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Exames de imagem para cabeça e pescoço

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EXAMES DE IMAGEM - CABEÇA E PESCOÇO
QUANDO INDICAR EXAMES DE IMAGEM PARA PACIENTES COM QUADRO DE
AMIGDALITE AGUDA OU INFECÇÕES DA CAVIDADE ORAL?
O diagnóstico da amigdalite é com base na história clínica, não sendo necessário
exames de imagem inicialmente. Por isso, a tomografia computadorizada (TC) pode ser
indicada:
● Se houver dúvida diagnóstica
● Se não for possível realizar exame físico adequado (p. ex., paciente com
trismo)
● Se houver suspeita de abscesso ou infecção de estruturas profundas
● Quando não houver resposta à antibioticoterapia.
Os achados comuns de amigdalite na TC incluem aumento do volume das tonsilas
palatinas em conjunto à densificação do tecido adiposo parafaríngeo e presença de
coleção líquida com realce parietal pós-contraste (abscesso amigdaliano)
● A TC com contraste é o exame de escolha para a pesquisa de coleções
líquidas, abscessos periapicais e de osteomielite associada.
QUAL O MELHOR EXAME PARA AVALIAR PACIENTES COM RINOSSINUSITE?
A rinossinusite é a inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais e pode ser
classificada em aguda, subaguda, crônica ou recorrente. Os métodos de imagem não são
utilizados em todos os casos, principalmente os que têm evolução aguda e subaguda.
O melhor exame é a tomografia computadorizada (TC) sem contraste e com
reconstruções multiplanares (axial, coronal e sagital), que permite a avaliação dos seios
paranasais para:
● Identificar variantes anatômicas, como desvio do septo nasal e
pneumatização dos cornetos.
● Avaliar a extensão e as características da doença, como localização, tipo de
secreção, presença de alterações ósseas.
Os achados mais frequentes na TC incluem espessamento do revestimento mucoso
e presença de secreção nos seios paranasais.
● Sinusite aguda: pode haver presença de nível hidroaéreo
● Sinusite crônica: presença de espessamento e esclerose óssea das
paredes dos seios paranasais. Como sequelas podem ser encontrados cistos
de retenção, pólipos, polipose e mucoceles
Algumas características dos exames de imagem podem auxiliar na determinação da
etiologia da rinossinusite, que pode ser viral, bacteriana, fúngica, alérgica, reacional ou
relacionada a doenças sistêmicas (sarcoidose, granulomatose de Wegener e fibrose cística).
● Rinossinusite alérgica é mais difusa, enquanto a bacteriana é mais
localizada e assimétrica.
● Rinossinusite fúngica pode apresentar conteúdo hiperdenso na TC e sinais
de erosão das paredes ósseas (bem característico desta etiologia)
● Rinossinusite odontogênica consiste na infecção do seio maxilar associada
a doença periodontal. Na TC é possível observar a relação entre o seio
maxilar e o dente comprometido.
QUAL O MELHOR EXAME DE IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DA TIREOIDE?
A ultrassonografia (US) é o melhor método de imagem para avaliar a tireóide,
por ser uma estrutura superficial, pequena e de fácil acesso. É útil para a avaliação de
nódulos, bócio, hipertireoidismo, estadiamento e seguimento de câncer de tireoide.
Nódulos são achados acidentais de outros exames de imagem. como a TC de tórax,
e podem ser submetidos à avaliação adicional com punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
guiada por US
As características de um nódulo maligno podem ser:
● presença de componente sólido
● microcalcificações
● margem irregular ou microlobulada
● dimensão ântero posterior maior que a transversal
● vascularização central ao Doppler
● invasão tumoral direta dos tecidos moles adjacentes
● metástase linfonodal.
O bócio tireoidiano é aumento difuso da glândula, que pode ocorrer sem evidência de
nódulos, com nódulo único ou com múltiplos nódulos.
A US é o método de imagem de escolha para diagnóstico, orientação da PAAF,
avaliação pré-operatória e seguimento pós-terapêutico. A avaliação ultrassonográfica
deve incluir a loja tireoidiana e linfonodos cervicais.
Outros exames que podem ser utilizados são a tomografia computadorizada (TC),
ressonância magnética (RM) ou cintilografias.
