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Aula 1 - Metódos e técnicas de estudo

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Aula 1 – Métodos e técnicas de estudo
Introdução
O papel da universidade é plural e diverso, pois é conformado no mundo social por diferentes grupos. Tal observação reafirma o pressuposto sociológico de que a universidade e outras instituições são artefatos sociais que devem ser compreendidos como produtos da história humana. Além disso, é preciso dizer que tal história humana é perpassada por confluências e conflitos entre os mais variados estratos sociais, demarcada por conjunturas, isto é, pela própria temporalidade. Ou seja, a universidade é uma produção social e histórica; sua função social não está dada por uma definição natural. No Brasil, a história da universidade é secular, pois as experiências universitárias tardaram a ganhar materialidade. Apenas no fim da década de 1820 foram estabelecidas escolas de ensino superior. A tônica dessas experiências do século XIX, no Brasil, consistiu na criação de escolas e faculdades isoladas e de formação profissional de médicos, engenheiros e bacharéis em Direito. No século XX, na história do ensino superior brasileiro, conformaram-se, propriamente, as experiências universitárias. A rigor, em princípio, tais experiências manifestaram a cultura d e escolas ou faculdades, pois, por meio de decretos ou leis, foram reunidas instituições isoladas em torno do nome “universidade”. As funções da universidade são plurais, mas é possível afirmar que a sua principal atribuição é pensar a si mesma, isto é, refletir sobre sua própria função social. Talvez isso caracterize a própria condição humana: pensar-se. E tal exercício deve ser permanente, pois, tal qual o destino de Sísifo, o pensar e o refletir precisam ser feitos e refeitos.
A universidade
Neste conteúdo você descobrirá que faz parte de uma tradição universitária de quase mil anos. Ingressar na universidade significa pertencer a uma comunidade de estudantes e mestres que se dedicam ao estudo, prestam serviços à sociedade e, por meio da investigação científica, promovem o avanço do conhecimento. 
O papel Social e a função da Universidade
A palavra “universidade” vem do latim universitas, que significa “universalidade, totalidade, o todo” e, ainda, “o universo, o conjunto das coisas” (Faria, 1962). Segundo Trindade (1999), o desenvolvimento da universidade pode ser caracterizado por quatro momentos históricos importantes:
· O século XII
O primeiro período na evolução histórica se inicia durante o século XII, quando a palavra “universidade” passou a significar associação ou comunidade de estudiosos, tornando-se sinônimo de um modelo de instituição inaugurado em cidades como Bolonha (Itália, 1158), Paris (França, 1200) e Oxford (Inglaterra, 1167). Esses centros de altos estudos foram criados para atender a uma nova demanda social que floresceu no século XII. Naquela época, os chefes da igreja reconheceram a necessidade de harmonizar as ideias cristãs e as recentes descobertas científicas por meio da formação de novos profissionais, não apenas no campo da Teologia, mas também em Direito e Medicina.
· O século XV
O segundo momento da evolução histórica das universidades inicia-se no século XV, durante o período renascentista. Nessa época, a transição do sistema de produção feudal para o capitalista, o despontar do humanismo literário e artístico, assim como a Reforma Protestante, imprimem uma nova dinâmica às instituições de ensino superior. Há uma expansão no número e na natureza das universidades, que vão estabelecendo maior autonomia acadêmica e se incumbindo da produção de novos conhecimentos.
Os séculos XVII e XVIII
O terceiro momento ocorre entre os séculos XVII e XVIII, quando as novas descobertas científicas, o Iluminismo e a Revolução Industrial colaboraram para solidificar o papel da universidade como instituição produtora e disseminadora de conhecimento.
O século XIX
Entretanto, é a partir do século XIX, com os desdobramentos da Revolução Industrial, o advento do capitalismo e as transformações nas artes, ciência, cultura e educação que a universidade adquire o caráter que conhecemos hoje.
A universidade no Brasil e nas Américas
O surgimento das primeiras universidades das Américas foi marcado pela colonização inglesa, espanhola e portuguesa.
EUA
Os americanos, seguiram o modelo de Oxford e Cambridge, que orientou a criação de universidades, como, Harvard (1612), Pensilvânia (1740) e Yale (1701).
