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Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Rio Real / EAD - UNIDADE RIO REAL Acadêmico: 030LPL5AM Aluno: VANESSA SANTOS DE JESUS Avaliação: A2 Matrícula: 183001610 Data: 18 de Junho de 2020 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 8,50/10,00 1 Código: 35027 - Enunciado: "No discurso de Angostura, em 1819, ele [Simón Bolívar] afirmava o seguinte: 'Não somos [os criollos] europeus, não somos índios, mas sim uma espécie intermédia entre os aborígenes e os espanhóis. Americanos por nascimento e europeus por direito, nos encontramos em meio ao conflito de disputar os títulos de propriedade aos nativos e manter-nos no país que nos viu nascer, contra a oposição dos invasores. De maneira que o nosso caso é extremamente extraordinário e complicado. [...] Estamos colocados num grau inferior ao da servidão. Mantenhamos presente que o nosso povo não é nem europeu nem americano do norte, é antes uma composição de África e América do que uma emanação da Europa. [...] É impossível determinar com propriedade a que família humana pertencemos'."(MANCE, E. A. Sobre a identidade latino-americana. Disponível em: http://www.solidarius.com.br/mance/biblioteca/Identidade.htm (http://www.solidarius.com.br/mance/biblioteca/Identidade.htm). Acesso em: 19 jun. 2019). Pelo fragmento, pode-se inferir que o discurso de Angostura de Simón Bolívar corrobora para: a) Ratificar a mestiçagem e a transculturação como base da identidade latino-americana. b) Rechaçar a americanidade dos criollos, mas não a dos índios e negros. c) Questionar o discurso hegemônico da colônia sobre os criollos. d) Reforçar a identidade cultural hegemônica do continente. e) Construir a identidade etnolinguística da América Latina. Alternativa marcada: a) Ratificar a mestiçagem e a transculturação como base da identidade latino-americana. Justificativa: Resposta correta: Ratificar a mestiçagem e a transculturação como base da identidade latino-americana. Ao afirmar que "é impossível determinar com propriedade a que família humana pertencemos", Simón Bolívar ratifica a ideia de mestiçagem e de transculturação do povo americano, que não pode ser considerado de uma única raça. Distratores:Reforçar a identidade cultural hegemônica do continente. Errada. O discurso não reforça uma identidade cultural hegemônica, mas a heterogênea, que se baseia na mistura de raças. Construir a identidade etnolinguística da América Latina. Errada. O discurso não fala em línguas, logo não constrói uma identidade etnolinguística. Questionar o discurso hegemônico da colônia sobre os criollos. Errada. Não há um questionamento no fragmento apresentado sobre o discurso hegemônico da colônia sobre os criollos. Rechaçar a americanidade dos criollos , mas não a dos índios e negros. Errada. O discurso não rechaça a americanidade do criollos, mas a reforça. 1,00/ 1,00 2 Código: 34976 - Enunciado: Texto I"A epopeia d’O Gaúcho Martín Fierro, escrita em duas partes, em 1872 e 1879, por José Hernández, é patrimônio cultural da Argentina. Suas quase 400 estrofes narram em rima e métrica a vida do gaúcho do pampa argentino que perde sua liberdade ao ser convocado à força para servir ao exército. Vítima da arbitrariedade, Fierro, em pouco tempo, deserta e, ao regressar para o lar, não encontra a casa e a família. Desesperado, o desertor e payador – trovador – torna-se um fora da lei. Elementos líricos e satíricos, em unidade de forma e conteúdo, sintetizam de maneira magnífica a representação de um homem em dada época e lugar. Ao tratar a vida, a morte, a injustiça, o sofrimento, a crueldade, a violência, a liberdade e o destino, Martín Fierro se destaca na literatura argentina do final do século XIX ao apontar o retrato do que havia de essencial e universal no homem e no mundo pampeanos."(Projeto 1,50/ 1,50 http://www.solidarius.com.br/mance/biblioteca/Identidade.htm conheça o livro de perto. Disponível em: http://www.ogauchomartinfierro.com.br/. Acesso em: 19 jun. 2019). Texto II"Mas, ao mesmo tempo, há um programa político atrás da criação de José Hernández: escreve em defesa dos gaúchos, de seus valores humanos e sociais, de seu direito de ser como são. Hernández era testemunha de que os políticos liberais em posição de poder tinham convertido o gaúcho no grande obstáculo na luta pela civilização, pelo progresso, e pelos valores europeus que deviam ser os da Argentina moderna; assim, tinha sido o símbolo dos males que o país arrastava e a vítima de uma série de abusos e injustiça."