observado, demonstrado e visto em ação. 
Ao ser discutido sobre o ensino de Física nas escolas, certamente, existe uma 
resistência por parte dos estudantes no quão interessante esta ciência natural possa 
ser. A Física apresentada como disciplina não é enxergada com certa beleza e 
facilidade (ciência que de fato não é fácil aprender) e se tratando desta beleza oculta, 
um caminho para a física deixar de parecer desinteressante e tão repetitiva aos olhos 
dos alunos, seria apresentá-la de uma forma que tenha uma relação com questões 
mais pessoais e não apenas como regras científicas e exercício intelectual. Para o 
ensino desta ciência, a visibilidade do professor não pode passar despercebida, já que 
é através dele que o estudante poderá perceber a direção correta que escolherá 
percorrer, e para isso é necessário toda uma estimulação criada por parte do professor 
para com o aluno, para que este possa realmente visualizar a grande beleza que a 
física é. 
Com o avanço da globalização, os educadores podem sentir a necessidade de 
incluir computadores, internet e meios de comunicação como instrumento pedagógico 
para a aprendizagem da ciência. A escola pode ser a intermediadora para que esse 
conhecimento se torne instrumento de todos através do currículo escolar 
regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 
(Currículo do Estado de São Paulo, 2012). Com isso, os temas e as metodologias de 
ensino tendem a se inovar. Uma das formas de fazê-lo é desmitificar a experimentação 
ao levar para a sala elementos com os quais o aluno está familiarizado e que podem 
atuar como formas de fazer o estudante se interessar mais pelo assunto, sendo que 
esse objetivo também pode ser alcançado através de filmes exibidos em sala e da 
consideração da vivência do aluno sobre o tema. 
O atual Currículo do estado de São Paulo foi separado em seis temas 
principais, o primeiro é Movimentos – Grandezas, variações e conservações, cujo 
objetivo é a compreensão de leis expressas nos princípios de conservação, 
quantidades de movimento e energia, como também, a consciência da evolução 
5 
tecnológica. Já no segundo tema, Universo, Terra e Vida, os estudantes precisariam 
de: competências para lidar com as leis de conservação, quantidades de movimento 
e energia; compreensão da cosmologia, hipóteses, modelos e formas de investigação 
da origem e da evolução do Universo; e reflexão sobre a presença humana no tempo 
e espaço universal. O terceiro tema - Calor, Ambiente e Usos de Energia – ficou 
destinado à identificação de fenômenos, fontes e sistemas que envolvem a troca de 
calor (condução, convecção e irradiação); o entendimento do comportamento da 
matéria com as variações da temperatura; o reconhecimento sobre a união entre calor 
e trabalho mecânico; o princípio de conservação de energia; o tratamento dos ciclos 
térmicos em fenômenos atmosféricos; e as máquinas térmicas como objeto de 
entendimento do uso da ciência e da tecnologia. O quarto tema é Som, Imagem e 
Comunicação, cujo objetivo é o estudo das ondas mecânicas e eletromagnéticas, 
assim como o seu entendimento e percepção. O quinto tema - Equipamentos elétricos 
- tem como objetivo o estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos através de 
correntes elétricas. Por fim, o último tema é Matéria e Radiação, destinado à 
organização microscópica da matéria; relação com as propriedades macroscópicas; 
formas de absorver/emitir radiação; e partículas elementares. 
Os conteúdos do currículo são definidos para que sejam relevantes no contexto 
atual do mundo e sejam capazes de desenvolver, no aluno, a capacidade de utilizá-
los na vida. Deste modo, a seleção dos conteúdos a serem ministrados para os 
estudantes deve prepará-los para o entendimento físico do mundo moderno, dos seus 
desafios e das possibilidades do intelecto humano. 
 
 
2 IMPACTOS DA BNCC NO ENSINO DE FÍSICA 
Antes de discutir sobre os impactos que a BNCC (Base Nacional Comum 
Curricular) pode causar no ensino de Física – levando em consideração pontos 
importantes, como os conteúdos e abordagens – é importante situar o objetivo que 
este documento tem com a educação básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental 
e Ensino Médio do Brasil. A BNCC tem caráter normativo aplicado exclusivamente à 
educação escolar, definida pelo § 1º do Artigo 1º da Lei de diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. A Base Nacional Comum Curricular é um documento sugerido 
em 2016 pelo Ministério da Educação para que houvesse mudanças no ensino médio 
e no currículo escolar. Entretanto, essas mudanças vêm sendo discutidas desde a Lei 
6 
de Diretrizes e Bases da Educação cujo objetivo de se ter um currículo nacional não 
teve efetivação. Um dos objetivos fundamentais da BNCC é o foco no 
desenvolvimento de competências e, ao adotar esse enfoque, mostra um parecer 
pedagógico que orienta a forma de como as competências devam ser desenvolvidas. 
Fica clara a indicação que dois pilares fundamentais são essenciais para os alunos - 
“saber” e “saber fazer” - e adquirir habilidades, valores, atitudes para a construção do 
seu conhecimento e também desenvolver a habilidade de resolver problemas 
cotidianos, cidadania e do mundo do trabalho. 
Outra característica marcante da nova BNCC é a questão da escola integral, o 
que pode gerar diversos problemas de adaptação das escolas públicas no país. Um 
exemplo que pode exemplificar esse futuro problema de adaptação são escolas que 
comportam 300 alunos, sendo 100 por período, a partir do próximo ano, em que a 
BNCC entrará em vigor, essas mesmas escolas receberão esses mesmos alunos, 
todos no mesmo período ou será que haverá uma seleção para esses alunos 
continuarem estudando? A nova BNCC sugere e deixa evidente a importância do 
ensino de Física, sendo elas: o de mostrar o desenvolvimento teórico pela história e 
filosofia da ciência, desenvolvimento social e os processos deinvestigação; buscar 
sempre se aproximar da forma de ensino dos países mais desenvolvidos; almejar a 
formação de pessoas com perfis adequados; e seguir uma sequência didática pré-
determinada pelo novo currículo. 
Com base na proposta da reforma, o ensino de Física no ensino médio dentro 
da BNCC passará a ser abordado em seis unidades, com duas unidades em cada ano 
letivo, mas sabe-se que os conteúdos que compõem a disciplina são extremamente 
extensos e abrangentes. Essas seis unidades são denominadas da seguinte forma: 
movimentos dos objetos e sistemas, energias e suas transformações, processos de 
comunicação e informação, eletromagnetismo (materiais e equipamentos), matéria e 
radiações (constituições e interações), Terra e universo (formação e evolução). A 
BNCC indica que o tema movimentos dos objetos e sistemas, tem como objetivo 
indagar a forma em que os movimentos são produzidos e buscar relacionar com as 
forças e o espaço, o tema energias e suas transformações, tem por objetivo fazer com 
que o aluno entenda todas as formas de energia e como se transformam. O terceiro 
tema indica que o aluno deve compreender os sistemas de comunicação, trazendo 
sua linha do tempo e seu contexto histórico, buscando uma visão apurado e analítico 
das diferenças dos tipos de equipamentos, sendo eles clássicos ou contemporâneos, 
7 
assim é possível relacionar o terceiro com o quarto tema, buscando relevância para 
os assuntos relevantes, como por exemplo, semicondutores e lasers. Para o tema 
matéria e radiação, é necessária uma forma que possa ajudar que o aluno assimile 
de uma maneira mais efetiva, o professor pode mostrar exemplos práticos, como 
diagnóstico médico. E por fim, o último tema objetiva-se a fazer o aluno compreender 
a formação do sistema solar, dos astros e dos planetas. Sempre relacionando esses 
temas com a história e filosofia da ciência, CTSA, para que o aluno fique situado sobre 
o que está sendo ensinado. Sabe-se que esses conteúdos são extremamente 
abrangentes e notórios, e assim, há uma percepção que existirá uma “perda” de 
alguns tópicos do conteúdo, já que é necessário um maior tempo em sala de aula para 
uma aprendizagem mais satisfatória dos estudantes, considerando que as unidades 
serão divididas em uma mesma carga horária. 
Tendo isso em vista, é prudente concluir que o conteúdo continuará a ser 
prejudicado caso seja a carga mantida e a abordagem de ensino seguirá igual ou 
ainda mais superficial no que se trata do ensino médio. Em compreensão, a prévia 
abordagem do conteúdo proposto para o ensino fundamental II, pode vir a ser uma 
boa adição, uma vez que deverá melhorar e facilitar a aprendizagem da física, assim 
o aluno chegará mais preparado no ensino médio. 
 