América Latina 
Na América Latina, nota-se a influência do modelo espanhol da Universidade de Salamanca (1218) e da Universidade de Alcalá (1499), hoje chamada de Universidade Complutense de Madrid. Em nosso país, a primeira faculdade surgiu em “1808, quando o príncipe regente, com a transferência da Corte, criou o primeiro curso de cirurgia, anatomia e obstetrícia”.
Rio de Janeiro
A primeira universidade brasileira, a “Universidade do Brasil” (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ), só foi fundada em 192
São Paulo
A primeira universidade de ponta foi a Universidade de São Paulo, criada em 1934. Isso significa que por várias décadas “o Brasil esteve fora do processo universitário quando o tema principal do debate, no século XIX, era a nova universidade, devotada à pesquisa e à ciência” (Trindade, 1999).
As funções da Universidade Hoje
Atualmente, no Brasil, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n° 9.394/96), Artigo 43°, a educação em nível superior tem várias funções: 
• Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; 
• Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira e para colaborar em sua formação contínua; 
• Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão da cultura, desenvolvendo, assim, o entendimento do homem e do meio em que vive; 
• Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através de publicações ou de outras formas de comunicação; 
• Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que são adquiridos em uma estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento produzido por cada geração; 
• Estimular o conhecimento sobre os problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
 • Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
O que determina legalmente as funções da faculdade?
É a legislação vigente, como a Lei de Diretrizes e Bases (LDB n° 9.394/96) e suas leis complementares, que determina legalmente a função das universidades. O artigo 207 da Constituição Federal determina que cabe às universidades realizar atividades de ensino, pesquisa e extensão: três funções que são indissociáveis.
Ensino
Quanto ao ensino, as universidades são responsáveis por oferecer cursos de graduação e pós-graduação. Os cursos de graduação podem ser oferecidos nas modalidades presencial, semipresencial ou a distância. Ao finalizar a graduação, os alunos têm a opção de continuar seus estudos ingressando em cursos de pós-graduação do tipo: 
a) Stricto sensu: programas de mestrado e doutorado dedicados à formação para a pesquisa e à qualificação profissional em caráter especializado; 
b) Lato sensu: cursos de especialização e aperfeiçoamento.
OBS: Cabe assinalar que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB n° 9.394/96) determina que todas as instituições de ensino superior, assim como os cursos oferecidos por elas, devem ser devidamente autorizadas e reconhecidas pelo Ministério da Educação.
Pesquisa
Tanto na graduação como na pós-graduação, a universidade deve estar comprometida coma produção do saber, realizada por meio do estudo sistemático e da pesquisa científica. Em outras palavras, o desenvolvimento do conhecimento exige a adoção de procedimentos específicos para estudo e pesquisa. As atividades de pesquisa das universidades brasileiras são reguladas por agências governamentais, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), entre outras
Extensão
A universidade deve, ainda, promover atividades de extensão, disponibilizando seus serviços à sociedade, seja por meio de programas, projetos (como a reconhecida Clínica-Escola de Odontologia da Unigranrio) ou cursos para a comunidade. A extensão universitária é um dos pilares do ensino superior, pois possibilita à população acessar os bens culturais gerados pela universidade por meio do ensino e da pesquisa.
Ciência e conhecimento científico
Agora, vamos explorar o conhecimento como ato inerente à existência humana e aspecto essencial ao trabalho acadêmico no curso de graduação. Nas próximas linhas, você aprenderá sobre os vários tipos de conhecimento e entenderá como eles se diferenciam do conhecimento científico. Veja, a seguir, alguns pontos que serão objetos de estudo:
• Relativização do conceito de ciência; • Identificação das várias áreas da ciência; 
• Compreensão das etapas do método científico. 
Ciência
A palavra “ciência” geralmente evoca a imagem do homem vestido de branco, manuseando tubos de ensaio ou fazendo experimentos em laboratórios. A imagem desse tipo de cientista representa uma das dimensões da ideia de ciência, aquela associada à experimentação. Definir ciência, entretanto, é uma tarefa muito difícil.