(OVIEDO, J. M. Historia de la literatura hispanoamericana. Del Romanticismo al Modernismo. Madrid: Alianza, 1977, p. 57. Traduzido). Com relação aos fragmentos apresentados sobre a obra O gaúcho Martín Fierro, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I- A história que apresenta a obra é trágica: a de um homem basicamente bom e honrado que as instituições sociais convertem em um verdadeiro fora da lei. Com isso, a obra mostra a figura do gaúcho, na Argentina do século XIX. PORQUEII- A obra é um nítido e declarado protesto contra a visão do caminho que deveria seguir a nação Argentina no século XIX para combater a barbárie e o atraso: não eram os gaúchos o problema, mas a total ignorância de que eles eram a porção da Argentina que o país ainda não tinha identificado como própria. a) A afirmativa I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. b) A afirmativa I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. c) As afirmativas I e II são proposições falsas. d) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. e) As afirmativas I e II são preposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa marcada: d) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Justificativa: Resposta correta: As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.A história que apresenta a obra é trágica: a de um homem basicamente bom e honrado que as instituições sociais convertem em um verdadeiro fora da lei. Com isso, a obra mostra a figura do gaúcho, na Argentina do século XIX. Verdadeira. Como se pode comprovar com o texto I, que afirma que Martín Fierro foi convocado à força para servir no Exército e que foi vítima da arbitrariedade das instituições sociais e que, quando deserta e retorna ao lar, não encontra a sua família, convertendo-se em um fora da lei, como comprova o fragmento "Desesperado, o desertor e payador — trovador — torna-se um fora da lei". Assim a obra sintetiza os elementos que mostram a figura do gaúcho argentino no século XIX, como confirma o fragmento do texto I "sintetizam de maneira magnífica a representação de um homem em dada época e lugar ". A obra é um nítido e declarado protesto contra a visão do caminho que deveria seguir a nação Argentina no século XIX para combater a barbárie e o atraso: não eram os gaúchos o problema, mas a total ignorância de que eles eram a porção da Argentina que o país ainda não tinha identificado como própria. Verdadeira. A obra O gaúcho Martín Fierro é um protesto contra a visão de civilização que os políticos liberais propunham para a Argentina, por isso escreve em defesa dos gaúchos e de seus valores e ideais. Desse modo, a obra é um protesto contra a visão que o país deveria seguir para combater a barbárie e de que os gaúchos eram parte integrante da nação Argentina. Essa afirmativa, contudo, não é uma justificativa da afirmativa I, porque a obra é trágica ao retratar a figura do gaúcho argentino no século XIX. 3 Código: 35209 - Enunciado: NÃO FOI UM CRUZEIRO meu nome e minha línguameus documentos e minha direçãomeu turbante e minhas rezasminha memória de 0,00/ 1,00 comida e tamboresesqueci no navio que me cruzou o Atlântico.(PRATES, L. Um corpo negro. s.l.: nosotros, 2018) Após a análise do poema, indique a alternativa que apresenta uma afirmação corretasobre a posição do eu lírico. a) Nos versos "meu turbante / e minhas rezas / minha memória de comida / de tambores", o eu lírico revela o apagamento de sua cultura étnica. b) O eu lírico faz uma crítica aos valores do "mundo branco", pois esse mundo lhe obrigou a forjar uma identidade étnica, a fim de aproximá-la de uma herança europeia. c) A metáfora presente no título do poema representa a concepção do eu lírico sobre a viagem realizada, sem contradizer a mensagem do poema. d) O eu lírico reflete sobre as perdas identitárias e étnicas perdidas na viagem, com saudosismo, o que lhe deixa angustiada. e) No poema, o eu lírico afirma ter esquecido por vontade própria, ao cruzar o Atlântico, os elementos que construíram sua identidade étnica. Alternativa marcada: d) O eu lírico reflete sobre as perdas identitárias e étnicas perdidas na viagem, com saudosismo, o que lhe deixa angustiada. Justificativa: Resposta correta: O eu lírico faz uma crítica aos valores do "mundo branco", pois esse mundo lhe obrigou a forjar uma identidade étnica, a fim de aproximá-la de uma herança europeia. O poema faz uma crítica ao "apagamento" de sua identidade étnica, quando da viagem dos negros como escravos ao Brasil, pois tiveram que assimilar a identidade e cultura europeia, como se pode comprovar pela utilização do verbo esquecer e pelo fato de que não foi a autora que cruzou o Atlântico (o que poderia ser considerado uma viagem de lazer, um cruzeiro, como indica o título), mas foi o navio que a cruzou o Atlântico, mostrando que o fato de cruzar o