● TC ou RM auxiliam na avaliação pré-operatória → também utilizadas se
houver suspeita de invasão de estruturas adjacentes que possam mudar o
planejamento cirúrgico
● A cintilografia pode ser útil na avaliação de pacientes com hipertireoidismo
A cintilografia de corpo inteiro com iodo deve ser realizada nos casos em que houver
suspeita de recidiva pelos exames laboratoriais com US negativa, assim como naqueles
com alto risco de recidiva e metástase à distância.
QUE EXAME SOLICITAR EM PACIENTES COM QUEIXA DE DOR OU AUMENTO DO
VOLUME DAS GLÂNDULAS SALIVARES?
A ultrassonografia é o método de imagem para avaliação inicial das glândulas
salivares. A sialoadenite é a principal causa de dor e aumento do volume das glândulas
salivares, ocasionada por um processo inflamatório/infeccioso.
● Sialoadenite: achado mais comum é o aumento do volume da glândula
acometida, que apresenta ecotextura heterogênea e fluxo aumentado ao
Doppler.
○ Pode ocorrer dilatação dos ductos salivares junto com cálculos
(sialolitíase)
● Na suspeita de sialolitíase, TC sem contraste pode confirmar o diagnóstico
quando o cálculo não for evidenciado na US
● A infecção pelo HIV também pode acometer as glândulas salivares: aumento
difuso das glândulas com múltiplos cistos no seu interior.
● Suspeita de lesões neoplásicas: pacientes que apresentarem aumento
indolor, lento e progressivo de lesões na topografia das glândulas salivares,
deve-se considerar essa possibilidade
○ É indicado TC com contraste endovenoso ou a ressonância magnética
(RM)
○ A diferença entre lesões benignas e malignas pode ser difícil na
imagem, muitas vezes é necessária biópsia para confirmação.
○ Achados sugestivos de malignidade incluem invasão de estruturas
adjacentes e presença de linfonodomegalias cervicais.
QUE EXAME SOLICITAR PARA PACIENTES COM MASSAS OU NÓDULOS CERVICAIS?
O diagnóstico diferencial de massas ou nódulos cervicais é extenso, incluindo
processos inflamatórios e infecciosos, lesões congênitas, linfonodomegalias, tumores
benignos e malignos.
A ultrassonografia (US) é o primeiro exame de imagem escolhido para avaliação de
nódulos cervicais, tanto em adultos quanto em crianças
Vantagens da US:
● identificação de lesões cutâneas e subcutâneas benignas, como cistos
sebáceos, lipomas e linfonodos reacionais, evitando a realização de
investigações adicionais.
● Diferenciação de lesões sólidas e císticas
● Avaliação de lesões vasculares através do uso do Doppler
● Realização de biópsias percutâneas guiadas.
Desvantagens da US:
● Acurácia limitada para a avaliação de estruturas ósseas e de lesões cervicais
profundas.
A tomografia computadorizada (TC) deve ser realizada quando a US for
inconclusiva ou quando houver suspeita de lesões cervicais mais extensas
● Se não houver contraindicações, o contraste intravenoso deverá ser sempre
utilizado para melhor caracterização da anatomia e das lesões cervicais.
A ressonância magnética (RM) tem melhor resolução para avaliação de tecidos
moles quando comparada com a TC. O uso de técnicas funcionais, como difusão e
perfusão, podem ser úteis no diagnóstico diferencial
QUAL O MELHOR EXAME PARA PACIENTES COM SUSPEITA DE OTOMASTOIDITE?
A tomografia computadorizada (TC) é o exame de imagem de escolha para a
avaliação de patologias que envolvem o osso temporal, por proporcionar uma imagem de
alta resolução da anatomia óssea e das cavidades aeradas desta região.
● O achado mais frequente na TC em pacientes com otomastoidite é a
presença de material com densidade de partes moles ou líquido preenchendo
as células da mastóide e/ou cavidade timpânica, com ou sem níveis
hidroaéreos
A ressonância magnética (RM) pode ser útil para o diagnóstico diferencial de
lesões com densidade de partes moles (colesteatomas, granulomas, cistos dermoides e
tumores).
REFERÊNCIAS
MOREIRA, Fernando Alves; BITENCOURT, Almir Galvão Vieira; DE ALMEIDA, Lanamar.
Guia de diagnóstico por imagem: o passo a passo que todo médico deve saber. 1ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

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