Ruiz (1996) afirma que, em sentido amplo, ciência significa simplesmente conhecimento e, em sentido restrito, refere-se “a um conhecimento que não só assimila ou registra fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes e consecutivas. ” Confira o que engloba as principais definições de ciências para esse autor:
• Conhecimento certo do real pelas suas causas; 
• Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais, metodicamente demonstradas e relacionadas com objeto determinado; 
• Atividade que se propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas; 
• Conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que os regem, obtido através da investigação pelo raciocínio e pela experimentação intensiva; 
• Estudo dos problemas solúveis, mediante método científico
Produzimos ciência porque o homem é um ser pensante, é um ser que procura soluções aos desafios que se apresentam à sua sobrevivência. Logo, o desenvolvimento da ciência tornasse essencial para a vida humana, permitindo-nos compreender o mundo em que vivemos, assim como seus fenômenos naturais e sociais. A complexidade da realidade exige, entretanto, que cada ciência desenvolva seu método de trabalho para explorar as diversas dimensões da vida e do universo. Você sabia que o filósofo francês René Descartes, conhecido como um dos fundadores da Filosofia moderna, afirmou, no século XVII, que o simples ato individual de pensar na própria existência e colocá-la em dúvida seria uma comprovação da existência em si? Sua célebre frase “Penso, logo existo” (do latim “Cogito, ergo sum”) demonstra que o ato de pensar a realidade e questioná-la é uma forma de demonstrar a existência do indivíduo. O pensamento de Descartes — que, na Matemática, área em que também foi influente, ficou conhecido como cartesiano — se tornou uma das bases da Filosofia ocidental e influenciou de forma decisiva a produção de conhecimento dos últimos séculos.
Ciência e suas áreas
Hoje, há várias maneiras de agrupar os ramos da ciência. Confira as grandes áreas do conhecimento e, consequentemente, das ciências, segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): 
• Ciências Exatas e da Terra: contempla áreas como a Matemática e a Física; 
• Ciências Biológicas: inclui campos como a Genética e a Botânica; 
• Engenharias: é um ramo das ciências aplicadas e concentra, por exemplo, a Engenharia Civil e a Engenharia de Produção; 
• Ciências da Saúde: inclui a Medicina e a Odontologia; 
• Ciências Agrárias: contempla campos como a Agronomia e a Zootecnia; 
• Ciências Sociais Aplicadas: engloba áreas como o Direito, a Administração e Economia; 
• Ciências Humanas: neste ramo, estão, por exemplo, a Filosofia e a Educação; 
• Linguística, Letras e Artes: inclui campos de estudo como a Literatura e o Cinema; 
• Outros: contempla novas áreas, como Bioética e Ciências Ambientais
As áreas do conhecimento se desenvolveram historicamente por meio da contribuição de vários pesquisadores que, como você, um dia foram alunos de graduação. É importante destacar, também, que a produção do saber científico ocorre pela associação dos vários saberes. Em outras palavras, as ciências se complementam e interagem. Por exemplo, a Ecologia depende da Química, Física, Sociologia e das Ciências Políticas, assim como os biólogos utilizam estudos da Genética, da Física e da Química. É preciso destacar, ainda, que a ciência e seus ramos continuam em plena evolução. Áreas como Biologia Genética e Bioética surgem para acompanhar as questões do nosso tempo, como a manipulação de células tronco; portanto, os desafios da ciência continuam se apresentando à universidade na contemporaneidade.
Conhecimento científico frente ás formas de conhecimento
O conhecimento desenvolvido pelo ser humano em suas relações com o meio nem sempre foi como é hoje. Primeiramente, houve a geração dos místicos, que deu uma explicação mística ou mágica para a realidade; depois, tivemos a geração dos filósofos, que procurou, por meio do pensamento, chegar à verdade e, finalmente, a geração dos cientistas, que “desdobraram o universo em milhares de segmentos, não para dizer o que é ser, mas para saber ‘como’ cada coisa é” (Ruiz, 1996). Hoje, nos beneficiamos do conhecimento desenvolvido por todos aqueles que vieram antes de nós e recebemos a tarefa de avançar esse conhecimento. Logo, pensar sobre o conhecimento recebido de nossas famílias, professores, líderes religiosos ou da mídia é um direito de todos os homens. Há, entretanto, diferenças entre o conhecimento científico e outros tipos de conhecimento.
Tipos de conhecimento e suas características
Conhecimento Sensorial Refere-se à apreensão da realidade pelos sentidos. É comum aos homens e animais. Por exemplo, ambos são capazes de identificar que tipos de alimentos lhes são adequados utilizando seus sentidos
Conhecimento Intelectual O conhecimento intelectual é próprio do ser humano. Ele operacionaliza as representações construídas com a ajuda dos sentidos e lhes atribui novas significações. O conhecimento científico não pode existir sem o conhecimento intelectual, pois baseia-se na racionalidade humana.