Atlântico não foi feito por vontade própria, mas por uma imposição ( no caso, pelo tráfico de negros para o Brasil). Os três últimos versos do poema mostram que todo a cultura étnico-racial (as rezas, o turbante, a memória de rezas e tambores) e os elementos que fazem parte de sua identidade (nome, língua, documentos) foram "esquecidos" quando dessa travessia obrigatória. Distratores:A metáfora presente no título do poema representa a concepção do eu lírico sobre a viagem realizada, sem contradizer a mensagem do poema. Incorreta. O poema ratifica a ideia de que não foi uma viagem de prazer ("um cruzeiro"), mas uma viagem que levou o eu lírico a uma desconstrução da identidade étnico-cultural dos negros, como se confirma com a palavra "esqueci", presente nos versos " esqueci no navio / que me cruzou / o Atlântico".No poema, o eu- lírico afirma ter esquecido por vontade própria, ao cruzar o Atlântico, os elementos que construíram sua identidade étnica. Incorreta. Ao ter que assimilar a cultura europeia, não houve um esquecimento por vontade própria, mas por imposição , como se ratifica nos três últimos versos do poema, pelo verbo "esquecer" e pelo uso do pronome "me", que indica que o navio a cruzou pelo Atlântico, mostrando que não houve uma vontade própria nesse ato. Nos versos "meu turbante / e minhas rezas / minha memória de comida / de tambores", o eu lírico revela o apagamento de sua cultura étnica. Incorreta. Os versos retomam sua cultura étnica, logo não há um apagamento dessa cultura. O eu lírico reflete sobre as perdas identitárias e étnicas perdidas na viagem com saudosismo, o que lhe deixa angustiada. Incorreta. O eu lírico não expressa o sentimento de saudosismo e angústia no poema, mas ratifica a ideia de que a viagem ao novo continente não foi por vontade própria, como se ratifica com o título do poema "Não foi um cruzeiro", indicando que não foi uma viagem de lazer, e pelo pronome "me", no penúltimo verso "que me cruzou", indicando que foi o navio quem a cruzou o Atlântico, como uma imposição, e não um desejo pessoal. 4 Código: 35210 - Enunciado: "As primeiras décadas do século XX é um período importante e imprescindível para compreender o desenvolvimento atual das letras latino-americanas. São décadas nas quais se descarta a suntuosa retórica preciosista do Modernismo e estabelecem-se 0,50/ 0,50 as fundações para uma ruptura total com o passado artístico imediato; a partir delas, as modalidades literárias dominantes reconhecem a raiz comum. São os anos de publicação de manifestos e polêmicas violentas, de uma intensa busca de originalidade, de insurgência expressiva e formal que estoura em realizações que transformam radicalmente o curso das letras continentais." (Fonte: VERANI, H. J. Las vanguardias literarias en Hispanoamérica. Manifiestos, proclamas y otros escritos. 4. ed. México: Fondo de Cultura Económica, 1995, p. 13. Traduzido e adaptado). Após a leitura e análise da passagem selecionada, correlacione as datas ao período correspondente das vanguardas latino-americanas.A- 1914B- 1922C- 1931 I- Movimento de Vanguarda na Nicarágua.II- Publicação do manifesto Non servian e base teórica para as vanguardas latino-americanas. III- Considerado o início das vanguardas literárias, pois o movimento abrange diversas regiões do continente. A correspondência correta é: a) A-I; B-II; C-I. b) A-I; B-II; C-III. c) A-II; B- I; C-II. d) A- II; B-III; C-I. e) A-I; B-III; C-II. Alternativa marcada: d) A- II; B-III; C-I. Justificativa: Resposta correta: A- II; B-III; C-I. 5 Código: 34909 - Enunciado: "O que move o novo romance histórico [latino-americano] é a vontade de reinterpretar o passado com os olhos livres das amarras conceituais criadas pela modernidade europeia no século XIX, é a consciência do poder da representação, da criação de imagens e, consequentemente, do poder de narrar e de sua importância na constituição das identidades das nações modernas. Daí a necessidade de releitura da história como parte do esforço de descolonização, que se realiza contra toda uma mentalidade perpetuada pelas elites locais, pelos discursos da história oficial." (FIGUEIREDO, V. F. de. O romance histórico contemporâneo na América Latina. Disponível em: http://lfilipe.tripod.com/Vera.html#10> (http://lfilipe.tripod.com/Vera.html#10>). Acesso em: 30 abr. 2019). Com base no texto de Figueiredo, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.I- Para questionar o poder de narrar, os escritores se apoderam do fato histórico como intertexto para reescrever a história, apresentando uma nova versão para o fato ocorrido.PORQUEII- Ao reescrever a história, os escritores questionam a legitimação de quem conta essa