 
3 ABORDAGEM INTERACIONISTA E O ENSINO DE FÍSISCA 
A abordagem vygotskyana fundamenta que o desenvolvimento está baseado 
nas interações, ou seja, há uma inter-relação entre o contexto cultural, o homem e o 
desenvolvimento, no qual primeiro se dá o desenvolvimento cognitivo no 
relacionamento com o outro, para depois ser internalizado individualmente. Portanto, 
isso significa dizer que o desenvolvimento ocorre exteriormente para depois ocorrer 
no interior do indivíduo. 
O desenvolvimento histórico acontece do social para o individual (abordagem 
sociointeracionista), Vygotsky (1991, p.22) afirma “[...] o ser humano só adquire 
cultura, linguagem, desenvolve o raciocínio se estiver inserido no meio com os outros. 
A criança só vai se desenvolver historicamente se inserida no meio social”. Ele 
fez seus estudos de acordo com o materialismo histórico dialético de Marx e Engels, 
que afirmavam que as mudanças históricas sociais ocorridas dentro de uma 
sociedade influenciam o comportamento dos indivíduos. Desse modo, Vygotsky diz 
8 
que o homem só se constrói homem nas suas relações sociais. Ele ainda definiu a 
chamada zona de desenvolvimento proximal, como a distância entre o que se pode 
fazer sozinho e o que se faz com a mediação de outra pessoa. Essas medidas são 
fundamentais para o processo de aprendizado, pois o aluno pode ser capaz de 
relacionar aprendizagens anteriores às atuais e não apenas decodificar signos. 
Vygotsky não acredita no processo simples de estímulo e resposta, visto que 
buscava o conflito entre as concepções idealista e mecanicista da psicologia. Sendo 
assim, enfatiza as interações entre os indivíduos e os instrumentos criados por eles 
para se relacionarem com o conhecimento. 
Ao tratar de forma consistente a relação da obra de Vygotsky com o ensino de 
Física, pode-se analisar um possível aumento na efetividade entre as relações aluno-
aluno e aluno-professor e uma maior aprendizagem desses educandos. Essa 
efetividade se constitui a partir de diferentes interações dentro da sala de aula, como, 
por exemplo, sugerir que os estudantes sentem em círculo a fim de discutir sobre um 
objeto de estudo palpável, que tenha uma grande assimilação com conceitos físicos 
e que também estejam na realidade e no cotidiano de cada um desses estudantes. 
Utilizando essa e outras ferramentas é possível auxiliar o aluno a desenvolver seu 
lado cultural e social bem tanto quanto o raciocínio e o conhecimento científico. 
Para Vygotsky (2001), o desenvolvimento dos conceitos diários e científicos 
são etapas interligadas que desempenham uma motivação sobre outros conceitos, 
proporcionando, assim, uma oportunidade de crescerem e alcançarem níveis maiores 
de desempenho. A interação entre esses aprendizados tem como consequência o que 
Vygotsky (2001) chamou de conceitos verdadeiros, que são estudos e entendimentos 
mais profundos que se têm dos alunos em um contexto específico, como, por exemplo 
a forma de comunicar esses conceitos na escola. É um processo essencial a ser feito, 
devido ao fato de que o entendimento e a forma de significar esses conceitos ajudam 
a reorganizar a experiência do aluno, pois forma a percepção sobre esta e possibilita 
que novas atitudes que não eram percebidas, passem a ser por ele. (MALDANER, 
2007) 
Tendo em vista que, para o ensino de Física, é tão necessário que o aluno 
compreenda a teoria quanto que saiba resolver exercícios, considera-se que essa 
abordagem pode ser de grande auxílio, pois vai abranger os conhecimentos de mundo 
que o aluno já apresenta e assim, tentar buscar o desenvolvimento intelectual do 
9 
aluno, e não simplesmente desenvolver a habilidade de reproduzir resoluções de 
exercícios. 
Dessa forma, conclui-se que a abordagem sociointeracionista de Vygotsky é 
uma grande contribuição ao ensino e à busca ao desenvolvimento real do aluno, 
principalmente no que se trata do ensino de conteúdos de física, haja vista a 
dificuldade existente da parte dos alunos para a compreensão desses fenômenos 
por conta própria. 
 
 
4 ABORDAGENS DE ENSINO 
4.1 ESTRATÉGIA ACE 
A aprendizagem centrada em eventos (ACE) se trata de explicar um conteúdo 
através de algum acontecimento histórico e promover, além do conhecimento do 
assunto em foco, a possibilidade de discussão das questões socioculturais 
relacionadas ao fato. 
Uma vantagem para essa abordagem é a possibilidade de apresentar para o 
aluno um assunto que o atraia e cause curiosidade pela ciência por trás da história. 
Além disso, um único evento pode tratar de diversos conteúdos, de forma a atrair mais 
a atenção do estudante e trabalhar a capacidade de resolução de problemas, uma vez 
que o assunto já será explicado em contexto, com uma possível aplicação. 
É também uma estratégia capaz de promover debates, identificar concepções 
espontâneas e é, muitas vezes, utilizada em conjunto com CTSA. 
 
4.2 ESTRATÉGIA CTSA 
Movimento CTSA, teve seu início em meados da década de 1970 e tinha como 
bandeira a necessidade de a sociedade pensar de forma crítica, buscando sempre 
alternativas que transformassem para melhor a vida em sociedade. 
Esta abordagem,Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, se dedica a 
conhecer aspectos que influenciam a sociedade sobre o desenvolvimento da ciência 
e tecnologia, as influências trazem benefícios para a população, como também 
consequências negativas. 
Existem duas vertentes muito fortes de CTS, que são a europeia e a americana, 
a europeia tem por característica uma investigação acadêmica, que sobressai da 
Educação ou da divulgação científica, e a americana se concentra em estudar as 
10 
consequências socioambientais que o desenvolvimento científico e tecnológico possa 
trazer. No Brasil o movimento emerge na década de 80, a fim de analisar as 
implicações sociais que o crescimento da ciência e tecnologia pudesse causar, tendo 
como base a vertente americana. O desenvolvimento humano também vem sendo 
introduzido dentro do CTS e em algumas localidades costumam nomear como 
Ciência, Tecnologia, Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Humano. 
No ensino de ciências é comumente visto nas disciplinas de Física, Química e 
Biologia, tendo o professor como mediador das reflexões e debates que ocorrerão na 
sala de aula e propor soluções pautadas no desenvolvimento sustentável. 
 
4.3 ESTRATÉGIA HC 
Uma das estratégias para a discussão de conteúdos da Física em sala de aula 
seria o uso da História da Ciência (HC), pois ela permite que o estudante seja capaz 
de compreender como se deu o desenvolvimento de determinados conceitos e as 
contribuições dos personagens históricos envolvidos, além disso, a HC permite 
compreender aspectos da natureza da ciência, bem como, pode permitir a 
compreensão da relação entre a ciência, tecnologia e sociedade. 
Assim, segundo Pena e Ribeiro Filho (2009), essa abordagem permite ao 
estudante desenvolver uma visão de mundo atualizada, entendendo o processo 
histórico-filosófico e as novas tecnologias do seu cotidiano doméstico, social e 
profissional. 
 
4.4 EXPERIMENTAÇÃO 
A experimentação é uma das abordagens de ensino mais conhecidas, embora 
pouco utilizada nas escolas públicas da educação básica. Esta abordagem é uma 
ótima ferramenta para o ensino-aprendizagem dos alunos, quando estes estão diante 
de disciplinas que muitas vezes apresentam conteúdos extremamente abstratos e que 
não saem da rotina das aulas expositivas dentro da sala de aula. A experimentação é 
uma ponte que viabiliza a observação das leis apresentadas em disciplinas como 
física e química e também a compreensão do que foi ministrado teoricamente aos 
educandos. 
Ao tratar-se da realização desta abordagem, pode-se dizer que existe uma 
lacuna perceptível - falta de estrutura adequada (materiais, laboratórios, outros) das 
escolas - que inviabiliza quase totalmente a execução desta, deixando a desejar a 
11 
efetividade no que diz respeito a compreensão dos conteúdos abstratos. Dessa forma, 
muitos professores apelam por experimentos que são mais simplistas e que se 
adequem a estrutura física da sala de aula, por isso, o motivo da simplicidade. 
 