Conhecimento Vulgar ou Empírico É o conhecimento adquirido por meio da experiência direta, sem qualquer tipo de sistematização. É o conhecimento do povo, gerado e transmitido no dia a dia. Explora os fatos nas suas aparências gerais, vivências e tradições. Por exemplo, todos nós conhecemos uma receita infalível para curar resfriados, mas raramente sabemos a farmacologia dos medicamentos.
Conhecimento Intuitivo É de ordem subjetiva e reduz-se ao ato simples, indivisível e direto do conhecimento pela experiência imediata. Temos a intuição sensorial, que orienta nossas ações concretas — como na hora de avaliar a velocidade dos carros para atravessarmos a rua ou definirmos a temperatura da água do banho. É a intuição intelectual que guia nossos princípios lógicos, éticos e estéticos. Por exemplo, não precisamos pensar muito para saber se uma obra de arte nos agrada. O julgamento estético da obra ocorre imediatamente com base no conhecimento. Intuitivo.
Conhecimento Teológico Conhecimento baseado nas escrituras sagradas e nos dogmas religiosos. Defende que a razãohumana depende da iluminação divina. A verdade pertence a Deus e nos foi revelada por meio das escrituras. Isso significa, por exemplo, acreditar que Deus criou o homem, o que se contrapõe por exemplo, ao conhecimento científico sobre a evolução das espécies.
Conhecimento Filosófico Produz conhecimentos sobre a realidade lançando mão de princípios racionais e das leis formais do pensamento. Utiliza o método racional, dedutivo, que antecede a experiência, ou seja, a coleta de dados empíricos. Tem o objetivo de questionar os saberes estabelecidos e avançar a compreensão sobre as questões metafísicas.
O conhecimento científico distingue-se dos tipos de conhecimento listados anteriormente por seus objetivos, métodos e resultados. Ele é programado, sistemático, crítico e rigoroso. Possui um campo delimitado e utiliza métodos próprios de pesquisa e objetos particulares de investigação. Em contraposição ao conhecimento vulgar ou empírico, o conhecimento científico procura demonstrar o “porquê” dos fenômenos. Investiga suas causas, efeitos, classificações e agrupamentos. Seus resultados são expressos em leis, teorias e generalidades. Marconi e Lakatos (2009) destacam que o conhecimento científico se diferencia dos outros tipos de conhecimento mais pela sua metodologia do que pelo seu conteúdo. 
Características do conhecimento científico
Real (factual) Porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo”.
Contingente Pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecidas por meio da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
Sistemático Já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos, desconexos.
Verificável Pois as afirmações (hipóteses) que não podem ser verificadas não pertencem ao âmbito da ciência. 
Falível Visto que não é definitivo, absoluto ou final. 
Aproximadamente Exato Pois novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
Síntese
Iniciamos esta unidade de aprendizagem, explorando o papel e a função da universidade. Vimos que as universidades foram criadas na Idade Média para atender a demandas sociais por novos profissionais e que seu papel foi se transformando ao longo dos séculos para acompanhar a evolução científica, tecnológica e cultural. Aprendemos também que, na América Latina, o sistema universitário foi influenciado pelo modelo europeu e que, no Brasil, a primeira universidade de ponta foi criada em São Paulo, em 1934. Descobrimos que houve uma grande expansão do ensino superior nos últimos 40 anos e exploramos as principais tarefas da universidade de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, assim como suas três funções indissociáveis: ensino, pesquisa e extensão. Vimos, também, a definição de ciência e exploramos as várias áreas do conhecimento científico. Aprendemos, ainda, que o ser humano é capaz de conhecer e pensar e que o conhecimento é essencial à sua sobrevivência. Vimos, também, que há três elementos essenciais e indissociáveis que constituem o conhecimento humano, são eles: o sujeito, o objeto, e a representação ou imagem do que é conhecido. Aprendemos também que o conhecimento e as formas de conhecer evoluíram ao longo dos anos, indo da perspectiva mítica à científica. Exploramos as características de vários tipos de conhecimento (sensorial, intelectual, vulgar ou empírico, intuitivo, teológico, filosófico) e aprendemos que o conhecimento científico distingue-se dos outros tipos por ser real (factual), contingente, sistemático, verificável, falível e aproximadamente exato.

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