história e revelam a visão dos vencidos e/ou excluídos, mostrando que não existe uma verdade única, mas “verdades”. A partir de sua avaliação, assinale a opção correta. a) As afirmativas I e II são proposições falsas. b) A afirmativa I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. c) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. d) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. e) A afirmativa I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. Alternativa marcada: d) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. Justificativa: Resposta correta: As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. O discurso ficcional da história (a nova novela histórica latino- americana) é uma tentativa de resgatar o que ficou marginalizado pela historiografia oficial, conferindo voz a quem a história oficial omitiu, negou, silenciou ou perseguiu. Assim, os 1,50/ 1,50 http://lfilipe.tripod.com/Vera.html#10%3E escritores preenchem no romance, ainda que ficcionalmente, as lacunas existentes da história, o que ela tentou silenciar, questionando o fato de que quem narra a historiografia oficial está relacionado com o poder hegemônico. Logo, ao dar voz aos vencidos ou excluídos por essa historiografia oficial, os escritores reescrevem essa história oficial a partir de outros pontos de vista que não os da classe hegemônica, mostrando que não existe uma só "verdade", mas "verdades", a partir do ponto de vista do narrador. 6 Código: 34895 - Enunciado: Segundo Bella Jozef, "o primeiro documento que se refereconcretamente à América são as cartas de Cristóvão Colombo, em número de cinco, de que só conhecemos quatro. A primeira é de suma importância, por dar conta do descobrimento, e, ainda que não seja obra especificamente literária, destaca-se por haver difundido três tópicos narrativos que serão utilizados repetitivamente nos espaços explorados pelos relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII" (2005, p. 15).Aponte quais são esses três tópicos narrativos utilizados por Colombo em sua primeira carta e que se repetem nos relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII. a) População indígena, busca pelo ouro e natureza estonteante. b) Busca pelo ouro, miscigenação e natureza estonteante. c) Religião, miscigenação e natureza estonteante. d) Miscigenação, população indígena e religião. e) Religião, busca pelo ouro e transculturação. Alternativa marcada: a) População indígena, busca pelo ouro e natureza estonteante. Justificativa: Resposta correta: População indígena, busca pelo ouro e natureza estonteante.Os três tópicos narrativos que estão presentes na primeira carta de Colombo e que se repetem em todas os relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII são: a população indígena, a busca pelo ouro e a natureza estonteante. Distratores:Miscigenação, população indígena e religião. Incorreta. O tema da miscigenação só aparece nos relatos dos viajantes a partir do século XVII e não está presente na primeira carta de Colombo. Assim como o tema da gesta dos espanhóis, que se apresenta em algumas crônicas do século.Religião, miscigenação e natureza estonteante. Incorreta. O tema da miscigenação só aparece nos relatos dos viajantes a partir do século XVII e não está presente na primeira carta de Colombo. Assim como o tema da gesta dos espanhóis, que se apresenta em algumas crônicas do século.Busca pelo ouro, miscigenação e natureza estonteante. Incorreta. O tema da miscigenação só aparece nos relatos dos viajantes a partir do século XVII e não está presente na primeira carta de Colombo. Assim como o tema da gesta dos espanhóis, que se apresenta em algumas crônicas do século.Religião, busca pelo ouro e transculturação. Incorreta. O tema da transculturação aparece apenas no século XX e não faz parte nem da primeira carta de Colombo, nem dos relatos dos viajantes dos séculos XVI e XVII. 0,50/ 0,50 7 Código: 35114 - Enunciado: "As causas e as consequências dos deslocamentos na América Latina abrangem os mais diversos campos do saber, porém, na literatura, convergem para a problematização das relações de pertencimento único que desestabilizam os conceitos já preconcebidos de nação, identidade nacional e língua. Como respostas aos deslocamentos contemporâneos na e da América Latina, os escritores estabelecem uma nova relação com os conceitos de língua, nação e identidade que não permitem pensar em uma única identidade nacional, principalmente quando vários países latino-americanos, como Equador, México e Uruguai, com 15 a 20% de sua população vivendo no estrangeiro sugere que 'o nacional' já não coincide com os territórios identificados com os nomes desses países" (GARCÍA