 
5 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
5.1 AULA 1 (Lucas Matheus Augusto) 
5.1.1 Resumo 
A presente aula tem por objetivo introduzir o conceito de gases para os alunos, 
fazendo uso de uma perspectiva da história da ciência. O intuito da utilização dessa 
abordagem é chamar a atenção do aluno para o conteúdo. Mostrar o conceito histórico 
da época em que esses estudos estavam sendo realizados é de extrema importância 
para a construção do conhecimento do aluno, fazer entender o motivo que se iniciou 
esses estudos e como foram evoluindo desde aquela época. Outra importante prática 
a se realizar é ensinar a física do conteúdo ministrado em cotidiano e como esse 
conhecimento será útil no seu dia-a-dia, assim possivelmente será instigado a querer 
aprender mais sobre assunto, pois esse conhecimento terá uma utilidade prática. O 
estudo das variáveis de estado também servirá para o aluno conhecer como pressão, 
temperatura e volume se relacionam e também a foram que essas variáveis interagem 
com os gases. Ter o domínio das condições normais de temperatura e pressão é 
imprescindível para essa disciplina, pois essas condições seguem padrões 
internacionais e mostrar também a diferença entre condição normal e condição 
padrão, pois são coisas distintas e por esse motivo é importante apresentar sua 
diferença. No início da aula será feita uma introdução sobre o tema, trazendo a história 
e filosofia da ciência para o centro da discussão, apresentando os grandes nomes 
desses estudos e o contexto da época, após essa apresentação pela história da 
ciência, trazer para o cotidiano do aluno a discussão, para que ele veja como é 
importante saber como os gases se comportam, mostrando a eles situações do 
cotidiano, com o objetivo de atrair a atenção do aluno para a matéria. Depois de todas 
essas explicações entrar de fato nos conteúdos teóricos que norteiam a disciplina, 
passando primeiramente pelas as variáveis de estado, exemplificando cada uma delas 
levando sempre em consideração suas unidades no sistema internacional e mostrar 
a forma que essas variáveis interagem. Para finalizar esse primeiro contato com o 
12 
conteúdo apresentar a CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão) e sua 
diferença com condições-padrão. 
 
5.1.2 Conteúdos 
Os conteúdos ministrados estão listados abaixo: 
 Introdução do Estudo de Gases pela ótica da História e Filosofia da Ciência; 
 Variáveis de Estado; 
 Condições Normais de Temperatura e Pressão; 
o Diferença entre condição-normal e condição-padrão. 
 
5.1.3 Objetivos específicos 
Os alunos serão capazes de compreender a evolução histórica do conteúdo 
ministrado nessa primeira aula, a partir de uma abordagem histórico científica, 
compreender como cada variável de estado se comporta e a forma que interagem 
entre si. Outro objetivo a ser alcançado pelo aluno é de utilizar as unidades corretas, 
a partir das condições normais de temperatura e pressão e saber diferenciar condição 
normal e condição-padrão. 
 
5.1.4 Competências e habilidades 
As competências e habilidade a serem desenvolvidas estão listadas abaixo: 
 Estimar a ordem de grandeza de temperatura de elementos do cotidiano; 
 Identificar e distinguir as variáveis de estado e como as mesmas interagem; 
 Explicar o contexto histórico e a evolução do estudo dos gases; 
 Apresentar as unidades a serem utilizadas a partir das Condições Normais 
de Temperatura e Pressão; 
 Diferenciar condição normal de condição-padrão. 
 
5.1.5 Passo a passo 
No começo da aula será feita uma introdução breve sobre o conteúdo das 
aulas, para situar os alunos. Após essa breve introdução, iniciar a exposição histórica 
do estudo dos gases, apresentando Robert Boyle (1627-1691), químico e físico 
britânico que iniciou esse tipo de estudo no século XVII (MEDEIROS, 2005), 
apresentar as experiências realizadas com vácuo por Otto Von Guericke (1602-1686), 
13 
um defensor da ideia da existência do vácuo e seguiu o método cientifico de Francis 
Bacon (1561-1626), experimento esse que Boyle utilizou para realizar seus estudos. 
Ainda no contexto histórico, passando agora para os séculos XVIII e XIX, apresentar 
os estudos realizados por Jacques Alexandre Cesar Charles (1746-1823) e Joseph 
Louis Gay-Lussac (1778-1850), que estudaram o balonismo para desenvolver suas 
leis. Ressaltar também a importância que o advento da teoria atomística teve para as 
investigações realizadas pelo estudo dos gases. Outro importante fato a ser 
apresentado é a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra e como seu sucesso 
dependeu desses estudos gases, máquinas térmicas e o início dos estudos de 
Termodinâmica. Essa apresentação histórica será realizada de forma expositiva, 
aberta para diálogo com os alunos e dúvidas que poderão surgir. 
Com o objetivo de instigar a curiosidade do aluno, será apresentado como esse 
tipo de estudo aparece em nosso cotidiano. Dois exemplosserão discutidos, o 
primeiro exemplo a ser discutido será o real motivo da importância de se calibrar os 
pneus periodicamente e o outro exemplo a ser debatido é a forma que se pode saber 
se o gás de cozinha está vazando, assim os alunos poderão ver aplicações práticas 
do conteúdo a ser ministrado. 
O próximo assunto abordado na aula será o estudo das variáveis de estado, 
que são, pressão, temperatura e volume. Cada item será detalhado, a afim de 
aprofundar o conhecimento do aluno. Mostrar a importância da necessidade que há 
em conhecer essas variáveis e uma imagem será distribuída para os alunos, para 
elucidar ainda mais esse conceito (ANEXO A). As unidades de pressão e temperatura 
serão apresentadas na forma que a CNTP recomenda, sendo esse outro tópico que 
será ministrado para os alunos, condições essas que foram estabelecidas pela IUPAC 
(International Union of Pure and Applied Chemistry), a fim de definir padrões. Para 
finalizar os conteúdos teóricos, a discussão da diferença entre condições normais e 
condições padrão e estabelecer que será utilizado nas aulas as condições normais 
que são: 
 Temperatura: 0°C = 273,15 K; 
 Pressão: 1 atm = 105 Pa (pressão atmosférica ao nível do mar) 
Todo o conteúdo ministrado será realizado de forma expositiva e dialogada com 
os alunos, perguntas serão realizadas durante a aula, a fim de ter a noção se estão 
absorvendo o conteúdo. No final da aula, alguns exercícios de fixação serão 
realizados em conjunto com os alunos (ANEXO B). 
14 
 
5.1.6 Estratégia 
Segundo os autores Juan Díaz Bordenave e Adair Martins Pereira, tentam de 
alguma forma resolver um dos problemas que todo professor enfrenta diariamente, o 
melhor método de ensinar um determinado assunto, como ambos dizem, sem 
“massificar” ou “coisificar” o maior interessado que é o aluno. 
Dessa forma a estratégia escolhida para essa aula será a expositiva e 
dialogada, com o intuito de garantir a participação do aluno, fazendo questionamentos 
durante a aula, para se sintam estimulados a discutir os assuntos que estão sendo 
exposto. Resolução de exercícios em conjunto, para que o conteúdo fixe melhor, 
buscando assim um melhor aproveitamento. 
 
5.1.7 Recursos 
Os recursos utilizados nessa aula serão: 
 Giz; 
 Lousa; 
 Livro didático (ANEXOS C, D e E); 
 Caderno do Aluno 2º ano do Ensino Médio, vol.1 (ANEXO F e G). 
 
5.1.8 Desenvolvimento da aula 
No início da aula será passada uma lista de presença, a fim de não perder 
tempo com a chamada, pois o tempo é escasso. A aula se desenvolverá da seguinte 
forma: 
 Introdução (~5 minutos) 
Na introdução será feita as condições gerais dos conteúdos ministrados e informações 
gerais. 
 Estudo dos Gases na ótica da História da Ciência (~35 minutos) 
A exposição se iniciará com apresentando Robert Boyle e sua contribuição para 
o estudo dos gases e o contexto do século XVII e como fez uso do experimento de 
Otto von Guericke com o vácuo para fundamentar seus estudos. Continuando na linha 
do tempo, passando para os séculos XVIII e XIX, onde a teoria atomística teve papel 
fundamental para as investigações do estudo dos gases e apresentar outros dois 
grandes nomes para a compreensão do estudo dos gases, que são Jacques 
15 
Alexandre Cesar Charles e Joseph Louis Gay-Lussac e a forma que estudaram o 
balonismo para chegar em suas leis. Outro ponto importante no contexto histórico, 
será a explicação de como esses estudos dos gases, incrementando também um 
pouco da Termodinâmica em geral contribuíram para o sucesso da Revolução 
Industrial. 
 Estudo dos Gases no cotidiano (~10 minutos) 
Dois exemplos do dia-a-dia do aluno serão mostrados, para trazer a sua 
atenção para o conteúdo, um deles é a importância da calibragem do pneu 
periodicamente e como saber que o gás de cozinha está com vazamento. 
 Variáveis de Estado (~25 minutos) 
Um dos pontos centrais dessa aula, será mostrado a importância de conhecer 
essas variáveis, que são, pressão, temperatura e volume e a forma que interagem. 
Será detalhado, a fim de aprofundar o conhecimento do aluno e uma imagem (ANEXO 
A) será apresentado para exemplificar melhor essa interação. 
 Condições Normais de Temperatura e Pressão (~10 minutos) 
Conhecer as unidades em sistemas físicos são extremamente importantes, 
portanto, parte da aula será dedicada para mostrar a CNTP, condições essas 
estabelecidas pela IUPAC, para padronizar essas unidades, assim será mostrado as 
unidades que serão utilizadas nas aulas e também mostrar a diferença entre 
condições-normais e condições-padrão, pois existem diferença entre ambas. 
 Exercícios para fixação (~15 minutos) 
A parte final da aula será dedicada para relacionar os exercícios para fixar o 
conteúdo para o aluno, com auxílio do professor. 
 
5.1.9 Avaliação das atividades 
O aluno será avaliado a partir de sua participação na aula e sua assiduidade, a 
atividade que será realizada em sala fará parte da composição de sua nota. A 
avaliação do exercício será feita pela entrega e não se está certo ou não, pois o 
objetivo da mesma é identificar nesse primeiro momento se o aluno está 
compreendendo o conteúdo e assim investigar possíveis dificuldades, para que assim 
essas dificuldades possam ser sanadas nas demais aulas. 
 
5.1.10 Referências 
16 
MEDEIROS, L.I. As contribuições de Robert Boyle à química face a uma visão 
interdisciplinar com a geografia. HOLOS: Instituto Federal Rio Grande Do Norte, 
p. 112-113, maio/2005 
 
EDISCIPLINAS USP. Introdução à atomística e a teoria cinética dos gases. 
Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/162898/mod_resource/content/0/T3_Capitulo
2_v3.pdf. Acesso em: 9 nov. 2019. 
 
ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Otto von Guericke. Disponível em: 
https://www.britannica.com/biography/Otto-von-Guericke. Acesso em: 9 nov. 2019. 
 
BORDENAVE, J. D. e PEREIRA, A. M. Estratégias de Ensino e Aprendizagem. 
Petrópolis: Vozes, 1989. 
 
KAZUHITO, Y.; FUKE, L. F.; Física: para o Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
 
 
5.2 AULA 2 (Wesley Tiago da Silva Gomes) 
5.2.1 Resumo 
Esta aula será ministrada a partir da abordagem ACE (atividade centrada em 
eventos). Será apresentada aos estudantes a importância do saber científico por trás 
dos eventos que ocorrem na sociedade e que são divulgados pela mídia, já que é de 
extrema importância o desenvolvimento da tomada de decisão diante de problemas 
que envolvam a sociedade como um todo. O evento escolhido é o furacão Katrina, 
que aconteceu em 2005 na Costa do Golfo dos Estados Unidos, e deixou dezenas de 
mortos. A partir da apresentação deste evento meteorológico, serão discutidas leis; 
equações e conceitos que definem o comportamento dos gases, afim de identificar 
também as concepções prévias acerca do tema. Neste primeiro momento, é 
importante que o aluno consiga criar uma conexão entre o conteúdo específico da 
disciplina e o evento, para que possam ter a ótica da importância da ciência na 
sociedade e como esta pode contribuir para a resolução de problemas e/ou contribuir 
também na resolução de problemas que resultam das consequências do 
comportamento humano; já que este último tem influência nos acontecimentos no que 
diz respeito ao aquecimento global e “desastres naturais”. Dessa forma, o objetivo 
desta aula é também mostrar o elevado grau de importância da consciência humana 
quando o envolvimento são os desastres e o aquecimento global. Depois deste 
primeiro momento, o conteúdo da disciplina será aprofundado e também dialogado, 
17 
objetivando o fortalecimento e esclarecimento de dúvidas sobre o que foi conversado 
até o momento. É de extrema importância a identificação do que não foi tão bem 
entendido ou absorvido pelos alunos, por isso, para finalizar, será proposta 
individualmente uma atividade que busque identificar estas lacunas, e depois serem 
trabalhadas. 
 
5.2.2 Conteúdos 
Os conteúdos ministradosa partir da abordagem ACE: 
 Hipótese de Avogadro e conceito de mol; 
 Volume molar; 
 Constante universal dos gases ideais; 
 Equação de Clapeyron; 
 Gás perfeito e gás ideal; 
 Lei geral dos gases perfeitos. 
 
5.2.3 Objetivos específicos 
Ao final desta aula, os alunos deverão ser capazes de saber os conceitos do 
item 1.3.2, bem como saber do relacionamento deste conteúdo com o evento 
meteorológico apresentado. Os estudantes também deverão ter a ótica da importância 
do saber cientifico por trás de todos os eventos que ocorrem em sociedade e da 
influência que o comportamento humano pode ter no que ocorre na natureza – 
cientificamente falando, como por exemplo, a temperatura; pressão e outras variáveis. 
 
5.2.4 Competências e habilidades 
 Fortalecimento da criticidade diante de temas científicos associados a 
eventos que ocorrem na sociedade; 
 Identificação e interpretação das leis; equações e conceitos dos gases; 
 A comunicação social ou escrita para análise de eventos e fenômenos; 
 A consciência sobre a tomada de decisão diante de problemas que precisam 
ser resolvidos. 
 
5.2.5 Passo a passo 
18 
No início da aula, o primeiro assunto apresentado será o desastre 
meteorológico que ocorreu nos EUA há quase 15 anos. Será apresentado um vídeo 
aos estudantes e depois haverá uma discussão com eles sobre as consequências que 
o furacão Katrina causou e as possibilidades de envolvimento do ser humano neste 
desastre, já que um dos assuntos mais comentados são as consequências do 
comportamento humano frente ao que vem acontecendo em termos de “desastres 
naturais” e aquecimento global. Mais adiante, será apresentada algumas variáveis - 
temperatura, volume, pressão - e discutidas sobre como eles acham que estas 
variáveis têm reflexo no surgimento e comportamento dos furacões. Com isso, será 
possível identificar possíveis concepções errôneas para que depois possam ser 
trabalhadas e modificadas em concepções certas. Logo em seguida, será 
desenvolvido e aprofundado o conteúdo específico da disciplina – leis, equações, 
definições e conceitos sobre os gases -, sempre estimulando a discussão sobre a 
conexão do conteúdo com o evento apresentado anteriormente. Ao final da aula, será 
proposta uma atividade individual que busca saber o nível de criticidade e ao mesmo 
tempo as possíveis lacunas sobre o assunto ministrado. 
 
5.2.6 Estratégia 
A estratégia definida para ser utilizada é a aula expositiva dialogada. O 
professor abre caminho para questionamentos em diálogos que acontecem entre ele 
e os alunos durante a apresentação do conteúdo, objetivando o interesse por parte 
dos educandos; o prazer por aprender; o desenvolvimento da criticidade e a discussão 
do assunto lecionado. 
 
5.2.7 Recursos 
Os recursos utilizados estão listados abaixo: 
 Lousa e giz (eventuais anotações e demonstrações para os alunos); 
 Projetor/slide; 
 Notebook; 
 Livro; 
 Caderno do aluno 2º ano do Ensino Médio, Vol.1 (ANEXO F); 
 Vídeo (ANEXO H). 
 