CANCLINI, 2009, p. 3). O deslocamento permite a vinculação a outras línguas, outras paisagens culturais e memórias identitários. Escritores e personagens criam outros mecanismos de identificação que não coincidem com os já existentes, estabelecendo novas relações entre a cultura e a língua 2,50/ 2,50 fora/longe do território em que ambas são utilizadas. Com base na reflexão exposta, julgue se é possível avaliar que os deslocamentos contemporâneos do século XXI desarticulam o conceito de nação, tão veemente defendido durante a criação das nações independentes da América Latina no século XIX. Justifique a sua resposta, considerando o conceito de nação no século XIX e no século XXI. Resposta: O deslocamento da américa latina contribuiu para desestabilizar os conceitos já concebidos, como da literatura, indentidade, nação e língua uma vez que muitos autores se revelaram criticamente que não existe apenas uma identidade, língua... É marcada por uma grande heterogeneidade e fez que muitos autores quisessem mostrar na sua literatura, em seus poemas suas identidades e características. Ademais, é possível avaliar que os deslocamentos do século XXI é maracado pela autonomia, visto que muitos poetas e artisatas buscam colocar o seu estilo, sua identidade, sua nacionalidade em suas obras, desarticulado assim os conceitos difundidos no século XIX. Justificativa: Expectativa de respostaSim, porque o conceito de nação proposto pelo ideal romântico visava homogeneizar os indivíduos deslocados em um mesmo espaço territorial, agrupando-os sob as mesmas características linguísticas, religiosas e culturais, com isso mantinha uma identidade nacional que permitia que uma nação se diferenciasse de outra por suas características e capacidade de criação, ou seja, por sua autonomia cultural. Já no século XXI, os deslocamentos de pessoas contribuem para a produção literária de sujeitos desterritorializados, deslocados, que ao virem de outras nações, falarem outras línguas e com outra cultura, desestabilizam o conceito de nação pelo contato constante entre as culturas de partida e a de chegada e, assim o conceito de nação e, por conseguinte, os conceitos de identidade nacional e o próprio conceito de literatura nacional que foram defendidos durante a criação das nações independentes da América Latina no século XIX, encontram-se fragmentados pelos deslocamentos no século XXI. 8 Código: 34953 - Enunciado: "E, entretanto, a expressão América Latina continua sendo notoriamente imprecisa. O que é a América Latina? Por que latina? Toda a latinidade começou no Lácio, pequeno território adjacente à cidade de Roma, foi crescendo em círculos concêntricos ao longo da história: primeiro até abranger o conjunto da Itália, logo ampliando-se à parte da Europa colonizada pelo Império romano, restringindo-se depois aos países e zonas que falavam línguas derivadas do latim, e, por fim, tratando do continente americano que esses europeus descobriram e colonizaram. Desse modo, América Latina acabaria por ser o quarto ciclo dessa prodigiosa extensão." (FERNÁNDEZ MORENO, C. Introducción. In: ______ (Coord e introd.). América Latina en su literatura. 9. ed. México: Siglo XXI, 1984, p. 5; tradução livre). Considerando a imprecisão do conceito de América Latina, explique a evolução histórica desse conceito desde o seu surgimento até os dias de hoje. Resposta: A evolução da América Latina se constitui pela descoberta, povoada e colonizada pelos ibéricos, os espanhóis e portgueses. É uma região do continete americano, que engloba os países que são faladas, as línguas derivadas do latim, como o espanhol, português e françês. Desse modo, determinadas línguas contribuiram em determinadas circunstâncias, como na literatura e em muitas coisas. No entanto, como o português falado de Portugal é diferente do Portguês falado no Brasil, uma vez que cada nação buscou as suas próprias características e identidades. Justificativa: Expectativa de resposta:A expressão América Latina foi criada na França no século XIX, para diferenciar da denominada América anglo-saxônica, tendo sido empregada inicialmente para nomear a América hispânica e, posteriormente, no início do século XX, incluiu também o Brasil. Na segunda metade do século XX, o conceito não só incluía os países de língua espanhola e portuguesa das Américas , mas também os de língua francesa, como o Caribe francês, o Quebec, no Canadá, e até mesmo os países e os povos do Caribe não colonizados por neolatinos 1,00/ 1,50 (colônias inglesas e holandesas) e de universos transculturais existentes na América anglo- saxônica, como o caso dos chicanos nos Estados Unidos.
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