19 
5.2.8 Desenvolvimento da aula 
 Explicação do decorrer da aula (~7 minutos) 
Ao iniciar a aula, será explicado como será a dinâmica da aula. 
 Apresentação do vídeo e discussão sobre o evento meteorológico (~25 
minutos) 
O vídeo irá mostrar como o desastre ainda deixou enormes rastros na vida das 
pessoas e no cotidiano delas, mesmo depois de 5 anos (em 2010), aumentando o 
índice de desemprego; a falta de moradia; de alimento, de modo geral, uma janela de 
desumanidade para quem vive na região. A partir deste vídeo será iniciada uma 
discussão que focalize até que ponto o ser humano pode ter influência neste tipo de 
desastre e qual o mínimo possível que os indivíduos que compõem a sociedade 
podem fazer para amenizar as possibilidades ou evitar que eventos como estes 
aconteçam. 
 Apresentação de algumas variáveis (~30 minutos) 
Nesta parte da aula, serão apresentadas as variáveis - temperatura, volume e 
pressão - que estão envolvidas com o comportamento dos gases. Partindo desta 
apresentação, os alunos serão questionados a respeito de como eles acham que a 
formação e o comportamento dos furacões têm relação com estas variáveis e se para 
eles é possível uma mudança de comportamento destas a partir da relação de atitude 
que os humanos tem para com o meio ambiente, e de que forma eles acham que se 
dá a influência dos seres humanos para o acontecimento dos eventos que envolvem 
o comportamento dos gases – Isto tudo para reforçar o diálogo anterior. Esta 
discussão será também será uma ponte para verificação de concepções errôneas 
entre os alunos para que possam ser trabalhadas. 
 Apresentação dos conceitos, leis e equações dos gases (~35 minutos) 
Nesta etapa da aula, será apresentada nos slides os conteúdos que 
contemplem a hipótese de Avogadro e conceito de mol; volume molar; constante 
universal dos gases ideais; Equação de Clapeyron; gás perfeito e gás ideal, e por fim, 
a lei geral dos gases perfeitos – lembrando que sempre haverá foco na conexão com 
o evento. Quando necessário, será anotada na lousa algumas anotações ou 
demonstrações para o melhor entendimento dos alunos. Ainda nesta parte da aula, 
será entregue uma proposta de atividade individual (ANEXO I) por meio de uma 
pergunta que instiguem os alunos a expressar opiniões críticas a respeito do tema 
20 
abordado. Esta atividade também será um diagnóstico para possíveis lacunas 
existentes acerca do tema trabalhado. 
 Chamada (~3 minutos) 
Será realizada a chamada ao final da aula. 
 
5.2.9 Avaliação das atividades 
O aluno será avaliado por meio do diálogo nas discussões em sala de aula e 
pela atividade proposta em sala para ser entregue. A atividade proposta busca a 
argumentação dos alunos acerca do tema trabalhado, assim como verificar também 
as lacunas existentes. 
 A atividade proposta terá valor máximo de 5,0 ontos; 
 A participação eem diálogos em sala também totalizarão em um máximo de 
5,0 pontos. 
 
5.2.10 Referências 
BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: 
orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
Brasília: MEC/SEB, 2002. 
 
KAZUHITO, Y.; FUKE, L. F.; Física: para o Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
 
 
5.3 AULA 3 (Geovana dos Reis Belíssimo) 
5.3.1 Resumo 
A presente aula tem por objetivo introduzir o conceito de teoria cinética dos 
gases através da perspectiva “Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente” (CTSA). 
Esta abordagem tem como finalidade provocar um pensamento crítico e consciente 
aos alunos sobre os fatores que vêm ocorrendo pelo mundo. Nesse estudo a 
perspectiva CTSA como uma abordagem no ensino de Física, pretende preparar os 
alunos para o exercício de cidadania e na tomada de decisões. O uso da temática 
“Teoria Cinética dos Gases” permite que os alunos desenvolvam o conhecimento 
físico no Ensino Médio e fiquem próximos aos problemas ambientais, em especial, a 
poluição atmosférica. Promovendo uma educação emancipatória e que possibilite a 
21 
interação com o mundo e a transformação da realidade ao seu redor. Portanto, na 
Teoria Cinética dos Gases, os alunos discutirão sobre a pressão em gases e como 
um gás exerce pressão sobre um determinado corpo. Além disso, também debaterão 
sobre o modelo dos gases e sua relação com a energia cinética, pressão e 
temperatura. As práticas argumentativas durante as aulas de Ciências ainda são uma 
estratégia pouco utilizada, de acordo com Vieira e Nascimento (2013) isso ocorre 
devido ao fato de que a argumentação não é explorada durante a educação básica 
dificultando aos professores a promoção e o gerenciamento das práticas 
argumentativas para atender os objetivos didáticos já estabelecidos pelos currículos 
vigentes. Nessa perspectiva, buscando amenizar tais problemáticas, essa aula irá 
utilizar como estratégia de ensino questões sociocientíficas (QSC). Diversosautores 
(ORQUIZA-de-CARVALHO, CARVALHO, 2012; LOPES, CARVALHO, 
2014)defendem a utilização de QSC na sala de aula, pois potencializam um maior 
desenvolvimento argumentativo e a aproximação das reais condições da produção 
científica e suas relações com a tecnologia, sociedade e meio ambiente. Sendo 
assim, será proposta uma atividade baseada em júris simulados na intenção de 
constituir conhecimentos e procedimentos discursivos, uma vez que, para o 
desenvolvimento dessa atividade é necessário que os estudantes adquiram papéis 
discursivos durante a interação. Plantin (2008) discute sobre os papéis 
argumentativos em um júri simulado, segundo ele são possíveis três papéis 
argumentativos distintos: o proponente que defende uma opinião, o oponente que 
defende outra opinião, geralmente contrária à do proponente, e o terceiro que assume 
o papel de juiz a fim de mediar às discussões e verificar se os argumentos seguem 
um padrão argumentativo coerente e racional. Para promover essas discussões serão 
utilizados QSC relacionadas com o efeito estufa e o aquecimento global. 
 
5.3.2 Conteúdos 
Os conteúdos a serem ministrados estão listados abaixo: 
 Teoria Cinética dos Gases 
o Modelo dos gases: pressão, temperatura e energia cinética; 
o Poluição atmosférica: efeito estufa e aquecimento global. 
 
5.3.3 Objetivos específicos 
22 
Espera-se que ao final do tema ministrado, o aluno seja capaz de argumentar 
sobre a teoria cinética dos gases e discutir por meio de júri simulado os impactos 
sociais e ambientais da evolução tecnológica e industrial da humanidade e sua relação 
com a poluição atmosférica. 
 
5.3.4 Competências e habilidades 
As competências e habilidades a serem desenvolvidas estão em conformidade 
com o modelo proposto pela BNCC que atingirá todos os níveis de ensino da 
educação básica. 
Competência específica 1 
Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas 
interações e relações entre matéria e energia, para propor ações individuais 
e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos 
socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional 
e global. (BRASIL, 2017, p. 554) 
 
Essa competência será desenvolvida através do estudo sobre os conceitos 
físicos envolvidos na teoria cinética dos gases e sua relação com a pressão, 
temperatura e energia cinética, identificando os conhecimentos científicos que estão 
como plano de fundo nas problemáticas socioambientais atuais entre elas a poluição 
atmosférica, o efeito estufa e o aquecimento global e buscando através dessas 
discussões possíveis soluções para tais problemáticas bem como o desenvolvimento 
do pensamento crítico do estudante para atuar e transformar a sociedade. 
E as habilidades desenvolvidas relacionadas a essa competência serão: 
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e 
de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em 
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento 
para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas 
e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o 
uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as 
suas formas. 
(EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente, 
considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes 
materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles, 
posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas 
para seus usos e descartes responsáveis. 
(EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os efeitos de 
fenômenos naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, para 
promover ações individuais e/ ou coletivas que minimizem consequências 
nocivas à vida. (BRASIL, 2017, p. 555) 
 
Competência específica 2 
Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do 
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento 
23 
e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e defender 
decisões éticas e responsáveis. (BRASIL, 2017, p. 556) 
 
Essa competência será desenvolvida através do estudo de modelos de gases 
e suas influências na vida das pessoas, além disso, também será realizado um estudo 
e debate acerca dos impactos ambientais promovidos pela evolução tecnológica, à 
industrialização e o aumento da produção de gases na atmosfera. 
E a habilidade desenvolvida relacionada a essa competência será: 
(EM13CNT206) Discutir a importância da preservação e conservação da 
biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e 
avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a garantia 
da sustentabilidade do planeta. (BRASIL, 2017, p. 557) 
 
Competência específica 3 
Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento 
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando 
procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor 
soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e 
comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos 
contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação 
e comunicação (TDIC). (BRASIL, 2017, p. 558) 
 
Essa competência será desenvolvida através da atividade de júri simulado onde 
os estudantes discutirão por meio de QSC as implicações do efeito estufa, 
aquecimento global e suas relações com a Teoria Cinética dos Gases. Além disso, 
para o desenvolvimento da atividade, os alunos terão contato com publicações 
científicas e terão que produzir argumentos que utilizem a linguagem científica e que 
explique fisicamente essas problemáticas. 
E as habilidades desenvolvidas relacionadas a essa competência serão: 
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e 
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar 
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, 
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob 
uma perspectiva científica. 
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de 
temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, 
considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como em 
equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a 
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes 
confiáveis de informações. 
(EM13CNT304) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação 
de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias 
do DNA, tratamentos com células-tronco, neurotecnologias, produção de 
tecnologias de defesa, estratégias de controle de pragas, entre outros), com 
base em argumentos consistentes, legais, éticos e responsáveis, distinguindo 
diferentes pontos de vista. 
(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas 
relativas à dependência do mundo atual em relação aos recursos não 
renováveis e discutir a necessidade de introdução de alternativas e novas 
24 
tecnologias energéticas e de materiais, comparando diferentes tipos de 
motores e processos de produção de novos materiais. (BRASIL, 2017, p. 559-
560) 
 
5.3.5 Passo a passo 
Primeiramente, serão apresentados aos alunos os objetivos da aula, 
estratégias de ensino utilizadas, ferramenta avaliativa e os critérios de avaliação. Em 
seguida teremos uma breve discussão acerca da Teoria Cinética dos Gases, tendo 
em vista que será o conceito principal a ser abordado, nesse momento também 
discutiremos alguns aspectos sobre a poluição atmosférica e a evolução tecnológica 
e científica. Ainda nos primeiros minutos das aulas será apresentada aos alunos a 
metodologia da atividade de júri simulado e a sala será dividida em dois grandes 
grupos que irão produzir argumentos favoráveis ou contráriosacerca da problemática 
estudada. Esses dois grandes grupos serão subdivididos em grupos menores com no 
máximo cinco estudantes para potencializar a participação de todos. 
Cada grupo receberá recortes de textos científicos ou jornalísticos que 
nortearão suas discussões (ANEXO J) e serão responsáveis por articular os 
conhecimentos científicos com os seus papéis argumentativos (proponente ou 
oponente). A QSC que orientará as discussões no júri simulado será: Atualmente, é 
possível verificar que o número de queimadas vem aumentando, o caso mais recente 
noticiado foi o incêndio na Amazônia. Segundo o Greenpeace, de janeiro a 20 de 
agosto de 2019, o número de queimadas na região foi 145% superior ao registrado no 
mesmo período de 2018. Além disso, também é possível observar o crescente 
aumento industrial, o aumento do número de automóveis e a queima de combustíveis 
fósseis. Esses fatores ocasionam uma maior concentração de gases poluentes na 
atmosfera, que consequentemente vem provocando o aumento da temperatura no 
planeta conhecido como aquecimento global. Nessa perspectiva, articulando seus 
conhecimentos sobre as potencialidades da evolução tecnocientífica e o modelo dos 
gases e suas relações com a pressão, temperatura e energia cinética construa 
argumentos científicos para discutir essa problemática. Além disso, serão utilizadas 
algumas questões norteadoras (ANEXO K) que auxiliarão no desenvolvimento da 
atividade. 
Na primeira parte da aula os alunos realizarão um estudo sobre os conceitos 
envolvidos na Teoria Cinética dos Gases e a leitura dos textos. Na segunda parte da 
25 
aula, todos se organizarão em um semicírculo para dar início aos debates do júri 
simulado. 
 
5.3.6 Estratégia 
As estratégias de ensino utilizadas estão de acordo com a perspectiva de Alves 
(2018) que a define como um “conjunto de ações intencionadas e planejadas do 
professor para a consecução dos objetivos de ensino propostos” (ALVES, 2018, 
p.102). 
Sendo assim, serão utilizadas QSC e atividade de júri simulado através de 
ensino por investigação e o discurso transacional. Esse tipo de estratégia potencializa 
o desenvolvimento argumentativo e aproxima o estudante das reais condições da 
produção científica e suas relações com a tecnologia, sociedade e meio ambiente. Os 
júris simulados possibilitam a constituição de conhecimentos e procedimentos 
discursivos, uma vez que, para o desenvolvimento dessa atividade é necessário que 
os estudantes adquiram papéis discursivos durante a interação. Plantin (2008) discute 
sobre os papéis argumentativos em um júri simulado, segundo ele são possíveis três 
papéis argumentativos distintos: o proponente que defende uma opinião, o oponente 
que defende outra opinião, geralmente contrária à do proponente, e o terceiro que 
assume o papel de juiz a fim de mediar às discussões e verificar se os argumentos 
seguem um padrão argumentativo coerente e racional. O discurso transacional é 
estudado por Melo e colaboradores 2015 apud (Zeidler et. al, 2005) como sendo o 
discurso que ocorre quando os estudantes constroem seus raciocínios a partir da 
internalização e articulação de seus pensamentos com os argumentos favoráveis ou 
contrários de seus colegas nos debates. Essa estratégia pode promover uma melhora 
na resolução de problemas e no desenvolvimento de habilidades relacionadas com a 
argumentação, pensamento científico, elaboração de hipóteses, entre outras. 
 
5.3.7 Recursos 
Alves (2018) define o termo recursos como “um meio concreto e físico que 
auxilia o processo de ensino e aprendizagem e, ainda, é o veículo de algum conteúdo” 
(ALVES, 2018, p.102). Sendo assim, os recursos utilizados nessa aula serão: 
 Lousa (quadro de giz, quadro-negro); 
 Textos impressos. 
26 
 
5.3.8 Desenvolvimento da aula 
Levando em consideração a utilização de duas horas-aula com o tempo total 
de 100 minutos e pensando em duas aulas sequenciais. Iniciaremos a aula com a sala 
já organizada em subgrupos de no máximo cinco alunos. Na intenção de otimizar o 
tempo, a frequência dos alunos será computada através de uma lista de presença que 
deverá ser assinada. 
Primeiramente, serão apresentados aos alunos os objetivos da aula, 
estratégias de ensino utilizadas, ferramenta avaliativa e os critérios de avaliação. Que 
será feita de forma expositiva e levará cerca de cinco minutos. 
Em seguida teremos uma breve discussão acerca da Teoria Cinética dos 
Gases, tendo em vista que será o conceito principal a ser abordado, nesse momento 
também discutiremos alguns aspectos sobre a poluição atmosférica e a evolução 
tecnológica e científica. Para essas discussões serão utilizados como recursos 
didáticos lousa e giz a fim de exemplificar alguns conceitos físicos envolvidos. O tempo 
previsto para essa atividade é de cerca de 20 minutos. 
Ainda nos primeiros minutos das aulas será apresentada aos alunos a 
metodologia da atividade de júri simulado e os subgrupos serão distribuídos em dois 
grandes grupos e orientados a produzir argumentos distintos sobre a problemática 
estudada, metade da turma será proponente e a outra metade oponente. O tempo 
previsto para a explicação das atividades é de cerca de 10 minutos. 
Os subgrupos receberão pequenos recortes de textos científicos ou 
jornalísticos que nortearão suas discussões e serão responsáveis por articular os 
conhecimentos científicos com os seus papéis argumentativos (proponente ou 
oponente). A QSC que orientará as discussões no júri simulado será: Atualmente, é 
possível verificar que o número de queimadas vem aumentando, o caso mais recente 
noticiado foi o incêndio na Amazônia. Segundo o Greenpeace, de janeiro a 20 de 
agosto de 2019, o número de queimadas na região foi 145% superior ao registrado no 
mesmo período de 2018. Além disso, também é possível observar o crescente 
aumento industrial, o aumento do número de automóveis e a queima de combustíveis 
fósseis. Esses fatores ocasionam uma maior concentração de gases poluentes na 
atmosfera, que consequentemente vem provocando o aumento da temperatura no 
planeta conhecido como aquecimento global. Nessa perspectiva, articulando seus 
conhecimentos sobre as potencialidades da evolução tecnocientífica e o modelo dos 
27 
gases e suas relações com a pressão, temperatura e energia cinética construa 
argumentos científicos para discutir essa problemática. Terão cerca de 30 minutos 
para preparar seus argumentos. 
Por fim, na última parte da aula, os alunos se organizarão em um semicírculo 
para a atividade de júri simulado. Para essa atividade, o tempo previsto é de cerca de 
35 minutos. Ao final dessa atividade será solicitado que os discentes preparem uma 
redação, que poderá ser entregue na próxima aula, acerca das principais opiniões 
defendidas no júri simulado e a importância da Teoria Cinética dos Gases para 
compreender o mundo ao seu redor, posicionando-se enquanto cidadão. 
 
5.3.9 Avaliação das atividades 
Os alunos serão avaliados de acordo com suas produções argumentativas 
acerca da teoria cinética dos gases e a participação dos debates promovidos pelo júri 
simulado sobre os impactos sociais e ambientais da evolução tecnológica e industrial 
da humanidade e sua relação com a poluição atmosférica. 
Serão utilizados como critério de avaliação: 
 Participação nas discussões dos subgrupos (2,0 pontos); 
 Participação na atividade de júri simulado (2,0 pontos); 
 Redação (6,0 pontos) 
o Apresentação de argumentos contrários e favoráveis acerca da 
problemática abordada que foram discutidas no júri simulado (2,0 
pontos); 
o Articulação entre os conceitos envolvidos na Teoria Cinética dos Gases 
e a poluição atmosférica (2,0 pontos); 
o Posicionamento acerca da problemática, com uma argumentação 
coerente e racional e utilização de linguagem científica (2,0 pontos). 
 
5.3.10 Referências 
ALVES, M. Características, elementos e importância doplanejamento didático 
pedagógico: uma revisão de termos e conceitos utilizados na área de Ensino de 
Ciências. 2018. Dissertação (Mestrado em Química) – Instituto de Química, 
Universidade Estadual Paulista. Araraquara, p. 132. 2018. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional 
comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio. Acesso em: nov. 2019. 
28 
 
GASPAR, Alberto. Física, volume único. 1.ed. São Paulo: Ática, 2005. p. 345 – 347. 
 
LOPES, N.; CARVALHO, W. L. P. As possibilidades e as limitações da ação 
comunicativa no trabalho com as questões sociocientíficas na formação de 
professores. Uni-pluri (Medellin), v. 14, p. 126-131, 2014. 
 
MELO, V.F.; VIEIRA, R. D.; BERNARDO, J.R.R. A presença de discurso 
transacional como um indicador de argumentação de qualidade em uma atividade de 
júri simulado. In: X ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM 
CIÊNCIAS, 2015, Águas de Lindóia. Anais Eletrônicos... APRAPEC, Águas de 
Lindóia, 2015. 
 
ORQUIZA-de-CARVALHO, L. M.; CARVALHO, W. L. P. Formação de professores 
e questões sociocientíficas no ensino de ciências. 1. ed. São Paulo - SP: 
Escrituras, 2012. v. 12. 400p. 
 
PLANTIN, C. A argumentação: história, teorias, perspectivas. São Paulo: Parábola 
Editorial, 2008. 
 
VIEIRA, R. D. e NASCIMENTO, S. S. Argumentação no Ensino de Ciências: 
tendências, práticas e metodologia de análise. Curitiba: Appris, 2013. 
 
 
5.4 AULA 4 (Heloisa Fonseca Barcellos) 
5.4.1 Resumo 
A aula consistirá em uma parte expositiva dialogada sobre o conteúdo mistura 
de gases e Lei de Dalton seguida por uma aula prática experimental com atividade em 
grupo realizando experimentos relacionados às aulas anteriores. Os alunos realizaram 
uma atividade escrita que terá a função, juntamente com a observação do professor, 
de analisar se os alunos alcançaram os objetivos esperados. 
É importante ressaltar a importância de aulas experimentais pois promovem o 
trabalho em grupo, o interesse pela ciência, a melhor compreensão dos conceitos e a 
detecção de concepções errôneas dos alunos. 
 
5.4.2 Conteúdos 
 Mistura de gases; 
 Lei de Dalton; 
 Experimentos: Movimento de partículas; relações de temperatura, pressão e 
volume; convecção do ar; inversão térmica; teoria cinética dos gases. 
 
29 
5.4.3 Objetivos específicos 
É esperado que o aluno seja capaz de compreender o que são misturas 
gasosas e qual o comportamento das moléculas e da pressão do gás nessa condição. 
Quanto aos experimentos, os alunos devem ser capazes de analisar e entender o 
comportamento dos gases e como se aplicam ao mundo real, sabendo identificar 
quais situações tratam desse assunto. 
 
5.4.4 Competências e habilidades 
 Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e sistematizar 
eventos, fenômenos, experimentos; 
 Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do 
conhecimento científico; 
 Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para 
fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos. 
 
5.4.5 Passo a passo 
A aula terá início com uma breve retomada dos conceitos de pressão e número 
de mol, se julgar necessário a partir da observação do desenvolvimento da turma. Em 
seguida, será explicada a dinâmica das misturas gasosas e o conceito da Lei de 
Dalton, verificando antes o que os alunos acreditam que acontece. 
Para a experimentação a turma será dividida, pelo professor, em grupos de 
quatro alunos e, em outra sala ou laboratório, serão realizados os experimentos, com 
os grupos alternando entre si. Os experimentos serão atividades de verificação 
relacionados ao movimento das partículas, à relação entre temperatura, pressão e 
volume, e à inversão térmica. Os experimentos serão seis: um relacionado ao 
movimento das partículas de um gás, três sobre as relações entre pressão, volume e 
temperatura, um sobre convecção do ar/inversão térmica e um sobre a teoria cinética 
dos gases. 
Durante o processo o professor observará os grupos, tirará dúvidas e fará 
observações sobre o conteúdo. 
A chamada será realizada através da atividade entregue. 
 
5.4.6 Estratégia 
30 
Será realizada uma aula expositiva dialogada para a parte do conteúdo de 
mistura de gases, visando estimular a participação do aluno e solucionar alguma 
concepção espontânea que tenha restado. Em seguida, uma aula prática com 
atividade em grupo realizando diversos experimentos simples com o intuído de 
promover a discussão sobre o conteúdo e melhor entendimento, possibilitando que os 
alunos tirem as dúvidas entre si, porém com presença, observação e auxílio do 
professor, caso haja necessidade. 
 
5.4.7 Recursos 
 Quadro e giz; 
 Livro didático (ANEXOS C e L); 
 Caderno do Aluno 2º ano do Ensino Médio, vol.1 (ANEXO F); 
 Materiais para experimentação: 
o Motor com base rotatória circular (exp. 1) 
o Tubo transparente (exp. 1) 
o Isopor (exp. 1) 
o Bolinhas leves (exp. 1) 
o Bomba de ar (exp. 2) 
o Termômetro (exp. 2) 
o Garrafas plásticas (exp. 2, 4, 5 e 6) 
o Cilindro com Pistão (exp. 3) 
o Algodão (exp. 3) 
o Bexiga (exp. 4) 
o Béquer ou vasilhas (exp. 4 e 6) 
o Água (exp. 4 e 5) 
o Corante (exp. 5) 
o Papel (exp. 5 e 6) 
o Vela (exp. 6) 
o Vinagre e Bicarbonato de Sódio (exp. 6) 
 
5.4.8 Desenvolvimento da aula 
 Introdução (~5 minutos) 
31 
Mediante observação de dificuldades da turma, será feita uma breve retomada 
dos conceitos de pressão e número de mol. 
 Mistura de Gases (~5 minutos) 
A aula se iniciará com uma discussão sobre o que é uma mistura de gases e 
exemplos de onde pode ser encontrada (exemplos: ar, gás de cozinha, cilindro de 
mergulho), com o intuito de mostrar ao aluno a presença disso em sua vida. 
Em uma mistura ideal, considera-se que as partículas de diferentes gases não 
têm influência umas nas outras. 
 Introdução à Lei de Dalton (~10 minutos) 
Breve explicação da história de Dalton, físico, meteorologista e químico inglês 
do século XVIII, que também foi o responsável pela da criação do modelo atômico da 
“bola de bilhar” e criar uma tabela de pesos atômicos, além da descoberta do 
daltonismo, condição de visão que tinha e hoje leva seu nome. 
Estudando a quantidade de vapor água presente no ar Dalton desenvolveu a 
lei das pressões parciais. 
 Lei de Dalton (~15 minutos) 
Primeiro será verificado o que os alunos presumem sobre o comportamento da 
pressão dos gases em uma mistura, explicando, em seguida, a Lei de Dalton, que, 
para um caso ideal, define que a pressão de um gás não depende dos outros gases 
e é proporcional à quantidade total de partículas. Dessa forma, a pressão total é a 
soma das pressões parciais, que seriam as mesmas se o gás fosse o único no 
recipiente. 
Utilizando a lousa, através da Equação de Clapeyron vista anteriormente, 
chegar à conclusão que a pressão parcial é igual à pressão total multiplicada pela 
fração molar do gás. 
 Divisão dos grupos e troca de sala (~5 minutos) 
Os grupos de quatro alunos previamente determinados pelo professor serão 
formados e será feita a troca de salas de aula para realizar a experimentação 
previamente montada pelo professor. 
 Experimentação (~60 minutos) 
Os seis experimentos poderão ser realizados em qualquer ordem e são sobre 
conteúdos discutidos em aulas anteriores. Os grupos se dividirão para realizá-los 
conforme o tamanho da turma. O tempo estimado para a realização de cada um é 
32 
entre 10 e 15 minutos – com exceção dos experimentos 2 e 3, que serão realizados 
juntos - totalizando os 60 minutos restantes de aula. Será entregue uma folha com 
questões sobre os experimentos (ANEXO M), as quais devem ser discutidas, 
respondidas, e entregues ao final, servindo também como lista de presença. 
Experimento 1 (ANEXO N) 
O experimento consiste em uma base redonda ligada a um motor e envolta por 
um tubo transparente com bolinhasdentro simulando as partículas do gás e um 
êmbolo de isopor. Ao aumentar a velocidade de rotação da base, as bolinhas se 
movimento mais rápido e levantam o isopor, simulando o comportamento de um gás 
com o aumento da temperatura. 
Experimento 2 (ANEXO O) 
Em uma garrafa conectada à uma bomba de ar por uma mangueira, com um 
auxílio de um termômetro, é possível observar o aumento da temperatura ao aumentar 
a pressão através do bombeamento do ar. 
Experimento 3 (ANEXO P) 
Dentro de um cilindro de vidro é colocado um pedaço de algodão, em seguida 
é fechado com o pistão. Ao pressionar o pistão com velocidade a pressão do interior 
aumenta e o algodão pega fogo devido à alta temperatura. O fenômeno se compara 
à combustão que ocorre em motores de carros. 
Experimento 4 (ANEXO Q) 
São presas bexigas na ponta de duas garrafas plásticas. Essas garrafas são 
colocadas em recipientes com água fria e quente e é observado o comportamento da 
bexiga. Na água quente a bexiga se enche, uma vez que o aumento da temperatura 
aumenta também a pressão, e na água fria ela se esvazia, por conta da queda da 
pressão. 
Experimento 5 (ANEXO R) 
São necessárias quatro garrafas plásticas: duas com água quente e uma cor 
de corante e duas com água fria e outra cor de corante. Com a ajuda de um papel as 
garrafas são colocadas, boca a boca, uma garrafa de cada. Quando a garrafa fria fica 
por cima a água se mistura, sendo essa mais densa, tende a ficar no fundo, 
representando a inversão térmica. Quando a água quente fica em cima ambas 
permanecem da mesma forma. Deve ser explicado ao aluno que os gases se 
comportam da mesma forma. Esse comportamento deverá ser comparado ao 
fenômeno de inversão térmica. 
33 
Experimento 6 (ANEXO S) 
Em um recipiente são colocados bicarbonato de sódio e vinagre até ocorrer a 
formação de gás. Com garrafas plásticas é feito um tubo inclinado e colocada uma 
vela na ponta. O gás é colocado no alto do tubo e deve apagar a vela, uma vez que, 
sendo mais denso que o ar, o gás tende a ficar embaixo. 
 
5.4.9 Avaliação das atividades 
As atividades serão avaliadas de acordo com o comprometimento do grupo em 
relação à realização dos experimentos, considerando o raciocínio, o trabalho em 
grupo, a capacidade de elaborar respostas científicas e a capacidade de buscar 
aplicações para a teoria. 
 
5.4.10 Referências 
BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: 
orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
Brasília: MEC/SEB, 2002. 
 
KAZUHITO, Y.; FUKE, L. F.; Física: para o Ensino Médio. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
 
LIMA, L.S., Lei de Dalton, Revista de Ciência Elementar, v. 3, n. 1, mar. 2015. 
Disponível em: http://doi.org/10.24927/rce2015.093. Acesso em: 02 de nov. de 2019. 
 
OLIVEIRA, J. R. S. Contribuições e abordagens das atividades experimentais no 
ensino de ciências: reunindo elementos para a prática docente. Acta Scientiae, 
Canoas, v. 12, n. 1, p.139-153, jan./jun. 2010. Disponível em: 
http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/31. Acesso em: 02 de nov. 
de 2019. 
 
 
5.5 AVALIAÇÃO FINAL 
A avaliação final será composta pelos trabalhos desenvolvidos durante as 
quatro aulas e uma prova escrita (ANEXO T). A prova contará com quatro questões, 
cada uma referente a um dos tópicos estudados, cada questão terá o peso igual a 
2,5 pontos e no final somará 10,0 pontos. 
Para o cálculo da média final do discente realizaremos uma média aritmétrica. 
Para isso será levada em consideração a média de cada uma das aulas (que também 
valerá 10,0 pontos) somada com a prova escrita. A seguir está exemplificado como 
34 
será feito o cálculo: 
(MA1 + MA2 + MA3 +MA4 + P) / 5 = Média Final 
Onde: MA1 é a média da primeira aula, MA2 é a média da segunda aula, MA3 é 
a média da terceira aula, MA4 é a média da quarta aula e P é a nota obtida na prova 
escrita. 
 
 
6 REFERÊNCIAS 
BINSFELD. C. S; AUTH. A. M. A experimentação de Ciências da Educação 
Básica: constatações e desafios. Faculdade de Ciências Integradas do Portal – 
Universidade Federal de Uberlândia. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular: Ensino Médio. 
Brasília: MEC, 2018. 
 
CRUZ, S. M. S. C. S. Aprendizagem centrada em eventos: uma experiência com o 
enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade no Ensino Fundamental. Tese (Doutorado 
em Educação) - Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa 
Catarina, Florianópolis, 2001. Disponível em: 
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81926. Acesso em: 24 de out. de 
2019. 
 
FINO, C. N. Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três 
implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, v. 14, n. 2, p. 
273-291 
 
GLEISER, M. Por que ensinar física? Física na escola, v. 1, n. 1, out. 2000. 
Disponível 
em:https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.sbfisica.org.
br/fne/Vol1/Num1/artigo1.pdf&ved=2ahUKEwiOgOL-
6dblAhUvILkGHdlXDVgQFjAAegQIBxAC&usg=AOvVaw2LP59ZXUICXzC9TjB4fUE7 
 
MALDANER, O. A. Situações de Estudo no Ensino Médio: nova 
compreensão de educação básica. In: Nardi, R. (org.). Pesquisa em Ensino de 
Ciências no Brasil: alguns recortes. Escrituras: São Paulo, 2007. 
 
MIGUEL, J. C.; CORREA, H. P. S; GEHLEN, S. T. Abordagem Temática no Ensino 
de Física: relações entre a perspectiva vygotskyana e os Momentos 
Pedagógicos. ENPEC 2011: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em 
Ciências, Campinas, n. 8, p. 1-13. Disponível em: 
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1110-1.pdf Acesso em: 20 de 
out. de 2019. 
 
PINHEIRO, N. A. M; SILVEIRA, R. M. C. F; BAZZO, W. A. O contexto científico-
tecnológico e social acerca de uma abordagem crítico-reflexiva: perspectiva e 
35 
enfoque. Revista Iberoamericana de Educación, UFSC, v. 49, n. 1, p. 1-14, mar. 
/2009. 
 
QUINTAL, J. R.; GUERRA, A. A história da ciência no processo ensino-
aprendizagem. Julho de 2008. Dissertação de Mestrado – CEFET-RJ. 
 
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: 
Ciências da Natureza e suas tecnologias. Secretaria da Educação; coordenação 
geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Luis Carlos de Menezes. – 1. ed. atual. 
– São Paulo: SE, 2012. 
 
SILVA, R. G.; SILVEIRA, A. F. Utilizando abordagens diferenciadas para o 
ensino de Física: o relato sobre uma proposta sobre astronomia. CVENID Encontro 
de iniciação à docência da UEPB, Editora Realize. 
 
Sócio-interacionismo de Vigotsky. Portal Educação. Disponível em: 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/socio-interacionismo-
de-vigotsky/34160. Acesso em: 18 de out. de 2019. 
 
SOUZA, Isabela Beraldo de. A compreensão de alunos do ensino médio sobre 
as relações CTSA e a preservação de um ecossistema terrestre a partir de uma 
aprendizagem centrada em eventos. 2015. 69 f. Dissertação (mestrado) - 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências, 
2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/134044. Acesso em: 24 de out. de 
2019. 
 
ROMERO, P. Breve estudo sobre Lev Vygotsky e o sociointeracionismo. 
Educação Pública, 2015. Disponível em: 
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/8/breve-estudo-sobre-lev-
vygotsky-e-o-sociointeracionismo. Acesso em: 18 de out. de 2019. 
 
 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/socio-interacionismo-de-vigotsky/34160
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/socio-interacionismo-de-vigotsky/34160
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/8/breve-estudo-sobre-lev-vygotsky-e-o-sociointeracionismo
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/8/breve-estudo-sobre-lev-vygotsky-e-o-sociointeracionismo
36 
ANEXO A 
 
37 
ANEXO B 
 
38 
ANEXO C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
ANEXO D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
ANEXO E 
 
 
 
 
 
 
41 
ANEXO F 
 
 
 
 
 
42 
ANEXO G

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